Cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia pode ter mediação realizada e sediada pelo Vaticano

Com a diplomacia que lhe é peculiar, e aplicando ações estratégicas rumo à paz, o Vaticano, mais uma vez, tenta emplacar o fim do conflito entre Rússia e Ucrânia, propondo uma conversa entre os países em sua sede.

A proposta foi feita na data de hoje pelo Cardeal Pietro Parolin, um dos que chegou a ser cotado como favorito para se tornar Papa, atualmente secretário de Estado. Parolin afirma que a sede do Vaticano poderia ser um local muito adequado para esta conversa.

O convite é reforçado por uma declaração do Papa Leão XIV na mesma data: “a Santa Sé está sempre pronta para ajudar a reunir os inimigos, cara a cara, para conversarem entre si, para que os povos em todos os lugares possam mais uma vez encontrar esperança e recuperar a dignidade que merecem, a dignidade da paz”.


Papa Leão XIV (Foto: reprodução/Christopher Furlong/Getty Images Embed)


Passo a passo para o cessar-fogo

Na data de ontem (15/05), o Papa já havia se encontrado com o Arcebispo-Mor de Kiev, Svjatoslav Shevchuk, representante da Igreja Grego-Católica Ucraniana no Vaticano, na biblioteca do Palácio Apostólico.

Papa Leão XIVrecebe Sviatoslav Shevchuk em audiência privada (Vídeo: reprodução/X/@EWTNVatican)


A audiência privada foi marcada pelo agradecimento que o arcebispo fez ao Pontífice por sua solidariedade ao povo ucraniano. No último domingo (11/05), Leão XIV proferiu palavras pedindo uma paz justa e duradoura, bem como a libertação de todos os prisioneiros e o regresso das crianças afastadas de suas famílias.

Acordo celebrado em Istambul

O cessar-fogo ainda não foi possível no encontro entre as Delegações da Rússia e Ucrânia em Istambul, na Turquia, em 16/05, como desejava o Presidente Volodymyr Zelensky da Ucrânia.

Isso pelo fato do Presidente da Rússia, Vladimir Putin, ter feito uma série de exigências consideradas descabidas, tais como: proibição da Ucrânia para entrar na OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e permanência do controle da Rússia sobre as províncias ucranianas invadidas.

O acordo versou pela devolução de crianças sequestradas e por uma troca de prisioneiros entre os dois países; cada país devolverá 1.000 presos com nacionalidade do país inimigo.


Delegações da Rússia e da Ucrânia durante reunião para tentar um acordo de cessar-fogo, em Istambul, na Turquia, em 16 de maio de 2025 (Vídeo: reprodução/X/@ @SagranCarvalho)


Mesmo não celebrando a paz, com o fechamento deste acordo, vê-se uma luz no final do túnel, uma promessa de paz, pois pela primeira vez, em três anos, os Diplomatas das duas nações tiveram uma conversa.

Guerra na Ucrânia: príncipe Harry visita vítimas do conflito

O príncipe britânico Harry (40), visitou nessa quinta-feira (10), as vítimas do conflito na Ucrânia. Essa visita faz parte de seu trabalho com veteranos feridos, explicou o porta-voz.

O Duque de Sussex, que atuou por 10 anos no Exército britânico, esteve no Superhumans Center, uma clínica especializada em ortopedia, a qual oferece cuidados e reabilitação para civis e militares feridos em decorrência da guerra.

Veterano de duas missões no Afeganistão, Harry esteve em Lviv acompanhado por ex-combatentes ligados à Invictus Games Foundation — instituição beneficente responsável pelo evento esportivo internacional criado por ele para apoiar militares lesionados em combate.


Durante a passagem, ele também conversou com profissionais da saúde e pacientes do Superhumans Center, além de se reunir com a ministra dos Assuntos de Veteranos da Ucrânia, Natalia Kalmykova.

