Rússia evita estipular prazo para fim da guerra na Ucrânia

O Kremlin afirmou nesta terça-feira (22) que não há motivo para esperar avanços rápidos nas negociações de paz com a Ucrânia, sinalizando que a Rússia não pretende estipular um prazo para o fim do conflito iniciado em fevereiro de 2022. O porta-voz Dmitry Peskov disse a jornalistas: “Não há razão para esperar qualquer avanço na categoria de milagres — é quase impossível na situação atual”.

A declaração ocorre em meio a movimentações diplomáticas para uma possível terceira rodada de negociações diretas entre os dois países. No sábado (19), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, revelou que Kiev enviou uma nova proposta de conversas a Moscou, visando acelerar os esforços por um cessar-fogo.

Negociações ainda em compasso de espera

A Rússia, no entanto, demonstrou cautela e reafirmou sua postura firme quanto aos seus objetivos geopolíticos. Segundo Peskov, o momento ainda não é favorável para avanços. A ausência de um cronograma definido por Moscou reforça a percepção de que o governo russo prefere manter uma estratégia de longo prazo, sem ceder a pressões internacionais ou apelos imediatos por trégua.

Desde o início da invasão, em fevereiro de 2022, o conflito já dura mais de três anos. De acordo com analistas internacionais, aproximadamente 20% do território ucraniano permanece sob controle russo, e os esforços por negociações efetivas têm esbarrado em exigências de ambos os lados.

Conflito prolongado e cenário indefinido

A fala do Kremlin indica que a guerra pode se estender por tempo indeterminado. Apesar das iniciativas diplomáticas de Kiev e da mobilização internacional em busca de soluções pacíficas, a Rússia não sinaliza disposição para concessões significativas neste momento.


Bombeiros e um morador tentam conter as chamas após ataque com drone que atingiu uma casa em Kostiantynivka, Ucrânia, nesta terça-feira (22) (Foto: reprodução/Diego Herrera Carcedo/Getty Images embed)


A continuidade do conflito tem impactos humanitários, econômicos e políticos tanto para a Ucrânia quanto para a comunidade internacional. Sem avanços concretos nas negociações, cresce a preocupação com o prolongamento das hostilidades e seus desdobramentos em escala global.

Caminho para a paz segue incerto

A declaração desta terça-feira reforça que o caminho para a paz ainda será longo. Com Moscou evitando se comprometer com prazos e mantendo seus objetivos estratégicos, a guerra na Ucrânia permanece sem previsão de encerramento, apesar dos esforços diplomáticos em curso.

Sanções de Trump à Rússia não significam encerramento das negociações entre países

Após a determinação de Washington, estabelecendo o prazo de 50 dias para que a Rússia encerre seu conflito com a Ucrânia, além da promessa de envio de novos mísseis para Kiev, na data de ontem (17/7), o governo da Rússia chegou a cogitar que tais medidas representariam o fim das negociações, mencionando até chantagem americana. Hoje, contudo, voltou atrás, e disse que esta postura americana não significa o fim das negociações com o país do Leste Europeu, mas sim um novo ajuste com a Casa Branca, em uma relação já desgastada.

Novo ajuste entre EUA e Rússia

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, foi questionando hoje (18/7) pela agência Reuters sobre as declarações feitas ontem (17/7) pelo Presidente americano, Donald Trump, em relação ao prazo de 50 dias para o cessar-fogo com o inimigo Ucrânia, bem como sobre o envio de novos mísseis à Kiev.

A resposta foi na contramão do que já haviam dito anteriormente: “Presumimos que não é isso que significa (se referindo a um possível fim para as relações entre Rússia e EUA). É claro que são questões diferentes. Uma questão é o acordo (de paz) ucraniano. A outra questão são as nossas relações bilaterais.” Peskov chegou a pontuar como “estado deplorável” a atual condição da relação entre o país americano e o dele, além de considerar a situação demorada e difícil.


