Governo Russo autoriza criação de novo aplicativo de mensagens estatal

Nesta terça-feira (24), foi aprovado um novo projeto de lei pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, que tem como objetivo autorizar a criação de um novo sistema de mensagens estatal, visando que o governo russo se torne menos dependente de aplicativos ocidentais, como WhatsApp e Telegram.

A Rússia busca alcançar soberania e independência digital, após ver diversas startups e empresas de tecnologia deixarem o mercado de ações russos mediante às invasões ucranianas, em 2022. Com isso, a solução encontrada por Putin é de desenvolver com seus próprios recursos novas tecnologias capazes de substituir aplicativos de mensagem ocidentais, por exemplo, entre outros meios de comunicação e aplicativos.

O novo App

De acordo com legisladores russos, o aplicativo que está sendo desenvolvido, cujo nome ainda não é conhecido, deve oferecer além das funcionalidades básicas já presentes em outros aplicativos (como WhatsApp e Telegram), como mensagens de texto, de áudio, imagens e vídeo chamadas. Outras funcionalidades exclusivas devem estar presentes no aplicativo, segundo os russos.

No entanto, especialistas de segurança apontam que, pelo fato do governo exercer um controle 100% estatal sobre o app, pode acarretar um risco à privacidade e à liberdade dos cidadãos russos. O governo brasileiro também teve a ideia da criação de um aplicativo de mensagens estatal, porém, seu direcionamento foi apenas aos funcionários públicos federais.


Presidente da Rússia, Vladimir Putin, aprovou projeto de lei para criação de novo aplicativo de mensagens estatal (Foto: Reprodução/Gavriil Grigorov/Getty Images Embed)


Medidas do governo

De acordo com Mikhail Klimarev, diretor da Sociedade de Proteção à Internet, é estimado que a Rússia tome providências para que as pessoas migrem dos aplicativos de mensagem tradicionais para esse novo sistema. Uma das estratégias utilizadas é a diminuição da velocidade do WhatsApp e do Telegram no país, por exemplo.

Em um cenário hipotético, caso o aplicativo do governo atinja um número considerável de usuários, o governo russo pode fazer uma mudança radical, bloqueando os demais aplicativos de mensagem ocidentais, gerando um cenário de migração obrigatória da população para o novo serviço.

16 bilhões de senhas são reveladas no maior vazamento de dados

Pesquisadores da Cybernews descobriram um vazamento de dados que divulgou 16 bilhões de credenciais de login e senhas de contas das mais diversas empresas, como Google, Apple, Facebook, Telegram, GitHub, incluindo até mesmo serviços governamentais.

Os pesquisadores apontaram 30 conjuntos de informações inéditos, com dados que variam entre dezenas de milhões e 3,5 bilhões. O Google sugeriu que os usuários trocassem suas senhas, e o risco sobre links falsos foi notificado via SMS pelo FBI.


Vazamento de dados divulgado pela Cybernews diz que usuários devem se preocupar com suas contas e especialistas averiguam o dado (Foto: reprodução/Freepik/@freepik)

O vazamento de dados

O site The Independent ouviu especialistas sobre o tema, que informaram que os dados roubados não são antigos, mas sim novos, e com alto potencial para exploração e possíveis usos. Os dados foram coletados por meio de infostealers (“ladrões de informações”, em tradução livre), que são malwares capacitados para o roubo de dados.

A maioria dos dados estava disposto em URLs, e em seguida constavam os logins e senhas; desta forma, o acesso a basicamente qualquer serviço online era realizado imediatamente.

Por mais que a exposição tenha durado pouco, o impacto para os usuários pode ser longo. Assim, o ideal é que se use um gerenciador de senha para gerar uma senha forte para sua conta; ativar a autenticação de dois fatores, garantindo maior segurança a conta, e notar qualquer atividade suspeita, como um login ou dispositivo desconhecido.

Os pesquisadores informam que este vazamento de dados é o início de um projeto de exploração em massa, tratando-se de uma inteligência nova e armamento inédito que cresce cada vez mais.

