Guerra na Ucrânia: Presidente Donald Trump revela estar chateado após ligação com Vladimir Putin

Nesta semana, o presidente dos EUA, Donald Trump, revelou ter ficado frustrado após uma conversa com Vladimir Putin sobre a guerra na Ucrânia. Segundo Trump, o diálogo entre eles ocorreu na quinta-feira (3), pelo telefone.

“Fiquei muito decepcionado com a conversa que tive hoje com o presidente Putin e não acho que ele esteja pensando em parar”.

Ele também afirmou que pretende entrar em contato, nesta sexta, com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy.

Nesse mesmo dia, o republicano já tinha comentado sobre o telefonema e a conversa que teve com Putin sobre o fim da guerra, mas admitiu que não conseguiram entrar em um acordo.

Os ataques russos continuam

Logo após a ligação de Trump ao representante russo, conforme as informações das forças armadas ucranianas, os bombardeios russos deixaram ao menos 14 pessoas feridas, além de destruírem uma base ferroviária e provocarem um incêndio em carros e nas residências na cidade de Kiev.

De acordo com o prefeito da cidade, Vitali Klitschko, que utilizou o Telegram para informar sobre os ataques, comentou que, das 14 pessoas que ficaram feridas, 12 precisaram ser hospitalizadas.

Klitschko também escreveu que os destroços dos drones que caíram nos locais incendiaram um dos hospitais da cidade localizado no distrito de Holosiivskyi.

As forças aéreas ucranianas relataram que o país russo lançou, ao todo, 539 drones e 11 mísseis, e que 270 drones e dois mísseis foram abatidos. O presidente falou que o ataque recente foi, de fato, o maior de todos e o mais cruel também.

No entanto, do outro lado do conflito, o governo russo alegou 48 drones arremessados pela Ucrânia foram destruídos.


Vladimir Putin Presidente da Rússia (Foto: reprodução/ GAVRIIL GRIGOROV/POOL/AFP/Getty Images Embed)



3 anos do conflito

O conflito, que já completou 3 anos, tem gerado preocupações em várias partes do mundo. Devido à guerra, segundo dados publicado pela ACNUR, cerca de 10,6 milhões de civis se deslocaram de forma forçada. Desses, 3,7 milhões se deslocaram para outras regiões do país, para tentar fugir do conflito, que, até o momento, vem atingindo algumas cidades. Já 6,8 milhões resolveram buscar abrigo em outros países do continente europeu.


Donald Trump e Vladimir Putin (foto: reprodução/X/@DOGDEGA)

Vale lembrar que o Brasil também foi um dos países que abrigaram esses refugiados. Com uma data prevista para permanecer no país por 1 ano, um programa global, Kingdom Partnerships Network (GKPN), uma rede internacional composta por 105 mil igrejas de 108 países, trouxe 270 ucranianos ao Brasil e 35 deles foram encaminhados para São José dos Campos, interior de São Paulo.

Atualmente, um terço dos cidadãos que ainda moram no país necessitam de ajudas humanitárias e sonham, um dia, poder retornar às suas vidas.

Mesmo com tentativas de diálogo no campo político, a realidade nas ruas ucranianas segue marcada por sirenes, destruição e a esperança de um fim que ainda parece distante.

Busca de Ucrânia e Rússia por solução para o fim da guerra fica cada vez mais distante

Os presidentes da Ucrânia e da Rússia, respectivamente Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin, não conseguem chegar a um acordo de paz entre as duas nações. Zelensky não aceita a proposta de paz feita pela Rússia, a qual alega ser um “ultimato”, inviabilizando um acordo. Putin, por sua vez, acusa a Ucrânia de não querer a paz, mantendo o terror, se referido aos ataques ocorridos recentemente em solo russo.

A guerra entre Ucrânia e Rússia completou três anos em fevereiro. A Rússia propôs, em memorando à delegação ucraniana na última segunda-feira, anexar as regiões já ocupadas pelas tropas russas. Essa ocupação já soma 20% do território ucraniano, e não é a primeira vez que Moscou sinaliza com tais condições, e as mesmas não foram aceitas anteriormente.

