Antidoto ilustra como fomepizol combate os efeitos do metanol

Novas formas de estudo mostram como fomepizol pode ser eficaz no combate aos efeitos do metanol, que vem causando grandes danos a saúde de brasileiros

06 out, 2025
Aumento nos casos de problemas por metanol aumenta no Brasil | Reprodução/X/@canalgov
Aumento nos casos de problemas por metanol aumenta no Brasil | Reprodução/X/@canalgov

As intoxicações por metanol despertam alerta nos profissionais de saúde e no público em geral devido à gravidade dos sintomas e, em muitos casos, ao risco de danos irreversíveis. Segundo matéria veiculada pelo Fantástico via G1, o antídoto mais eficaz usado pelos médicos é o fomepizol, considerado padrão-ouro no tratamento dessas intoxicações, junto a outras medidas de suporte.

Funcionamento do metanol e risco toxicológico

O metanol, também chamado de álcool metílico, quando ingerido ou inalado em concentrações inadequadas, é metabolizado pelo fígado em composto tóxico como formaldeído e ácido fórmico. Esses metabólitos são responsáveis por lesões no sistema nervoso central, distúrbios visuais e acidose metabólica, cujas consequências podem ser fatais ou incapacitantes. O fato de os sintomas iniciais parecerem leves (náuseas, tonturas, cefaleia) torna o diagnóstico mais desafiador, o que retarda a intervenção.

O tempo entre a exposição ao tóxico e o início dos sintomas pode variar, o que exige alta suspeita clínica. Em muitos casos, o paciente já chega ao serviço de emergência apresentando comprometimento visual grave ou alteração do estado de consciência, demandando rápido manejo terapêutico.


Bebidas alcoolicas
Bebidas alcoolicas tem causado mortes | Foto: reprodução/Instagram/@cnnbrasil

Tratamento: fomepizol e medidas complementares

O emprego do fomepizol atua inibindo a enzima álcool desidrogenase, prevenindo a formação dos metabólitos tóxicos. Essa intervenção precoce reduz a progressão das lesões e melhora o prognóstico. Nos casos em que o fomepizol não está disponível ou demora a ser administrado, o etanol pode servir como alternativa, embora com menor eficácia.

Além disso, é fundamental instituir hemodiálise para remover substâncias tóxicas, corrigir a acidez do sangue, garantir suporte ventilatório e monitorar os órgãos afetados. A terapia de suporte intensiva pode incluir uso de bicarbonato, controle de eletrólitos e manutenções hemodinâmicas estritas.

Com associação entre antídoto específico e cuidados de suporte, os profissionais conseguem reverter ou minimizar os danos, especialmente quando o tratamento é iniciado nas primeiras horas. Mas o sucesso depende da rapidez no diagnóstico e da adesão rigorosa aos protocolos médicos.

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