SpaceX lança primeira órbita polar tripulada

Nesta segunda-feira (31), a SpaceX deu mais um passo com o lançamento da missão Fram2. Mas desta vez, o destino é novo: em vez de seguir a rota ao redor do Equador, a nave viajará em uma órbita polar, passando pelos Polos Norte e Sul. Nunca uma tripulação fez esse trajeto. A bordo estão um bilionário do setor de criptomoedas e três convidados. Para eles, a viagem não é apenas uma experiência espacial, mas uma oportunidade rara de enxergar o planeta de cima, com uma visão que poucos humanos já tiveram.


Primeiras vistas das regiões polares da Terra pelo Dragon (Vídeo: reprodução/Instagram/@spacex)


O que torna essa rota tão especial

A maioria das naves espaciais viaja em torno da linha do Equador, acompanhando o movimento natural da Terra. Mas a Fram2 está indo por um caminho diferente, cortando o planeta de norte a sul. Essa trajetória, ainda que rara para missões tripuladas, já é muito usada por satélites que precisam captar imagens detalhadas da Terra.

Segundo a Agência Espacial Europeia (ESA), essa rota permite uma visão global do planeta. “[Elas] são particularmente úteis para a cobertura global da Terra, pois os satélites que orbitam ‘para cima’ e ‘para baixo’ podem ver cada centímetro da superfície ao longo do tempo, enquanto o planeta gira abaixo”, explica a organização.


Fram2 decola da plataforma 39A na Flórida (Foto: reprodução/Instagram/@spacex)


E um detalhe curioso: a nave não precisa passar exatamente sobre os polos para seguir essa órbita. Pequenos desvios de até 10° ainda permitem que ela seja classificada dentro dessa categoria.

Desafio de um lançamento nada convencional

Lançar uma espaçonave para a órbita polar não é nada fácil. Normalmente, os foguetes decolam na direção leste, aproveitando a rotação da Terra para ganhar impulso natural. Mas a Fram2 teve que seguir para o sul, um caminho bem mais desafiador.

Isso exigiu cálculos precisos da equipe da SpaceX. Eles precisaram garantir que o foguete não sobrevoasse áreas povoadas logo após o lançamento e a trajetória fosse segura para todos. Cada segundo dessa missão foi planejado nos mínimos detalhes.

Com essa ousadia, a Fram2 pode abrir portas para novas missões que explorem caminhos diferentes e ampliem nossa compreensão do planeta. O espaço continua sendo um mistério fascinante – e a humanidade, movida pela curiosidade, segue explorando o desconhecido com coragem e inovação.

Próximos passos da tripulação Crew-9 após o aguardado retorno à Terra

Os astronautas, Sunita William, Butch Wilmore, Nick Hague e o cosmonauta Aleksandr Gorbunov retornaram à Terra por volta das 19 horas desta terça-feira (18). Após a amerissagem – processo de pouso no mar – a tripulação saiu da cápsula Crew Dragon, da SpaceX, nas águas do Golfo do México, próximo a Tallahassee, na Flórida.

William e Wilmore ficaram na Estação Espacial Internacional (ISS) por nove meses após sua espaçonave ter enfrentado problemas no sistema de propulsão durante o voo. Em coletiva de imprensa, representantes da Nasa deram mais informações sobre a missão Crew-9 e as próximas ações dos astronautas na Terra.

Steve Stich, representante comercial da Nasa, afirmou que o pouso bem-sucedido entrará para os livros de História e que as condições climáticas favoráveis, além do funcionamento adequado do sistema da nave, proporcionaram o sucesso do retorno. “Não poderia estar mais orgulhoso.”


Pouso da Crew-9 na SpaceX Dragon (Vídeo: reprodução/X/@NASA)

Por ficarem muito tempo no espaço, William e Wilmore precisarão recuperar habilidades terrestres. “Os músculos precisam voltar a funcionar e eles terão que reaprender as habilidades”, disse Stich. “Exercícios físicos serão foco nas próximas semanas”, continuou. 

Após o retorno, os astronautas passaram imediatamente por uma avaliação médica com um cirurgião de voo. Segundo a agência, é um procedimento padrão para astronautas que passam longos períodos no espaço.

De acordo com o representante da Nasa, eles devem voltar para suas famílias em até dois dias.

O esperado retorno

Depois que o veículo realizou a amerissagem, uma nave da SpaceX retirou a cápsula do oceano e os tripulantes finalmente pisaram na Terra de novo.


