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O filme brasileiro “Ainda Estou Aqui” recebeu a grata surpresa de ser indicado à principal categoria do Oscar, nesta quinta-feira (23). No entanto, uma curiosidade que reflete a grandeza do feito é que o longa-metragem, dirigido por Walter Salles (Central do Brasil), é o primeiro sul-americano a concorrer à estatueta de melhor filme.
Concorrendo com grandes sucessos dos outros festivais de premiações, como “Emilia Pérez” e “O Brutalista”, a obra brasileira não chega como favorita à categoria. Porém, a indicação já foi muito comemorada por apaixonados do cinema em todo o Brasil.
Foto Destaque: Os responsáveis pelo filme Ainda Estou Aqui na Curzon Mayfair em Londres (Foto: reprodução/Getty Images/Dave Benett)
Confira a lista de indicados à “Melhor Filme”:
“Anora”
“O Brutalista”
“Um Completo Desconhecido”
“Conclave”
“Duna: Parte 2”
“Emilia Pérez”
“Ainda Estou Aqui”
“Nickel Boys”
“A Substância”
“Wicked”
América Latina no Oscar
Quando aumentamos um pouco o escopo de América do Sul para América Latina como um todo, apenas um outro filme recebeu a honra que “Ainda Estou Aqui” obteve nesta manhã de quinta-feira. “Roma”, obra mexicana do diretor Alfonso Cuarón, se consagrou, em 2019, como o primeiro filme latino-americano a ser indicado ao Oscar de Melhor Filme.
Sobre a categoria de Melhor Filme Estrangeiro, entretanto, vários sul-americanos já foram indicados. O último a vencer foi o chileno “Uma Mulher Fantástica”, em 2018.
Outras indicações de “Ainda Estou Aqui”
O filme recebeu outras duas indicações com, inclusive, mais chances de vitória. ”Melhor Filme Estrangeiro” é uma delas que, apesar de ter o francês “Emilia Pérez” como favorito, pode ser um prêmio a vir para o Brasil. Isto ocorre porque o francês já é apontado como um dos favoritos a “Melhor Filme” e, normalmente, quando uma produção concorre a estas duas categorias, só vence uma delas. A exceção à regra foi Parasita (2019), que concorreu e venceu as duas.
Além disso, a atriz que interpreta a protagonista de “Ainda Estou Aqui”, Fernanda Torres, também concorre ao prêmio de Melhor Atriz, que é a principal esperança para o Brasil na noite.
Desde 7 de janeiro, a cidade californiana Los Angeles, vem passando por uma série de incêndios florestais, os quais fizeram com que o Critics Choice Awards fosse adiado.
A nova data marcada para o evento é 7 de fevereiro, a partir da meia-noite no horário de Brasília. A transmissão, que normalmente contava com um especial diretamente do tapete vermelho, não acontecera na edição deste ano. O local da premiação permanece sendo no Braker Hangar, em Santa Monica.
Produções adiadas
Diversos programas de televisão e produções precisaram ser adiadas devido os incêndios, como a sessão especial de “Ainda Estou Aqui” que contaria com a presença de Fernanda Torres e Walter Salles, com Guillermo del Toro apresentando.
As estreias dos filmes “Better Man”, “Lobisomem” e “Unstoppable” foram reagendadas. Gravações tiveram de ser interrompidas, como as de “Fallout”, do Prime Video, além de “Hacks”, “Happy’s Place”, “Ted” e “Suits: LA” da NBC Universal.
“Fallout” voltara a ser gravado na sexta-feira, e a NBC informou que nenhum filme foi afetado pelos incêndios, pois as filmagens ocorrem fora de Los Angeles.
As séries da Disney “Doctor Odyssey” e “Grey’s Anatomy” também foram afetadas, assim como o programa de Jimmy Kimmel, que precisou ter a participação de diversos convidados adiada, como foi o caso de Fernanda Torres.
A atriz brasileira teve sua participação adiada para o dia 16 de janeiro, e divertiu o público com sua desenvoltura e carisma, falando sobre sua ida para o programa, os incêndios, e sua passagem pelo TSA.
Incêndios em Los Angeles
Los Angeles é uma cidade do estado da Califórnia, muito famosa pelas oportunidades que pode proporcionar, fazendo com que muitos se mudem para la, a fim de mudar de vida.