Dmitry Peskov (foto: reprodução/ ALEXANDER ZEMLIANICHENKO/POOL/AFP/Getty Images Embed)


No início deste ano, na Turquia, Rússia e Ucrânia fizeram duas rodadas de negociação que tiveram um resultado positivo, pois houve a troca de prisioneiros e restos mortais entre os países. Mas não passou disso. A terceira rodada parece emperrada, uma vez que Putin impõe condições, que acabam afastando a celebração de um acordo final para o cessar-fogo.

“Chantagens e novas ameaças”

Em uma coletiva de imprensa em Moscou, Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, chegou a manifestar sua indignação à postura, segundo ela “inaceitável” do governo americano, atribuindo palavras como “ultimatos”, “chantagens” e “ameaças”:

“A linguagem de ultimatos, chantagens e ameaças é inaceitável para nós. Tomaremos todas as medidas necessárias para garantir a segurança e proteger os interesses do nosso país”

Desde a Segunda Guerra Mundial, eclodida em setembro de 1939, o conflito entre a Rússia e a Ucrânia lidera o ranking do mais sangrento da Europa, com milhões de pessoas mortas, desde seu início, no mês de fevereiro de 2022.

Cidades ucranianas são atingidas por drones e mísseis russos

Cidades isoladas da Ucrânia, tiveram áreas atacadas por drones e mísseis russos, ocasionando na morte de pelo menos duas pessoas. A informação partiu de autoridades nesta quarta-feira (16), no horário local.

Segundo informou o governador regional Oleh Syniehubov, pelo menos 17 explosões foram assinaladas em ataque com duração de 20 minutos. Nesse ataque, três pessoas ficaram feridas.


Ucrânia vem sofrendo ataques da Rússia desde do último sábado (12) (Foto: reprodução/Instagram/@cnnbrasil)


Os ataques aéreos foram intensificados pelas forças russas contra a Ucrânia, tendo atingido um número recorde de drones disparados na semana passada.

Ataques causam danos

De acordo com relatos dos serviços nacionais de emergência, ocorreram bombardeios ao leste da cidade de Kharkiv, no nordeste do país. Nos ataques perpetrados pelos russos, três pessoas ficaram feridas.

Mísseis e drones foram utilizados pelas forças russas em um ataque prolongado que culminou no corte de fornecimento de água e energia, na cidade Kryvyl Rih, no sudeste do país. A informação foi transmitida pelo chefe da administração militar Oleksander Vilkul.

Já o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko falou que unidades de defesa aérea foram acionadas por um tempo na capital, entretanto, não houve relatos de vítimas ou destruições.

Alvos russos frequentemente ligados ao sistema energético também foram atacados por militares ucranianos. Os dois países informaram não terem atingido alvos civis em seus ataques.

Apesar dos esforços do presidente americano Donald Trump em querer impor “sanções severas” a Rússia, Vladimir Putin já sinalizou que a guerra vai continuar até que suas exigências sejam atendidas pelo ocidente. Em contrapartida, Trump enviou nova leva de armamentos para à Ucrânia.


Com guerra entre Rússia e Ucrânia longe do fim e sem cessar-fogo próximo, Donald Trump ameaça Moscou e envia armamento para Ucrânia (Foto: reprodução/Instagram/@portalg1)


É preciso considerar que logo depois da guerra entre Rússia e Ucrânia começar em fevereiro de 2022, em março do mesmo ano, os Estados Unidos executou um amplo pacote de sanções econômicas a Rússia. Dessa forma, o comércio entre os dois países, de bens e comércio, deixou praticamente de existir. No ano passado (2024), o comércio entre os dois países alcançou os US$ 3,5 bilhões, segundo o Escritório do Representante Comercial dos EUA.

Trump ameaça Rússia com tarifa de 100% e pressiona por acordo de paz

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta segunda-feiraa (14) que dará 50 dias para a Rússia aceitar um cessar-fogo na guerra contra a Ucrânia. Caso Moscou não aceite os termos, ele promete taxar em 100% todas as exportações russas, além de impor tarifas secundárias a países que continuarem comprando produtos russos — como China e Índia.