Dá esquerda para a direita, os astronautas Butch Wilmore, Aleksandr Gorbunov, Nick Hague e Suni Williams dentro da cápsula SpaceX Dragon a bordo do barco de recuperação SpaceX Megan, momentos depois de realizarem amerissagem (Foto: reprodução/Keegan Barber/NASA)

Nick Hague, seguido por Aleksandr Gorbunov, Suni William e Butch Wilmore saíram da nave no mar do Golfo do México. Eles sorriram e acenaram para as câmeras da transmissão ao vivo. Deixaram a cápsula e foram levados em uma cadeira ao local de atendimento médico.

A Nasa decidiu que trazer Williams e Wilmore para o planeta na cápsula Boeing Starliner – aeronave em que foram para a ISS – seria arriscado. A agência optou por incluí-los na rotação regular da tripulação da Estação Espacial, razão pela qual os dois voltaram para a Terra com Hague e Gorbunov na SpaceX Crew-9.

Mudança no corpo

Devido à ausência da atração da Terra, os corpos dos astronautas podem enfrentar mudanças incomuns e significativas, principalmente após voos longos sobre a Terra.

Eles ficam mais longos e podem desenvolver uma “altura espacial” e podem ganhar “pernas de galinha” e “cabeça inchada” devido à redistribuição de fluidos, já que o corpo humano é composto majoritariamente por líquidos. Ao retornar, o corpo começa a se reajustar. 

Os astronautas podem perder também densidade óssea e seus músculos podem começar a atrofiar. Ao retornar, eles precisam passar por muitos exercícios de reabilitação para recuperar seus ossos e músculos. Podem apresentar também dificuldades motoras, de coordenação e equilíbrio, o que pode causar um tipo de enjoo.

A ausência de gravidade pode afetar seus sistemas imunológicos e cardiovascular, além da visão e do próprio DNA.

Os cientistas ainda pesquisam os efeitos a longo prazo na saúde após se passar longos períodos no espaço, mas décadas de dados evidenciam que os astronautas sofrem alterações físicas mesmo depois de passado um breve período de seu retorno à Terra. A maioria dessas mudanças são revertidas pouco tempo depois da volta ao planeta. Poucos problemas de saúde encontrados até agora possuem efeitos duradouros

Nasa traz de volta astronautas americanos presos no espaço

A agência espacial Nasa resgatou, nesta terça-feira (18), Suni Williams, de 59 anos, e Butch Wilmore, de 62, que estavam presos na Estação Espacial Internacional (International Space Station – ISS) desde junho de 2024, após uma missão que deveria ter durado somente oito dias. Por problemas técnicos na cápsula Starline, da Boeing, os astronautas se viram obrigados a permanecer no espaço por 286 dias até o seu resgate. 

A missão Crew-9 foi a responsável pela operação, que durou aproximadamente 17 horas. A equipe utilizou a cápsula Dragom Freedom, da SpaceX, que foi tripulada pelo astronauta Nick Hague e pelo cosmonauta russo Aleksandr Gorbunov. A amerrisagem, que é o pouso controlado de um veículo espacial ao mar, aconteceu nas águas do Golfo do México, na região de Tallahassee, na costa do mar da Flórida. 


Transmissão da re-entrada, amerrissagem e resgate da cápsula SpaceX (Vídeo: Reprodução/YouTube/NASA)

Operação de salvamento

Apesar de algumas fases críticas, que incluíram o desacoplamento da estação, manobras orbitais para posicionamento correto da cápsula, a queima da reentrada – que provocou uma desaceleração da nave – e a própria descida controlada com o uso de um paraquedas, a missão foi um sucesso. 

A operação iniciou no momento em que Hague e Gorbunov chegaram à estação espacial. Normalmente, a cápsula da Space X comporta quatro tripulantes, mas, desta vez, a Nasa estrategicamente decidiu enviar apenas dois para que houvesse mais duas vagas para Williams e Wilmore. 

No momento em que a equipe de resgate chegou, a Crew-9 incorporou oficialmente Williams e Wilmore à tripulação. Esta foi  a primeira missão espacial do cosmonauta Gorbunov. Entretanto, o astronauta Hague já tem bastante experiência, por passar 203 dias na estação espacial em 2019. 

Quem são Williams e Wilmore

Ambos os astronautas que ficaram presos na estação espacial são norte-americanos. 