Há cerca de uma semana, a cidade vem aparecendo com grande enfoque nas notícias estadunidenses, e também global, devido à série de incêndios pela qual vem passando.
Incêndios acontecendo na cidade de Los Angeles (Vídeo: Reprodução/X/@eldestapeweb)
O fogo, que iniciou na terça-feira do dia 7 de janeiro, já deixou 24 mortos, cerca de 100 mil pessoas sem moradia e, segundo o LA Times, mais de 5 mil construções foram a baixo.
OO longa “Ainda Estou Aqui” é, sem dúvida, um dos maiores sucessos recentes do cinema brasileiro, conquistando tanto o público quanto a crítica ao nível global. Frequentemente, imaginamos que seja difícil para uma produção nacional ultrapassar as fronteiras e alcançar reconhecimento internacional, mas o filme tem desafiado essa percepção com um desempenho impressionante no exterior.
Com uma recepção calorosa tanto no Brasil quanto fora dele, “Ainda Estou Aqui” — ou “I’m Still Here”, como é conhecido internacionalmente — tem sido aclamado por críticos ao redor do mundo, especialmente após a vitória de Fernanda Torres no Globo de Ouro 2025. Este feito gerou grande curiosidade entre os estrangeiros, que finalmente puderam conferir a obra.
Uma das primeiras críticas de destaque veio do prestigiado The New York Times, nesta quinta-feira (17), sem poupar elogios e servindo como um excelente termômetro para avaliar a aceitação global do filme de Walter Salles.
Fenômeno dentro e fora das telas
O longa, que está em cartaz nos cinemas brasileiros desde o início de novembro do ano passado, só será lançado nos cinemas internacionais amanhã, dia 17 de janeiro. No entanto, a crítica especializada internacional já teve acesso ao conteúdo antes mesmo de sua estreia no mercado global, gerando grande expectativa em torno da recepção do filme fora do Brasil.
Um dos principais e mais influentes veículos de comunicação globais, o The New York Times publicou uma crítica repleta de elogios, tanto ao longa-metragem quanto à atuação de Fernanda Torres. O veículo destacou a qualidade da produção e a intensidade da performance da atriz, reconhecendo seu talento em dar vida ao papel de forma marcante e impactante de uma história que emociona qualquer um, independentemente da nacionalidade.
Eunice e Rubens Paiva antes dos acontecimentos retratados em “Ainda Estou Aqui” (Foto: reprodução/Instituto Vladimir Herzog)
Além disso, a crítica foi além das telas, enaltecendo a verdadeira Eunice Paiva, interpretada magistralmente por Fernanda Torres. A crítica descreveu Eunice como fascinante, destacando sua complexidade e profundidade emocional, elementos que a tornam uma presença inesquecível na trama.
“Este é o momento em que o filme gira em torno de Eunice, que não é apenas a heroína no filme, mas também na vida real. Este filme é a história dela: ela é uma mulher cuja vida foi despedaçada, decidindo que não será intimidada. Ela não apenas criará uma vida para seus filhos sob imensas probabilidades repressivas, mas também se dedicará a mudar o mundo.”
No entanto, o paralelo com a realidade não parou por aí. O jornal também destacou a representação da política brasileira no período retratado no filme, traçando conexões com outros grandes longas latinos, como “Argentina, 1985”. Além disso, não deixou de comentar o impacto atual de “Ainda Estou Aqui”, que continua a gerar discussões e agitar temas políticos pertinentes, trazendo à tona questões ainda vivas e relevantes no cenário contemporâneo brasileiro.
‘Fernandas’ e o The New York Times
Antes mesmo de toda a comoção e a curiosidade internacional em torno da identidade de Fernanda Torres, nós, brasileiros, já a considerávamos um verdadeiro tesouro nacional há décadas. A eterna Fátima de “Tapas e Beijos”, que, aliás, fez seu legado crescer ainda mais após sua vitória no Globo de Ouro, viu o número de espectadores de suas produções disparar nos serviços de streaming. A consagração de Torres, tanto no Brasil quanto no exterior, só reafirma a importância de seu trabalho e o impacto duradouro de sua carreira.
