Mounjaro é aprovado no Brasil para tratar apneia do sono: entenda o avanço da medicina metabólica

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta segunda-feira (20), o uso do medicamento Mounjaro (tirzepatida) para o tratamento da apneia obstrutiva do sono (AOS) em adultos com obesidade. A decisão amplia o uso do fármaco, que já era aprovado para o tratamento do diabetes tipo 2 e para o controle de peso em pacientes com índice de massa corporal elevado.

A aprovação coloca o Brasil entre os primeiros países da América Latina a autorizar a nova indicação, após resultados clínicos que mostraram redução significativa dos episódios de apneia e melhora da qualidade do sono em pacientes obesos tratados com o medicamento.

Segundo a Anvisa, a tirzepatida “atua de forma dupla nos hormônios que controlam o apetite e o metabolismo”, o que auxilia tanto na perda de peso quanto na redução de sintomas respiratórios noturnos.

O que é o Mounjaro e como ele age

O Mounjaro, produzido pela farmacêutica Eli Lilly, contém a substância tirzepatida, que atua sobre os receptores GLP-1 e GIP — hormônios que regulam o metabolismo da glicose e o apetite. Essa ação combinada promove controle glicêmico, redução de gordura corporal e, em consequência, melhora dos sintomas relacionados à apneia do sono.


Injeção de Mounjaro, medicamento para diabetes tipo 2 (Foto:reprodução/Getty Images Embed/Bloomberg)

De acordo com os estudos apresentados à Anvisa, pacientes tratados com tirzepatida tiveram redução de até 63% nos episódios de apneia por hora de sono, em comparação ao grupo placebo. Além disso, muitos participantes relataram menor cansaço diurno e melhora da disposição e do humor.

O medicamento é aplicado por injeção subcutânea semanalmente, e seu uso deve ser prescrito e acompanhado por um médico. Assim como em outras terapias à base de agonistas de GLP-1, os efeitos colaterais mais comuns incluem náuseas, diarreia e perda de apetite nas primeiras semanas de uso.

Apneia e obesidade: uma relação silenciosa e perigosa

A apneia do sono é um distúrbio caracterizado pela interrupção temporária da respiração durante o sono, o que pode causar roncos, fadiga crônica e aumento do risco de doenças cardiovasculares. No Brasil, estima-se que cerca de 49% dos adultos com obesidade sofram de algum grau de apneia, segundo dados da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.


Apneia do sono (Foto:reprodução/Pinterest/@CPAPS)

Até então, o tratamento padrão combinava uso de aparelhos CPAP (que mantêm as vias aéreas abertas durante o sono) com mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, cirurgias. A introdução de um medicamento capaz de atacar a causa metabólica da doença — a obesidade — representa uma nova esperança para pacientes que não se adaptam aos métodos tradicionais.

Em entrevista ao G1, especialistas afirmaram que a aprovação do Mounjaro é “um marco na abordagem integrada” da apneia. “Tratar a obesidade é também tratar a apneia, porque a gordura cervical e abdominal interfere diretamente na respiração durante o sono”, explicou o endocrinologista Ricardo Meirelles.

O impacto da aprovação no Brasil e no mundo

A decisão da Anvisa segue os passos da FDA (agência regulatória dos Estados Unidos), que já havia aprovado o Mounjaro para a mesma indicação em 2024. Lá, o medicamento ganhou destaque por proporcionar melhoras clínicas mesmo em pacientes sem uso contínuo de CPAP, o que ampliou as opções terapêuticas e despertou interesse entre especialistas em sono e endocrinologia.

No Brasil, o anúncio deve movimentar tanto o setor médico quanto o mercado farmacêutico. O preço do Mounjaro ainda é elevado — uma caixa com quatro doses semanais pode ultrapassar R$ 1.000, dependendo da dosagem, mas o número de prescrições tem crescido desde sua liberação para emagrecimento em 2023.

Além da questão clínica, a aprovação reacende o debate sobre o uso responsável de medicamentos para perda de peso, especialmente os chamados “injetáveis do emagrecimento”. A Anvisa reforça que a tirzepatida deve ser utilizada apenas com indicação médica e acompanhamento profissional, e que o uso recreativo ou estético é desaconselhado.Esperança para o futuro do tratamento

Com a nova indicação, o Mounjaro se torna o primeiro medicamento aprovado no Brasil para tratar simultaneamente obesidade e apneia do sono. A expectativa é que ele ajude a reduzir complicações associadas, como hipertensão, infarto e diabetes tipo 2, além de melhorar a qualidade de vida de milhões de brasileiros.

O anúncio reforça o avanço da medicina metabólica e o papel das agências regulatórias em ampliar o acesso a terapias inovadoras. Para muitos pacientes, o Mounjaro representa mais do que uma injeção semanal: simboliza a possibilidade de respirar melhor — e viver melhor.

