Presidente Lula pede revisão de tarifas a Trump

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ligou para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para pedir a revisão das tarifas ainda aplicadas a produtos brasileiros, mesmo após a retirada parcial das sobretaxas. Na conversa, Lula reforçou a necessidade de reequilibrar o comércio bilateral, destacou o impacto econômico das taxações sobre setores estratégicos do país e defendeu que a normalização completa das tarifas é essencial para garantir previsibilidade, competitividade e a retomada plena das exportações brasileiras no mercado norte-americano.

Reaproximação sinaliza nova fase entre Brasil e EUA

A conversa, realizada na última terça-feira (2), durou cerca de 40 minutos e reforçou a tentativa do governo brasileiro de fortalecer a relação comercial com Washington depois de meses de tensões. Lula destacou a importância da recente decisão dos EUA de retirar a sobretaxa adicional de 40% que incidia sobre itens como carne, café, frutas e castanhas. A mudança foi celebrada pelo Itamaraty e por entidades exportadoras, já que reduziu pressões sobre setores fundamentais para a economia.

Apesar disso, o presidente brasileiro enfatizou que a revisão ainda é parcial. De acordo com dados informados pelo próprio governo, cerca de 22% das exportações brasileiras para os Estados Unidos continuam submetidas a impostos extras que afetam a competitividade nacional. A pauta, segundo assessores próximos, é tratada como “prioridade absoluta” nas negociações diplomáticas.


  Lula conversa com Trump sobre agenda comercial (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN)


Tarifas ainda afetam produtos agrícolas e industriais

As tarifas que permanecem em vigor nasceram de medidas unilaterais adotadas pelos EUA sob justificativa de “emergência nacional” e acabaram impondo custos elevados para produtos brasileiros. Entre os itens ainda prejudicados estão segmentos industriais, bens manufaturados e parte das exportações agrícolas que não receberam alívio tarifário.

Mesmo que a remoção da sobretaxa de 40% tenha beneficiado cadeias produtivas importantes, a parcela ainda taxada compromete a fluidez comercial entre os dois países. Para especialistas em comércio exterior, a continuidade dessas tarifas funciona como um entrave estratégico, sobretudo em um momento em que o Brasil busca ampliar sua presença no mercado norte-americano.

O governo brasileiro acredita que uma revisão mais ampla poderia reduzir desigualdades no tratamento dado aos produtos nacionais, além de estimular a expansão de exportações com alto valor agregado.

Segurança também entra na pauta da conversa

Além das tarifas, Lula e Trump discutiram cooperação no combate ao crime organizado, tema que ganhou força recente na agenda bilateral. A interlocução entre os dois presidentes buscou alinhar ações conjuntas, especialmente no que diz respeito ao tráfico transnacional e ao fluxo ilegal de armas.

A inclusão do tema no diálogo é vista por analistas como uma forma de construir uma relação multifacetada, que não se limite apenas ao comércio — estratégia comum quando países buscam fortalecer laços e facilitar negociações sensíveis.

Para integrantes do governo brasileiro, ampliar a colaboração em segurança pode abrir portas para avanços econômicos, uma vez que demonstra disposição para trabalhar de forma coordenada em frentes consideradas estratégicas por Washington.

Brasil tenta acelerar normalização comercial

A posição do governo brasileiro é de que a retirada das tarifas ainda pendentes representaria um passo definitivo para restabelecer o equilíbrio no comércio bilateral. A expectativa é de que novos diálogos ocorram nas próximas semanas, envolvendo chancelerias e equipes técnicas de ambos os países.

Empresários e representantes de associações exportadoras também acompanham a negociação de perto, temendo que a permanência das tarifas dificulte contratos e limite a competitividade internacional de produtos brasileiros. Para eles, o movimento de Lula ao telefonar diretamente para Trump demonstra que o tema ganhou prioridade política e pode acelerar soluções. Enquanto isso, setores produtivos aguardam novas sinalizações dos EUA. A tendência, segundo interlocutores diplomáticos, é que a revisão total das tarifas seja gradual e dependa de avanços políticos entre os dois governos.