Fernanda Torres e Fernanda Montenegro estampando matéria do The New York Times em dezembro de 2024 (Foto: reprodução/The New York Times)
Entretanto, além do reconhecimento dos brasileiros, o jornal norte-americano também demonstrou uma verdadeira obsessão por Fernanda. Em dezembro de 2024, publicaram uma matéria sobre ela e sua mãe, Fernanda Montenegro, na qual destacavam a possibilidade de Fernanda filha “vingar” a mãe na corrida pelo Oscar — uma referência à derrota de sua mãe, que perdeu o prêmio, que estava sendo indicada por “Central do Brasil”, também de Walter Salles, para Gwyneth Paltrow em 1999. O artigo, carregado de emoção e reverência, ressaltava a conexão entre as duas gerações e a chance de redenção de Torres no cenário internacional.
A estrela brasileira, Fernanda Torres, foi recebida calorosamente por fãs na cidade de Nova York. A atriz se fez presente para a divulgação da contemplada obra “Ainda Estou Aqui”. A vencedora de um “Globo de Ouro”, como “Melhor Atriz em Filme de Drama”, parou para atender admiradores antes da sua participação no programa “Live with Kelly and Mark”, nesta terça-feira (14).
O sucesso global
Fernanda Torres está cumprindo uma intensa agenda de entrevistas nos Estados Unidos para promoção do sucesso dirigido por Walter Salles. O longa fez estreia em NY com uma exibição que arrancou aplausos. Com uma vitória alarmante no “Globo de Ouro”, em que disputou concorrentes fortes, Fernanda é cotada como possível indicada a “Melhor Atriz” no Oscar 2025. A obra “Ainda Estou Aqui” também é aguardada para indicações em outras categorias, por isso a campanha de marketing do longa está fortíssima.
A atriz foi registrada pelos paparazzi em sua chegada, para participar do programa “Live with Kelly and Mark”. Ela parou para atender pedidos de fotos com um grande sorriso no rosto.
Fernanda Torres registrada em NY (Foto: reprodução/Instagram/@carasbrasil)
Além de Nova York, a agenda promocional do filme passa por Los Angeles e Miami. Na semana anterior, Fernanda iria participar do “Jimmy Kimmel Live”, mas a gravação foi cancelada devido aos incêndios florestais na Califórnia.
Brasil rumo ao Oscar
A divulgação especial de “Ainda Estou Aqui” nas salas norte-americanas e europeias acende chamas de expectativa para o cinema brasileiro. Com um histórico de prêmios e aclamação da crítica especializada, o longa acabou sendo considerado uma das opções favoritas para ser uma estrela entre os indicados ao Oscar. Está muito perto do Brasil brilhar na maior premiação cinematográfica.
Enquanto isso, Fernanda Torres continua espalhando seu charme e talento pelo mundo afora, agora mais que nunca uma das maiores representantes do nosso cinema nacional no cenário internacional.
O filme brasileiro “Ainda Estou Aqui” ganhou um novo pôster oficial. Após o filme ser escolhido como o Melhor Longa-Metragem Internacional pelo Festival de Cinema de Palm Springs, o novo material de divulgação do filme foi revelado. O filme de Walter Salles estreia dia 17 de janeiro nos EUA.
O filme baseado na obra literária de mesmo nome do escritor Marcelo Rubens Paiva, marca o primeiro longa de Walter Salles em uma década. Além do prêmio no Festival de Cinema de Palm Springs, “Ainda Estou Aqui”, também levou o troféu de Melhor Roteiro no Festival de Veneza 2024 e resultou no prêmio de Melhor Atriz em Filme de Drama para Fernanda Torres no Globo de Ouro. O longa ainda está em cartaz nos cinemas brasileiros.
Novo pôster internacional do filme “Ainda Estou Aqui” (Foto: reprodução/Instagram/@Boxreport)
Sinopse
O enredo do filme é ambientado na década de 1970, no Rio de Janeiro. Em meio à ditadura militar no país, a família Paiva (Rubens, Eunice e seus cinco filhos) vive em uma casa na beira da praia, onde recebem muitos amigos. Um dia, o deputado Rubens Paiva é levado pela Polícia Militar e desaparece sob custódia.
A narrativa baseada no livro de Marcelo Rubens Paiva, filho de Eunice Paiva e Rubens Paiva, narra a história de sua mãe, que após o desaparecimento do marido, enfrenta a violência do regime militar. Eunice é obrigada a se reinventar e torna-se ativista pelos direitos humanos e símbolo de resistência à ditadura no Brasil.
