Aeronave cai em Vinhedo e 62 pessoas a bordo morrem

Nesta sexta-feira (9), ocorreu um acidente fatal em que uma aeronave transportando 62 pessoas, despencou, sem deixar sobreviventes, segundo o relato das autoridades locais. A tragédia aconteceu na região de Vinhedo, São Paulo, no condomínio privado Recanto Florido, do bairro Capela, no período da tarde de hoje. No interior da aeronave havia um total de 62 indivíduos, sendo quatro membros da tripulação e 58 passageiros.

Conforme a informação divulgada por Osmir Cruz, secretário de Segurança da cidade onde ocorreu a queda, a aeronave caiu nos arredores de uma casa onde havia pessoas no interior, contudo, nenhuma delas se feriu durante o desastre.


Momento da queda da aeronave (Vídeo: reprodução/YouTube/@Campos24Horasoficial)

Detalhes do voo

Segundo a empresa responsável pela aeronave que realizava o voo Cascavel rumo Guarulhos, a Voepass Linhas Aéreas, anteriormente, Passaredo, o modelo do avião era um ATR-72, turboélice, para transporte de passageiros civis.


Modelo de aeronave que sofreu o acidente (Foto: reprodução/Claudia Vitorino/arquivo pessoal)

Comunicado público da Voepass

A companhia aérea veio a público se manifestar a respeito do acidente ocorrido na tarde desta sexta-feira (9), e declarou que está oferecendo todo tipo de apoio aos afetados pela tragédia. Em seguida, revelou que ainda não possui dados e nem informações sobre a causa do acidente, assim como também, não tinha ciência do estado das pessoas que seguiam a bordo.

Prefeitura de Vinhedo–SP divulga mais informações sobre a tragédia

As autoridades do local onde ocorreu a queda do avião da Voepass, divulgaram que nenhuma pessoa que estava a bordo sobreviveu ao desastre. Entretanto, o governo do estado não reforçou as informações, mas disse estar dando apoio ao enviar ajuda a localidade da ocorrência.

Segundo as autoridades paulistas, as Polícias Civil e Militar e a Superintendência da Polícia Técnico-Científica já se prontificaram para realizar o resgate das possíveis vítimas do acidente. Também, a Equipe do Instituto Médico Legal e os profissionais competentes para recolher os corpos já estão preparados para se dirigirem ao local da queda, e exercerem suas funções.  


Minutos após a queda do avião (Foto: reprodução/G1/arquivo pessoal)

Reforços a caminho e empreitada de trabalho em conjunto

A FAB (Força Aérea Brasileira), anunciou que o Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV), órgão regional do Cenipa, SP, já estão a postos para se ajuntarem a “Ação Inicial da ocorrência”.

Segundo relatado pela Polícia Militar, o chamado acerca do acidente aéreo ocorreu por volta das 13h28, no qual foi informado o endereço em que havia acontecido a queda da aeronave. Diante disso, foram enviados os profissionais competentes, até a região, como a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil para procederem consoante o protocolo para esse tipo de situação.

Rio Grande do Sul trabalha preventivamente para evitar novas tragédias

Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, organizou uma força tarefa em Porto Alegre, determinando o deslocamento de frotas e equipes de resgate para regiões mais vulneráveis: Vales do Caí e do Taquari, Serra Gaúcha e Litoral Norte. A Defesa Civil emitiu um alerta sobre novos eventos extremos até as 10h de quarta-feira (19).

Em virtude dos últimos episódios de chuva na região, o estado gaúcho quer prevenir que outras tragédias aconteçam. Medidas importantes foram definidas em reunião na Sala de Situação da Defesa Civil Estadual.

Trabalho preventivo especializado

De acordo com as previsões da Sala, há riscos de novas enchentes nos Vales do Caí e do Taquari, e deslizamentos na Serra Gaúcha e Litoral Norte. Por esse motivo, tropas especializadas em áreas deslizadas e cães de buscas estão sendo destacados.

Ainda conforme a previsão, até amanhã, as chuvas volumosas colocam em estado de alerta os moradores da região hidrográfica do Guaíba, envolvendo os rios Taquari e Caí, já acima da cota de inundação, podendo atingir níveis mais críticos.


Alerta Defesa Civil do RS (reprodução/Instagram/@defesacivilrs)


Na região hidrográfica do Uruguai, os rios apresentam condições de normalidade, com exceção do Rio Ijuí, o qual está sob observação.

