IBGE: novo censo é autorizado, e vai contratar mais de 39 mil temporários

Na quarta-feira (17), foi publicado no Diário Oficial da União, o qual é o jornal oficial do governo federal do Brasil. É nele que o governo divulga atos oficiais com validade legal. Trata-se de uma portaria conjunta dos Ministérios da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, chefiado pela ministra Esther Dweck, e do Planejamento e Orçamento, comandado pela ministra Simone Tebet.

Nessa portaria, o governo federal autoriza a contratação temporária de 39,1 mil pessoas para atuar em dois grandes levantamentos conduzidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): o Censo Agropecuário, Florestal e Aquícola de 2025 e o Censo da População em Situação de Rua.

No texto, é afirmado que as despesas com as contratações farão parte do orçamento do próprio IBGE, classificadas como Outras Despesas Correntes, e dependerão de declaração de adequação orçamentária e financeira. Ou seja, só poderão ser confirmadas se houver comprovação formal de que cabem no orçamento público e não violam as regras fiscais.  

Informações dessas contratações temporárias do IBGE

Para conquistar as vagas, será necessária aprovação prévia em processo seletivo simplificado, uma forma mais rápida e menos burocrática de seleção feita pela administração pública. Diferentemente do concurso público tradicional, o processo pode incluir análise de currículo, prova objetiva, entrevista ou a combinação desses critérios.

O IBGE tem prazo de até seis meses para publicar o edital de abertura das inscrições, e as remunerações serão definidas pelo próprio instituto, conforme a legislação vigente.


Post do IBGE sobre as contratações temporárias (Foto: reprodução/Instagram/@ibgeoficial)


Ao todo, são 39.108 vagas, divididas em diversas categorias. A função com o maior número de contratações é a de Recenseador, com 27.330 vagas, cuja atividade principal é a coleta de dados, ou seja, ir aos locais conversar com as pessoas. Outra função é a de Agente Censitário Supervisor, com previsão de 4.143 contratações. Esses profissionais atuarão na supervisão da coleta de dados, acompanhando e orientando o trabalho dos recenseadores.

Em seguida, o cargo de Agente Censitário de Informática conta com 1.446 vagas, voltadas ao suporte técnico de informática. Já o Agente Censitário Administrativo soma 1.432 vagas, atuando no apoio administrativo. Além desses, tem o Agente Operacional Regional com 1.286 vagas, apoiando o operacional e administrativo. 

Outras 1.286 vagas são destinadas ao cargo de Agente Censitário Regional, cuja função é a coordenação regional do Censo. O Agente Censitário de Qualidade possui 1.165 vagas e tem como atribuição garantir a qualidade e a confiabilidade dos dados coletados. Por fim, o cargo de Analista Censitário, com 1.020 vagas, envolve um trabalho técnico e analítico sobre os dados e os processos do Censo.

Outros concursos e vagas do IBGE

O último concurso do IBGE foi em 2023, quando o governo federal autorizou o instituto a realizar seleção para contratar 8.141 funcionários temporários voltados à elaboração de pesquisas e novos censos.

Além disso, no ano passado, o IBGE também ofertou mais 895 oportunidades no Concurso Público Nacional Unificado (CPNU). No entanto, em um país de proporções continentais como o Brasil, constatou-se a necessidade de mais funcionários para aprimorar a coleta de dados e o desenvolvimento de novos censos.


Funcionário do IBGE fazendo a coleta de dados na tribo Tuyuka (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Michael Dantas)


Atualmente, já está em andamento um processo seletivo temporário do IBGE, oferecendo ao todo 9.580 vagas para os cargos de Agente de Pesquisas e Mapeamento e Supervisor de Coleta e Qualidade. Após o término desse processo, o novo processo seletivo, com mais 39.108 vagas, deverá ser publicado, iniciando o processo de contratações para o Censo Agropecuário, Florestal e Aquícola de 2025 e para o Censo da População em Situação de Rua.

Governo divulga 3.352 vagas para o CNU 2025; provas começam em outubro

O Concurso Nacional Unificado (CNU) 2025 foi anunciado com a oferta de 3.352 vagas distribuídas entre 35 órgãos federais. As oportunidades abrangem áreas como saúde, educação, infraestrutura, tecnologia e gestão pública, com cargos para níveis médio e superior. Os salários iniciais variam de R$ 9.000 a R$ 21.070, dependendo da função e da instituição. A aplicação das provas objetivas está prevista para o dia 5 de outubro, enquanto as discursivas ocorrerão em 7 de dezembro.