Projeção Internacional
O filme lançado no dia 7 de novembro de 2024, ganhou destaque em outros países. No Brasil, o longa-metragem estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello chegou a registrar mais de 3 milhões de espectadores. No entanto, a mídia internacional também projetou o filme. Portais como a “Variety” e “The Hollywood Reporter” fizeram previsões sobre o filme poder concorrer ao Oscar de 2025. No Rotten Tomatoes, o longa recebeu 91% de aprovação dos críticos.
Os protagonistas de Ainda Estou Aqui ganharam destaque em uma publicação da revista Variety, que traçou um perfil detalhado das carreiras de Fernanda Torres e Selton Mello. A matéria valorizou não apenas suas trajetórias individuais, mas também os trabalhos memoráveis que realizaram juntos ao longo dos anos, além de explorar os detalhes de seus papéis no aclamado longa de Walter Salles.
A perspectiva de Fernanda
A vencedora do Globo de Ouro destacou que sempre foi reconhecida por seus papéis cômicos e revelou que não foi a primeira escolha de Walter Salles para o papel, justamente por carregar essa imagem de atriz voltada à comédia.
Fernanda Torres com seu Globo de Ouro (Foto: Reprodução/WireImage/Matt Winkelmeyer/Getty Images Embed)
Ela contou que sua mãe, Fernanda Montenegro, já estava confirmada no elenco de Ainda Estou Aqui, e que foi enquanto discutia o roteiro com Salles, a pedido do diretor, que surgiu o convite para interpretar Eunice Paiva.
Ela também destacou que o longa foi gravado de forma cronológica, o que foi essencial para o seu processo de imersão, especialmente na construção de sua relação com Selton Mello, que interpretou Rubens Paiva. A atriz traçou um paralelo entre a saída de Mello do set, após o fim de suas cenas, e o sequestro de Rubens, refletindo sobre como sua personagem vivenciava essa saudade intensa.
O ponto de vista de Selton
Selton Mello revelou que nunca havia participado de um filme em que todas as cenas fossem filmadas na sequência cronológica da história, mas afirmou ter adorado o processo.
Selton Mello no Globo de Ouro (Foto: Reprodução/Etienne Laurent/Getty Images Embed)
O ator confessou que o restante do filme foi uma surpresa para ele. “Eu vi o filme como um espectador, e quando saí, vi o que acontecia e fiquei chocado, com o coração partido.”
Sobre ‘Ainda Estou Aqui’
Ainda Estou Aqui, o primeiro longa de Walter Salles em uma década, segue em cartaz nos cinemas brasileiros, onde já atraiu mais de três milhões de espectadores.
O filme conta com Selton Mello no elenco e a participação especial de Fernanda Montenegro, que interpreta uma versão mais velha de Eunice, personagem de Fernanda Torres. Essa colaboração marca o reencontro de Salles com Montenegro, com quem trabalhou no memorável Central do Brasil.
Recentemente, Ainda Estou Aqui foi premiado com o troféu de Melhor Roteiro no Festival de Veneza 2024, consolidando ainda mais sua força no cenário cinematográfico, além da vitória de Fernanda Torres no Globo de Ouro como Melhor Atriz em Drama.
Em entrevista ao site Omelete, Walter Salles, diretor de “Ainda Estou Aqui”, destacou a importância que a indicação de Fernanda Torres ao Globo de Ouro carrega e sustenta no cenário atual de mídias.
O cineasta declarou que o excesso de imagens no mundo tornam indicações a prêmios em combustível para a existência do cinema independente.
“O fato de Fernanda Torres ser a única atriz indicada que atua exclusivamente em língua não inglesa, já é um prêmio e tanto.”
Salles ainda relembrou o grande sucesso do cinema nacional “Central do Brasil”, lançado há 25 anos e indicado ao Oscar de “Melhor Filme Internacional”. O cineasta também pautou os sentimentos que envolvem e conectam “Ainda Estou Aqui” e “Central do Brasil” mesmo com tantos anos separando as produções.
Salles e o Oscar
A corrida de Walter Salles pelo Oscar não é recente, principalmente quando se trata da colaboração com uma Fernanda — seja ela Torres ou Montenegro, sempre que essa junção de nomes acontece a estatueta do Oscar se sente mutuamente atraída pelas mãos do diretor.
Mas essa atração atinente não é suficiente para quebrar as amarras do favoritismo da premiação, deixando as polaridades invertidas e o Brasil em momento de perda, como aconteceu em 1999, quando Fernanda Montenegro deixou o Oscar para Gwendolyn Paltrow.