Os temporais provocarão ventos que podem ultrapassar os 70 quilômetros por hora nas regiões das Missões, Campanha, Vales, Serra Gaúcha e noroeste do estado. Na metade sul, podem variar de 40 a 50 km/h.

Evento microexplosão

No último final de semana, aconteceu uma microexplosão, fenômeno caracterizado por chuva volumosa em curto espaço de tempo, geralmente acompanhada de rajadas de ventos, em São Luiz Gonzaga. O evento afetou cerca de 15 mil pessoas, deixou 400 desalojadas e uma ferida.

Os meteorologistas alertam que, embora a repetição de eventos extremos como os ocorridos na enchente do último mês seja improvável, os volumes de chuva previstos para os próximos dias devem ser monitorados.

Deslizamento de terra deixa 30 pessoas desaparecidas e 6 mortas no Equador

No último domingo (16) algumas partes da América do Sul e América Central foram atingidas por fortes tempestades devido a baixa pressão. Um desses países atingidos foi o Equador que sofreu com um deslizamento de terra. Segundo informações divulgadas pelas autoridades do Equador em um balanço inicial, até agora o deslizamento já deixou seis pessoas mortas e outras 30 ainda não foram encontradas. 

Grande magnitude 

A Secretaria Equatoriana de Gestão de Riscos informou que a catástrofe foi considerada de grande magnitude e aconteceu no centro do país, na cidade de Baños de Agua Santa, zona turística da província de Tungurahua. “Minha solidariedade com todas as famílias que foram afetadas”, escreveu Roberto Luque, ministro de obras públicas do Equador, em um post na rede social X (antigo twitter). 


Cidade de Baños de Agua Santa, atingida pelo deslizamento de terra no Equador. (Foto: reprodução/Jopstock/Getty Images Embed)


Baixa pressão atmosférica

O fator causador do deslizamento de terra foi uma forte tempestade. E a mesma aconteceu devido a baixa pressão atmosférica que atingiu partes da América Central e do Sul no domingo (16). Acidentes como esse já haviam sido previstos, tendo em vista que sabendo da baixa na pressão, vários países alertaram para o aumento do risco de deslizamentos de terra, quedas de rochas e inundações do tipo.

Após a tragédia vários balneários foram fechados, assim como a principal estrada que dá acesso à região. As chuvas ainda continuam, o que dificulta o trabalho de resgate. Os rios da região ainda estão a ponto de transbordar. E os sedimentos levados pela água deixaram três hidrelétricas fora de serviço. De acordo com o ministro de obras públicas, Roberto Luque, “Isso torna necessário fazer cortes de energia, cuja magnitude e duração será definida pelas empresas distribuidoras”. O governo do país disse que as fortes chuvas também aconteceram em outras regiões do país, também deixando estragos.

Terremoto abala o centro do Japão

Um terremoto de magnitude aproximada de 5.9 atingiu o centro do Japão nesta segunda-feira (03), na prefeitura de Ishikawa, na península de Noto. A Agência Meteorológica do país não soltou avisos de tsunami. 

O epicentro aconteceu na Península de Noto, às 6h31 do horário local. A área já havia sido afetada por um grande terremoto em 1° de janeiro. Neste dia, quase 100 mil pessoas foram evacuadas em nove províncias e outras 230 foram mortas pela tragédia. Nas regiões costeiras japonesas de Ishikawa, Niigata e Toyama emitiram alertas de tsunami.

O tremor não foi sentido em Tokyo, capital do Japão, mas alertas foram enviados para aparelhos móveis dos moradores. 


Casa destruída por terremoto no Japão em 1° de janeiro. (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Buddhika Weerasinghe)


Tsunami atingiu usina de Fukushima em 2011

O Japão já foi abalado por um tsunami devastador causado por um terremoto de 9 graus de magnitude no Oceano Pacífico que empurrou a ilha de Honshu, a maior do Japão, 2,4 metros para leste. A força das águas atingiu a usina de Fukushima, localizada a 260 quilômetros ao norte de Tóquio, que ocasionou em um acidente nuclear. 

O tsunami causou a morte de mais de 18 mil pessoas e 160 mil habitantes precisaram ser retirados das proximidades da usina. A movimentação de terra, de 50 metros, nas placas tectônicas da Eurásia e do Pacífico foi a maior já registrada em um terremoto, que elevou o mar e criou enormes ondas que atingiram o Japão.


Destroços da tragédia de 2011 no Japão. (Foto: reprodução/Patrick Fuller/Japanese Red Cross/IFRC/Getty Images Embed)


Essa foi a maior catástrofe japonesa desde 1945, quando as bombas atômicas foram lançadas em Hiroshima e Nagasaki. 