Afastado da realeza britânica

Abdicado das funções como membro ativo da monarquia desde 2020,
Harry, que mora na Califórnia com a esposa Meghan e os dois filhos do casal, Archie Harrison Mountbatten-Windsor e Lilibet Diana Mountbatten-Windsor, retornou a Londres nesta semana para tratar de uma ação judicial relacionada a mudanças em seu sistema de segurança no Reino Unido.

Harry, filho caçula do rei Charles, busca reverter uma decisão do Home Office — órgão responsável pela segurança pública — o qual, em fevereiro de 2020, determinou que ele não teria direito automático à proteção policial durante suas visitas ao Reino Unido.

Em 2023, o Tribunal Superior de Londres considerou a decisão legítima, negou o recurso apresentado por Harry e não autorizou que ele levasse o caso a uma instância superior.


Príncipe Harry em visita ao centro de reabilitação da Ucrânia (Vídeo: reprodução/YouTube/NBCnews)


Guerra na Ucrânia

O conflito na Ucrânia, que já se estende por três anos, causou a morte de 12,3 mil civis, além de ter forçado 3,7 milhões de pessoas a deixarem suas casas no território ucraniano e feito outros 6,8 milhões procurarem refúgio fora do país, em busca de proteção internacional.

A passagem do príncipe Harry pela Ucrânia evidencia seu compromisso com a causa dos veteranos de guerra, mesmo após deixar suas funções na família real. Criador da Invictus Games Foundation e ex-militar com experiência em missões no Afeganistão, ele tem se dedicado a apoiar a recuperação física e emocional de combatentes feridos.

Ao visitar o Superhumans Center e se reunir com autoridades locais, Harry reforça seu papel como porta-voz dos que sofrem com os impactos dos conflitos armados, utilizando sua posição para promover acolhimento e visibilidade a essas histórias.

Ucrânia mira infraestrutura nuclear russa em novo ataque

Engels, a base aérea russa de bombardeio estratégico, foi atacada por drones ucranianos nesta quinta-feira (20). O ataque gerou uma gigantesca coluna de fumaça e moradores precisaram deixar suas casas.   

Contudo, essa não é a primeira vez que a base é atacada. Em janeiro, o exército da Ucrânia já havia bombardeado a área, atingindo um depósito de petróleo que alimentava a base, o que causou um incêndio que durou cinco dias.   

O Ministério da Defesa Russo informou que os drones atingiram uma área de armazenamento de munições, o que explica as explosões. Além do mais, dez pessoas ficaram feridas no ataque.   


O ataque gerou uma gigante coluna de fumaça (Vídeo: reprodução/X/@otempo)

Base aérea é estratégica para a Rússia

Base aérea é estratégica para a Rússia.  Por ficar a 700km da fronteira entre os dois países, a base é importante para a atividade militar russa. Engels hospeda as aeronaves supersônicas de bombardeio, que inclusive, são adaptadas para lançar armas nucleares.

E por esse motivo, a base abriga um depósito de ogivas atômicas. O Ministério da Defesa descartou qualquer incidente com as armas nucleares durante o ataque.

Proposta de cessar-fogo

A fim de resolver a questão, no último dia 11 de março, o presidente ucraniano Volodímir Zelensky aceitou um cessar-fogo temporário de 30 dias. Essa proposta foi feita pelo secretário de Estado americano, Marco Rubio. Mesmo com esforços e apoio da União Europeia, entretanto, a Rússia, através de representante, informou que só aceitaria o acordo de paz se fosse estabelecido nos termos de Moscou.      

Ontem (19/3), o presidente dos EUA, Donald Trump, ligou para Vladimir Putin, a fim de, novamente, propor um cessar-fogo. A conversa durou duas horas e terminou com a negativa do presidente russo.   

Logo após o telefonema, 45 drones atacaram a capital, Kiev. Em seguida, autoridades ucranianas informaram que casas e carros foram destruídos e duas pessoas ficaram feridas. Mais ao norte, um hospital foi atingido por um drone. Cerca de 100 pacientes precisaram ser retirados com urgência.  Como resposta, a Ucrânia enviou drones de longo alcance que destruíram um depósito de petróleo no sul da Rússia.   