Zelensky, ao participar de uma coletiva de imprensa durante evento da OTAN nesta quarta-feira (4), sugeriu um cessar-fogo completo, até que possa ser agendada uma reunião entre os dois presidentes. Para Zelensky, este encontro pode ser marcado para a qualquer momento, e entende que o ideal seria os dois negociarem de forma direta em possíveis novos encontros.

Por seu turno, em evento na Rússia, também nesta quarta-feira, Vladimir Putin denunciou o fato de a Ucrânia não desejar a paz e de não acreditar no sucesso das negociações, pelo fato dos ucranianos terem atacado a Rússia nos últimos dias.

Tal afirmação acontece após a Ucrânia articular três ataques surpresas, fazendo uso de drones contra aviões de guerra, bombardeando linhas ferroviárias em Kursk, e ainda explodiu parte da ponte da Crimeia. Para as autoridades russas, os dois primeiros ataques podem ser chamados de “ataques terroristas”.


Sem acordo entre Rússia e Ucrânia, guerra continua (Foto: reprodução/Instagram/@portalg1)


Exigências russas, troca de prisioneiros e novas negociações

Para que haja uma homologação de acordo de paz, a Rússia fez algumas exigências. Dentre as quais:

  • Limitação do Exército ucraniano, tanto na quantidade de tropas quanto de armas;
  • Proibição da Ucrânia de ter armas nucleares e de abrigar esses armamentos em seu território;
  • Realização de eleição na Ucrânia.

O aceite das exigências russas pela Ucrânia trará a extinção de todas as sanções econômicas entre os dois países, além das restaurações de fornecimento de gás e relações econômicas.

Ainda que a Ucrânia tenha feito três ataques contra os russos, as duas nações concordaram com uma nova troca de prisioneiros de guerra, que visa a liberdade de todos os capturados com até 25 anos, gravemente feridos ou doentes, podendo ocorrer também a devolução de 6 mil corpos de cada lado.

Já no que diz respeito às negociações, segundo o ministro da defesa ucraniano Rustem Umbrov, uma terceira rodada pode ocorrer no fim de junho. Seria a terceira rodada de negociações entre os dois países.


Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky não aceita proposta de Moscou para pôr fim a guerra (Foto: reprodução/Instagram/@zelenskyy_official)

Embate entre Ucrânia e Rússia

A Ucrânia está pleiteando “um cessar-fogo completo e incondicional”, além de desejar “o retorno dos prisioneiros”, assim como, também, deseja o retorno de crianças ucranianas, que, de acordo com Kiev, Moscou levou para o seu território. Porém, Moscou já sinalizou não aceitar o “cessar-fogo incondicional”, que vem sendo exigido por Kiev e os aliados ocidentais.

Macron afirma acreditar que Trump está duvidando de Putin

Em meio às discussões e acordos sobre a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, Emmanuel Macron, presidente da França, disse crer que Donald Trump está começando a perceber a falsidade de Vladimir Putin, presidente Russo. Macron diz que percebe isso após Trump postar em suas redes sociais que Putin tinha ficado louco.

A declaração de Macron

Nesta segunda-feira (26), o presidente da França, Emmanuel Macron, fez declarações à jornalistas, em Hanói, no Vietnã, sobre o novo posicionamento do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre Vladimir Putin, presidente da Rússia. De acordo com Macron, Trump está começando a enxergar as mentiras proferidas por Putin, em relação à Guerra da Ucrânia, destacando como o americano fez posts, criticando o russo, em suas redes sociais.


Post de Donald Trump criticando Putin e Zelensky (Foto: reprodução/X/@bennyjohnson)

Trump descreveu como, apesar de sempre ter tido um bom relacionamento com Vladimir Putin, ele está completamente louco, ceifando as vidas de pessoas sem sentido. Ele também teceu críticas a Volodymyr Zelensky, o presidente da Ucrânia, dizendo como não gosta da maneira que se comunica, dizendo que tudo que sai de sua boca causa problemas.