Trump amplia presença militar nas cidades e envia 300 soldados a Chicago

Neste sábado (4), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, autorizou o envio de 300 soldados da Guarda Nacional para Chicago, em Illinois. A princípio, a medida ocorre após semanas de ameaças e resistência de autoridades locais.

Primordialmente, os militares devem proteger prédios federais e garantir a segurança de agentes em operação. Segundo a Casa Branca, o presidente “não fechará os olhos para a ilegalidade nas cidades americanas.

Impasse judicial e resistência dos estados elevam tensão política nos EUA

O governador de Illinois, JB Pritzker, afirmou ter sido pressionado a mobilizar tropas antes que o governo federal o fizesse. Assim, ele classificou o ato de Trump como “ultrajante e antiamericano”. Ainda segundo Pritzker, não há necessidade de tropas militares em Illinois. Durante protestos em Chicago, agentes da Patrulha de Fronteira atiraram em uma mulher armada. A cidadã americana foi levada ao hospital, e nenhum policial ficou gravemente ferido. Agentes também usaram spray de pimenta e balas de borracha para dispersar manifestantes.

Mais cedo, uma juíza bloqueou temporariamente o envio de 200 soldados da Guarda Nacional a Portland, no Oregon. Simultaneamente, a decisão ocorreu após o governo estadual argumentar que Trump exagerou ao usar a ameaça dos protestos como justificativa.


Guarda Nacional age em Chicago após ordem de Trump (Vídeo:reprodução/YouTube/OPOVO)

Expansão do controle migratório e plano paralelo no Oriente Médio

Fontes ligadas à Casa Branca informam que o governo prepara uma grande operação de fiscalização da imigração em Chicago. O plano prevê aumento de agentes do Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE) e da Proteção de Alfândega e Fronteiras dos Estados Unidos (CBP), com veículos blindados à disposição.

Enquanto reforça ações internas, Trump apresentou a Benjamin Netanyahu um plano de paz para Gaza. Em contrapartida ao cenário do território americano, o projeto prevê o desarmamento do Hamas e a criação de um futuro Estado palestino. Já a operação em Chicago reforça o atrito entre Trump e cidades governadas por democratas. Essas localidades mantêm políticas de “santuário”, que reduzem a cooperação com autoridades federais de imigração.

Tarifas de Trump impactam preço de bolsa Louis Vuitton

As tarifas de Trump têm impactado significativamente os preços de diversas mercadorias ao redor o mundo. Produtos agrícolas, industriais, farmacêuticos, alimentos, aço, alumínio estão incluídos na lista de Trump, publicada no início de abril.

As alíquotas variam entre 10% e 60%, a depender do produto.

Os artigos de luxo não ficaram de fora. Na mesma linha da Hermès – marca francesa de artigos de luxo – que, na semana passada, anunciou um aumento em seus produtos de luxo a partir de 1º de maio, o grupo LVMH fez o mesmo.

Os consumidores foram pegos com um aumentou de US$ 100 dólares no preço da bolsa Neverfull GM, passando a custar US$ 2.200,00 dólares no site da empresa nos Estados Unidos.

Segundo o grupo, a medida foi necessária para compensar as tarifas impostas por Trump para proteger a indústria nacional e reduzir o déficit comercial.


Donald Trump (reprodução/ Chip Somodevilla/ Getty Images Embed)


Saiba mais sobre a bolsa Neverfull

Lançada em 2007, a bolsa se tornou rapidamente um clássico entre os produtos vendidos pela Louis Vuitton, justamente por sua versatilidade e seu design retangular, espaçoso e versátil, permitindo às mulheres carregarem todos os seus pertences, que sempre são muitos, sem se preocupar.

Com alças finas e compridas, cordões laterais ajustáveis, forro interno em tecido, é vendida em três tamanhos (pequeno, médio e grande), acompanhada de uma bolsinha interna destacável com zíper.  


Bolsa Neverfull (reprodução/ Edward Berthelot/ Getty Images Embed)


Faturamento da LVMH em 2024

Nota de euros (reprodução/ Olena Malik/ Getty Images Embed)


O conglomerado, que detém a Louis Vuitton, registrou um lucro líquido de 12,55 bilhões de euros em 2024, representando uma queda de 17% em relação ao ano anterior.