Tecnologia contra terremotos 

O país passou por muitos tremores que causaram grandes destruições em seu território. Depois dos grandes tremores de 1923 em Tóquio, que mataram aproximadamente 140 mil pessoas, os japoneses passaram a investir em infraestrutura e tecnologia.

Chamado de “isolamento sísmico”, as construções japonesas possuem um sistema de proteções na base de suas estruturas e amortecedores para que construções suportem os abalos a partir da absorção de energia. 

Marinha do Brasil e dos EUA se unem em operação pelas vítimas do Sul

A operação, entre a marinha do Brasil e dos Estados Unidos, ocorreu na última segunda-feira (27) há 110 km da costa gaúcha, a união entre os dois países em prol das vítimas do Rio Grande do Sul, foi realizada para doações de alimentos, água, ração animal e produtos de higiene e limpeza.

O feito inédito realizado no meio do oceano atlântico, foi coordenado pela Marinha do Brasil, a instituição utilizou o maior navio de guerra da América latina, o “Atlântico” Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) e recebeu as 15 toneladas de carga içadas por helicópteros, que decolaram do Porta-Aviões Nuclear George Washington.


Detalhes sobre a operação envolvendo a Marinha do Brasil e dos EUA (Foto: reprodução/YouTube/Jovem Pan News)

A operação que pode ser comparada típica de guerra, partiu da Marinha dos EUA, que ao passar pela costa brasileira, se solidarizou diante da calamidade pública que devastou o Rio Grande do Sul, deixando vítimas desalojadas em situação vulnerável por todo o estado.

A ação fortalece os laços entre a Marinha do Brasil e dos Estados Unidos, reforça ainda os 200 anos de relação diplomática entre os dois países, declarou o contra-almirante Nelson Leite.

Detalhes da operação

O Navio Atlântico saiu do porto do Rio de Janeiro com donativos para as vítimas da tragédia, e estava ancorado no porto de Rio Grande desde o dia 8 de maio, também é utilizado como hospital de campanha e heliporto para 4 helicópteros em operação humanitária de vítimas isoladas.

Na operação os navios mantêm uma distância de segurança de 500 metros, as aeronaves por sua vez, pairam em uma altura de 3 metros para descarregar os donativos, o tempo de percurso entre uma embarcação e outra, dura cerca de cinco minutos.


Chegada do porta-aviões americano ao Rio de janeiro (Vídeo: reprodução/ YouTube/Metrópoles)

Foram ao total 31 viagens, sendo 16 realizadas por aeronaves brasileiras e 15 americanas.

A embarcação americana de 333 metros que carrega mais de 70 aviões, seguirá uma rota alternativa pelo Japão, visto que o navio é grande demais para passar pelo canal do Panamá, rota mais curta até os EUA.

Ajuda da Marinha ao RS

Segundo os dados da Marinha brasileira, desde o dia 30 de abril, início das operações humanitárias, a instituição disponibilizou 2 mil militares, 11 helicópteros, 9 navios, 73 embarcações e 215 viaturas para prestar auxílio à população assolada pelas enchentes no sul.

Referente aos donativos, foram transportadas mais de 400 toneladas e 130 mil litros de água engarrafada. Além das doações transportadas, o navio Atlântico possui duas estações de tratamento de água com capacidade de até 20 mil litros por hora.

A população gaúcha também pode contar com um hospital de campanha com 40 leitos montado na cidade de Guaíba, com a equipe militar de saúde no atendimento das vítimas ao sul da Lagoa dos Patos.

Bombeiros de todo o Brasil se revezam em resgate no Rio Grande do Sul

Quase mil bombeiros de todo o país participam do revezamento criado pela própria instituição, para auxiliar as vítimas da tragédia do Rio Grande do Sul. O esquema, nomeado de “Protocolo de Resposta a Desastres”, foi aprovado em março de 2024 e é executado pela primeira vez.

As equipes são trocadas a cada 7 ou 10 dias. Embora os militares já estejam acostumados a lidar com tragédias, todos voltam muito abalados com a situação no Sul, e passam por avaliações médica e psicológica.


Resgate dos bombeiros em meio às enchentes do Rio Grande do Sul (Reprodução/Carlos Macedo/Bloomberg/Getty Images)


A missão de resgate, que uniu bombeiros de norte a sul do país, tem como objetivo cuidar de quem salvou tantas vidas. Além dos militares, a corporação disponibiliza cães para auxiliarem nas buscas, que ao regresso também passam por avaliação.