Outras declarações

Emmanuel Macron também afirmou que Trump teve uma boa conversa com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, sobre as tarifas que o americano impôs sobre outros países do mundo.

As discussões estão avançando. Houve uma boa conversa entre o presidente Trump e a presidente Von der Leyen e espero que possamos continuar nesse caminho e voltar às tarifas mais baixas possíveis que permitirão trocas frutíferas”, declarou Macron.


Macron discursando em evento no Vietnã (Foto: reprodução/ LUDOVIC MARIN/AFP/Getty Images Embed)


Ele ainda disse que as tarifas não são a forma correta de resolver os desequilíbrios comerciais, dizendo também que espera que os dois possam chegar a um acordo para reduzir as tarifas o máximo possível.

Kremlin confirma ausência de Putin em reunião de Paz com Zelensky

Na manhã desta quinta-feira (15), horário local, o governo russo confirmou que o presidente Vladimir Putin não comparecerá à reunião sobre o cessar-fogo referente à guerra Rússia/Ucrânia. Prevista para hoje à tarde, em Istambul, na Turquia, a Rússia será representada por ministros e outras autoridades russas. 

De acordo com informações do Kremlin, Putin nomeou seu assessor presidencial Vladimir Medinsky, o vice-ministro das Relações Exteriores Mikhail Galuzin, o general das Forças Armadas russas Igor Kostyukov e o vice-ministro da Defesa Alexandre Fomin, para representá-lo neste encontro. 

A decisão sobre o comparecimento da delegação russa em Istambul foi tomada na noite de ontem, quarta-feira (14), horário local, em reunião a portas fechadas entre o presidente russo e diversas autoridades do país.


Publicação sobre a nomeação da delegação russa para negociações de Paz com a Ucrânia (Foto: reprodução/X/@mfa_russia)

Apesar da ausência de Vladimir Putin, em nota, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse que a Rússia está pronta para trabalhar seriamente com o governo ucraniano.

Lula pede a ida de Putin

Conforme declaração do Palácio do Planalto, na última quarta-feira (14), em conversa por telefone com o líder russo Vladimir Putin, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, encorajou Putin a comparecer ao encontro. 

Apesar de entender que o envio de uma delegação é lícito, Lula declarou que o comparecimento da autoridade máxima da Rússia nesta reunião demonstraria não só boa vontade como, também, seria um gesto sinalizando que o governo russo está aberto ao diálogo.


Presidente Lula e presidente Vladimir Putin, Moscou, Rússia (Foto: reprodução/Ricardo Stuckert/Arquivo Oficial da Presidência)

O presidente brasileiro reforçou, ainda, a existência de uma declaração conjunta entre Brasil e China em apoio ao cessar-fogo na Ucrânia. Denominada de “Grupo de Amigos da Paz”, formada por países do Sul Global, a declaração reforça a preocupação destes países com o conflito Rússia/Ucrânia e a esperança de que haja empenho para solucioná-lo quanto antes.

Presença de Donald Trump

Em visita ao Oriente Médio, o presidente americano Donald Trump declarou que talvez possa comparecer à reunião entre Rússia/Ucrânia, se isso ajudasse a alcançar um cessar-fogo entre os dois países mais rapidamente.

“Não sei se ele (Putin) iria se eu não estivesse lá. (…)  Sei que ele gostaria que eu estivesse lá, e é uma possibilidade. Se pudéssemos acabar com a guerra, eu consideraria.” Donald Trump

Trump, que estará nos Emirados Árabes Unidos nesta quinta-feira (15), disse que haveria a possibilidade de ir a Istambul, Turquia, se “isso” fosse para salvar muitas vidas.” De qualquer forma, o secretário de Estado, Marco Rubio, estará na cidade turca na próxima sexta-feira (16).

Zelensky na Turquia

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky chegou à Ancara, capital da Turquia, nesta manhã de quinta-feira (15), horário local, para se reunir com o presidente turco Recep Tayyip Erdoğan.