Apesar do número ser expressivo se comparado à realidade mundial, para a marca de luxo representa uma queda drástica em uma realidade excepcional.

Tentativa de assassinato contra Trump: suspeito é preso após disparos em clube de golfe na Flórida

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi alvo de mais uma tentativa de assassinato, neste domingo (15), durante um jogo de golfe na Flórida. O suspeito, Ryan Wesley Routh, de 58 anos, foi detido após disparos contra ex-Casa Branca no Trump International Golf Club, em West Palm Beach. O diretor interino do Serviço Secreto, Ronald Rowe, permanece no estado para coordenar as investigações.


Ronald Rowe, diretor interino do Serviço Secreto (reprodução/Roberto Schimidt/AFP)

O incidente ocorreu apenas dois meses após outra tentativa de atentado contra o ex-presidente em um comício na Pensilvânia. Ronald Rowe, diretor interino do Serviço Secreto, está coordenando as investigações e se encontrará com Trump nesta segunda-feira (16), para discutir a segurança.

Um ataque em plena luz do dia

No domingo, 15 de setembro, Donald Trump estava jogando golfe no Trump International Golf Club, em West Palm Beach, quando tiros foram disparados. A cena foi presenciada por agentes do Serviço Secreto, que notaram um cano de rifle emergindo de uma cerca próxima ao campo de golfe, onde Trump se movia entre os buracos cinco e seis ao lado do doador Steve Witkoff. O xerife do Condado de Palm Beach, Ric Bradshaw, o Serviço Secreto, respondeu imediatamente, disparando contra o suspeito.  

O suspeito, Ryan Wesley Routh, tentou fugir após os disparos, mas foi detido pela polícia na rodovia interestadual 95. Routh, de 58 anos, é proprietário de uma pequena empresa de construção no Havaí e estava fortemente armado. As autoridades encontraram com ele um rifle estilo AK-47 com mira telescópica e dois coletes à prova de balas modificados. Segundo o ex-diretor adjunto do FBI, Andrew McCabe, “toda essa configuração indica um nível muito alto de planejamento prévio”.

 A resposta das autoridades


Serviço Secreto discute medidas de segurança após ataque a Trump Foto: Reprodução/Roberto Schimidt/AFP

O Serviço Secreto e o FBI estão investigando a fundo o incidente, classificado como uma tentativa de assassinato. Ronald Rowe, nomeado diretor interino do Serviço Secreto em julho deste ano após a renúncia de Kimberly Cheatle, se reunirá com Trump e autoridades locais nesta segunda-feira (16). Ele permanecerá na Flórida “indefinidamente” para acompanhar o progresso das investigações. O ex-presidente Trump, que já havia sofrido um ataque anterior em um comício na Pensilvânia, não foi ferido.

Além da prisão de Routh, a investigação continua buscando entender as motivações e o planejamento por trás da ação. O FBI, com o Serviço Secreto, está coletando provas e busca por mais informações sobre o histórico do suspeito. Segundo fontes policiais, é esperado que uma avaliação de saúde mental seja solicitada antes de qualquer processo criminal contra o suspeito.

Pesquisa aponta Kamala com 44% e Trump com 42% de intenção de votos

A pesquisa de intenção de votos da Reuters/Ipsos sobre a corrida eleitoral americana entre Kamala Harris (Partido Democrata), e Donald Trump (Partido Republicanos), aponta a pré-candidata com 44%, e o candidato com 42%. Porém, com a margem de erro de 3 pontos percentuais, a indicação é de um empate técnico. Divulgada nesta terça-feira (23), o apuramento foi realizado entre segunda e terça-feira após a desistência de Joe Biden. A agência de notícias entrevistou 1.241 adultos, em todo território americano, sendo 1.018 eleitores. Segundo levantamento da Associated Press, a divulgação aconteceu em momento que, Kamala conquistou o número necessário de delegados para indicação à candidatura dos democratas.