Segundo o presidente do Conselho Nacional de Bombeiros, o coronel Washington Luiz Vaz Junior, a operação salvou mais de 42 mil pessoas e 6 mil animais. Esses números são de resgates realizados exclusivamente pelos bombeiros.

Há também um cuidado especial com os equipamentos utilizados nas buscas. Quando chegam, ficam separados em uma sala e passam por processo de descontaminação, para que assim sejam reutilizados, garantindo a saúde dos militares.

A tragédia sob a ótica dos bombeiros paranaenses

Alguns bombeiros do Paraná que atuaram nos resgates, compartilharam experiências que os impactaram diretamente durante o trabalho, são histórias de pessoas que perderam tudo, e a cada resgate, notavam o tamanho da força do povo gaúcho para recomeçar.

Além disso, também relatam todo o sentimento de gratidão que receberam e a maneira carinhosa com que foram acolhidos pelas vítimas das enchentes.


Relatos de bombeiros paranaenses que participaram do resgate às vítimas do Rio Grande do Sul (Reprodução/YouTube/PixTV)

Em entrevista para o telejornal Pix TV News, o soldado Tiago de Lima Pereira afirmou pensar que estaria preparado para enfrentar a situação, mas quando chegou lá, sensibilizou-se com o desespero das pessoas, sentindo-se impotente ao perceber que por mais que fizesse de tudo para ajudar, nada tiraria a dor das vítimas afetadas pelo desastre.

Ele também disse que o treinamento recebido pela corporação é fundamental para acalmar as famílias, seja com uma palavra amiga ou gesto de solidariedade, e acredita ter cumprido o propósito da missão nesses 10 dias em que atuou.

Números de vítimas no RS

A maior tragédia climática da história, que aconteceu no Sul do país, já registra números expressivos. Segundo a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, no último domingo (26), foram contabilizadas 169 mortes, 806 pessoas feridas, além de 56 pessoas desaparecidas.

As enchentes atingiram 469 municípios atingidos em todo o estado, e 581 mil pessoas estão desalojadas. Ao todo, 2,3 milhões de pessoas foram afetadas pelas chuvas, sendo que 55 mil delas estão em abrigos improvisados pelo governo gaúcho.

Polícia Civil resgata 45 desaparecidos em áreas alagadas do RS

A tragédia que vem assombrando o Rio Grande do Sul desde o início das chuvas recentemente teve uma notícia boa quando a Polícia Civil informou que já conseguiu encontrar 45 pessoas com vida que antes eram tidas como desaparecidas por seus familiares. De acordo com a instituição, essas pessoas foram encontradas em abrigos oficiais em áreas ainda alagadas.

Parceria com Senasp vem ajudado na identificação de desaparecidos

De acordo com a polícia, a ação é resultado de uma parceria com a Diretoria de Operações de Inteligência da Secretaria Nacional da Segurança Pública (Senasp), por meio do Ciberlab, que permite uma busca pelas vítimas em cooperação com as redes sociais e outros mecanismos digitais, usando a tecnologia para identificar possíveis desaparecidos.

O trabalho ainda conta com o apoio das polícias civis do Pará, de Pernambuco e de Sergipe, que vêm disponibilizando integrantes, assim como recursos e conhecimentos, para ajudar a coletar informações úteis sobre as vítimas.

Neste momento tão difícil e desafiador para todos nós, a cooperação tem sido crucial para localizar pessoas e diminuir o sofrimento das famílias

Delegado Fernando Sodré Chefe da Polícia Civil do RS

Mortes já chegam a 154

De acordo com a Defesa Civil do estado, a tragédia que vem acontecendo em razão das chuvas já deixou um total de 154 mortos e 94 desaparecidos. Além disso, 540 mil pessoas estão desalojadas e 78 mil estão em abrigos.


Enchentes destruíram o estado (Foto: reprodução/AFP/GUSTAVO GHISLENI/Getty Images Embed)


A situação vem sendo aliviada pela série de doações que o estado vem recebendo, entre elas alimentos não perecíveis e roupas, que têm ajudado a tornar a situação menos difícil para as famílias que foram abaladas pela tragédia.

Os policiais ainda destacaram a importância de registrar um boletim de ocorrência, seja presencialmente ou pela Delegacia Online, informando o nome e o local do desaparecimento, para facilitar as buscas. Informações úteis sobre pessoas desaparecidas podem ser enviadas pelo WhatsApp para o número (51) 98444-0606, ajudando a agilizar o trabalho das autoridades.