Inclusão e transparência no processo seletivo

A edição de 2025 do CNU destaca-se pelo compromisso com a diversidade e a inclusão. Cerca de um terço das vagas será destinado a candidatos negros, indígenas e pessoas com deficiência, seguindo as diretrizes estabelecidas na primeira edição. Além disso, o concurso será realizado simultaneamente em 228 cidades brasileiras, facilitando o acesso dos candidatos e promovendo maior transparência no processo seletivo.


Estudante marcando gabarito (Foto: Reprodução/Pinterest/@Dr. Concursos)

Etapas e cronograma do CNU 2025

Segundo o governo federal, o edital completo com a distribuição de vagas por cargo será publicado em maio. As inscrições devem acontecer entre junho e julho, com isenção da taxa garantida para pessoas de baixa renda, doadores de medula óssea e inscritos no CadÚnico.

O resultado está previsto para o primeiro trimestre de 2026, com início das convocações logo em seguida. O cronograma detalhado, incluindo datas para recursos e orientações para os candidatos, será divulgado nos canais oficiais do Ministério da Gestão e Inovação.

Com a expectativa de atrair milhões de inscritos em todo o país, o CNU 2025 consolida-se como uma das maiores seleções públicas do Brasil, reforçando o compromisso do governo com a modernização do serviço público e com a democratização do acesso a cargos federais.

A iniciativa também busca padronizar os critérios de seleção entre os órgãos, garantindo mais justiça, agilidade e transparência em todas as etapas do concurso.

Preparação internacional: dicas para se destacar em vagas tech no exterior

A busca por oportunidades de trabalho em vagas tech no exterior tem crescido entre profissionais brasileiros. Com um mercado internacional cada vez mais competitivo, destacar-se durante o processo de seleção é fundamental.

Nesse contexto, a preparação adequada, que inclui o desenvolvimento de habilidades técnicas e a adaptação do currículo às exigências do mercado global, é o primeiro passo para quem deseja construir uma carreira internacional bem-sucedida.

Os profissionais devem estar cientes de que o domínio do inglês e a familiaridade com as práticas de trabalho em diferentes culturas são diferenciais importantes. Além disso, entender as expectativas dos empregadores na área de tecnologia pode facilitar a determinação das melhores estratégias para entrevistas e networking.

A chave para o sucesso está em se preparar proativamente para cada etapa do processo.

Como se destacar em vagas tech no exterior?

Destacar-se em vagas tech no exterior requer uma combinação de habilidades linguísticas, estratégias de networking e preparação adequada, seja para vagas presenciais no exterior, ou vagas remotas internacionais.

Os candidatos devem se concentrar em habilidades essenciais que vão além do conhecimento técnico, como comunicação e soft skills, para se tornarem mais atrativos no mercado internacional.

1. Estude o idioma local, mas não esqueça do Inglês em dia

Um bom conhecimento do idioma local é importante para integrar-se a equipes e ambientes de trabalho. Inclusive, muitos países demandam que profissionais falem a língua local, o que facilita a comunicação diária.

Mas, além disso, manter o inglês em dia é igualmente importante, já que, em muitas áreas de tecnologia, o inglês é o idioma padrão de comunicação.

Cursos de idiomas, aulas de inglês e plataformas online oferecem recursos adequados para melhorar as habilidades de comunicação. Lembre-se: a prática constante, seja por meio de conversação ou consumo de conteúdos, amplia a competência linguística.

2. Perfil profissional e Linkedin em inglês

Ter um perfil no LinkedIn atualizado e em inglês ajuda a atrair oportunidades internacionais de trabalho remoto, e até mesmo vagas presenciais. O LinkedIn é uma das plataformas mais utilizadas por recrutadores em todo o mundo. Um perfil bem elaborado, que descreva habilidades e experiências, deve ser visível para potenciais empregadores.

Utilizar palavras-chave relevantes e destacar conquistas em projetos ajuda a fortalecer a presença online. Além disso, buscar conexões com profissionais da área e participar de grupos direcionados aumenta as chances de ser notado.

3. Faça uma introdução clara no CV



Uma introdução clara no currículo é fundamental para captar a atenção do recrutador. A primeira parte do CV, normalmente um resumo ou objetivo profissional, deve ser objetiva e destacar as principais habilidades e experiências. Especialmente quando você busca vagas para desenvolvedores, ou outras áreas críticas, em que a análise prévia do profissional é mais detalhada.