Butch Wilmore e Suni Williams no módulo Harmony da ISS ao lado da cápsula Starliner, em 13 de junho de 2024 (Foto: Reprodução/Nasa/G1)

Suni Williams é do estado de Massachusetts, engenheira e ex-oficial da Marinha dos EUA. Suni foi nadadora, corredora e serviu em esquadrões de helicópteros de combate antes de ingressar na Nasa em 1998. 

Butch Wilmore foi jogador de futebol americano no ensino médio e em uma universidade no Tennessee antes de se alistar na Marinha. É piloto e tem formação em engenharia elétrica. Durante o serviço naval, acumulou 663 pousos em porta-aviões americanos até que a Nasa o recrutou em 2000.

Tanto Williams quanto Wilmore já haviam cumprido duas missões espaciais quando se ofereceram como voluntários para fazer o primeiro voo tripulado da cápsula Starliner.  

Enquanto aguardavam o dia do retorno, deram continuidade ao trabalho na estação espacial. Além de tarefas de manutenção, Butch e Suni conduziram pesquisas científicas voltadas para o estudo do cultivo de plantas no espaço em busca de soluções para fornecer a água e os nutrientes necessários para astronautas no espaço. 

Período de permanência

As missões da Estação Espacial Internacional duram seis meses, em média, mas essa durou nove meses. Porém, esse não foi o período mais longo registrado pela Nasa no espaço. O recorde da agência espacial americana é do astronauta Frank Rubio, que ficou 371 dias seguidos em órbita. 

O cosmonauta Valeri Polyakov ficou 437 dias na estação russa Mir entre 1994 e 1995 e estabeleceu o recorde mundial considerando os registros das duas agências espaciais: Nasa (EUA) e Roscosmos (Rússia). 

Com esta última missão, Suni passa a acumular 322 dias no espaço e detém o recorde feminino de nove caminhadas espaciais. Butch contabiliza mais de 8 mil horas de voo e participação em duas missões espaciais.

Nasa fará missão para antecipar volta de tripulantes “presos” no espaço

A Agência Espacial Americana, Nasa, finalmente confirmou a volta de seus dois tripulantes, os norte-americanos Suni Williams e Butch Wilmore, que estavam presos na Estação Espacial desde junho do ano passado.

Juntamente com a SpaceX, empresa do bilionário Elon Musk, foi anunciado que inclusive antecipará o retorno á Terra, por conta das boas condições climáticas previstas.

Dupla presa há 9 meses

O que seria apenas uma missão de praticamente uma semana, acabou se tornando longos nove meses para os dois tripulantes.

A dupla chegou na estação a bordo da cápsula Starliner, da Boeing, para uma estadia de dez dias, mas falhas técnicas impediram a cápsula de trazê-los de volta.

Na época, como medida de segurança, a Nasa optou por retornar o veículo espacial para a Terra vazio, deixando a dupla de tripulantes sem transporte.

Retorno antecipado para a Terra

Apelidada de missão Crew-9, a Nasa e a SpaceX entraram num acordo para antecipar em um dia sua volta à Terra. Inicialmente iria ser na quarta-feira (19), mas após análise das boas condições climáticas da Flórida, ocorrerá na terça-feira (18).


Missão Crew-10 é lançada para substituir os tripulantes da Crew-9 (Foto: reprodução/Youtube/Nasa)

A Crew-10, tripulação que vai substituir Williams e Wilmore, chegou à Estação Espacial Internacional neste domingo (16). Costumeiramente o grupo recém chegado fica na Estação com o grupo antigo por pelo menos uma semana, mas neste caso, não será necessário, por conta de todo imbróglio desde o ano passado.

O presidente Donald Trump inclusive, solicitou em janeiro deste ano, que Elon Musk trouxesse de volta os dois astronautas, acusando o governo anterior, de Joe Biden, de deixá-los “abandonados” na Estação Espacial.

Portanto, o fechamento da nave será hoje (segunda-feira) por volta das 23:45h e a chegada deve ocorrer amanhã (terça-feira) pelas 19h, lembrando que todo o processo terá transmissão ao vivo diretamente do Youtube da Nasa.

Nasa envia tripulação para resgate de astronautas presos na Estação Espacial Internacional

A Nasa e a SpaceX lançaram a missão espacial Crew-10, com o objetivo de trazer de volta para a Terra os astronautas americanos Butch Wilmore e Suni Williams, presos na Estação Espacial Internacional (ISS) há nove meses. Uma tripulação partiu rumo ao laboratório orbital nesta sexta-feira (14).