Pesquisa da Reuters entre 14 e 16 de junho

Entre os dias 1 e 2 deste mês de julho, a Agência de Notícias Reuters/Ipsos realizou a primeira pesquisa eleitoral sobre os possíveis nomes à Casa Branca, e mostrou a liderança por um ponto percentual, de Donald Trump. A Reuters, novamente, entre 14 e 16 do mesmo mês voltou às ruas, e mostrou Kamala e Trump em um empate de 44% das intenções de votos. Ambas na mesma margem de erro de 3%.

Com a pesquisa desta terça-feira (23), 56 % dos eleitores de Harris, de 59 anos, avaliam a pré-candidata como “mentalmente afiada e capaz de lidar com desafios”. 

49% dos eleitores de Trump, de 78, disseram o mesmo, e apenas 22% dos eleitores avaliaram Biden dessa forma.

Segundo o grupo dos democratas, esse panorama da opinião pública americana, foi um dos aspectos determinantes para a pressão de renúncia sobre a corrida eleitoral de Joe Biden.

Pesquisa pós-Biden da Morning Consult

A pesquisa de intenção de votos da Morning Consult foi realizada entre os dias 21 e 22 de julho, em seguida a desistência de Joe Biden. O resultado mostrou a vice-presidente dos EUA, como a favorita a assumir a candidatura pelos democratas, de forma que, houve um empate técnico com o adversário republicano. 


Kamala Harris é pré-candidata apoiada por Joe Biden, e é apontada pelos democratas com chances de vencer o adversário (Foto: reprodução/Drew Hallowell/Getty Images Embed)


Trump apresentou 44% e 50% das intenções, e Kamala com 42% e 48%. O que indica o empate.

Líderes democratas analisam a corrida eleitoral 

Alguns líderes democratas americanos fizeram relatos dos quais apontaram a campanha de Joe Biden, como um círculo vicioso e enfraquecido.

Segundo eles, o movimento de permanência ou retirada da corrida à Casa Branca diminui as chances de vitória do candidato sobre o rival, Donald Trump.

Em análise do grupo, dilemas internos do partido e a pressão por parte de doadores inconformados, geram um pêndulo que, sucumbi aliados firmes e atuantes dos democratas. Somados a pesquisas desfavoráveis, as doações diminuem e a atmosfera midiática liberal potencializa um Biden fraco, conduzem ao desfavorecimento à corrida eleitoral do líder político.

Nesse sentido, e de acordo com Morning Consult, nomes fortes do partido democrata, como Pete Buttigieg, Gavin Newsom e Gretchen Whitmer, mostraram um percentual de 39% das intenções de votos. Porém, a vice-presidente, segue avaliada pelo Partido Democrata, com chances diretas entre os nome mencionados, de vencer a disputa eleitoral de Donald Trump.

Kamala Harris promete acabar com proibições extremas ao aborto

Após Joe Biden se retirar da campanha de reeleição para a presidência dos Estados Unidos da América, Kamala Harris, sua vice-presidente, tem liderado a nomeação do partido democrata. Nesta terça-feira (23), em comício no estado de Wisconsin, Kamala fez duras críticas ao governo de Trump em relação às políticas voltadas para o aborto, dizendo: “E nós, que acreditamos na liberdade reprodutiva, impediremos as proibições extremas do aborto impostas por Donald Trump, porque confiamos que as mulheres tomarão decisões sobre o seu próprio corpo e não deixaremos que o seu governo lhes diga o que fazer. E quando o Congresso aprovar uma lei para restaurar as liberdades reprodutivas como presidente dos Estados Unidos, vou sancioná-la”.


Kamala Harris discursa em Wisconsin nesta terça-feira (23) (Foto: REUTERS/Vincent Alban)

Em outro momento do discurso, Kamala Harris voltou a mencionar Donald Trump, com quem provavelmente disputará as eleições no dia 05 de novembro, quando disse: “Predadores que abusavam de mulheres, fraudadores que roubavam consumidores, trapaceiros que quebravam as regras para seu próprio ganho. Então, ouça-me quando digo: eu conheço o tipo de Donald Trump. E nesta campanha, eu prometo a vocês: orgulhosamente colocarei meu histórico contra o dele em qualquer dia da semana”.