“Vamos adotar tarifas secundárias”, afirmou Trump. “Se não chegarmos a um acordo em 50 dias, é muito simples, elas serão de 100%.” A estratégia visa pressionar financeiramente Moscou e acelerar uma solução diplomática para o conflito. Trump também prometeu apoio militar reforçado à Ucrânia, com o envio de armamentos de alta tecnologia, caso Vladimir Putin recuse o acordo proposto.

Efeitos colaterais: Brasil e aliados também na mira

Essa postura agressiva não se limita à Rússia. O Brasil, por exemplo, foi diretamente afetado. Trump anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, com início em 1º de agosto, em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, seu aliado político. A medida é vista como uma retaliação simbólica ao atual governo brasileiro e considerada uma forma de apoio indireto ao julgamento de Bolsonaro por participação na tentativa de golpe após as eleições de 2022.

Além disso, Trump sinalizou tarifas de 70% para produtos chineses e 60% para exportações europeias. A nova política tarifária busca reposicionar os EUA como potência dominante nas relações comerciais e diplomáticas, retomando o lema “America First” com força total.

Guerra se arrasta e Rússia intensifica ataques

A guerra entre Rússia e Ucrânia já dura mais de três anos e está longe de um desfecho. Nos últimos dias, a Rússia intensificou seus ataques com drones, atingindo cidades ucranianas e mantendo o controle de aproximadamente 20% do território da Ucrânia. Apesar de discursos diplomáticos por parte de Moscou, os ataques continuam diários, e Putin ainda não respondeu positivamente ao cessar-fogo proposto por Trump, já endossado por Kiev.


Resultado de recente ataque russo em Lviv, Ucrânia (reprodução/Ukrinform/NurPhoto/Getty Images embed)


Redefinição do equilíbrio global

Com sua nova abordagem geopolítica, Trump aposta no uso da força econômica para influenciar o cenário global. O ultimato à Rússia e as tarifas impostas a países como Brasil e China indicam uma postura mais direta e conflituosa, que pode redefinir o equilíbrio diplomático nos próximos meses.

Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, expressa gratidão a Trump por envio de armas

Nesta segunda-feira, o governante da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu ao presidente Donald Trump, pelo recente envio de armas, fundamental para garantir a proteção da população europeia. O presidente dos EUA vem sinalizando apoio as terras ucranianas nos últimos dias, afirmando que as medidas serão essenciais para evitar novas mortes e preservar a vida no país. Conforme comentou o presidente estadunidense, Putin segue tomando decisões violentas que prolongam o conflito.

Insatisfação com Putin

Donald Trump afirmou nesta segunda-feira(14) nutrir um grande descontentamento quanto ao presidente da Rússia Vladimir Putin, que deverá contribuir para a finalização de novos acordos para o fim da guerra. Caso contrário, altas taxas serão impostas contra a Rússia.

Ainda na reunião, o governante dos EUA comenta que conseguiu acordar com a NATO para poder realizar o envio de mais armas para a Ucrânia, incluindo ainda o sistemas antimísseis Patriot. Trump ainda define que a terra do Tio Sam não gastará nada com esses envios, imbuindo todo o gasto de fabricação aos europeus. O porta-voz do Kremlin informou ser muito importante continuar havendo conversas sobre essa situação. Vale lembrar que o apoio dos norte-americanos a Kiev foi suspenso recentemente no início de julho deste ano.


Trump e Zelensky no dia 28 de fevereiro de 2025 (Foto: reprodução/Tierney L.Cross/getty Images Embed)


Acordo com a Otan

Na última quinta-feira (10), o presidente Donald Trump trouxe a informação de que esta fornecendo armas para a Ucrânia, por um acordo feito junto a Otan, assumindo todos os custos. Conforme divulgado pela Routers, o governante americano irá identificar armas dos stocks para efetuar o envio ao abrigo de autoridade para a retirada presidencial, o que permitiria que o presidente tivesse acesso aos armamentos em questão.