Em postagem em suas redes sociais, Zelensky informou que a delegação da Ucrânia estará representada pelo mais alto nível em busca de soluções que levem à Paz. Informou, ainda, que a reunião inicial será com Erdoğan, agradecendo o líder turco por mediar esta reunião com a Rússia.


Publicação da chegada de Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano, à Ancara, Turquia (Foto: reprodução/X/@ZelenskyyUa)

Volodymyr Zelensky informa que os próximos passos referentes ao acordo de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, serão decididos após conversas com a delegação turca. Uma vez que não sabe qual o poder de decisão dado por Vladimir Putin a seus representantes russos. 

A reunião entre Rússia e Ucrânia, marcada para esta tarde de quinta-feira (15), horário local, em Istambul, na Turquia, continua em aberto sobre quem de fato serão os participantes presentes e se, decisões concretas serão tomadas para pôr fim ao conflito no leste Europeu em curso há mais de três anos.

Zelensky comemora acordo com EUA sobre terras raras

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, utilizou suas redes sociais na data de ontem, quinta-feira (01), para comemorar o acordo firmado entre a Ucrânia e o governo de Donald Trump. O pacto celebrado envolve a exploração de “Terras Raras”, ajuda financeira e apoio militar.

Zelensky  informou que o acordo está à espera de ratificação por parte do parlamento ucraniano, Verkhovna Rada, composto por 450 deputados e, garantirá que não haja atrasos para entrar em vigor o quanto antes. 

O mandatário ainda informa que, durante o processo de negociações, iniciado em fevereiro deste ano (2025), as cláusulas vigentes mudaram significativamente. Conforme o presidente ucraniano, “este é um acordo verdadeiramente igualitário que cria uma oportunidade para investimentos na Ucrânia”. 

Em seu discurso, Zelensky comemora que o Fundo Financeiro de Recuperação será realizado sem pendência de dívidas. E que tanto a Ucrânia quanto os EUA tendem a ganhar com esta parceria. 


Pronunciamento do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky sobre o acordo firmado com os EUA (Vídeo: reprodução/Instagram/@zelenskyy_official)


Volodymyr Zelensky aproveitou a oportunidade para agradecer aos representantes ucranianos pelo empenho empregado para que o acordo fosse aceito. 

Reunião no Vaticano

A reunião que pôs fim a meses de espera para assinatura do acordo entre EUA e Ucrânia, ocorreu durante o funeral do Papa Francisco, em 26 de abril (2025). Segundo Zelensky, o encontro com o presidente Donald Trump no Vaticano foi fundamental para que as negociações avançassem.


Reunião entre Volodymyr Zelensky e Donald Trump, Vaticano, Roma (Foto: reprodução/X/@@ZelenskyyUa)

Ainda, conforme Zelensky, a assinatura do acordo para exploração de “Terras Raras” tornou-se viável naquele momento, classificado como “histórico” e que outros resultados, decorrentes deste encontro, estão em andamento. 

Sanções à Rússia

Algumas das regiões denominadas como “Terras Raras” ucranianas, encontram-se em áreas sob controle da Rússia. Frutos da atuação russa na guerra contra a Ucrânia em curso desde 2022. Estima-se que, atualmente, o governo de Vladimir Putin detém 18% do leste da Ucrânia.

Cidades fronteiriças com a Rússia, como Donetsk, Zaporíjia, Kherson, Luhansk, Mariupol, além da Crimeia, são dominadas pelo exército de Putin e possuem minerais raros a serem explorados. 


Mina de grafite, Zavallya, Ucrânia (Foto: reprodução/Olena Koloda/Getty Images Embed)


Com o acordo firmado entre EUA e Ucrânia na data de ontem, quinta-feira (01), essas áreas serão disputadas entre os países envolvidos. Algumas já estão sob sanções econômicas internacionais e novas sanções serão postas em prática. 

Após a assinatura do acordo com os EUA, Volodymyr Zelensky anunciou novas sanções as empresas sediadas nestes territórios. Em sua fala, o presidente ucraniano informa que tais sanções serão contra a Rússia, em decorrência da guerra e que, serão sincronizadas com as sanções mundiais já em curso. 