Nomeação democrata e arrecadação

Em discurso no comício de Wisconsin, Kamalla Harris disse que recebeu o apoio de delegados suficientes para a sua nomeação. “Estou muito honrada e prometo a vocês que passarei as próximas semanas continuando a unir nosso partido para que estejamos prontos para vencer em novembro”, comentou.

Além disso, a campanha presidencial de Harris anunciou que arrecadou cerca de US$ 81 milhões nas primeiras 24h em que anunciou que buscaria a nomeação de seu partido. A vice-presidente comentou o feito histórico em seu discurso: “Estamos realizando uma campanha movida pelas pessoas. E acabamos de receber algumas notícias de última hora, acabamos de ter as melhores 24 horas de arrecadação de fundos de base na história da campanha presidencial e porque somos uma campanha movida pelo povo, é assim que você sabe que seremos uma presidência que prioriza o povo”.

Biden desiste de concorrer à presidência

Em carta publicada no último domingo (21), Joe Biden anunciou que abandonou a corrida presidencial. A decisão vem depois de longas semanas em que o presidente atual teve sua capacidade física e intelectual postas em cheque. “Tem sido a maior honra da minha vida servir como seu Presidente. E, embora minha intenção tenha sido buscar a reeleição, acredito que é do melhor interesse do meu partido e do país que eu me retire e me concentre exclusivamente em cumprir meus deveres como Presidente pelo restante do meu mandato”, disse na carta.


Joe Biden desiste de concorrer à presidência (Foto: Reprodução/x/@potus)

Com a decisão, Kamala Harris se tornou o principal nome para substituir Biden como candidato do Partido Democrata.

Trump é oficializado como candidato a presidente dos Estados Unidos para 2024

Donald Trump foi oficialmente confirmado como o candidato pelo Partido Republicano à presidência dos Estados Unidos para as eleições de 2024. Trump escolheu o senador republicano J.D. Vance, do estado de Ohio, para ser seu vice-presidente. A formalização ocorreu durante o início do primeiro dia da Convenção Nacional Republicana, nesta segunda-feira (15).

Donald Trump foi oficializado como o candidato do partido à Casa Branca para as eleições de 2024, e fez o anúncio de sua candidatura diante de uma plateia entusiástica de apoiadores, reafirmando sua intenção de “Fazer a América Grande Novamente”. 


Trump e Vance, candidatos à Casa Branca 2024 (Foto: reprodução/X/ @DonaldTNews)

Escolha de J.D Vance para vice de Trump

Trump também anunciou o seu candidato a vice-presidente, o senador republicano James David Vance, conhecido como J.D. Vance, que representa o estado de Ohio no Senado, é visto como um forte aliado ideológico de Trump e traz uma nova perspectiva para a chapa republicana, o que pode atrair eleitores mais jovens.


Vance, senador de Ohio e candidato a vice-presidencia à Casa Branca (Foto: reprodução/X/@JDVance1)

A Convenção Nacional Republicana, se estenderá por quatro dias, e servirá como um palco para o Partido Republicano apresentar sua plataforma e escolher as estratégica, considerando seu apelo entre os eleitores de Ohio, estado crucial para as eleições.

Aliança política

Trump e Vance esperam que essa aliança traga um novo fôlego à campanha, com a intenção de atrair tanto os eleitores tradicionais quanto os jovens. Entre os destaques do evento, estão discursos de líderes republicanos e diversos debates sobre as políticas que o partido pretende implementar caso vençam as eleições de 2024.

J.D. Vance, de 39 anos, conhecido por sua postura conservadora e seu apoio às políticas de Trump, escreveu o best-seller “Hillbilly Elegy”, respeitado no partido, sendo visto como alguém que pode energizar a base apoiadora de Trump. Sua escolha para vice-presidente foi oficializada durante a convenção, solidificando a aliança entre Trump e Vance.

Biden e Trump se enfrentam com ofensas em debate presidencial

Na noite desta quinta-feira (27), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o ex-presidente Donald Trump protagonizaram um debate presidencial marcado por duras trocas de acusações e insultos. Este encontro, o primeiro em que um presidente em exercício e um ex-presidente se enfrentam em um debate eleitoral, deixou claro que a corrida presidencial de 2024 será intensamente polarizada.

