Marinha mobiliza maior navio de guerra da América Latina para ajudar na tragédia no RS

Ana Livia Menezes Por Ana Livia Menezes
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Foto Destaque: Imagem da embarcação “Atlântico” (Reprodução/ Marinha do Brasil)

A Marinha do Brasil enviará nesta quarta-feira (8) o Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) “Atlântico”, considerado o maior navio de guerra da América Latina, para ajudar a população afetada pela pior enchente da história do estado do Rio Grande do Sul.

O “Atlântico” partirá do Rio de Janeiro com destino ao município de Rio Grande, levando consigo duas estações móveis para tratamento de água, com capacidade de produzir 20 mil litros de água potável por hora. Essa iniciativa visa suprir parte da demanda das cidades que sofrem com escassez desde o rompimento das barragens.

Ações em apoio ao estado

Além disso, a embarcação contará com uma ampla variedade de recursos, incluindo embarcações adicionais, equipamentos, combustível, mantimentos e uma equipe diversificada de profissionais da saúde. Esses especialistas estão prontos para atender às necessidades urgentes da população impactada pela tragédia.

A mobilização da Marinha não se limita ao navio de guerra. Quatro navios, 20 embarcações menores, 12 helicópteros e centenas de militares serão enviados para a região. O objetivo é oferecer suporte em diversas áreas críticas, como distribuição de água potável, transporte de doações, desobstrução de vias de acesso e atendimento médico.

Além disso, a Marinha anunciou o envio de 40 viaturas e 200 militares dedicados à desobstrução das vias de acesso. Equipes de saúde compostas por médicos e enfermeiros também serão mobilizadas para ajudar na recuperação do estado.

No dia 30 de abril, a Marinha já havia enviado oito lanchas para o Rio Grande do Sul como parte dos esforços de socorro e apoio à população afetada.


Vista geral das casas afetadas pela enchente do rio Jacuí em Eldorado do Sul, Rio Grande do Sul (Foto:Reprodução/ Anselmo Cunha /Getty Images Embed)


Resultados das enchentes

O Rio Grande do Sul enfrenta enchentes devastadoras, com um aumento no número de mortos para 85 devido aos temporais que assolam a região, além de 134 desaparecidos e 339 feridos. Atualmente, cerca de 201,5 mil pessoas estão deslocadas de suas casas, com 47,6 mil abrigadas em alojamentos e 153,8 mil desalojadas.

A situação é grave em todo o estado, com 385 dos 497 municípios enfrentando problemas relacionados às chuvas e afetando aproximadamente 1,178 milhão de pessoas. O prefeito Sebastião Melo (MDB) decretou racionamento de água devido ao desligamento de uma estação de tratamento, deixando cerca de 85% da população desabastecida.

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