‘Clube dos Vândalos’: Tom Hardy afirma que o longa é sensível de maneira heterodoxa

Marina Camarotti Por Marina Camarotti
4 min de leitura
Foto Destaque: Tom Hardy em 'Clube dos Vândalos' (Reprodução/IMDb)

Em entrevista ao portal de notícias internacional ComicBook, o renomado ator e estrela do longa, Tom Hardy explora o significado intrínseco do filme Clube dos Vândalos e compartilha suas esperanças sobre o que espera que o público absorva da história.

Enredo do longa

Sob a direção de Jeff Nichols (Loving, de 2016), Clube dos Vândalos acompanha um motoclube do meio-oeste dos Estados Unidos ao longo de uma década. Misturando elementos de thriller e crime, o filme explora a evolução de um ponto de encontro que antes acolhia desajustados locais, transformando-se em um ambiente sinistro que ameaça o modo de vida do grupo original.


Trailer de Clube dos Vândalos (Vídeo: reprodução/Youtube/20th Century Studios Brasil)


A narrativa é conduzida pelos olhos de Kathy (Jodie Comer, de Killing Eve), que se envolve romanticamente com um dos membros do motoclube de Johnny (Tom Hardy, de Venom), Benny (Austin Butler, de Elvis). O elenco também inclui Mike Faist, cuja performance ao lado de Zendaya em “Challengers”, lançado em abril deste ano, o colocou em destaque.


Austin Butler, Jodie Comer e Mike Faist (Reprodução/IMDb/ Montagem por Marina Camarotti)

Tom Hardy para o ComicBook

Como é evidente pela sinopse do filme, a história mescla mistério, violência e romance. Certamente, sensibilidade não é o primeiro aspecto que vem à mente ao pensar na trama. No entanto, Tom Hardy afirma que a verdadeira vulnerabilidade do filme não reside apenas nos momentos românticos entre Kathy e Benny, mas também no companheirismo do grupo.

Além disso, o astro afirma não ter certeza do que esperar do público. Ele expressa sua esperança de que o filme seja bem recebido, destacando que há muitos temas complexos abordados nele, que merecem ser discutidos.

“(…) muitas vezes os motociclistas podem ser vistos de uma certa maneira, assim como as pessoas que têm orelhas de couve-flor e narizes quebrados e fazem jiujitsu podem ser vistas de uma forma específica.”

Tom Hardy

O ator reflete sobre a imagem social associada aos motociclistas e outros estilos de vida que envolvem a violência, abordando o tema do preconceito enfrentado pelo grupo devido à sua aparência e às histórias intrínsecas que frequentemente os ligam à violência no imaginário popular.

Hardy prosseguiu com seu pensamento, reconhecendo os valores intrínsecos aos motoclubes:

Mas o que você não vê é a comunidade, o coração, a vulnerabilidade, a suavidade, a generosidade e o espírito comunitário daqueles que compartilham uma experiência de resistência e resiliência e cuidam de si mesmos de maneiras que não são necessariamente tradicionais, ortodoxas ou consideradas como o que quer que seja o normal.”

Tom Hardy

Para ele, o filme explora o aspecto da comunidade presente nos grupos de motociclistas, algo profundamente vulnerável ao considerar a imagem bruta e muitas vezes violenta associada a essas figuras com suas jaquetas de couro.

O astro também traça um paralelo entre os motociclistas e as pessoas comuns, destacando que a única diferença é que parte da resistência e resiliência do grupo ocorre através de situações envolvendo crimes, o que contribui para a percepção negativa. No entanto, ele não julga os motociclistas por essa característica, simplesmente observando: “talvez isso não seja para você ou para mim, mas há elementos nisso que são para todos nós…”.

Contudo, ele acredita que tanto esse estigma quanto a trama do filme não devem ser ignorados ou interpretados superficialmente. Para ele, quando isso acontece, os valores reais são perdidos devido ao preconceito baseado na aparência, e assim, a conexão das histórias com a vida real se perde.

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