90% dos municípios gaúchos foram afetados pelas grandes enchentes 

A sensível situação que assola o Rio Grande do Sul ainda está longe de ter um fim definitivo, além do frio e das chuvas que seguem intermitentes por todo o estado gaúcho, as destruições causadas pelas enchentes são incontáveis. De acordo com a Defesa Civil, 90% dos municípios do estado foram comprometidos e mais de 600 mil pessoas estão desabrigadas. 

Parâmetro geral

Cerca de 2,2 milhões de pessoas já foram afetadas direta ou indiretamente pela consequência das fortes chuvas que tomam conta do estado gaúcho. As enchentes fizeram com que 397 cidades solicitassem o estado de calamidade pública e apesar da averiguação do governo reduzir o número para 46, ainda existem 320 em cenário de emergência. Mais de 600 mil pessoas ficaram sem suas casas em meio a tragédia.

O número de pessoas desabrigadas consegue ser maior do que a população de uma capital como Florianópolis, por exemplo. Mesmo que a água já tenha mudado para um nível considerado em algumas cidades, ainda se torna muito difícil para alguns moradores voltarem devido às condições deixadas pelo barro e lama além da obstrução de passagens. Em Lajeado, no Vale Taquari, já houve casos de pessoas que conseguiram chegar em suas respectivas casas para início da limpeza. Porto Alegre também, em parte, teve parte da água recuada e a verdadeira situação nas ruas começou a aparecer. 


Estragos em cidade gaúcha (Foto: reprodução/ Jornal Nacional/ TV Globo)

“ Os freezers viraram de cabeça pra baixo, toda a mercadoria estragou. Agora, tem que ter forças para recomeçar. ”, disse empresário Jair Lamm, dono de uma padaria aberta há 25 anos, para o Jornal Nacional.  

Cidades como Santa Rita chegaram a ser 60% afetadas. A Zona Sul de Porto Alegre ainda segue tomada pela água, mantendo o alerta à população. O nível da Lagoa dos Patos ainda subiu aproximadamente 30 centímetros em 48 horas, atingindo 2,75 metros na manhã desta quinta-feira (16), segundo a Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

O prejuízo da destruição nos município chega a uma quantia estimada de R$ 5 bilhões, afirmou o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski.

Previsões

As notícias do tempo destinadas a região sul do país ainda não são das melhores, o Rio Grande do Sul ainda registrará frio e chuvas nesta sexta-feira que pode ou não decorrer durante o fim de semana. Em previsões do MetSul Meteorologia, ganhou destaque o acúmulo de chuvas para os setores norte e nordeste do estado entre ontem e hoje, onde estas podem chegar dos 50 até 100 milímetros em várias cidades, com especificidade na região serrana. Ainda, a instabilidade do solo serrano induz uma importante preocupação acerca da possibilidade de deslizamentos de de terra em consequência da condição sensível do solo.

Para o resto do estado, espera-se que o tempo continue firme, com chuvas moderadas na metade norte da região.

Ex -participante de A Grande Conquista 2, mostra danos no RS após perder tudo

Sem poder ter informações externas enquanto participasse do reality show “A Grande Conquista 2”, Luciano Rodrigues — o “Tchê” — só soube da situação de catástrofe que assolou seu estado no último dia 6, uma segunda-feira, quando foi eliminado. Após isso, apenas nesta semana o gaúcho se pronunciou sobre sua atual situação e mostrou como se encontra as ruas de sua cidade. 

Eliminação

Gaúcho de São Leopoldo — uma das cidades atingidas pela enchente e que ainda se encontra com parte de si embaixo d’água —, não foi fácil para Luciano Rodrigues acolher as informações referentes a sua cidade assim que saiu do reality show. 

@luciano_tche Não foi feito a manutenção dos diques e nem das bombas de drenagem que até agora se encontram desligadas e muitas delas estragadas #descasopublico_tristerealidade? #catastrofe #triste #tristeza #enchentes #riograndedosul #saoleopoldo #FalaGalvao #fyp #fy #recordtv #catastrophe ♬ Oceans – Kenna Childs

Ex- participante de A grande Conquista mostra danos (Reprodução/TikTok/luciano_tche)

Sendo um dos cinquenta finalistas da fase da Vila, o técnico de segurança deixou o grandioso reality dia 6, uma segunda-feira, e logo foi informado sobre a catástrofe pela produção da emissora. Infelizmente, em declaração dada pela Record TV, foi sabido que sua casa também foi fortemente afetada e como consequência, o ex-participante se ausentou da live com os eliminados do programa.  

