Antidoto ilustra como fomepizol combate os efeitos do metanol
Novas formas de estudo mostram como fomepizol pode ser eficaz no combate aos efeitos do metanol, que vem causando grandes danos a saúde de brasileiros
As intoxicações por metanol despertam alerta nos profissionais de saúde e no público em geral devido à gravidade dos sintomas e, em muitos casos, ao risco de danos irreversíveis. Segundo matéria veiculada pelo Fantástico via G1, o antídoto mais eficaz usado pelos médicos é o fomepizol, considerado padrão-ouro no tratamento dessas intoxicações, junto a outras medidas de suporte.
Funcionamento do metanol e risco toxicológico
O metanol, também chamado de álcool metílico, quando ingerido ou inalado em concentrações inadequadas, é metabolizado pelo fígado em composto tóxico como formaldeído e ácido fórmico. Esses metabólitos são responsáveis por lesões no sistema nervoso central, distúrbios visuais e acidose metabólica, cujas consequências podem ser fatais ou incapacitantes. O fato de os sintomas iniciais parecerem leves (náuseas, tonturas, cefaleia) torna o diagnóstico mais desafiador, o que retarda a intervenção.
O tempo entre a exposição ao tóxico e o início dos sintomas pode variar, o que exige alta suspeita clínica. Em muitos casos, o paciente já chega ao serviço de emergência apresentando comprometimento visual grave ou alteração do estado de consciência, demandando rápido manejo terapêutico.

Tratamento: fomepizol e medidas complementares
O emprego do fomepizol atua inibindo a enzima álcool desidrogenase, prevenindo a formação dos metabólitos tóxicos. Essa intervenção precoce reduz a progressão das lesões e melhora o prognóstico. Nos casos em que o fomepizol não está disponível ou demora a ser administrado, o etanol pode servir como alternativa, embora com menor eficácia.
Além disso, é fundamental instituir hemodiálise para remover substâncias tóxicas, corrigir a acidez do sangue, garantir suporte ventilatório e monitorar os órgãos afetados. A terapia de suporte intensiva pode incluir uso de bicarbonato, controle de eletrólitos e manutenções hemodinâmicas estritas.
Com associação entre antídoto específico e cuidados de suporte, os profissionais conseguem reverter ou minimizar os danos, especialmente quando o tratamento é iniciado nas primeiras horas. Mas o sucesso depende da rapidez no diagnóstico e da adesão rigorosa aos protocolos médicos.