Quatro astronautas que substituirão Wilmore e Suni Williams entraram a bordo do foguete Falcon 9 da SpaceX, que decolou por volta das 20h no horário de Brasília do Centro Espacial Kennedy, na Flórida. Os dois astronautas presos na Estação são veteranos da Nasa e ex-pilotos de testes da Marinha americana. Eles foram os primeiros a voar na cápsula Starliner da Boeing com destino ao laboratório espacial em junho de 2024.


Missão Crew-10 trará de volta os astronautas presos na Estação Espacial (Foto: reprodução/Nasa)

No entanto, defeitos no sistema de propulsão do veículo espacial durante o voo obrigaram Wilmore e William a ficar mais tempo do que o planejado na Estação. Inicialmente, a estadia duraria oito dias, mas a Nasa avaliou que seria arriscado trazê-los de volta em setembro, mês em que a cápsula Starliner retornou à Terra com o piloto automático ativado.

A Crew-10 é uma missão corriqueira de troca de tripulação, no entanto, é crucial para trazer de volta os dois astronautas presos no laboratório espacial. O retorno está previsto para o dia 19 de março, alguns dias após a chegada da nova equipe, que pousará na Estação Orbital na noite de sábado (15).

Questões políticas

O presidente Donald Trump e Elon Musk, que é CEO da SpaceX e conselheiro do americano, afirmaram sem provas que o ex-presidente Joe Biden deixou os astronautas no laboratório por motivações políticas. “Viemos preparados para ficar por um longo tempo, embora planejássemos ficar pouco”, afirmou Wilmore, que não acredita que a escolha da Nasa em mantê-los na Estação Espacial foi influenciada pela política. “Isso é o que o programa de voo espacial tripulado da sua nação é”, disse o astronauta, “planejar para contingências desconhecidas e inesperadas. E fizemos isso.”


Elon Musk e Donald Trump (Foto: reprodução/Jim WATSON /AFP)

A Nasa afirmou que manteve a dupla na ISS para manter o nível mínimo de tripulação. Wilmore e Williams têm realizado pesquisas científicas, além da manutenção rotineira no laboratório orbital.

Retorno antecipado

A volta dos astronautas se trata de uma intervenção incomum de Trump e Musk. A Nasa adiantou a missão Crew-10, agendada para 26 de março, e trocou a cápsula da SpaceX atrasada por uma que ficou pronta mais cedo.

A pressão do presidente e do empresário impactou as normas de preparação e segurança da Nasa. O gerente do Programa de Tripulação Comercial da Nasa, Steve Stich, disse que o “ritmo rápido das operações” da empresa de Musk obrigou a Nasa a alterar algumas das formas de avaliação de segurança do voo.

O chefe de operações espacial da Nasa, Ken Bowersox explicou aos repórteres que a agência teve que lidar com alguns “problemas de última hora”, o que inclui a investigação de um vazamento de combustível em um lançamento recente do Falcon 9 da SpaceX e a deterioração de um revestimento em alguns propulsores da cápsula Dragon.

Bowersox admitiu dificuldade da Nasa em acompanhar a empresa de Elon Musk “Não somos tão ágeis quanto eles, mas estamos trabalhando bem juntos.”

Com a chegada da nova tripulação à Estação, Wilmore, Williams e outros dois astronautas – Nick Hague, da Nasa, e o cosmonauta russo Aleksandr Gorbunov – retornarão à Terra em uma cápsula que está conectada à estação desde setembro, como parte da missão Crew-9 anterior.

Nave da SpaceX para voos nos EUA explode pela segunda vez no ano

Nesta quinta-feira (6), houve uma explosão no espaço causada pela espaçonave Starship, da SpaceX, minutos após sua decolagem, o que gerou uma chuva de detritos sobre o Caribe. O tráfego aéreo precisou ser interrompido em regiões da Flórida, por ordem da FAA, a Agência de Aviação dos Estados Unidos. Este é o segundo desastre do ano causado pela tentativa do bilionário Elon Musk de tentar ir para Marte.

Através de registros de internautas, é possível ver o momento em que resíduos inflamados atravessam o céu ao entardecer, próximo do sul da Flórida e das Bahamas. Tudo aconteceu após a Starship ter começado a girar de forma incontrolável no espaço, com os motores desligados, para em seguida se decompor. A tragédia foi registrada pela própria SpaceX, que realizava uma transmissão ao vivo da missão.