O ministro Russo declarou que Putin está aberto a novas negociações entre os três países, de modo a definir acordos que poderiam finalizar o conflito. Esta última semana havia sido marcada por intensos ataques ucranianos em terras russas, com a confirmação da morte de duas pessoas por ataques de drones ucranianos que tinham Moscou como alvo. A defesa aérea da Rússia chegou a identificar 155 drones.

Rússia atinge maternidade e faz nove feridos em novo ataque à Ucrânia

Um ataque aéreo russo à cidade de Kharkiv, segunda maior da Ucrânia, aterrorizou pacientes de uma maternidade e deixou nove feridos nesta sexta-feira (11). Além do estabelecimento de saúde, um prédio residencial foi danificado.

“Todos, tanto a equipe quanto as mulheres, sofreram muito estresse”, declarou o médico Oleksandr Kondriatskyi à CNN. Sob tal viés, três mães e três bebês sofreram estresse agudo e precisaram de atendimento médico.

Kondriatskyi disse ainda que houve prejuízos ao edifício que abriga as salas de parto e cirurgia da maternidade.

Relatos são desesperadores

Os testemunhos dos pacientes, com destaque para as mães que acabaram de dar à luz, revelam o temor de que o pior ocorresse com seus bebês.


Mãe e bebê evacuam maternidade em Kharkiv após ataques russos (Foto: reprodução/Sergey Bobok/AFP/Getty Images Embed)


“Acordamos e ouvimos um apito muito alto. Meu marido e eu nos levantamos e rapidamente fomos até o nosso pequeno, e naquele momento houve um impacto e as janelas se estilhaçaram”, afirmou Oleksandra Lavrynenko, que conseguiu levar sua prole ao subsolo. O relato foi feito à CNN.

“Foi muito assustador, porque eu estava tão cheia de adrenalina que provavelmente esqueci que levei pontos. Agora estou me recuperando lentamente do choque”, complementou Lavrynenko, para o mesmo veículo.

Ofensiva faz parte de intensificação de agressões ao país vizinho

A ação russa não é pontual. Há semanas que o gigante euro-asiático vem realizando sistemáticos ataques ao espaço aéreo vizinho.

Na noite dessa quarta feira (9), foram abatidos 728 drones russos em território ucraniano – um número recorde desde o início da guerra, em fevereiro de 2022. O alvo principal dos ataques russos foi a cidade de Lutsk, próxima à fronteira com a Polônia, o que fez com que Varsóvia reforçasse sua própria defesa.

A quantidade ultrapassou a marca máxima anterior de 539 dispositivos, lançados em 4 de julho deste ano.

Como represália às sistemáticas ofensivas de Moscou, Kiev lançou, na noite de quinta e madrugada dessa sexta-feira, drones sobre o território inimigo. Autoridades russas confirmaram o abatimento de 155 objetos aéreos. Houve duas mortes. A ação russa de hoje pode ter sido uma resposta à ação noturna ucraniana.

Dois russos morrem após ataque aéreo ucraniano

Um lançamento de drones no território russo pela Ucrânia, na noite de quinta e na madrugada desta sexta-feira (11), deixou dois mortos, um em Lipetsk, no sudoeste da Rússia, e outro em Tula, a cerca de 200 km de Moscou.

O governador de Lipetsk, Igor Artamonov, afirmou, através do aplicativo Telegram, que um dos objetos aéreos caiu na região, provocando incêndio e matando uma pessoa, além de ferir outra. Já em Tula, o governador Dmitry Milyaev confirmou a morte de mais um indivíduo.

Drones tentam atingir Moscou

Dos 155 drones abatidos pelo Ministério da Defesa da Rússia, 11 dirigiam-se a Moscou – revelou a pasta pelo Telegram. Ainda segundo o órgão, a maior parte dos artefatos foi desmobilizada perto da fronteira com a Ucrânia.


O céu estrelado de Moscou foi alvo de ataques aéreos ucranianos (Foto: reprodução/Sefa Karacan/Anadolu/Getty Images Embed)


Na capital russa, três dos quatro aeroportos suspenderam temporariamente suas operações, mas retomaram ainda na noite de quinta-feira.

