De acordo com um estudo realizado pelo Instituto Oncoguia junto ao DataFolha, 63% dos brasileiros querem prioridade com o câncer nas políticas públicas. A pesquisa foi feita em 151 municípios e ouviu 2.099 pessoas, e apresenta a informação com nível de confiança de 95%, com margem de erro de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
A pesquisa faz parte do estudo “Percepções da População Brasileira sobre o Câncer” que vai ser discutido no 12º Fórum Nacional Oncoguia, no dia 29 de abril. O evento trata dos principais problemas ao diagnóstico precoce, apresentando melhorias na área no país.
No estudo que investiga as percepções da doença na realidade dos brasileiros como questão de saúde pública, 42% dos entrevistados disseram ter sentimentos negativos diante da palavra câncer, com a fácil associação à palavra morte, além de termos como “dor”, “medo”, “tristeza” e “sofrimento” que apareceram frequentemente.
Apenas por 14% e 9% das pessoas, respectivamente, foram feitas menções a “tratamento” e “cura”. Segundo a presidente do Instituto Oncoguia, Luciana Holtz, essa informação revela sobre a conscientização da doença. “Esse dado nos mostra o quanto precisamos seguir conscientizando a população sobre prevenção, diagnóstico precoce e tantas novidades no mundo do câncer. Ter câncer não é igual a morrer e isso dependerá de acesso à informação, mas também de acesso a cuidados com a saúde”, disse a médica Luciana Holtz no evento.
A pesquisa aponta que em cada 10 brasileiros, oito já tiveram algum conhecido com a doença, além de quatro a cada 10, já tiveram ou têm algum familiar com câncer. E 5% vivem com a doença. Segundo Luciana Holtz, a percepção negativa afasta as pessoas de buscarem o tratamento e atendimento diante de sintomas.
Caminhar ou andar de bicicleta podem ajudar na saúde do corpo e prevenção de câncer. Reprodução (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Questionados sobre quais dentre as doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) devem ser prioridades para o governo, além do câncer em primeiro lugar, atrás com 8% aparece o consumo abusivo de álcool e doenças cardiovasculares.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), atividades físicas na rotina diária das pessoas contribuem para a prevenção do câncer. O Instituto como forma de incentivação, lançou o documentário “Atividade Física e Câncer: recomendações para prevenção e controle”, em parceria com a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e a Sociedade Brasileira de Atividade Física e Saúde (SBAFS).
A atividade física ajuda no equilíbrio dos níveis hormonais, diminui o tempo de trânsito gastrointestinal e mantêm o peso corporal adequado. Essas vantagens, podem prevenir o câncer de intestino (Cólon), endométrio (corpo do útero) e de mama.
Foto destaque: Reprodução (Agência Nacional de Notícias)