Deputado do PSB pede abertura de CPI para apurar compras de Viagra

Maria Júlia Freitas Por Maria Júlia Freitas
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Nesta terça-feira (12) o deputado federal Bira do Pindaré (PSB-MA) iniciou o recolhimento de assinaturas para realizar a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) a fim de investigar a aquisição de medicamentos para auxílio sexual por órgãos vinculados ao Ministério da Defesa, havendo também indícios de superfaturamento nas compras. 

O pedido da CPI ocorreu após descobertas feitas por parlamentares, onde apontam aprovação de compras feitas pelas Forças Armadas de 35 mil comprimidos de Viagra, seu uso mais comum é para tratar disfunção erétil, além de 65 mil próteses penianas, usadas para os mesmos fins. O valor total desta compra foram de R$3,5 milhões, pelo Exército. 

Segundo os dados do Portal da Transparência e do Painel de Preços do governo federal, que foram obtidos e divulgados pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) na última semana, mostram que oito pregões foram feitos por unidades ligadas aos comandos da Aeronáutica, Marinha e Exército para a compra de outros medicamentos similares ao Viagra.


Comprimidos de Viagra (Foto: Reprodução/goodfon)


Grande parte desses medicamentos são destinados para a Marinha, sendo encaminhados, em média, 28.320 comprimidos. Aeronáutica e Exército recebem uma quantidade inferior dos medicamentos, que ainda assim permanece alta, sendo atendidos com 5 mil e 2 mil compridos, respectivamente.  

Em esclarecimentos na última segunda-feira (11), o Ministério da Defesa afirma que as compras do Viagra são diretamente destinadas ao tratamento de Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP) nas Forças Armadas.  

Ademais, também nesta-terça (12), Elias Vaz e o senador Jorge Kajuru (PODE-GO) solicitaram uma investigação ao Tribunal de Contas da União (TCU) e também ao Ministério Público Federal (MPF) para que seja entendido o motivo pelo qual o Exército realizou a compra das próteses penianas.  

Segundo o Ministério da Defesa, a compra das próteses foi feita pelo Exército, sendo assim, eles não podem se manifestar sobre o assunto.  

 

Foto destaque: Reprodução/Congresso em foco

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