As investidas foram realizadas das 23h dessa quinta até 7h de sexta.

Ofensiva ocorre após Rússia realizar o maior ataque de drones desde início da guerra

A ação ucraniana foi uma resposta à intensificação da agressão russa ao país vizinho. Na noite dessa quarta feira (9), foram abatidos 728 drones russos no espaço aéreo ucraniano – um número recorde desde o início da guerra, em fevereiro de 2022.

A quantidade ultrapassou a marca máxima anterior de 539 dispositivos, lançados em 4 de julho. Naquela ocasião, os EUA, na figura do presidente Donald Trump, reavaliaram a diminuição de ajuda militar à Ucrânia, comprometendo-se a continuar ajudando o país invadido.

O alvo principal dos ataques russos de quarta-feira foi a cidade ucraniana de Lutsk, próxima à fronteira com a Polônia. A situação ameaçadora fez com que Varsóvia reforçasse sua própria defesa.

Segundo Kiev, a represália teve como objetivo destruir infraestrutura de guerra russa e não atingir civis.

União Europeia anuncia 2,3 bilhões de euros para reconstrução da Ucrânia

Comissão Europeia anunciou nesta quinta-feira (10) um pacote de apoio financeiro de 2,3 bilhões de euros à Ucrânia, com o objetivo de impulsionar os esforços de reconstrução do país diante da devastação provocada pela guerra em curso com a Rússia. A iniciativa foi apresentada durante uma conferência internacional realizada em Roma, que reuniu líderes e representantes de diversas nações para debater estratégias de recuperação para o território ucraniano

Orçamento de reconstrução

Do total anunciado, 1,8 bilhão de euros será disponibilizado por meio de garantias de empréstimos, enquanto os 580 milhões restantes serão repassados como doações por instituições financeiras públicas internacionais e bilaterais. A medida integra o Quadro de Investimentos para a Ucrânia, um plano mais amplo que busca atrair até 10 bilhões de euros em aportes para reconstruir infraestruturas, reativar a economia e restaurar serviços essenciais no país.

O anúncio ocorre em meio à intensificação dos ataques russos, com Kiev sendo alvo de bombardeios consecutivos nos últimos dias. Nesta quinta-feira, centenas de drones e dezenas de mísseis atingiram a capital ucraniana, resultando em novas mortes e aumentando a urgência por ajuda internacional. Esse cenário reforça a necessidade de apoio contínuo por parte dos aliados ocidentais para sustentar a resistência ucraniana e permitir a retomada da normalidade em regiões fortemente atingidas.


Vista interna do Parlamento Europeu, em Estrasburgo, França (Foto: reprodução/Christopher Furlong/Getty Images Embed)


Fundo de apoio internacional

Além dos recursos diretos, a Comissão Europeia também revelou a criação de um fundo de ações dedicado à reconstrução, com participação inicial do Banco Europeu de Investimento e dos governos da França, Alemanha, Itália e Polônia. Com capital inicial de 220 milhões de euros, a expectativa é de que o fundo mobilize até 500 milhões de euros até 2026, canalizando investimentos para projetos sustentáveis e estratégicos de longo prazo.

A movimentação da União Europeia reforça o comprometimento do bloco com a estabilidade da Ucrânia e com a preservação da ordem democrática na região. Embora o conflito ainda persista, as ações voltadas à reconstrução demonstram um esforço conjunto para garantir que o país tenha os meios necessários para superar os danos da guerra e retomar seu desenvolvimento econômico e social.

Polônia reforça defesa aérea após ataques na fronteira

A Polônia mobilizou aeronaves para proteger o seu espaço aéreo nesta quarta-feira (09), essa mobilização do Comando Operacional das Forças Armadas veio após uma série de ataques da Rússia contra a parte oeste da Ucrânia, que fica perto da fronteira com a Polônia.