Presidente russo Vladimir Putin discursando (Foto: reprodução/Instagram/@russian_kremlin)


Condições para acordo de paz

O Kremlin informou que suspendeu ataques contra a rede energética ucraniana, entretanto, acrescentou que só aceita um cessar-fogo definitivo se todo apoio militar e tecnológico à Ucrânia for suspenso imediatamente.   

Secretário de Estado dos EUA afirma que Ucrânia deve abdicar de territórios ocupados pela Rússia

O secretário de Estado dos EUA declarou, nesta segunda-feira (10), que a Ucrânia teria que desistir de territórios ocupados ilegalmente pela Rússia, caso deseje um acordo de paz. Ele ainda afirma que não houve ameaça de corte do acesso à Starlink e que continuam a compartilhar informações com a Ucrânia.

A tentativa de chegar à paz

Marco Rubio, secretário de Estado, dos Estados Unidos, fez uma declaração, durante uma entrevista, afirmando que para que a Ucrânia possa obter um acordo de paz, eles deverão renunciar a territórios invadidos pela Rússia, durante a guerra.

Volodymyr Zelensky, o presidente da Ucrânia, desembarcou para uma reunião com o primeiro-ministro da Arábia Saudita, Mohammad bin Salman. No mês de fevereiro, os sauditas receberam representantes dos EUA e da Rússia, porém os ucranianos acabaram ficando de fora.

Nesta terça-feira (11) ocorrerá uma conversa entre os EUA e a Ucrânia, porém não contará com a presença do presidente ucraniano, que será representado pelo chefe do gabinete presidencial e os ministros das Relações Exteriores e da Defesa.


Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em encontro com representantes políticos de países da Europa (Foto: reprodução/Nicolas Economou/NurPhoto/Getty Images Embed)


A intenção da Ucrânia é propor um cessar-fogo nos combates aéreos e marítimos. Em entrevista feita no seu avião rumo à Jeddah, Marco Rubio considerou a proposta do encerramento dos combates pelo céu e mar, porém afirmou que a melhor chance da Ucrânia de conseguir o cessar-fogo é de permitir que os russos fiquem com os territórios que conquistaram da Ucrânia, durante os conflitos.

Os russos não podem conquistar toda a Ucrânia e, obviamente, será muito difícil para a Ucrânia, em qualquer período de tempo razoável, forçar os russos a regressar ao ponto onde estavam em 2014. Temos que sair daqui com a sensação de que a Ucrânia está preparada para fazer coisas difíceis, como os russos terão que fazer coisas difíceis para acabar com este conflito ou pelo menos interrompê-lo de alguma forma”, afirmou Rubio.

O secretário de Estado americano desmentiu as acusações de soldados ucranianos, que disseram que a Starlink, empresa fornecedora de internet de Elon Musk, estava enviando suas coordenadas para a Rússia. Ele ainda disse que os Estados Unidos seguem compartilhando informações com a Ucrânia e que não há ameaça de corte do acesso à Starlink.

A situação do conflito

No ano de 2014 a Rússia anexou a península da Crimeia. Após o começo da invasão, em 2022, as regiões de Zaporizhzhya, Kherson, Luhansk e Donetsk foram dominadas pelos russos.


Presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante encontro no Kremlin, em Moscou (Foto: reprodução/MIKHAIL METZEL/POOL/AFP/Getty Images Embed)

A Europa tenta avançar planos para garantir a paz na Ucrânia, por meio de forças enviadas, caso o acordo entre os ucranianos e os russos seja feito. O presidente da França, Emmanuel Macron, organizou um encontro para esta terça-feira (11), com representantes de mais de 30 países.

Ucrânia faz ataques de drones em cidades da Rússia

A Ucrânia realizou ataques de drones em Moscou e outras regiões da Rússia. Foi o maior ataque de drones em toda a guerra. Duas pessoas morreram e 18 ficaram feridas por conta do bombardeio, que provocou incêndios e fez as atividades de aeroportos e ferrovias pararem temporariamente.