Para isso, usa preferencialmente frases curtas, coesas e diretas, sempre evitando jargões e linguagem coloquial. Também é uma boa ideia resumir a trajetória profissional e conectar pontos relevantes às exigências da vaga pode incrementar consideravelmente a chance de ser selecionado.

4. Destaque seus resultados, além da experiência e formação

Ao elaborar o currículo, é importante que a pessoa destaque resultados concretos em experiências anteriores. Em vez de apenas listar responsabilidades, é preciso enfatizar conquistas específicas.

Utilizar números e dados para quantificar realizações traz credibilidade ao perfil, pode ser uma boa estratégia. Por exemplo, mencionar uma redução de custos em porcentagem ou o aumento de produtividade em um projeto são formas eficazes de demonstrar impacto.

5. Forme uma rede de contatos internacionais

Construir uma rede de contatos internacionais é um diferencial para abrir portas em vagas tech. Pois, participar de eventos da indústria, como conferências e meetups, aumenta as chances de conhecer pessoas influentes.

E o Networking pode também ocorrer online, utilizando plataformas como LinkedIn e fóruns técnicos. Já que compartilhar conhecimentos e trocar experiências com profissionais de outros países fortalece a presença no mercado.

6. Mantenha-se atualizado sempre

O setor de tecnologia é dinâmico e em constante evolução. Para se destacar, é importante que o profissional esteja sempre atualizado sobre as últimas tendências, tecnologias e melhores práticas.

Participar de cursos, workshops e webinars é uma boa maneira de adquirir novas habilidades. Além disso, seguir blogs e influenciadores da área ajuda a se manter informado sobre inovações relevantes no setor.

7. Preparação para o processo seletivo

Familiarizar-se com o processo seletivo das empresas de TI internacionais é um passo importante. Cada empresa pode ter suas peculiaridades, desde entrevistas técnicas até avaliações de soft skills.

Então, realizar pesquisas sobre as práticas de contratação da empresa ajuda a preparar-se adequadamente. Isso inclui entender os tipos de perguntas mais frequentes e os testes que podem ser aplicados durante o processo.

8. Invista em Soft skills



Soft skills, como habilidades de comunicação, são cada vez mais valorizadas por empregadores. Afinal, a capacidade de trabalhar em equipe e resolver conflitos é essencial em ambientes de trabalho colaborativos.

O desenvolvimento de tais habilidades pode ser feito por meio de cursos e práticas em grupos. Também é importante solicitar feedback para compreender áreas de melhoria. E não se esqueça de destacar essas habilidades e aprendizados no seu CV.

9. Estude o mercado internacional

Conhecer o mercado internacional é outro ponto necessário para adaptar a abordagem na busca por vagas tech. Pois, cada região pode ter demandas e expectativas diferentes em termos de habilidades e competências.

E analisar as tendências do setor e as áreas em crescimento pode orientar as decisões sobre quais habilidades desenvolver. Lembre-se: estudar a concorrência e os perfis de profissionais bem-sucedidos também é uma excelente estratégia.

Conclusão

Para se destacar em vagas de tecnologia no exterior, a preparação é essencial. Ele deve focar em habilidades técnicas e em soft skills, que são cada vez mais valorizadas pelas empresas.

Nesse contexto, a comunicação clara e eficaz é fundamental. Profissionais que conseguem transmitir suas ideias de maneira objetiva têm mais chances de impressionar. Além disso, a proficiência em inglês é essencial. Dominar o idioma permite uma comunicação mais fluida em ambientes internacionais.

Um currículo bem elaborado, que destaque conquistas e experiências relevantes, é imprescindível. Ele deve ser adaptado às expectativas do mercado global.

Portanto, investir no desenvolvimento de habilidades de comunicação e no conhecimento técnico será decisivo para quem busca oportunidades de trabalho fora do país. Esse conjunto de competências pode garantir um diferencial significativo em um mercado de trabalho altamente competitivo.

Inscrições para SISU 2025 começam nesta sexta-feira

O Governo Federal anunciou, nesta segunda-feira (13), que a abertura das inscrições para o SISU (Sistema de Seleção Unificada), será no próximo dia 17. Gerido pelo Ministério da Educação (MEC), o sistema utiliza a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para selecionar estudantes para instituições públicas de ensino superior. O resultado da chamada regular será divulgado em 26 de janeiro, com matrículas previstas para o período de 27 a 31 de janeiro. Aqueles que não forem aprovados poderão participar da lista de espera, que estará aberta no mesmo período das matrículas.

