O empresário Elon Musk, dono da rede social X (o antigo Twitter), segue protagonizando momentos tensos com o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes.
Em novo post, o bilionário sul-africano decidiu atacar diretamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele afirmou que o ministro Alexandre seria um “ditador” que mantém Lula em uma “coleira”. O embasamento dessa afirmação, segundo ele, é que foi Moraes “quem tirou Lula da cadeia” e que por isso “o presidente não toma ações contra ele”.
“Como Alexandre se tornou o ditador do Brasil? Ele tem Lula numa coleira”, escreveu Musk na última segunda-feira (8) em uma postagem no X. Em outro post, o empresário disse ainda que o parlamento precisa promover o impeachment de Moraes.
O portal CNN teve acesso à opinião de parlamentares de Lula, que usaram palavras como “lunático” para se referir a Musk, e ainda que ele “não está se comportando como um empresário, mas como militante extremista”.
Musk X Moraes: entenda a discórdia
No último sábado (6), Elon Musk respondeu a um post no X de Alexandre de Moraes e ameaçando desbloquear algumas contas suspensas na rede social a mando da justiça brasileira, afirmando que o ministro estava praticando “censura.”
O empresário está sujeito a uma multa de R$ 100 mil para cada perfil que reativar irregularmente. As contas bloqueadas estão sob acusação de ajudarem na disseminação de fake news.
No (7), Alexandre incluiu Musk no inquérito que investiga supostas milícias digitais com objetivos antidemocratas e seus financiadores. Na decisão, Moraes deixou claro sua opinião de que “as redes sociais não são terra sem lei”.
Musk reagiu dizendo que está apurando as restrições dadas pelo supremo brasileiro à sua rede e afirma estar trabalhando por uma questão de princípios, não de lucro. O empresário chegou a afirmar que as decisões tomadas pelo Supremo são contra a Constituição Brasileira.
É possível que o X deixe de operar no Brasil?
Especialistas ouvidos pela CNN acreditam ser possível que haja a interrupção das atividades da rede social X dentro do Brasil, em caso de descumprimento de legislação.
O especialista em Direito Digital Marcelo Crespo, coordenador do curso de Direito da ESPM, relembra que casos anteriores, como o que aconteceu com o aplicativo de mensagens WhatsApp, provam que é viável a interrupção do X. No entanto, isto é pouco provável, por se tratar de argumentos e fatos diferentes.