O ataque de drones

Na madrugada desta terça-feira (11), a Ucrânia realizou ataques de bombardeios, utilizando drones, em várias regiões da Rússia, principalmente na capital, Moscou. Foi o maior ataque de drones em todos os três anos de guerra.

Houve duas mortes e 18 pessoas se feriram no bombardeio, que chegou a provocar incêndios. Durante o ataque, foram suspensas as atividades em quatro aeroportos de Moscou e ferrovias foram danificadas. A denúncia do ataque de drones foi feita pelo governador de Moscou, Andrei Vorobyov, no Telegram.

O ministério da Defesa da Rússia informou que as unidades de defesa aérea destruíram 337 drones da Ucrânia, sendo que 91 deles sobre a capital. O prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, afirmou que pelo menos 69 dos drones foram destruídos ao chegarem perto da cidade e ondas de ataque.


Apartemento danificado após ataques de drones ucranianos, na cidade de Ramenskoye (Foto: reprodução/ANDREY BORODULIN/AFP/Getty Images Embed)


O ataque ocorreu algumas horas antes de um encontro entre o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, na Arábia Saudita para retomar negociações para realizar um cessar-fogo no conflito.

A sede do governo russo, o Kremlin, acusou a Ucrânia de ter como seus alvos, prédios residenciais, o que é proibido em guerras. Apesar disso, a própria Rússia já realizou vários ataques a regiões residenciais na Ucrânia.

Vorobyov informou que pelo menos sete apartamentos haviam sido danificados e os moradores foram forçados a evacuar um prédio de vários andares, no distrito de Ramenskoye, em Moscou.

Suspensão de transportes

O órgão regulador de aviação da Rússia informou, após os bombardeios, que os voos foram suspensos em todos os quatro aeroportos da cidade de Moscou, para garantir a segurança e prevenir outras fatalidades. As atividades de outros dois aeroportos, nas cidades Yaroslavl e Nizhny Novgorod, também foram suspensas. Mais tarde, o governo russo informou que as operações haviam sido retomadas.

A agência de notícias RIA informou que a infraestrutura ferroviária da estação de trem Domodedovo foi danificada pelos destroços de drones.


Área destruída após ataque de drones na Rússia (Foto: reprodução/Moscow Governorship/Handout/Anadolu/Getty Images Embed)


Os governadores de Ryazan, ao sudeste de Moscou, e Belgorod, que faz fronteira com a Ucrânia, também afirmaram que suas regiões estavam sobre ataques de drones, sendo que em Belgorod, vários locais ficaram sem energia.

França presta apoio à Ucrânia após EUA anunciar suspensão do compartilhamento de inteligência

A França anunciou que está fornecendo inteligência à Ucrânia, conforme declarou o Ministro da Defesa francês, Sébastien Lecornu, nesta quinta-feira (6). A informação surge um dia após os Estados Unidos informarem que estavam suspendendo o compartilhamento de dados de inteligência com Kiev.

Temos recursos de inteligência que usamos para ajudar os ucranianos”, afirma Lecornu. A ação da França visa compensar a ausência de apoio dos Estados Unidos, essencial para a Ucrânia monitorar os movimentos das tropas russas e identificar alvos no campo de batalha.

Encontro na Casa Branca

Em uma reunião transmitida ao vivo na última sexta-feira (28), Donald Trump acusou Zelensky de ser desrespeitoso com os Estados Unidos, de demonstrar ingratidão pelo apoio recebido e de colocar em risco uma possível Terceira Guerra Mundial.

Na reunião, Trump criticou duramente Zelensky, levando a relação entre os Estados Unidos, principal aliado da Ucrânia na guerra, a um momento de deterioração histórica. De acordo com uma autoridade dos EUA, o presidente ucraniano foi orientado a deixar a Casa Branca.