A lista de sanções inclui: 36 empresas, produtora de titânio, que atendem à produção militar russa; 106 entidades localizadas na Crimeia, Donetsk e Luhansk, envolvidas na ocupação russa e mais dezenas de civis, alguns ucranianos que, segundo Zelensky são propagadores de informações prejudiciais à Ucrânia. 

Até o momento, não houve manifestação por parte do governo de Vladimir Putin, presidente russo, sob quais providências serão tomadas referente aos últimos acontecimentos. 

Rússia x Ucrânia: Novos ataques deixam mortos e feridos, aumentando tensões

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, utilizou suas redes sociais para informar sobre um novo ataque russo realizado na noite de ontem, quarta-feira (16), que resultou em vítimas fatais. Os ataques ocorreram em cidades localizadas no leste e no sudeste ucraniano.

Zelensky relata que entre os mortos está uma jovem de 17 anos, a quem ele se refere como Veronika. Além dos quatro mortos, há 28 feridos, incluindo quatro crianças. Destes, 16 ainda permanecem internados em hospitais da cidade.  

As cidades atingidas foram Dnipro e Odessa, onde, segundo Zelensky, vários prédios residenciais ficaram danificados. Nas cidades de Sumy, Kharkiv e Donetsk houve ataques aéreos, incluindo mísseis balísticos russos.


Publicação de Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia (Foto: reprodução/X/@ZelenskyyUa)

Em sua publicação, o presidente ucraniano reforça o pedido de ajuda à comunidade internacional para conter os ataques realizados por Moscou e finaliza dizendo que “a Rússia usa todos os dias e todas as noites para matar”.

Ajuda da comunidade internacional

Na última semana, líderes de países europeus se reuniram para discutir sobre apoio financeiro e militar à Ucrânia. Entre eles, os ministros de defesa do Reino Unido, John Healey, e da Alemanha, Boris Pistorius. 

Os dois países prometeram ajuda ao presidente ucraniano que, somados, ultrapassam o valor de US$ 36 bilhões de dólares. Reforçando apoio ao país do leste europeu e se posicionando contra a Rússia de Vladimir Putin.


Publicação do Departamento de Defesa ucraniano sobre a ajuda da Alemanha (Foto: reprodução/X/@DefenceU) 

Além do Reino Unido e da Alemanha, a Noruega também oferecerá ajuda financeira e militar à Ucrânia. Incluindo sistemas de radar, drones e minas antitanques.

Proposta para um cessar-fogo

Em meio a guerra Rússia/Ucrânia que já dura mais de três anos, o presidente americano Donald Trump tem procurado mediar uma proposta de cessar-fogo permanente entre os dois países envolvidos diretamente no conflito. 

No entanto, enquanto líderes de países europeus acusam Vladimir Putin de prolongar o conflito, Trump declarou na última segunda-feira (14), que Zelensky “iniciou uma guerra que não poderia vencer”. Retratando-se em seguida e reconhecendo que a guerra fora iniciada por Moscou.

No mesmo dia, Volodymyr Zelensky convidou Donald Trump para visitar as cidades devastadas pelos bombardeios e reforçou o pedido de um cessar-fogo, alertando que os ataques russos nunca foram interrompidos. 

O conflito entre Rússia e Ucrânia segue sem acordos de Paz, aumentando o número de feridos e vítimas fatais nos dois países.

Dilma Rousseff é reeleita presidente do Banco do Brics com apoio de Putin

A ex-presidente brasileira Dilma Rousseff informou neste domingo (23), que permanecerá no comando do Novo Banco de Desenvolvimento, popularmente conhecido como Banco dos Brics, por mais 5 anos, depois de obter o respaldo oficial do presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Dilma assumiu a presidência do banco em abril de 2023, com mandato previsto para encerrar em julho deste ano.

Sendo assim, a Rússia, que é responsável pela indicação dos responsáveis e que já havia defendido, no ano passado, a continuação da gestão realizada pelo Brasil, fez concretizar o plano do Brics.