Biden defende veteranos e ataca Trump

O ponto alto do confronto ocorreu quando Joe Biden chamou Donald Trump de “otário” e “perdedor” ao defender seu compromisso com os veteranos militares. Trump havia sugerido que Biden não se importava com os veteranos durante uma discussão sobre políticas de imigração. Visivelmente incomodado, Biden rebateu as críticas e destacou que seu próprio filho serviu nas Forças Armadas dos Estados Unidos.

Visitei o cemitério da Segunda Guerra Mundial, ao qual Trump se recusou a ir. Ele estava com um general de quatro estrelas e disse: ‘Não quero entrar lá porque eles são um bando de perdedores e otários‘”, afirmou Biden. “Meu filho não é um otário ou perdedor. Você que é otário. Você que é perdedor“, concluiu o presidente, direcionando suas palavras a Trump.

Polêmicas e conflitos de gestão

Além das ofensas pessoais, o debate abordou temas cruciais como as guerras no Oriente Médio e na Ucrânia, imigração e políticas econômicas. Trump criticou a administração Biden pelos altos índices de inflação, enquanto Biden apontou falhas na gestão de Trump, especialmente durante a pandemia de Covid-19.

Trump negou categoricamente as acusações feitas por Biden sobre suas declarações no cemitério da Segunda Guerra Mundial, alegando que a história foi “inventada” e exigindo que Biden se desculpasse.


Biden e Trump trocam farpas durante debate presidencial (Foto: reprodução/Getty Images News/Justin Sullivan/Getty Images Embed)


Clima eleitoral e expectativas

A intensa troca de farpas entre Biden e Trump reflete a divisão atual na política americana e destaca a polarização que marca o cenário eleitoral. Analistas políticos preveem que os próximos debates serão decisivos, com os candidatos precisando equilibrar ataques pessoais e a apresentação de suas propostas para atrair os eleitores.

Com a corrida presidencial de 2024 se aproximando, tanto Biden quanto Trump estão ajustando suas estratégias e buscando fortalecer suas bases de apoio. A disputa promete ser uma das mais acirradas da história recente dos Estados Unidos, com cada movimento e declaração dos candidatos sendo cuidadosamente analisados e com potencial para influenciar o resultado.

A campanha já começa a ganhar forma, e a expectativa é de que o clima de tensão e competitividade só aumente até o dia das eleições.

Após condenação, Donald Trump discursa em edifício e ataca de Biden aos advogados de defesa


Do edifício de seu grupo empresarial, o ex-presidente bravava contra o atual presidente americano, Joe Biden, os imigrantes, o juiz responsável pelo processo, Juan Merchan e os advogados. Donald Trump discursou nesta sexta-feira (31), em Nova York, quando deliberou a série de ataques, após a condenação ocorrida no dia anterior (30), por fraude contábil.

Segundo o ex-presidente, respectivamente, o atual presidente, Joe Biden, é “o homem mais burro da história dos Estados Unidos da América”. Associou os imigrantes a terroristas. “Os imigrantes estão tomando nossos hotéis de luxo, enquanto nossos veteranos de guerra estão morando nas ruas, como cachorros”. Acusou o Luiz colombiano, Juan Merchan, de crucificação. “Foi um julgamento injusto, queremos mudança de juiz” e enfatizou sobre o motivo de seu silêncio durante o julgamento, como culpa da defesa. “Eu adoraria ter testemunhado.”

As declarações feitas na porta do Trump Power, edifício do grupo empresarial, dele, em Nova York, foram para além, ao classificar o crime ao qual foi condenado, como “delito leve”. Segundo ele, o processo foi um acordo de confidencialidade. 

Quinta-feira (30), Donald Trump é condenado

É a primeira vez que um presidente americano é condenado em um processo criminal. Ou seja, condenado por um crime, unânime e em 34 acusações.