Na ocasião, segundo o site G1, um funcionário da Casa Branca havia informado que o presidente dos Estados Unidos, estava focado na paz, e que os parceiros também precisam estar comprometidos com o mesmo objetivo.


Zelensky e Trump na Casa Branca (Foto: reprodução/Brian Snyder/InfoMoney)

França negociando pela Ucrânia

O presidente francês, Emmanuel Macron, solicitou a aceleração dos pacotes de ajuda francesa e convocou os líderes europeus para uma nova reunião sobre Kiev na próxima semana. Em um discurso recente, Macron alertou sobre a “ameaça russa” à Europa e anunciou sua intenção de iniciar um debate sobre a proteção do continente sob a égide nuclear francesa.

Lecornu revelou que as remessas de ajuda à Ucrânia partindo da Polônia também foram suspensas, mas destacou que os ucranianos aprenderam a lutar nessa guerra há 3 anos e sabem como estocar.

Macron faz correção a Trump sobre dinheiro enviado para a Ucrânia, durante reunião

Durante um encontro na Casa Branca entre o Presidente da França, Emmanuel Macron, e o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta segunda-feira (24), o francês corrigiu o americano sobre os gastos com a guerra da Ucrânia. Trump afirmou que a Europa receberia de volta o dinheiro enviado.

A discussão entre os presidentes

O presidente americano estava dizendo aos repórteres que o dinheiro investido pela Europa, na guerra na Ucrânia, estava apenas sendo emprestado e seria devolvido. Logo em seguida, o presidente francês o toca no braço e o corrige.

Não, na verdade, para ser franco, pagamos 60% do esforço total, e isso incluiu empréstimos, garantias, subsídios e fornecemos dinheiro de verdade, para deixar claro. Temos 230 bilhões em ativos russos congelados na Europa, mas isso não é uma garantia de empréstimo porque não nos pertencem, eles estão apenas congelados, afirmou Macron

Após a fala de Macron, Trump não ficou satisfeito com a resposta.


Macron e Trump, durante a reunião na Casa Branca (Foto: reprodução/Chip Somodevilla/Getty Images Embed)


Em seguida, Trump voltou a insistir que os recursos enviados à Ucrânia, pela Europa, estavam sendo devolvidos, enquanto a mesma coisa não acontecia com os EUA. Então afirmou que os Estados Unidos também iniciarão a recuperação de parte do dinheiro enviado.

O governo americano negocia com a Ucrânia um acordo de compartilhamento de recursos minerais, para reaver parte do dinheiro investido. A ajuda militar ao país foi aprovada durante o antigo governo, de Joe Biden.

O encontro na Casa Branca

O encontro entre os dois líderes mundiais ocorreu exatamente no aniversário de três anos da guerra da Ucrânia. Durante a reunião houve tensão entre os presidentes, quando Trump sugeriu haver agora uma aproximação com o presidente Vladimir Putin e o governo russo.

Trump e Macron concordam sobre a presença de forças armadas de outros países europeus na Ucrânia, para manter a paz, após um acordo ser firmado. O presidente americano reforça sobre o acordo, afirmando que o presidente Putin também irá aceitar a permanência dos militares.


Trump e Macron se cumprimentam durante reunião (Foto: reprodução/Chip Somodevilla/Getty Images Embed)


Macron também disse que já não tem contato com o presidente da Rússia há um tempo, mas espera que com o novo governo de Trump, surja uma oportunidade de se conectar com Putin novamente.

Houve também uma divergência entre os presidentes, quando se tratou dos gastos no apoio Kiev, quando Trump mencionou que os Estados Unidos foram os que mais investiram na proteção da Ucrânia, apesar de especialistas contestarem essa afirmação.

Clima tenso entre os países

Apesar de haver uma trégua momentânea, no momento da união de Trump e Macron, anteriormente o presidente americano já havia tecido críticas e ameaças ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, chamando-o de coisas, como “comediante modestamente bem-sucedido”. Representantes americanos e russos chegaram inclusive a participar de uma reunião na Arábia Saudita, sem a presença de nenhuma autoridade ucraniana.