Os ataques contra a Ucrânia

Na madrugada do dia 09, às 2h15 pelo horário local, a Ucrânia estava sofrendo uma série de ataques da Rússia por mísseis e drones, ficando sob alerta por 3 horas. 

Os ataques russos intensificaram-se nas últimas semanas, sendo a maior ofensiva desde o começo da guerra em fevereiro de 2022, há 3 anos. Além dos espaços aéreos, a Rússia também está fazendo uma grande operação rural, perto das regiões de Pokrovsk e Kostiantynivka – pontos esses escolhidos de forma estratégica, as duas cidades conectam centros urbanos maiores à linha de frente em áreas controladas pela Ucrânia.

Avanços Russos

A série de ataques promovidos pela Rússia aumentou nas últimas semanas, em consequência do aumento do uso de drones e mísseis. A capital ucraniana de Kiev e demais regiões foram afetadas. 


Por conta dos ataques, muitos ucranianos tiveram que procurar abrigo para se protegerem (Foto: reprodução/Alina Smutko/Reuters).

A Rússia conquistou novas regiões no território ucraniano, como Luhansk, que fica no leste do país. É a primeira vez desde a anexação da Crimeia em 2024, que uma parte do território ucraniano é totalmente tomada pelos russos. Em 2022, Vladimir Putin havia anunciado que essa região e outras estavam sendo anexadas como território russo, algo que foi declarado como ilegal por estados da Europa Ocidental, na época.

Essa ofensiva por parte da Rússia veio após sinais de enfraquecimento do apoio dos Estados Unidos, após tentativas frustradas de Donald Trump para a finalização do conflito, onde tentou negociar o fim do conflito com o presidente russo Vladimir Putin. O mesmo comportamento foi adotado por Trump na guerra entre Irã e Israel nas últimas semanas. 

Trump volta a criticar Putin e admite punições mais duras contra Rússia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta terça-feira (8) que está cada vez mais insatisfeito com a postura do presidente da Rússia, Vladimir Putin, em relação à guerra na Ucrânia. Segundo Trump, Moscou tem responsabilidade direta pelas mortes que continuam acontecendo na linha de frente do conflito.

Diante do cenário, Trump revelou que está considerando novas sanções contra a Rússia como forma de intensificar a pressão por uma solução diplomática. O republicano ressaltou que o prolongamento da guerra é inaceitável e disse que os Estados Unidos querem ver avanços nas negociações de paz.

Conversas estagnadas entre Rússia e Ucrânia

Apesar da retomada de encontros presenciais entre autoridades russas e ucranianas neste ano, as conversas não avançaram em pontos decisivos. Até o momento, o único acordo firmado entre os países envolve a troca de prisioneiros de guerra.

Trump reforçou o apelo para que ambas as partes busquem um caminho político que leve ao fim da guerra. Para ele, a continuidade do conflito ameaça a estabilidade internacional e cobra um custo humano altíssimo.

“É preciso mais seriedade e boa vontade. Não podemos seguir nesse caminho indefinidamente”, declarou.

A Casa Branca segue pressionando por mediação internacional, mas admite que as divergências entre os dois lados ainda são profundas.


Trump declarou estar insatisfeito com Vladimir Putin (Vídeo: reprodução/Instagram/@conexaoanapolina)


Presidente dos EUA eleva o tom contra o Kremlin

“Não estou satisfeito com Putin. Posso dizer isso agora, porque ele está matando muita gente, e muitos dos mortos são soldados do próprio país dele”, afirmou o presidente durante uma reunião com integrantes do governo na Casa Branca. Ele ainda criticou o comportamento ambíguo do líder russo, dizendo que escuta muitas promessas vazias do Kremlin, mas que no fim das contas elas não fazem diferença.

Nos últimos meses, a Casa Branca intensificou a pressão por mediação internacional, embora reconheça as divergências profundas entre Rússia e Ucrânia. Trump reforça que o prolongamento do conflito é inaceitável e pede seriedade para buscar uma solução diplomática. O cenário atual mantém os Estados Unidos atentos a possíveis novas medidas contra Moscou.