Explosão da nave da SpaceX (Vídeo: Reprodução/X/@foxweather)

Falhas da SpaceX

Este é o oitavo teste fracassado da Starship, pouco depois de um mês da sétima explosão originada do texto. A maior parte dos obstáculos aconteceram nas fases iniciais das missões, as quais a empresa havia superado sem problemas. Contudo, a empresa de Musk agora vem passando por um período desfavorável, logo após o bilionário tentar acelerar o programa de ida à Marte, enviando foguetes de 123 metros com pessoas para Marte, já na virada da década.

Devido aos erros e brechas da SpaceX, a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) precisou que aeronaves pousassem na terra nos aeroportos de Fort Lauderdale, Miami, Orlando e Palm Beach, visto a insegurança e acidentes que os detritos de lançamento espacial podem causar. A administração disse ter aberto uma investigação para entender o que houve.

A explosão de março da SpaceX e o oitavo voo

A Starship deixou a Terra aproximadamente às 20h30 do horário de Brasília, saindo das instalações da SpaceX em Boca Chica, no Texas. O booster do primeiro estágio do Super Heavy sobrevoou ao redor da Terra, assim como era esperadora, tendo sigo pego com sucesso por um guindaste da empresa.

Contudo, minutos depois a transmissão ao vivo mostra o estágio superior da nave girando no espaço, enquanto a vista dos motores apresenta que vários estavam desligados. A seguir, a empresa diz que perdeu contato com a Starship.

A empresa comunicou ainda na quinta-feira que o “evento energético” pelo qual a nave passou fez com que diversos motores fossem perdidos, gerando uma perda de controle de altitude, e a subsequente perda de comunicação, cerca de 9 minutos e 30 segundos após a decolagem.

Segundo a SpaceX, não havia materiais tóxicos entre os detritos.

Primeira explosão do ano e o sétimo voo

Em janeiro, a decolagem da empresa terminou aos oito minutos de voo, quando a aeronave explodiu e fez com que chovesse detritos sobre as ilhas do Caribe, fora a danificação de um automóvel nas Ilhas Turks e Caicos.

A regulamentação para que foguetes privados sejam lançados é feito pela FAA, que exigirá que a SpaceX investigue a falha e consiga uma nova aprovação da agência para decolar novamente.

No mês passado a FAA havia concedido a licença para a SpaceX fazer o voo desta quinta-feira, enquanto a investigação da queda de janeiro estava em andamento, tendo dito que a licença da empresa havia sido analisada, tal como os primeiros detalhes da investigação do primeiro acidente, para que o oitavo voo ocorresse.

Nasa faz transmissão ao vivo de pouso do módulo Athena

Nesta quinta-feira (6), um novo marco cresce na corrida espacial. A Nasa transmite ao vivo o pouso do módulo Athena na Lua. Um feito tão esperado por cientistas, entusiastas do espaço e população em geral. As transmissões tiveram início às 13h30 (horário de Brasília) no canal oficial da agência no YouTube, tendo a descida final programada para as 14h32.

Uma viagem além da Terra

O módulo Athena integra a missão IM-2 Nova-C, realizada pela Nasa, que foi lançada na noite da última quarta-feira (26), a partir de um foguete Falcon 9 da SpaceX.

O lançamento ocorreu no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, e trouxe consigo não somente equipamentos de alta tecnologia, mas também nova esperança para descobertas sobre a Lua e o futuro da exploração espacial.

O destino da missão é Mons Mouton, um planalto situado perto do Polo Sul lunar, um lugar de importância para os cientistas porque eles acreditam que tem estocagem de gelo de água, o que pode significar uma oportunidade para missões futuras. 

Se for encontrado gelo, pode ser produzido água potável, oxigênio para respirar e até combustível para foguetes, permitindo que viagens mais longas ao espaço se tornem uma possibilidade. 


Transmissão ao vivo do módulo Athena (Vídeo: reprodução/YouTube/NASA)

A importância da Intuitive Machines

Athena não é uma missão comum da Nasa. O módulo foi desenvolvido pela Intuitive Machines, uma empresa privada, que está situada em Houston e vem se constituindo como uma referência na exploração espacial. 