Trump discursando durante evento na Casa Branca (Foto: reprodução/Chip Somodevilla/Getty Images Embed)


Zelensky também teceu críticas a Trump, acusando-o de cobrar 500 milhões de dólares em riquezas da Ucrânia, em troca de proteção dos EUA, afirmando que não venderia seu próprio país.

Apesar do clima pesado, no último dia 17, países europeus já afirmaram estar preparados para enviar tropas à Ucrânia, após um acordo de paz entre Moscou e Kiev ser assinado.

Após uma reunião de emergência em Paris, os países da Europa defendem o gasto militar para se proteger da expansão russa.

Aeroportos em Moscou são fechados após ataque ucraniano com mais de 100 drones

Na madrugada desta sexta-feira (24), a Rússia afirmou ter interceptado mais de 100 drones lançados pela Ucrânia, que tiveram como alvo 13 regiões do país, incluindo Moscou. O ataque obrigou o fechamento temporário dos aeroportos Vnukovo e Domodedovo, causando o redirecionamento de seis voos. Apesar dos danos relatados, as autoridades russas afirmaram que todos os drones foram abatidos, e não houve feridos.

O ataque

Entre os alvos mencionados pela Ucrânia estavam uma refinaria de petróleo em Riazan, cerca de 170 km ao sul de Moscou, e uma fábrica de microeletrônica em Briansk. Segundo a Ucrânia, essas instalações são cruciais para o abastecimento militar russo. Após as explosões, uma grande bola de fogo foi avistada sobre a refinaria. Autoridades russas informaram que seis drones foram abatidos sobre a região de Moscou, enquanto outros foram destruídos em áreas próximas à fronteira com a Ucrânia, incluindo Kursk, Briansk e Belgorod.


O aeroporto de Vnukovo foi um dos afetados. (Foto:reprodução/X/@airlinerwatch)

Os ataques ucranianos seguem como parte de uma estratégia para atingir estruturas energéticas e militares russas, com o objetivo de enfraquecer o aparato militar do país. Em resposta, a Rússia realizou um ataque com 58 drones contra a Ucrânia, que resultou na morte de três pessoas em Kiev, além de danos a prédios residenciais, casas e veículos.

Impactos na infraestrutura e escalada do conflito

Em Kursk, o ataque ucraniano danificou linhas de energia, interrompendo o fornecimento elétrico em um distrito da cidade, segundo o prefeito Igor Kutsak. Outras regiões, como Saratov, Voronezh, Lipetsk e Tula, também foram alvos dos drones.

Do lado ucraniano, as vítimas fatais em Kiev foram causadas por destroços de drones russos, conforme reportado pelo Ministério do Interior. Embora 25 drones tenham sido interceptados e 27 desviados, os danos em estruturas civis foram significativos, aumentando a tensão no já prolongado conflito.

Ambos os lados continuam utilizando ataques com drones como uma ferramenta estratégica, agravando os impactos humanitários e reforçando a complexidade do conflito.

Hospital pediátrico em Kiev é atacado por bombardeio russo

A Rússia voltou a atacar Kiev nesta segunda-feira (8), com um lançamento de mísseis acusado como o pior desde o início da guerra. O ataque causou a morte de mais de 30 pessoas e atingiu parte do maior hospital pediátrico da cidade, o Ohmatdyt, segundo as autoridades locais. As imagens divulgadas demonstram uma das faixadas completamente caídas e as autoridades relataram que crianças fazem parte da lista de mortos. 

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que existem pessoas ainda presas sob os escombros do prédio. “Há pessoas sob os escombros e ainda não sabemos o número exato de vítimas. No momento, todos estão ajudando a retirar os escombros, tanto médicos como os cidadãos comuns“, relatou o presidente.


Hospital pediátrico Ohmatdyt de Kiev após bombardeio (Foto: reprodução/Reuters/Gleb Garanich)

Ataque à Kiev

O prefeito de Kiev apontou que este foi um dos piores ataques à cidade desde o início da guerra, há mais de dois anos. A Rússia disparou mais de 40 mísseis contra a capital, segundo o prefeito. 