Reação de especialistas

Desde que a notícia sobre o vazamento de dados foi postada pela Cybernews, especialistas analisam a veracidade da informação; seja pelo número exorbitante informado, ou pelo fato de todos os dados serem recentes. A data de todos os registros roubados não foi comentada pela empresa, que notou somente que existem alguns dados de 2025.

Em sua conta do X, um perfil conhecido por sua contribuição na cibersegurança conta que se trata de um compilado de dados que já haviam sido vazados.


Especialista de cibersegurança fala sobre o “megavazamento” de dados (Foto: reprodução/X/@vxunderground)

O comentário é afirmando por Alon Gal, CTO da Hudson Rock, que disse que é uma junção de logins antigos e informações falsas, que provavelmente foram “inventadas”.

Pedofilia no Telegram: redes de abuso infantil contam com 1,25 milhão de usuários

Mais de 1 milhão de usuários estão envolvidos em redes de pedofilia no Telegram, em que imagens de abuso infantil são trocadas com facilidade. A ausência de medidas de segurança na plataforma contribui para a proliferação desse tipo de crime.

Especialistas em segurança digital entregam ao Ministério Público Federal um relatório alarmante, destacando a participação de brasileiros nos grupos de pornografia infantil e os perigos que o Telegram representa para crianças e adolescentes.


Pessoas compartilham imagens de abuso sexual infantil no Telegram (Vídeo: Reprodução/ YouTube/ g1)

Falhas na segurança do Telegram

Um relatório da SaferNet Brasil revelou a existência de 41 comunidades no Telegram, com diálogos e trocas de material explícito envolvendo crianças. Durante três meses de pesquisa, de julho a setembro de 2024, a ONG identificou mais de 1,25 milhão de usuários nesses grupos, em que metade das palavras trocadas estavam em português, destacando a forte participação de brasileiros.

A plataforma tem sido criticada por sua ausência de moderação eficaz. Thiago Tavares, presidente da SaferNet afirmou que:

Não há times de segurança, canais de denúncias apropriados ou ferramentas de detecção de conteúdo criminoso no Telegram“.

Essas falhas tornam a rede uma zona de conforto para criminosos que compartilham e compram material ilegal.

Facilidade para criminosos e omissão da empresa

O presidente da SaferNet explicou que imagens de crianças postadas inocentemente nas redes sociais podem ser manipuladas com ferramentas de inteligência artificial, transformando-as em conteúdo de exploração sexual. A falta de ferramentas de controle e denúncias permite que esse tipo de crime ocorra livremente.

Pavel Durov, fundador do Telegram, enfrenta processos legais. Em agosto de 2024, ele foi preso na França por não coibir os crimes na plataforma, sendo acusado de omissão. Embora tenha sido libertado, ele está proibido de deixar o país.

Impactos no Brasil e ações legais

No Brasil, autoridades como a Polícia Federal estão intensificando o combate a crimes de pedofilia online. Em setembro de 2024, a operação Terabyte foi deflagrada, resultando em diversas prisões e apreensões em todo o país. Entretanto, a luta contra a pedofilia na internet é um desafio constante, e especialistas pedem mais rigor das plataformas e governantes.

A ausência de moderação e a omissão de grandes plataformas de mensagens destacam a necessidade urgente de regulamentação para proteger crianças e adolescentes desse tipo de exploração. A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos e pressiona por ações mais rigorosas contra esses crimes.

X, Telegram, Tiktok e outras redes sociais então sendo processados

Recentemente, o X foi proibido no Brasil por descumprir uma ordem judicial, enquanto Pavel Durov, fundador do Telegram, foi detido na França por não impedir o uso indevido da plataforma. Nos EUA, o Google perdeu um processo relacionado a práticas desleais, e o TikTok pode ser proibido já no ano que vem. Na Europa, as grandes empresas de tecnologia enfrentarão um aumento significativo das supervisões devido a novas regulamentações.

Nuria López, cofundadora da Technoethics, afirma que o aumento da responsabilização das grandes empresas de tecnologia é um processo contínuo que exige um equilíbrio entre governança e tecnologia. Ela observa que o Brasil enfrenta desafios parecidos aos dos EUA e da França. Segundo Nuria, as inovações tecnológicas progridem mais rapidamente do que as legislações, o que justifica a longa ausência de pressão judicial sobre as big techs.