Até agora, é a única companhia privada que pousou com sucesso em Lua na história do espaço e foi um feito que era feito somente por grandes agências governamentais.

Nesse contexto, a Intuitive Machines destaca sua função na nova era da exploração espacial, onde as corporações privadas atuam em colaboração com as agências espaciais para tornar o deslocamento fora da Terra mais acessível e constante.

Esse modelo de parceria tende a também elaborar projetos em grande escala, entre devidos, o regresso dos astronautas à Lua e até mesmo alguma futura missão a Marte.

Entenda a crucialidade do pouso

Chegada do Athena à Lua, muito mais é do que um simples pouso e sim mais um passo da humanidade no caminho em busca de recursos e tecnologias necessários para a exploração espacial sustentável.

A missão pode trazer dados úteis para o programa Ártemis, que espera levar humanos de volta à Lua nos próximos anos.

Cada nova missão, estamos mais perto de que bases lunares e viagens interplanetárias deixem de ser somente ficção científica para tornarem-se reais.

SpaceX interrompe teste da Starship no momento final do lançamento

O clima era de expectativa. A contagem regressiva estava nos momentos finais, e tudo indicava que a Starship, o foguete mais poderoso já construído, partiria para mais um teste. Mas, de repente, um alerta interrompeu tudo. O lançamento foi cancelado. A decisão foi anunciada ao vivo pela SpaceX, que transmitia o evento para milhares de espectadores.

Sem muitos detalhes, a equipe informou que um problema técnico na nave principal fez com que o voo fosse adiado por pelo menos 24 horas. A missão pretendia testar o lançamento de satélites Starlink simulados pela primeira vez, mas agora os planos precisaram ser reajustados.

Avanços e desafios

Os testes da Starship têm sido uma montanha-russa de emoções. Em janeiro, a SpaceX conseguiu uma manobra considerada essencial: o retorno do Super Heavy à plataforma de lançamento.

Mas nem tudo saiu como esperado. A empresa perdeu contato com a nave pouco antes do pouso, e destroços foram vistos cruzando o céu do Haiti. Por segurança, voos comerciais que passavam pela região tiveram que mudar suas rotas.


Foguete Starship da SpaceX na Starbase em Boca Chica, Texas (Foto: reprodução/Chandan Khanna/Getty Images Embed)


Desde o primeiro lançamento, em abril de 2023, a história da Starship tem sido marcada por tentativas e erros. No primeiro teste, o foguete explodiu ainda acoplado ao propulsor.

No segundo, em novembro do mesmo ano, a separação ocorreu, mas o Super Heavy não resistiu e também explodiu. Com isso, a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) exigiu que a SpaceX fizesse 17 modificações antes de tentar novamente.

Testes cada vez mais ambiciosos

Aos poucos, os avanços começaram a aparecer. Em março de 2024, a Starship conseguiu permanecer no ar por 50 minutos antes de ser destruída.

Em junho, a empresa teve seu primeiro grande sucesso: a nave pousou no Oceano Índico e o propulsor retornou ao Golfo do México, como planejado.

Outro momento histórico veio em outubro, quando a SpaceX conseguiu capturar o Super Heavy no ar, usando os “braços da plataforma”. A ideia é que essa tecnologia ajude a reduzir custos e torne os voos espaciais mais acessíveis.


Foguete Starship da SpaceX é lançado da Starbase, durante seu segundo voo de teste em Boca Chica, Texas (Foto: reprodução/Timothy A. Clary/Getty Images Embed)


O que torna a Starship tão especial

Com 120 metros de altura e 9 metros de diâmetro, a Starship é um gigante da engenharia espacial. Sua capacidade de carga impressiona: pode levar até 250 toneladas, se for descartada ao final da missão, ou 150 toneladas se for reutilizada.

Desde 2019, a SpaceX vem testando esse foguete com a esperança de torná-lo uma peça-chave para exploração espacial. A NASA planeja usá-lo nas missões Artemis, que levarão astronautas de volta à Lua. Mas o verdadeiro sonho da SpaceX é ainda mais ousado: levar humanos até Marte.

Cada lançamento representa um novo capítulo nessa jornada. E, embora o adiamento do teste mais recente tenha sido uma decepção, a SpaceX segue determinada. Agora, resta esperar pela próxima tentativa – e torcer para que tudo saia conforme o planejado.