Aprovação de Putin

Vladimir Putin demonstrou satisfação pelo trabalho de Dilma à frente do banco. Em junho do ano passado, durante um encontro em São Petersburgo, o presidente russo elogiou a brasileira e a parabenizou pelos avanços alcançados pela instituição em sua liderança.

A permanência de Dilma no cargo também representa uma boa integração com o Brasil, ao mesmo tempo em que serve os interesses da Rússia. 

O país pode estar visando uma possibilidade de assumir a presidência do banco no futuro, quando por exemplo, o conflito com a Ucrânia já tenha chegado ao fim.

Objetivos do Brics

Atualmente, o Brics é composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além dos novos membros que aderiram recentemente, como Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos. 

Sob a liderança de Dilma, o banco tem como objetivo viabilizar o financiamento de projetos nos países que fazem parte do bloco.


Dilma Rousseff com representantes do Brics, incluindo Vladimir Putin. (Foto: Reprodução/Arquivo/Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Na reunião do Brics, Dilma enfatizou iniciativas de colaboração entre Brasil e China, como a ferrovia transoceânica, que tem o potencial de diminuir os custos de exportação entre os dois países, além de discutir temas como a taxação do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre produtos importados. Dilma falou sobre as ameaças de Trump em taxar até 100% os países do Brics se o bloco substituir o dólar como moeda oficial:

“Ele vai taxar a União Europeia? O euro é uma moeda alternativa”, ironizou a ex-presidente.

“Imperialista revisionista” diz Emmanuel Macron sobre Vladimir Putin 

Durante o encerramento da reunião extraordinária do Conselho Europeu, que aconteceu em Bruxelas na Bélgica, na última quinta-feira (06), o presidente da França, Emmanuel Macron, subiu o tom contra Vladimir Putin, após o presidente russo dizer que  “lamenta que ainda haja pessoas que querem voltar aos tempos de Napoleão”. 

“Napoleão liderou conquistas.  A única potência imperial que vejo hoje na Europa se chama Rússia. (…)  (Vladimir Putin) é um revisionista imperialista da história e da identidade dos povos”
Emmanuel Macron

O presidente francês também declarou que as negociações de Moscou com os Estados Unidos, para um cessar-fogo na Ucrânia, não eram para uma “paz duradoura”, mas sim “para retomar melhor a guerra” .

Tensões entre França e Rússia

Na quarta-feira (04), em um discurso nacional de pouco mais de 13 minutos, em horário nobre, o presidente francês pediu o rearmamento europeu e cogitou sobre a possibilidade de dissuasão nuclear.

Segundo Macron, o presidente russo “é uma ameaça existencial duradoura para todos os europeus” e classificou a guerra na Ucrânia como “um conflito global”.


Trecho do discurso do presidente Emmanuel Macron ao povo francês (Vídeo: Reprodução/ YouTube/ @euronewspt)

Em seu discurso, Emmanuel Macron, ainda, disse estar pronto para discutir sobre a possibilidade de colocar a Europa sob o “guarda-chuva nuclear” francês. Isso significa que, países que não possuem armamentos nucleares fiquem sob “proteção” daqueles países que possuem esse tipo de armamento e, caso, sejam atacados com armas nucleares, sejam defendidos e protegidos por estes países.

De acordo com o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP), os Estados-Nações que legalmente possuem o direito a armamento nuclear são: China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos. 

Resposta da Rússia 

Em contrapartida, o porta-voz oficial da Rússia, Dmitry Peskov, acusa o governo francês de não pensar em Paz e por estar inclinado a dar continuidade à guerra na Ucrânia.

“O discurso foi de fato extremamente confrontacional. Dificilmente poderia ser percebido como um discurso de um líder que estava pensando em paz (…) Em vez disso, pelo que foi dito, pode-se concluir que a França está pensando mais em guerra, em continuar a guerra”  (Dmitry Peskov em resposta às declarações de Emmanuel Macron)


Porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov e o presidente russo, Vladimir Putin (Foto: Reprodução/ Contributor / Getty Images Embed)

Ainda assim, segundo o Kremlin, termo usado para se referir ao governo russo, a França não representa ameaça, já que a Rússia tem saído vitoriosa das batalhas travadas em território ucraniano. 