Agora “Ainda Estou Aqui” coloca novamente Walter Salles na corrida pelo Oscar 2025 na categoria de “Melhor Filme Internacional”, entretanto, mesmo com a produção elegível a estatueta, Torres ainda não é um nome confirmado, uma vez que “Emilia Perez” lidera o “favoritismo” da Academia para a melhor produção internacional e Karla Sofía Gascón (protagonista da produção) é uma das maiores apostas a competição pela estatueta.
Força nacional
Notavelmente, a simples possibilidade da indicação de Fernanda Torres já movimentou a internet, levando diversos fãs da atriz a engajar sua foto na página oficial da Academia do Oscar. A publicação de Torres alcançou 2,9 milhões de curtidas e mais 800 mil comentários, ultrapassando menção de estrelas internacionais, como Tilda Swinton.
Fernanda Torres em imagem compartilhada pela Academia (Foto: reprodução/Instagram/@theacademy)
Walter Salles dirige o longa, baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, retratando o período sombrio da história brasileira durante do domínio abusivo dos militares. Na obra, Eunice Paiva se encontra ilhada após o sequestro e assassinato do marido pelos militares. No escuro, vê-se obrigada a enfrentar a dura realidade e lutar por justiça. A produção está em cartaz nos cinemas brasileiros desde novembro de 2024.
O Globo de Ouro 2025 acontece neste domingo (05), às 22h, com transmissão pelo streaming Max, da HBO e também pelo canal TNT. Além disso, você pode acompanhar a cobertura completa aqui no IN Magazine.
“Ainda Estou Aqui”, filme nacional lançado em 2024 no Brasil, tem seguido uma trilha de sucesso mundial. Após vencer diversas premiações em festivais de cinema e ser escolhido para representar o Brasil no Oscar de 2025, foi confirmado nesta semana que a produção se consolidou como a quinta maior bilheteria do Brasil em 2024. O filme perdeu apenas para produções grandes estrangeiras, como Deadpool & Wolverine, Moana 2, Divertida Mente 2 e Meu Malvado Favorito 4. A produção que ocupava a quinta posição era o filme “É Assim Que Acaba”, baseado no livro de Colleen Hoover, com arrecadação nacional de R$ 59 milhões.
Sobre o filme
A história se baseia no Brasil durante a Ditadura Militar, nos anos 70. O filme se baseia nas memórias de Marcelo Rubens, sendo baseado em uma história real. A história é focada na mãe de Marcelo, Eunice Paiva, que passou por desafios após o desaparecimento de seu marido que estava sob custódia da Polícia militar, com quem teve 5 filhos.
Ainda Estou Aqui conta com a atriz Fernanda Torres no elenco. (Foto: reprodução/ X/ @TheCinesthetic)
A história gera reflexões por se passar em um período delicado da história brasileira. Eunice Paiva atuava como ativista junto com o marido, após o desaparecimento ela precisou se reinventar. O longa foi dirigido por Walter Salles e foi o primeiro longa do cineasta em uma década.
Fazem parte do elenco as atrizes Fernanda Torres e Fernanda Montenegro, além de Selton Mello. As atuações foram bem recebidas e Fernanda Torres foi indicada ao Globo de Ouro em 2025 para o prêmio de Melhor Atriz de Drama.
Expectativas
“Ainda Estou Aqui” segue em cartaz nos cinemas, o filme também está em exibição nos Estados Unidos. Em Los Angeles está prevista para janeiro uma sessão especial com a apresentação de Guillermo del Toro, há também uma exibição prevista em Nova York. As sessões nos Estados Unidos são necessárias para que o filme esteja elegível para o Oscar de 2025.
Recentemente “Ainda Estou Aqui” foi confirmado na lista dos 15 filmes que podem ser escolhidos para as indicações do Oscar. Caso seja selecionado, pode concorrer ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
Nesta quarta-feira (18), Fernanda Torres, 59, compartilhou no Instagram uma brincadeira sobre a semelhança com sua mãe, Fernanda Montenegro, 95. A atriz, indicada ao Globo de Ouro de Melhor Atriz de Drama por “Ainda Estou Aqui”, publicou um vídeo das duas no filme e fez uma enquete com seus seguidores sobre a razão da semelhança entre elas.