Como funciona a inscrição

A inscrição é gratuita e deve ser realizada exclusivamente online, por meio do portal oficial do SISU. Para acessar o sistema, o candidato deve usar as informações de login do Gov.br, plataforma digital do governo federal. As notas do Enem 2024 são automaticamente recuperadas pelo sistema.


Qualquer candidato que não tenha zerado a redação do Enem 2024 pode disputar o SISU (Foto: reprodução/ X/ @camarotedacpi)

Ao se inscrever, o candidato responde a um questionário socioeconômico, necessário para verificar a elegibilidade à Lei de Cotas. Além disso, pode escolher até duas opções de curso, que podem ser alteradas durante o período de inscrições. O sistema considera a última alteração como válida.

Requisitos e lista de espera

Podem participar do SISU 2025, os estudantes que realizaram o Enem 2024, obtiveram nota maior que zero na redação e não declararam participação como treineiros.

No sistema, o candidato poderá escolher duas opções de cursos. Caso não seja aprovado na primeira opção, poderá concorrer à segunda. Aqueles que não forem selecionados em nenhuma das duas opções indicadas ainda terão a oportunidade de disputar uma vaga por meio da lista de espera.

O SISU é uma das principais portas de entrada para o ensino superior público no Brasil, proporcionando acesso a milhares de vagas em instituições de todo o país, desde que a instituição almejada utilize o SISU como meio de ingresso.

O SISU entrou em vigor em 2010, com o objetivo de unificar a seleção de alunos nas instituições públicas de ensino superior de todo o país.

Fies oferece 112 mil novas vagas em 2025

O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) abriu 112 mil novas vagas para 2025, conforme anunciado pelo Ministério da Educação (MEC) nesta quinta-feira (02). O programa, que subsidia cursos de graduação em instituições de ensino superior privadas, pretende distribuir as novas vagas focando em áreas consideradas estratégicas, como saúde, engenharia e tecnologia da informação (TI).

Critérios de seleção e condições específicas


Poster oficial do FIES (divulgação/MEC)

Para concorrer ao financiamento, os candidatos devem ter realizado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a de 2010, com nota mínima de 450 pontos e sem zerar a redação. Além disso, a renda familiar per capita é um dos principais critérios de elegibilidade, tendo como limite na modalidade principal, o de até três salários mínimos.

O Fies oferece juros zero para os beneficiários da modalidade principal, com parcelas ajustadas à renda do estudante após a formação. Existe também a modalidade P-Fies, voltada para estudantes com renda familiar mais elevada, que opera com taxas de juros definidas pelos agentes financeiros.

Impacto social e sua importância para a educação no Brasil


Ministro da Educação Camilo Santana (Esquerda), ao lado do presidente Lula (Direita) (reprodução/Ton Molina/NurPhoto/Getty Images Embed)


Desde sua criação, o Fies tem sido um aliado fundamental para estudantes de baixa renda que lutam para ingressar no ensino superior. A ampliação das vagas para 2025 reflete o compromisso do governo Lula na pauta de democratizar, cada vez mais, o acesso à educação.

O ministro da Educação, Camilo Santana, ainda comentou sobre a mudança no cronograma, em entrevista:

Vamos garantir novas vagas para o Fies em 2025, permitindo que jovens de baixa renda financiem cursos de graduação em instituições privadas de ensino superior no país. O governo do presidente Lula está investindo mais de R$ 774 milhões no Fies, um programa que abre portas para milhares de brasileiras e brasileiros terem uma educação de qualidade.

As inscrições ocorrerão no início de cada semestre, porém ainda não há dados sobre datas e período específicos.

“Enem dos Concursos”: o cargo mais disputado tem 120 vezes mais candidatos por vaga do que a USP

A concorrência para o cargo de analista administrativo na Superintendência Nacional de Previdência Complementar do governo federal é extremamente elevada, apresentando uma relação impressionante de 13.991,8 candidatos por vaga. Em contrapartida, o cargo com a menor concorrência é o de tecnologista do Ministério da Agricultura e Pecuária, que registra uma relação de apenas 14,5 candidatos por vaga. Essa diferença destacada ilustra a disparidade nas oportunidades e o nível de competitividade entre os diversos cargos disponíveis.

