Nesta terça-feira (15) as bolsas asiáticas fecharam em baixa em meio a uma nova onda de infecções por Covid-19 na China, que levou ao confinamento da cidade de Shenzhen, um polo financeiro e tecnológico com 17,5 milhões de habitantes. E os acontecimentos recentes entre Rússia e Ucrânia também tem influência direta e reacendem os temores entre as diferenças de Pequim e Washington.
A Bolsa de Hong Kong encerrou a sessão em queda de 6,20%, enquanto a de Xangai registrou retrocesso de 4,95%, prejudicada pela baixa expressiva dos valores das empresas de tecnologia devido ao confinamento da cidade chinesa.
Nesta semana, o Estados Unidos levantou preocupações sobre o alinhamento da China com a Rússia, o que levou investidores globais a abandonar ações chinesas no exterior.
Se com isso os americanos estão sugerindo que há um risco de que a China agora irá apoiar a Rússia, então a mensagem é “ou você está conosco ou contra nós”, disse, ao Financial Times, um administrador de uma gestora de ativos de Hong Kong, acrescentando que “tem sido um trajeto difícil [para] os mercados já nesta semana”.
Mulher ao lado de tela mostrando o Índice Hang Seng em Hong Kong, em 15 de março de 2022 (Fonte:
Petróleo abaixo dos US$ 100
Por volta das 8h30, o barril do petróleo Brent caiu cerca de 8%, operando próximo a US$ 98, enquanto a commodity negociada nos EUA, era cotada por US$ 94,30, com declínio de mais de 8%.
Ambos os contratos já tinham caído mais de 5% no dia anterior.
Europa
O mercado europeu também iniciou o dia em baixa. Perto das 8h (horário de Brasília), a Bolsa de Frankfurt operava com queda de 1,21%, a de Paris recuava 1,32% e a de Madri perdia 0,51%. Já a Bolsa de Londres tinha baixa de 0,86%.
Bolsa Brasileira
Seguindo o caminho de preocupação com os acontecimentos recentes, a Bolsa Brasileira também amanheceu no campo negativo.
Por volta das 11h50, o Ibovespa, principal índice de ações do mercado local, recuava 1,14%, aos 108.673 pontos. No mesmo horário, o dólar oscilava em alta de 0,21% frente ao real, cotado a R$ 5,1300 para venda.
Foto Destaque: REUTERS/Aly Song