“Olá, grande público, amigos e participantes deste último reality A Grande Conquista 2 no qual eu (tchê) tive a oportunidade de chegar entre os 50 finalistas com saída no último dia 06/05/2025″, começa em vídeo feito na quarta-feira (8), sua primeira aparição nas redes sociais desde a eliminação. “[…]Agora retornando a vida real, me deparando com a maior catástrofe já vista no Rio Grande do Sul, enchente que devasta a região Metropolitana. A minha esperança de chegar em casa, ver a família, amigos e patrimônio foi literalmente por água abaixo. Fonte de renda, bens, estão completamente submersos”, declarou. 

São Leopoldo por Tchê

Na noite desta terça-feira (14), Luciano voltou as redes sociais e mostrou a situação crítica de sua cidade.  

“Andando em meio ao caos para encontrar a paz na mente”, disse em legenda de foto postada nas redes, na imagem Luciano aparece de cabeça abaixadaA marca da altura da água deixada nas paredes também foi mostrado por si: “Nível da água na primeira quadra da independência, alinhada com meu chapéu”, pontuou. 


Tchê em imagens sobre a situação de São Leopoldo, RS (Foto: reprodução/ Instagram/ @luciano1965_d.c)

São Leopoldo, assim como outras, foi fortemente atacada pelas enchentes causadas pela chuva nas últimas semanas. O nível da água chegou a quase 6 metros após rio dos Sinos ter seu recorde em volume e colocar mais três cidades em estado de calamidade pública, mais de 180 mil pessoas foram atingidas e 12 mil estão desabrigadas. O prefeito da cidade, Ary Vanazzi, fez apelo à população neste domingo (12), para que a população das áreas alagadas não retornem às suas casas e que os que ainda se encontram em residências saiam e busquem por abrigos em lugares seguros da prefeitura ou nas casas de familiares e amigos.  

Corredor Humanitário facilita a entrada de donativos em Porto Alegre – RS

Aproximadamente 20 mil veículos relacionados a ajuda para as vítimas das chuvas, passaram pelo “Corredor Humanitário” até esta segunda-feira (13) em Porto Alegre. A prefeitura analisa a abertura de mais um corredor para facilitar a chegada de veículos à capital.

Através do corredor é possível o acesso fácil para veículos de emergência, caminhões de suprimentos e donativos como: água, oxigênio, alimentos, equipamentos de emergência, entre outros veículos que fazem a mesma rota.


Fluxo de veículos que trafegam pela via de acesso humanitária (Reprodução/Site Banco de Imagens Porto Alegre/Foto/Julio Ferreira/PMPA)

A obra de contingência que foi concluída em apenas dois dias, possui pista única e opera em apenas um sentido, com a variação de mão, possui acesso à BR -290 (Freeway) e é monitorada por agentes da EPTC e pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) permite apenas a passagem de veículos com ajuda humanitária.

Foi removida a passarela de pedestres da Estação Rodoviária, na rua Conceição para criar o caminho alternativo pela Castelo Branco. A prefeitura informa que futuramente será construída nova passarela no lugar da que foi derrubada.


Demolição da passarela de pedestres para construção de via humanitária (Reprodução/SiteG1/Foto/Julio Pereira/PMPA)

Nível do Rio Guaíba sobe e deixa prefeitura em alerta

Segundo o Centro Integrado de Coordenação de Serviços (CEIC), o nível do rio atingiu 5,19 metros nesta terça-feira (14) às 5h15, foi registrado um aumento de 18 centímetros entre a tarde desta segunda-feira (13) e a madrugada desta terça-feira (14), o registro está próximo de marca histórica.

Devido às fortes chuvas o rio permanece mais de 2 metros acima da cota de inundação (3 metros) e da cota de alerta (2,5 metros).



Por prevenção a prefeitura construiu barricadas emergências com sacos de areia, para evitar o avanço da água, no centro de Porto alegre próximo à Usina do gasômetro, as barricadas possuem dois andares e 1,80 de altura.

Barricada de Emergência montada pela prefeitura para conter avanço da água (Reprodução/Site G1/Foto/Mateus Trindade/RBSTV)

As chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul, nas últimas semanas, deixam mais de 147 vítimas fatais, 127 desaparecidos e 806 feridos, segundo a Defesa Civil, além de afetar mais de 2 milhões de pessoas em todo o estado.