IA, maquiagem ou DNA?
Em seus Stories no Instagram, Fernanda Torres levantou uma divertida questão sobre a semelhança com sua mãe, Fernanda Montenegro. “IA, maquiagem ou DNA?”, escreveu a atriz, em inglês, propondo essas três opções como explicação para a forte semelhança entre elas.
Stories de Fernanda Torres sobre a semelhança com Fernanda Montenegro (Foto: reprodução/Instagram/@oficialfernandatorres)
Após a exibição de “Ainda Estou Aqui”, alguns espectadores internacionais chegaram a suspeitar que Fernanda Montenegro no final do filme fosse, na verdade, Fernanda Torres maquiada para parecer mais velha. A comparação entre as duas se deu especialmente por ambas interpretarem a mesma personagem, Eunice Paiva, no longa.
Indicação ao Globo de Ouro
Fernanda Torres celebrou em suas redes sociais a indicação ao Globo de Ouro 2025 na categoria de Melhor Atriz, pelo filme “Ainda Estou Aqui”. Essa indicação marca o retorno do Brasil à premiação após 20 anos. A última vez que uma produção brasileira foi indicada foi em 2005, com “Diários de Motocicleta”, também de Walter Salles.
Torres competirá pelo prêmio de Melhor Atriz contra grandes nomes do cinema, como Pamela Anderson (The Last Showgirl), Angelina Jolie (Maria), Nicole Kidman (Babygirl), Tilda Swinton (O Quarto ao Lado) e Kate Winslet (Lee). O anúncio dos vencedores será feito durante a cerimônia do Globo de Ouro 2025, marcada para 5 de janeiro.
Trailer oficial do filme “Ainda Estou Aqui” (Vídeo: reprodução/Youtube/Sony Pictures Brasil)
“Ainda Estou Aqui”, baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva, narra a trajetória de Eunice Paiva, que luta para que o Estado brasileiro reconheça a prisão, morte e tortura de seu marido, o ex-deputado Rubens Paiva, pela ditadura militar em 1971. Fernanda Montenegro interpreta a personagem na velhice, com Alzheimer.
Além da indicação de Melhor Atriz, o longa também concorre ao Globo de Ouro de Melhor Filme de Língua Não Inglesa e foi indicado a outros prêmios, como o Critics Choice Awards e o Goya.
“Ainda Estou Aqui” já é considerada uma das maiores produções cinematográficas brasileiras. A campanha de divulgação do longa segue em vários lugares do Brasil e do mundo e agora chegou a vez de Los Angeles. No dia 7 de janeiro o filme será apresentado em uma sessão que será mediada por Guillermo del Toro. As expectativas sobre o sucesso da campanha para o Oscar 2025 aumentaram após as nomeações do longa para as premiações Globo de Ouro e Critics Choice Awards. As chances de o filme figurar na lista das 15 produções prováveis de serem indicadas para Melhor Filme Estrangeiro são altas. A lista será divulgada no dia 17 de dezembro.
Grande sucesso
“Ainda Estou Aqui” foi uma grande surpresa. O filme conta com nomes como Fernanda Torres, Fernanda Montenegro e Selton Mello no elenco, além da direção de Walter Salles.
A trajetória do sucesso começou com nomeações em grandes festivais de cinema. A produção ganhou o prêmio de melhor roteiro no Festival de Veneza, que é muito reconhecido no ramo. Nas premiações o filme foi ovacionado pela plateia.
Produção conta com grande elenco e direção de Walter Salles (Foto: reprodução/ X/ @jotauelleia)
O filme foi apresentado pela primeira vez no dia 1 de setembro, após o lançamento nacional pelo menos 2,5 milhões de pessoas já foram aos cinemas assistir, incluindo “Ainda Estou aqui” entre as maiores bilheterias brasileiras. A bilheteria já supera 53 milhões de reais. Nos últimos dias a produção ficou apenas atrás de “Moana 2” em audiência.
A história
“Ainda Estou Aqui” se passa no Brasil da década de 70 e mostra o país governado pela ditadura militar. A história conta as memórias de Marcelo Rubens Paiva sobre sua mãe, Eunice Paiva. A família teve que enfrentar diversos desafios após o marido de Eunice ser levado pela Polícia Militar, desaparecendo. O longa segue em cartaz nos cinemas e é uma forte indicação nos principais sites de crítica especializada.