Elon Musk e o aplicativo X

Após intensificar sua resistência ao Supremo Tribunal Federal, Elon Musk sinaliza que cumprirá as determinações da Justiça brasileira, contratando um escritório de advocacia, reativando contas suspensas e nomeando um representante legal no Brasil. Simultaneamente, Pavel Durov, fundador do Telegram, foi preso na França por permitir o uso criminoso da plataforma, mas libertado sob fiança de € 5,5 milhões, com restrições de deslocamento e obrigação de se apresentar à polícia.


Elon musk dono do X (foto: reprodução/Instagram/@elonmuskoficia)

A prisão de Pavel Durov, baseada em uma lei promulgada há pouco mais de um ano, prevê a responsabilização criminal de plataformas que não coíbem o uso criminoso de seus serviços. Tanto Durov quanto Elon Musk defendem uma liberdade de expressão irrestrita, o que resultou em menores padrões de segurança no X e em pouca moderação de conteúdo no Telegram.

Processo do tiktok

O TikTok está sendo processado nos EUA pela morte de uma menina de 10 anos que participou do “desafio do apagão”, com um Tribunal de Apelações decidindo que o caso pode prosseguir. Essa decisão é significativa, já que a legislação americana geralmente protege plataformas de responsabilização por conteúdo postado, mas o juiz argumentou que o TikTok pode ser responsabilizado por suas escolhas na promoção desses vídeos.

Simultaneamente, uma nova lei exige que o TikTok corte laços com a China ou venda suas operações nos EUA, sob pena de banimento em janeiro, com a empresa já contestando essa legislação na Justiça. Vicente Bagnoli, professor de Direito, analisa que esses casos—envolvendo TikTok, X, Telegram e Meta—revelam uma crescente preocupação com o poder das big techs. Ele destaca que o caso Cambridge Analytica, em 2018, foi um marco, pois evidenciou como plataformas como o Facebook podem manipular dados pessoais e influenciar processos democráticos, levando a uma maior conscientização sobre a necessidade de regulamentação e responsabilização.

Justiça francesa decide sobre prisão de Pavel Durov

Nesta quarta-feira (28/08), a justiça da França decidirá se Pavel Durov, dono do Telegram, será acusado e assim decretar sua prisão preventiva. O fundador do Telegram está sob a custódia da polícia desde sábado (24/08) e foi transferido hoje na parte da tarde para o Palácio da Justiça, tendo em vista a possível prisão preventiva.

O empresário de 39 anos, foi detido pela polícia francesa no aeroporto Le Bourget, localizado na região norte da França. Pavel Durov é acusado de não ter tomado nenhuma ação contra a disseminação de conteúdos classificados como criminosos. Vale ressaltar que o bilionário russo é dono do Telegram, a plataforma tem 900 milhões de usuários.


O fundador do Telegram, Pavel Durov, durante um evento (Foto: Reprodução/Nadine Rupp/Getty Images Embed)


Motivos para prisão de Pavel Durov

A investigação contra Pavel Durov foi iniciada em 8 de junho deste ano, o caso está sendo liderado pelo Centro de Combate ao Crime Digital (C3N) e o Escritório de Nacional Antifraude (Onaf).

O fundador do Telegram é acusado de ser cúmplice de 12 crimes, dentre eles estão a de tráfico de drogas, crime organizado, lavagem de dinheiro, fraude, promoção do terrorismo e abuso sexual infantil.

A principal motivação para a prisão de Pavel Durov seria a de que a sua empresa, Telegram, estaria se recusando a cooperar com as autoridades e combater este tipo de conteúdo no aplicativo.

Quem é Pavel Durov

Pavel Valeryevich Durov nasceu em 1984 em São Petersburgo, e atualmente reside em Dubai, local onde as redes do Telegram estão localizadas.

O bilionário russo de 39 anos, é conhecido por ser um dos pioneiros em tecnologia na Rússia. Isso por conta de Pavel Durov ter criado com 22 anos a maior rede social russa, VKontakte, e ter sido um dos fundadores do aplicativo de mensagens, Telegram.