Elon Musk faz saudação polêmica na posse de Donald Trump

Na última segunda-feira (20), Donald Trump tomou posse do governo dos Estados Unidos, e Elon Musk discursou no evento. A comemoração da posse do republicano ocorreu no ginásio Capital One Arena, onde o dono da Tesla realizou um gesto, supostamente, de saudação nazista, durante sua fala.


Discurso de Elon Musk durante posse de Donald Trump (Vídeo: reprodução/X/@elonmusk)

Elon Musk discursa na posse de Donald Trump

O chefe do Departamento de Eficiência Governamental, criado por Donald Trump, subiu ao palco, animado, pulando, com os braços abertos. Elon Musk celebrou a vitória, discorrendo sobre como não foi fácil, e que foi determinante para todas as pessoas, para a civilização humana no geral.

Musk agradeceu a todos os estadunidenses que votaram em Trump, ressaltando que não teria sido possível sem eles, e agradeceu-os por ter feito com que o futuro com o republicano seja possível. Em seguida, a saudação nazista foi feita, o que chamou a atenção do mundo todo.

O empresário compartilhou o vídeo de seu discurso em postagem no X (antigo Twitter), dizendo que o futuro é empolgante. Futuro este que, segundo o dono da SpaceX, terá cidades e fronteiras seguras.

Propostas de Donald Trump cativam Elon Musk

Durante seu discurso inaugural, o presidente falou sobre os Estados Unidos colocarem uma bandeira em Marte, o que empolgou o dono da empresa SpaceX, responsável por voos espaciais privados, tendo, inclusive, um contrato com o governo estadunidense.

Seguindo a mesma linha, em sua fala, Musk comentou que o momento em que astronautas estadunidenses hastearem a bandeira do país em outro planeta será inspirador.

Ainda em celebração da vitória do atual presidente dos Estados Unidos, a conta de Donald Trump em sua rede social foi restaurada, o que foi comemorado pelo empresário, que exaltou o que chamou de “o retorno do rei”.


Perfil de Donald Trump no X volta à ativa (Foto: reprodução/X/@elonmusk)

A conta de Trump no X (antigo Twitter) havia sido suspensa permanentemente em janeiro de 2021, antes da compra da plataforma pelo dono da Tesla, devido aos riscos de mais incitação à violência. A suspensão aconteceu dois dias depois de apoiadores de Trump terem invadido o Congresso dos Estados Unidos violentamente, o que causou a morte de cinco pessoas.

Empresa de Jeff Bezos ganha permissão para lançamento de foguete

A Blue Origin, empresa administrada por Jeff Bezos e com foco na exploração espacial, recebeu da Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos uma licença autorizando o lançamento do foguete New Glenn.

A empresa, criada por Jeff Bezos, é uma espécie de concorrente da SpaceX, de Elon Musk. Junto com a já citada SpaceX e a Boeing, foi escolhida para missões espaciais de interesse da segurança nacional do país, um dos principais mercados dessas empresas de lançamento espacial.

Lançamentos em Cabo Canaveral

A licença concedida à Blue Origin permite que a empresa realize lançamentos a partir da base de Cabo Canaveral, na Flórida, conhecida por ser amplamente utilizada desde os primeiros programas espaciais.

Ainda nos primeiros meses do próximo ano, a empresa deve realizar uma missão teste como parte do processo para obter a certificação necessária para realizar o lançamento de satélites em órbita, algo obrigatório pela Força Espacial dos Estados Unidos.


Equipe da Blue Origins (Foto: reprodução/Getty Images News/Mario Tama/Getty Images Embed)


Além de atuar no mercado de lançamentos espaciais, a Blue Origin também vem investindo na tecnologia de reutilização de foguetes, buscando reduzir custos e aumentar a sustentabilidade das viagens espaciais. O foguete New Glenn é projetado para ser parcialmente reutilizável, um diferencial que alinha a empresa às tendências atuais do setor aeroespacial, que busca formas de economizar em seus lançamentos.

Foguete New Glenn e peça-chave para empresa de Bezos

O foguete New Glenn vem sendo considerado uma peça-chave na estratégia da Blue Origin. Com capacidade para transportar grandes cargas e realizar missões em diferentes órbitas, ele está sendo desenvolvido para atender tanto a clientes governamentais quanto privados, ampliando as possibilidades de uso comercial do espaço.

A expectativa é que, com o sucesso da missão teste, a Blue Origin venha a fortalecer sua posição competitiva em um mercado cada vez mais disputado.