Outras cidades também foram alvejadas, do centro e do leste do país, como Dnipro, Sloviansk, Kramatorsk e Kryvyi Rih. Os mísseis atingiram também três subestações de energia elétrica da cidade, informou a DTEK, operadora local. 

Ainda nesta manhã, a Rússia se pronunciou negando ter atingido alvos civis. O Ministério da Defesa russo ressaltou ter atacado apenas bases aéreas militares em território ucraniano. 

Resultado das outras cidades atingidas

A cidade-natal de Zelensky, a Kryvyi Rih, no centro do país, foi vítima do bombardeio que resultou em dez mortos. Outras 30 pessoas ficaram feridas, conforme o prefeito local. Em Dnipro, um arranha-céu e uma empresa foram danificados, afirmou Sergei Lysak, governador de Dnipropetrovsk.

A região de Donetsk, no leste da Ucrânia, onde as forças russas avançaram nas últimas semanas, cerca de três pessoas foram mortas na cidade de Pokrovsk, uma cidade que antes da guerra havia quase 60 mil habitantes. 

Zelensky irá para Washington nesta semana, nos EUA, para participar de uma cúpula da Otan. Ele insiste para que aliados enviem mais sistemas de defesa antiaérea à Ucrânia, a fim de melhorar a situação do país que está sendo devastado por mais de dois anos de guerra. 

“A Rússia não pode afirmar que ignora por onde voam os seus mísseis e deve prestar contas por todos os seus crimes“, enfatizou o presidente da Ucrânia nas redes sociais.

Em novo episódio do conflito entre Rússia e Ucrânia, 180 prisioneiros são libertos

Nesta terça-feira (25), em meio à crescente tensão da guerra entre Rússia e Ucrânia, com o fornecimento de armas pelos ocidentais à Ucrânia, 180 encarcerados ganharam a liberdade: 90 prisioneiros de guerra das Forças Armadas ucranianas foram libertos pela Rússia e a Ucrânia soltou 90 militares russos.

Cuidados com os prisioneiros libertados

Todos os libertados receberão assistência médica e psicológica necessárias, de acordo com informações da pasta russa. Os militares serão transportados em aeronaves de transporte militar das Forças Aeroespaciais da Rússia para receber tratamento e reabilitação em instituições médicas do Ministério da Defesa do país.


Kremlin bloqueia acesso de vários meios de comunicação, incluindo AFP (Foto: Reprodução/Instagram/@afpfr)

Essa não foi a primeira troca desde o início do conflito. No início de janeiro de 2024, mais de 400 prisioneiros de guerra foram libertados, 248 militares russos em troca de 230 militares ucranianos. No final do mesmo mês, outros 195 soldados de cada lado foram trocados. Em 31 de maio deste ano, também com a mediação dos Emirados Árabes Unidos, 75 prisioneiros de cada país ganharam a liberdade.

Intercessão da Igreja católica

O Papa Francisco vem tentando interceder por aqueles que sofrem com conflitos ao redor do mundo. No dia 12 de maio deste ano, nas saudações após o Regina Caeli, ele fez mais um apelo para libertação de detentos de ambos os lados.

“Enquanto celebramos a Ascensão do Senhor Ressuscitado que nos liberta e nos quer livres, renovo o meu apelo para uma troca geral de todos os prisioneiros entre a Rússia e a Ucrânia, assegurando a disponibilidade da Santa Sé em favorecer todos os esforços nesse sentido, especialmente por aqueles que estão gravemente feridos e doentes.”

Papa Francisco

Em mais de dois anos de conflito, vários milhares de prisioneiros foram libertados por ambos os lados. Uma parte principal da missão de paz na Ucrânia, confiada pelo Papa ao cardeal Matteo Zuppi, arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal Italiana, refere-se justamente à troca de prisioneiros e à repatriação de crianças ucranianas da Rússia.