Após a criação do VK e do Telegram, Pavel Durov virou uma pessoa influente na área da tecnologia, e sua fortuna pode chegar a US$ 15,5 bilhões (cerca de R$ 85 bilhões) segundo informações da revista Forbes.

Fundador do telegram, Pavel Durov, foi preso na França

Pavel Durov, cidadão russo, francês, são-cristovense e Emiradense foi preso na França no último sábado (24), quando descia de um jato particular no aeroporto de Le Bourget, nos arredores de Paris, de acordo com a mídia francesa Durov, autoridades tinham um mandado de busca contra o empresário, que foi emitido com base em uma investigação preliminar, pelo fato do empresário fundador e CEO do aplicativo de mensagens Telegram não ter barrado o uso do aplicativo para fins criminosos como, venda ilegal de substâncias ilícitas, trafico humano de crianças e adultos e fraudes, até o momento a equipe do empresário não contactou a embaixada russa da França, mas a própria estatal russa Tass, já toma medidas necessárias para esclarecer os fatos.

Fundador do Telegram tem mais de 100 ‘filhos’

No dia 19 de julho, Pavel Durov, fundador do aplicativo telegram surpreendeu todos com a revelação que tem mais de 100 ‘filhos’ biológicos espalhados em 12 países, graças ao sistema de doação de espermas, sua iniciativa se deu quando um casal de amigos estavam com problema de fertilidade e quando o empresário foi atras de mais informações ficou sabendo através de médicos que seu material biológico é de alta qualidade e estava em falta nas clinicas logo, “meu dever cívico doar mais esperma para ajudar anonimamente mais casais. Isso soou louco o suficiente para eu me fazer inscrever”, escreveu ele em seu canal do telegram.


Relato do fundador do Instagram, sobre os seus 100 ‘filhos’ (Foto: reprodução/Telegram/Du Rove’s Channel

Criação do Telegram

O telegram foi criado em 2013 por uma dupla de irmãos Pavel Durov e Nikolai Durov, que é matemático e programador, a plataforma foi criada com intuito de os dois irmãos se comunicarem de forma segura e a ideia surgiu logo após as forças espaciais russas tentarem invadir sua casa; A dupla também fundou a rede social VKontakte” ou “VK”, a maior da Rússia, Em 2014, Durov precisou deixar o país pois se recusara a cumprir as exigências do governo para fechar comunidades de oposição na VK, que ele vendeu. Atualmente, a sede do Telegram fica em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O aplicativo tem 900 milhões de usuários.

Matéria por Ailton Liam (Lorena -R7)

Ucrânia revela que Rússia usa civis como “escudos humanos”

Desde a semana passada, os russos intensificaram seu ataque ao norte da Ucrânia, atravessando a fronteira para a mais nova tentativa de invadir e tomar Kharkiv, a segunda cidade mais populosa do país, e segundo informações das autoridades ucranianas, as forças inimigas estão utilizando civis com prisioneiros e ‘’escudos humanos’’. 

Comunicados oficiais

Em um comunicado à emissora pública Suspilne News, o chefe do departamento de investigação da polícia regional de Kharkiv, Serhii Bolvinov, feito nessa sexta-feira (17) revelou à informação do ataque em Vovchansk, localizada na região norte de Kharki. 

Cerca de 40 civis, em sua maioria pessoas idosas, foram capturadas e mantidas em um porão, próximo ao “quartel-general de comando”, com a finalidade de serem usadas como “escudos humanos.” 

Também contou que os civis foram interrogados por funcionários do FSB, a agência de segurança doméstica da Rússia, e que um dos moradores idosos de Vovchansk foi morto pelos soldados após se recuar a obedecer às ordens e tentar fugir a pé. 


Soldado resgata civil em Vovchansk ( Foto: reprodução/Stringer/Reuters)

No dia seguinte, Ihor Klymenko, o ministro do Interior da Ucrânia, revelou o ocorrido através do seu canal do Telegram: 

“Sabemos dos primeiros casos de execuções de civis pelos militares russos”, disse Klymenko no post da plataforma, acrescentando: “Em particular, um dos moradores de Vovchansk tentou escapar a pé, se recusou a obedecer aos comandos dos invasores – os russos o mataram.” 