Os dados mencionados foram publicados nas planilhas oficialmente divulgadas na quarta-feira (25), pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. Essas planilhas apresentam a nova relação de candidatos por vaga para as provas do Concurso Público Nacional Unificado (CNU), amplamente conhecido como o “Enem dos Concursos”. Essa divulgação é significativa, pois os números refletem um recálculo elaborado com base na contagem real de candidatos, considerando aqueles que não compareceram às provas. Essa atualização é fundamental para entender a real competitividade dos diferentes cargos disponíveis, proporcionando uma visão mais precisa da situação atual do concurso.


Após considerar ausências, relação de candidato por vaga do CNU é recalculada (reprodução/Luh Fluza/Metrópoles)

Cargos mais disputados

O cargo mais concorrido do concurso é o de analista de planejamento, gestão e infraestrutura em informações geográficas e estatísticas com especialidade em engenharia civil, do IBGE, com 14.191 candidatos disputando uma única vaga.

Em segundo lugar, o cargo de Analista Administrativo na Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC) possui 13,9 mil candidatos por uma das 9 oportunidades disponíveis.

Por fim, o terceiro cargo mais demandado é o de Tecnologista no Ministério da Saúde, com 10,8 mil candidatos por duas vagas, exigindo formação em Engenharia Civil ou Arquitetura.

Enem dos Concursos

O Concurso Nacional Unificado, conhecido como “Enem dos Concursos”, é uma iniciativa inovadora que reúne em uma única prova as seleções para a contratação de servidores públicos em diversos órgãos do governo federal. Nesta edição inaugural, estão disponíveis 6.640 vagas em 21 instituições. Dos mais de 2,1 milhões de inscritos, apenas 970 mil compareceram às provas. Para garantir a segurança do exame, foram elaboradas 36 versões, distribuídas em 8 blocos, correspondendo às diferentes áreas com vagas disponíveis.

Abrafi acusa MEC de descumprir decisão judicial sobre novas vagas de Medicina

Na última terça-feira (26), o Ministério da Educação emitiu uma portaria suspendendo a oferta de vagas e matrículas de alunos já aprovados para o curso de Medicina em quatro instituições de ensino. Essa ação foi vista como um descumprimento das determinações judiciais que autorizaram processos seletivos para pelo menos duas faculdades: o Centro Universitário (Facens), em Sorocaba, e o Centro Universitário Mauá (Unimauá), em Brasília. A decisão inclui a participação em futuros editais do programa Mais Médicos.

Tramitação e decisão judicial

Os pedidos para a abertura de novas vagas estavam há bastante tempo em análise na Secretaria de Regulação e Supervisão do Ensino Superior. Diante da ausência de resposta por parte do MEC, as instituições buscaram respaldo legal e obtiveram, há pouco mais de um mês, decisões judiciais favoráveis no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) para a realização dos vestibulares.

O presidente da Abrafi, Paulo Chanan, ressaltou que a suspensão afeta diretamente 60 alunos em Sorocaba e mais 180 em Brasília.

A resposta do MEC e a polêmica em torno da portaria

O MEC defendeu sua posição, notificando as instituições envolvidas e mais quatro por anunciarem cursos de Medicina sem a devida autorização. Segundo o ministério, tais ações constituem irregularidades administrativas e devem ser imediatamente suspensas.

A portaria n. 531, de dezembro do ano passado, foi citada pelo MEC como base para suas ações, estabelecendo diretrizes para o processamento de pedidos de autorização de novos cursos de Medicina.


Entenda mais sobre o impasse nos cursos de medicina (Vídeo: reprodução/YouTube/Jovem Pan)


A controvérsia e as alegações da Abrafi

A Abrafi contesta a justificativa do MEC, argumentando que a decisão judicial não se limitou apenas à realização do processo seletivo, mas abarcou também as matrículas dos alunos aprovados. Chanan ressalta que essa postura cria uma insegurança jurídica considerável, especialmente diante dos atrasos do MEC na publicação de portarias, mesmo após determinações judiciais.

 “Há uma incoerência por parte do MEC, que tem autorizado, de forma atropelada e em tempo recorde, o funcionamento de cursos de Medicina em instituições federais sem que haja qualquer estrutura física de laboratórios ou corpo docente contratado.” – Disse o presidente da Abrafi, Paulo Chanan.

Diante do impasse entre a Abrafi e o MEC, a situação permanece delicada para os alunos afetados e as instituições de ensino envolvidas. Enquanto o MEC defende suas ações como parte de uma política educacional coerente, a Abrafi questiona a falta de uniformidade e transparência nos procedimentos adotados, especialmente no que diz respeito à disparidade de tratamento entre instituições públicas e privadas.