Donald Trump apresenta plano de paz para encerrar guerra em Gaza 

O presidente Donald Trump se reuniu na segunda-feira (29) com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca e apresentou um plano para encerrar a guerra na Faixa de Gaza. A proposta prevê a criação de um conselho internacional presidido pelo presidente dos EUA, anistia a integrantes do Hamas, caso eles aceitem entregar as armas, e a […]

30 set, 2025
Foto Destaque: Presidente Donald Trump e o Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu juntos (Reprodução/Win McNamee/Getty Images Embed)
Foto Destaque: Presidente Donald Trump e o Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu juntos (Reprodução/Win McNamee/Getty Images Embed)
Presidente Donald Trump e o Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu posam para foto na Casa Branca

O presidente Donald Trump se reuniu na segunda-feira (29) com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca e apresentou um plano para encerrar a guerra na Faixa de Gaza. A proposta prevê a criação de um conselho internacional presidido pelo presidente dos EUA, anistia a integrantes do Hamas, caso eles aceitem entregar as armas, e a possibilidade da criação de um Estado palestino no futuro.

Enquanto Netanyahu diz aceitar a proposta, o presidente Trump afirma que o Hamas teria 72 horas para aceitar o acordo. Caso não aceitem, os EUA irão apoiar Israel para eliminar o Hamas de uma vez por todas.

Plano de paz para Faixa de Gaza

O plano presidido pelo presidente dos EUA, Donald Trump, prevê a libertação de todos os reféns israelenses que estão sob o domínio do Hamas em até 72 horas após o governo israelense aceitar a proposta (em tese, o tempo já estaria correndo, porque o primeiro-ministro israelense havia aceitado o acordo).

Por outro lado, Israel libertaria mais de 1.900 prisioneiros palestinos e iria incluir os 250 que receberam a pena de prisão perpétua. E também, os líderes e integrantes do grupo terrorista Hamas que se renderem receberão anistia pelos crimes e poderão ir embora.

Além disso, o acordo prevê que a ajuda humanitária seria ampliada imediatamente, com entrada de alimentos, medicamentos e materiais para reconstrução. A distribuição seria comandada pela ONU, pelo Crescente Vermelho e por outras ONGs internacionais.


Vídeo: Presidente dos EUA Donald Trump fala sobre plano de paz para Faixa de Gaza (Reprodução/Youtube/CNNBrasil)

Além disso, o plano de Trump indica que Gaza será transformada em uma zona “desradicalizada”, ou seja, livre de grupos armados. O território passará por reconstrução com apoio de um comitê palestino tecnocrático e de especialistas internacionais, sem os líderes de grupos terroristas como o do Hamas. 

Esse conselho indicado pelos Estados Unidos atuará sob supervisão de um novo órgão internacional, o chamado Conselho da Paz, presidido pelo presidente Trump. O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair também deve integrar o conselho, segundo informações divulgadas. Ainda não está claro se Israel participará desse conselho. O Hamas terá túneis, locais de esconderijo e fábricas de armas destruídos, além de uma nova Força Internacional de Estabilização ser criada.

Outras propostas do plano

Ademais, o plano de paz deixa claro que Israel não anexaria o território da Faixa de Gaza. Além disso, as Forças de Defesa de Israel se retirariam gradualmente do local, entregando as áreas. E a Força Internacional cuidaria da segurança do local. A Força Internacional de Estabilização treinará e dará suporte às forças policiais palestinas em Gaza, em consulta com a Jordânia e Egito, que têm experiência próxima à área.


Foto: Faixa de Gaza destruída por conta da guerra (Reprodução/Anadolu/Getty Images Embed)


Em síntese, o plano de paz de Trump será executado mesmo com a rejeição do grupo terrorista Hamas. Então, caso o grupo terrorista rejeite o plano, ele irá começar em partes onde o grupo não tem mais poder. Esse plano indica que a Autoridade Palestina tomaria o poder definitivamente, o que consolidaria a criação do Estado Palestino ao final da transição de poderes na Faixa de Gaza. O grupo terrorista Hamas, que tem o Egito e Catar como intermediadores, comentou que não recebeu uma proposta formal ainda, mas que estariam dispostos a analisar positivamente a proposta.

Mais notícias