Problemas no armamento

O recente ataque acontece em um mês difícil para o país, o tempo seco foi agravado a falta de soldados, escassez nas forças militares e defesas aeras inadequadas, facilitando ataques da artilharia e das unidades mecanizadas russas. 

Vadym Skibitsky, O vice-chefe da Inteligência de Defesa da Ucrânia revelou ao jornal Economist na última semana: “Nosso problema é muito simples: não temos armas. Eles sempre souberam que abril e maio seria um momento difícil para nós.” 


Vadym Skibitskyi em entrevista (Foto: reprodução/Turkiye Newspaper)

Devido aos problemas militares na Ucrânia, os Estados Unidos anunciaram o auxílio de 400 de dólares para armas de defesa aérea e outras armarias.   

Após ordem judicial, Apple recolhe WhatsApp e Threads da loja de aplicativos da China

Acatando à diretriz recebida pelo governo da China, os aplicativos da Meta, WhatsApp e Threads, foram retirados do país. A medida ocorreu pelo receio do governo para com a segurança nacional.

Fora os dois aplicativos da Meta, os aplicativos de mensagem Telegram e Signal também foram recolhidos, demonstrando que o governo chinês é intolerante para com os serviços de mensagens estrangeiros, considerando que estes estão longe de seu alcance, não sendo possível controlá-los.

Apesar da ordem judicial recebida, não ficou claro como o WhatsApp e o Threads causaram apreensão quanto à segurança da população chinesa.

Ainda assim, a Apple acatou com o pedido, relatando serem obrigados a seguir as leis dos países em que estão, mesmo não apoiando.

Nem a Administração do Ciberespaço da China, e nem a Meta se pronunciaram.

Em Hong Kong e Macau os aplicativos permanecem disponíveis, por se tratar de regiões independentes.

Aplicativos de mensagem na China

A desabilitação dos aplicativos estrangeiros no país pode não afetar tanto o povo, pois, o serviço de mensagens mais utilizado na China é o WeChat, da empresa Tencent.


Celular com o aplicativo WeChat (Foto: reprodução/Unsplash)

O bloqueio de aplicativos de outros países não é de hoje, sendo possível utilizá-los somente por meio de redes virtuais privadas ou outros meios.

Tanto a internet, quanto os veículos de comunicação, são monitorados criteriosamente pelo governo chinês e, todos os dias, os sensores eliminam conteúdos que criticam a política estatal ou que podem gerar descontentamento.

Pressão competitiva local

Fora a preferência pelo aplicativo de mensagens local, a Apple também vem sofrendo com a queda de compras de iPhones na China.

Na primeira semana deste ano, houve uma queda de 30% nas vendas de seus smartphones, a qual está diretamente correlacionada ao crescimento da venda de seus rivais locais, como a Huawei.

Mesmo com os descontos fornecidos pela empresa, como a baixa de 16% no preço do iPhone 15 Pro e do iPhone 15 Pro Max, a Huawei obteve um acréscimo de 6% na participação do mercado no último trimestre de 2023.

Aplicativo Telegram segue rumo a 1 bilhão de usuários

O Telegram, liderado pelo seu fundador Pavel Durov, está caminhando para ultrapassar a marca de 1 bilhão de usuários ativos mensais dentro do próximo ano, de acordo com declarações feitas pelo bilionário em uma entrevista recente.

Telegram como fonte de informações

Durov, cuja fortuna é estimada em US$ 15,5 bilhões, é proprietário integral do Telegram, uma plataforma de mídia social que ganhou destaque por sua postura de neutralidade e resistência a pressões governamentais.

Desde que deixou a Rússia em 2014, após se recusar a cumprir demandas de fechamento de comunidades de oposição ao governo em sua plataforma anterior, o VK, Durov tem mantido o Telegram como uma “plataforma neutra”, rejeitando qualquer envolvimento em questões geopolíticas. No entanto, o aplicativo se tornou um ponto focal para informações não filtradas, por vezes gráficas e enganosas, especialmente durante eventos como a invasão russa à Ucrânia em 2022.