Antidoto ilustra como fomepizol combate os efeitos do metanol

As intoxicações por metanol despertam alerta nos profissionais de saúde e no público em geral devido à gravidade dos sintomas e, em muitos casos, ao risco de danos irreversíveis. Segundo matéria veiculada pelo Fantástico via G1, o antídoto mais eficaz usado pelos médicos é o fomepizol, considerado padrão-ouro no tratamento dessas intoxicações, junto a outras medidas de suporte.

Funcionamento do metanol e risco toxicológico

O metanol, também chamado de álcool metílico, quando ingerido ou inalado em concentrações inadequadas, é metabolizado pelo fígado em composto tóxico como formaldeído e ácido fórmico. Esses metabólitos são responsáveis por lesões no sistema nervoso central, distúrbios visuais e acidose metabólica, cujas consequências podem ser fatais ou incapacitantes. O fato de os sintomas iniciais parecerem leves (náuseas, tonturas, cefaleia) torna o diagnóstico mais desafiador, o que retarda a intervenção.

O tempo entre a exposição ao tóxico e o início dos sintomas pode variar, o que exige alta suspeita clínica. Em muitos casos, o paciente já chega ao serviço de emergência apresentando comprometimento visual grave ou alteração do estado de consciência, demandando rápido manejo terapêutico.


Bebidas alcoolicas tem causado mortes | Foto: reprodução/Instagram/@cnnbrasil


Tratamento: fomepizol e medidas complementares

O emprego do fomepizol atua inibindo a enzima álcool desidrogenase, prevenindo a formação dos metabólitos tóxicos. Essa intervenção precoce reduz a progressão das lesões e melhora o prognóstico. Nos casos em que o fomepizol não está disponível ou demora a ser administrado, o etanol pode servir como alternativa, embora com menor eficácia.

Além disso, é fundamental instituir hemodiálise para remover substâncias tóxicas, corrigir a acidez do sangue, garantir suporte ventilatório e monitorar os órgãos afetados. A terapia de suporte intensiva pode incluir uso de bicarbonato, controle de eletrólitos e manutenções hemodinâmicas estritas.

Com associação entre antídoto específico e cuidados de suporte, os profissionais conseguem reverter ou minimizar os danos, especialmente quando o tratamento é iniciado nas primeiras horas. Mas o sucesso depende da rapidez no diagnóstico e da adesão rigorosa aos protocolos médicos.

Juliana Paes fala sobre necessidade de ajuda após crise de ansiedade

A atriz Juliana Paes diz ter sofrido com intensas crises de ansiedade. Em uma entrevista ao videocast “Conversa vai, Conversa vem”, do jornal O Globo, a atriz revelou ter passado por situações na quais sentiu que não conseguia nem respirar.

Isso foi algo que se agravou durante a pandemia da COVID-19, quando precisou ficar afastada do trabalho, dos amigos e de seus familiares. Ela lembra que a partir dali, procurou ajuda psiquiátrica.

Entrevista com Juliana Paes em “Conversa vai, Conversa vem”


Juliana Paes abre o jogo em entrevista com O Globo sobre sua saúde mental (Vídeo: Reprodução/Youtube/Jornal O Globo)


´Vivi essas crises de ansiedade. A pandemia ajudou a impulsionar isso, mas a própria vida, lidar com a internet, dar conta do trabalho, ter que conversar com pessoas online… Muita coisa! Fui ficando sem ar mesmo. Não dava para respirar´´.

A artista disse que deitava na cama, e o coração não parava de bater. começou achar que estava com alguma coisa e foi procurar um psiquiatra. o especialista contou a atriz que ela teve crise e estresse pós traumático.

Além disso, Juliana refletiu sobre a importância do auxilio psiquiátrico para conseguir voltar a ter uma vida saudável, principalmente por ser uma pessoa pública e lidar constantemente com o assédio de fãs.

´´Hoje, para mim, é muito claro que artista sem terapia é uma casa sem espelho. preciso ter um olhar para si e se confrontar com as próprias questões,´´, completou.

A terapia pode ajudar aliviar os sintomas de ansiedade

Infelizmente a ansiedade estar presente na vida de todos. Aquela constante preocupação com o futuro e problemas ao desenvolver coisas simples do cotidiano. Isso pode acabar atrapalhando de ter uma vida saudável.

Segundo a psicóloga Valeska Pereira, da cidade do Rio de Janeiro. “Se a pessoa começa a experimentar sinais de ansiedade. pode imediatamente procurar o auxilio de um profissional´´.

As pessoas com ansiedade tem uma forma distorcida de ver as coisas, muitas vezes exagerando a probabilidade de que um evento negativo venha acontecer. De acordo com especialista a terapia tem um papel importe no tratamento.

´´A ansiedade acaba colocando o individuo em um modo de defesa constante, como se estivesse sempre em perigo´´. explica a psicóloga. Valeska acrescenta dizendo que através da terapia é possível ajudar a corrigir essa percepção distorcida, trazendo os pensamentos de volta a realidade.