A condenação aconteceu, em função da fraude contábil ao ocultar o pagamento de US$ 130 mil à atriz pornô, Stormy Daniels, mediante a intenção de compra de silêncio, em um caso extraconjugal, que interferiu nas eleições de 2016.


Stormy daniels, atriz ponô que teve relação extraconjugal, com Trump em 2016 (Foto:

O caso ocorreu em 2016, quando Trump participava da corrida eleitoral com a democrata Hillary Clinton. Segundo a acusação, Trump cometeu suborno, visto que o caso extraconjugal ocultava uma relação que interferiu no processo eleitoral americano, principalmente por ser da direita conservadora, Partido Republicano.

Anunciada pelo tribunal criminal de Nova York, a decisão do júri foi unânime: 34 acusações foram feitas pelos 12 integrantes do colegiado.

Trump foi acusado de 34 falsificações de documentos contábeis, que eram emitidos pela própria Organização Trump. Dessa forma, ele camuflava essa despesa, como despesa legal, para efetuar os pagamentos adiantados a Stormy Daniels. A origem do dinheiro viria do, até então, advogado de defesa, Michael Cohen. Hoje, declarado como inimigo e testemunha de acusação.

Trump segue acusado de outros crimes

O ex-presidente segue com outros julgamentos, também indiciados como tentativas de reverter o resultado das eleições de 2020, e por, em sua gestão, ter levado documentos de cunho confidencial da Casa Branca para a residência, ao fim do mandato.

“Acabe com eles”: ex-adversária de Trump escreve em projétil de artilharia


“Acabem com eles! Os EUA amam Israel”, escreveu em projétil de artilharia, Nikki Haley, acompanhada do parlamentar israelense Danny Danon.  A ex-adversária de Trump estava em visita às Forças de Defesa de Israel (FDI) ao norte do país nesta terça-feira (28), quando deixou a mensagem. Além disso, há alguns dias, após os ataques aéreos de Israel a Rafah, ao Sul da Faixa de Gaza, deixarem 45 mortos, ela se solidarizou com Israel.


Nikki Haley em seu encontro com o Primeiro-Ministro Israelense, Benjamin Netanyahu, em 2017 (Foto: reprodução/Wikipédia)

Na ocasião, ela manifestou o apoio: “Eu quero que os israelenses saibam que vocês estão fazendo a coisa certa. Não deixem que ninguém faça com que vocês se sintam errados porque Israel não está errado”, afirmou.

Quem é Nikki Haley

Haley é ex-embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU) e é casada com um militar. Seu passado e reconhecimento vieram por ser a única adversária de Donald Trump pelo Partido Republicano para concorrer às eleições dos Estados Unidos

Desde que abandonou as primárias presidenciais do Partido Republicano, em uma quarta-feira de março (6), a figura política se manifestou sobre o apoio à corrida presidencial americana ao criticar Joe Biden e declarar voto a Trump.

Relação dos Estados Unidos com Israel

O atual presidente americano, Joe Biden, declarou que os laços dos EUA com Israel são profundos. Assim como em momentos adversos, assegura assistência à segurança do país, que hoje enfrenta o Hamas. 


Joe Biden em sua boa relação com o governo de Israel, desde 2016 (Foto: reprodução/Wikimedia Commons)

Os países mantêm laços históricos e culturais, além de apoio militar no Oriente Médio, bem como usam seu poder de membro permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para barrar sanções a Israel pela invasão ao território palestino, o que a ONU considera um ato criminoso.

Os ataques a Rafah

Após Israel afirmar que Rafah, na Faixa de Gaza, transformou-se no esconderijo do Hamas, o local há três semanas é ocupado pelas forças militares israelenses.

Após Israel afirmar que Rafah, na Faixa de Gaza, transformou-se no esconderijo do Hamas, o local há três semanas é ocupado pelas forças militares israelenses.

A ação da Força de Defesa de Israel (FDI) firmou os ataques a Gaza, desde o seu último planejamento de ataque, antes dos dois ataques aéreos noturnos terem deixado 40 civis palestinos mortos.

 O Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, diz que esse é o desejo dos israelenses, assim como enfatiza a intenção de acabar com o Hamas, mediante os ataques que destruíram seus 24 batalhões.