Usuário acessando o Telegram (Foto: reprodução/Getty Images Embed/AFP Contributor)


O Telegram se destacou como uma fonte crucial de informações sobre o conflito ucraniano, com o presidente Volodymyr Zelenskiy publicando discursos diários em vídeo e as forças armadas ucranianas alertando sobre ataques e documentando o progresso no campo de batalha. Por outro lado, o Kremlin também usa a plataforma para divulgar atividades do presidente Vladimir Putin, enquanto a oposição russa busca apoio por meio dela.

Desinformações e manipulação

No entanto, o sucesso do Telegram não vem sem críticas. O aplicativo tem sido acusado de ser uma ferramenta de desinformação e manipulação, levando alguns países, como a Ucrânia, a considerar regulamentações mais rígidas para redes sociais, incluindo o Telegram. Durov, por sua vez, nega qualquer controle do governo russo sobre o aplicativo, afirmando que tais alegações são rumores espalhados por competidores preocupados com o crescimento da plataforma.

Além das controvérsias geopolíticas, Durov também enfrentou desafios pessoais, incluindo um incidente em São Francisco onde foi atacado por homens que tentaram roubar seu telefone. Ele também alega ter recebido atenção das agências de segurança dos Estados Unidos, incluindo o FBI, que teriam tentado contratar um de seus engenheiros para encontrar uma brecha na segurança da plataforma. O FBI não comentou as alegações.

Enquanto isso, o Telegram continua a crescer em popularidade, com planos potenciais de uma listagem de ações nos Estados Unidos no horizonte, uma vez que a empresa atinja a lucratividade. Com sua postura de independência e uma base de usuários em constante expansão, o futuro do Telegram parece promissor, mesmo em meio a desafios e controvérsias.

Google e Telegram manipulam informações em campanha antiprojeto de lei, segundo PF

Nesta quarta-feira (31), foi encaminhado ao STF (Supremo Tribunal Federal) pela PF, um relatório que aponta abuso de poder econômico e violação ao direito do consumidor por parte de empresas de tecnologia, como Google e Telegram.

Busca por evidências da ação

Após realizarem uma grande investigação, foi concluído pela PF (Polícia Federal) que a Google e o Telegram, executaram o ato de abuso de poder econômico e violação ao direito do consumidor em maio de 2023 ao lançarem uma campanha opositora à aprovação de um projeto chamado, PL das Fake News, que tem como objetivo regulamentar as redes sociais.

Os investigadores analisaram não apenas textos anteriormente divulgados pelas big techs, mas também colheu depoimentos de seus representantes e examinaram um estudo feito pelo Laboratório de Estudos de Internet e Mídia Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).


Agente e unidade da Polícia Federal (foto: reprodução/diariodonordeste.verdesmares)

Através das pesquisas realizadas, a PF foi capaz de afirmar que as empresas envolvidas no caso realizaram o uso de “artifícios” em campanha contra o projeto de lei, que por sua vez deixam seus anunciantes e usuários vulneráveis ao visar resguardar seus interesses econômicos.

Ações carregadas de desinformação

Em maio do ano passado, as empresas de tecnologia citadas publicaram uma mensagem recheada de desinformação aos seus usuários, criticando o tema do projeto, mensagem essa com alto grau de manipulação.

“O Brasil está prestes a aprovar uma lei que irá acabar com a liberdade de expressão. O PL 2630/2020 dá ao governo poderes de censura sem supervisão judicial prévia” – divulgou o Telegram na época, enquanto a Google também incorporava em sua página inicial uma mensagem contra a aprovação do projeto, dizendo que este iria “aumentar a confusão entre o que é verdade e mentira no Brasil” e que sua aprovação serviria para “proteger quem produz desinformação, resultando na criação de mais desinformação”.

Após a análise de todos os dados fornecidos e encontrados, a Polícia Federal concluiu que as ações das “big techs” não apenas são questionáveis com base nas éticas comerciais, como também apresentam abuso de poder econômico, possível violação contra a ordem consumerista e manipulação de informações, como já citado.