“Outros líderes não ficariam na sala”, diz Lula se Putin viesse ao G-20

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, disse que a participação do presidente russo, Vladimir Putin, na próxima cúpula do G20, geraria uma situação delicada e desconfortável. “O problema não é apenas proteger o Putin para não ser preso no Brasil. Isso é a coisa mais fácil de fazer. O problema é que tem no G20 vários presidentes da República que não ficariam na sala se o Putin entrasse na sala. Todos os países europeus que participam do G20, mais os Estados Unidos, o que seria uma coisa muito desconfortável”, declarou o presidente brasileiro. A declaração de Lula é um reflexo das tensões atuais em decorrência da guerra na Ucrânia.

Consequências da guerra na Ucrânia

A invasão da Ucrânia pelas forças russas gerou várias sanções contra a Rússia e o isolamento de Putin em muitos eventos internacionais. O presidente brasileiro destacou que se Vladimir Putin comparecer, muitos líderes poderiam deixar a reunião como forma de protesto. Para evitar uma crise diplomática, é esperado que o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, represente o país no G20, no lugar de Vladimir Putin. Dessa forma, a participação russa poderia ocorrer sem escalonar as tensões políticas, preservando um ambiente de diálogo aberto entre as nações.


G20 Brasil 2024 (Foto: reprodução/Instagram/@g20org)

A postura do Brasil

O G20 acontecerá no Rio de Janeiro, como país anfitrião, o Brasil visa equilibrar as relações com todos os líderes participantes do G20 e promover o diálogo, na intenção de evitar conflitos e fortalecer as relações internacionais e cooperação global. O presidente Lula, mantém uma posição a favor da busca por uma solução que seja diplomática para a resolução da guerra na Ucrânia, apelando pelo fim do conflito para que o Vladimir Putin e a Rússia retornem ao cenário diplomático e internacional de forma plena.

Exames médicos indicam que Lula pode voltar a exercer suas atividades

Após sofrer uma queda no último sábado (19), o presidente Lula voltou a ser submetido a exames e os resultados foram divulgados hoje (22). Segundo nota dos médicos do hospital Sírio-Libanês, o atual presidente está apto para voltar a exercer suas responsabilidades. 

“O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve hoje, 22/10/2024, no Hospital Sírio Libanês, unidade Brasília, para reavaliação. O exame de imagem está estável em comparação ao anterior, com a programação de realizar novo exame de controle em 72 horas. Encontra-se apto a exercer sua rotina de trabalho”, disse boletim médico

Na segunda-feira (21), Lula chegou a realizar algumas de suas atividades, mas nada fora do Palácio do Planalto.

Queda no banheiro

O presidente Lula sofreu um acidente doméstico no último sábado (19) ao cair no banheiro de sua casa, no Palácio do Planalto. O governante teve um corte na nuca, necessitando ser submetido a uma bateria de exames, além de tomar cinco pontos no local do ferimento.

Apesar de não ter sido um acidente grave, Lula precisou voltar ao Hospital Sírio-Libanês para realizar novos exames e cancelar sua viagem à Rússia, onde está sendo realizada a conferência do BRICS.


Presidente Lula (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Andressa Anholete)


Participação por videoconferência

Depois da confirmação de que o presidente Lula não iria estar presencialmente na conferência do BRICS, que está ocorrendo em Kazan, na Rússia, foram buscadas maneiras de manter a participação do presidente nas reuniões do grupo. Então, a Presidência da República divulgou que existe a possibilidade de Lula participar das reuniões por videoconferência.

Para o Brasil ter um representante no evento, o Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, foi escolhido para substituir o presidente na cúpula do BRICS.

Hoje o presidente Lula confirmou, em ligação com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que irar participar das reuniões por videoconferência. O governante russo, segundo o Itamaraty, lamentou a falta de Lula no evento.