Ao longo das eras, a Terra testemunhou a extinção de inúmeras espécies, parte inevitável do ciclo evolutivo. Pesquisadores dedicaram esforços para entender as causas por trás desses eventos, que incluíram desde quedas de asteroides até a influência transformadora do Homo sapiens.
O impacto mais notório ocorreu há 66 milhões de anos, quando um asteroide colidiu, dizimando dinossauros e diversas formas de vida. Contudo, especialistas alertam que este não será o último capítulo.
Muitos argumentam que a humanidade está imersa na sexta extinção em massa, impulsionada pelo crescimento descontrolado e comportamento impactante do Homo sapiens. A destruição de habitats e a desencadeamento de crises climáticas colocam em risco a biodiversidade.
Terra devastada atual, estudo revela que animais desaparecem a uma taxa 35% ao normal (Foto: reprodução/UOL-Brasil Escola)
A alarmante extinção acelerada de espécies animais
Um estudo recente publicado na revista PNAS revelou que grupos de espécies animais relacionadas estão desaparecendo a uma taxa 35% superior à esperada. Gerardo Ceballos, co-autor do estudo, alerta que a sexta extinção em massa pode transformar a biosfera de tal maneira que a sobrevivência humana se torne impossível, a menos que ações drásticas sejam tomadas.
Ameaça transformadora para a sobrevivência humana
Enquanto as extinções em massa anteriores tiveram causas diversas, é crucial aprender com o passado. Michael Benton, professor de paleontologia de vertebrados na Universidade de Bristol, destaca o papel das temperaturas mais frias e da queda no nível do mar no primeiro evento identificado, o fim do Ordoviciano, há 444 milhões de anos. O deslocamento do supercontinente Gondwana sobre o Polo Sul desencadeou uma série de mudanças, incluindo uma drástica queda nas temperaturas e no nível do mar.
A lição é clara: compreender os eventos passados é vital para enfrentar os desafios presentes e futuros. A atual extinção em massa, impulsionada pela ação humana, exige uma reflexão urgente sobre o impacto de nossas escolhas no equilíbrio da vida no planeta. A preservação da biodiversidade não é apenas uma questão de ciência, mas uma necessidade vital para as gerações vindouras.
Foto destaque: Terra há 66 milhões de anos, a extinção que afetou várias formas de vida (Reprodução/Unicamp)