“Banho de sangue” mencionado por Maduro assusta Lula

Lourdes Carvalho Por Lourdes Carvalho
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Foto destaque: Presidente brasileiro e Presidente venezuelano (Reprodução/ Mateus Bonomi/Anadolu Agency/Getty Images embed)

Nesta segunda-feira (22), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu entrevista a agências internacionais, dentre elas, Reuters, AFP e Bloomberg. Em sua fala, Lula afirmou estar perplexo com a declaração de Nicolás Maduro sobre “um banho de sangue”, caso ele venha perder as eleições que acontecerão no dia 28 de julho, próximo domingo, na Venezuela.

“Eu fiquei assustado com a declaração do Maduro dizendo que, se ele perder as eleições, vai ter um banho de sangue. Quem perde as eleições toma um banho de voto. O Maduro tem que aprender, quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora.”

Luiz Inácio Lula da Silva

Brasil enviará observadores para as eleições venezuelanas

O presidente acrescentou que observadores e o assessor da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, serão enviados à Venezuela para acompanhar o processo eleitoral.


Lula dá entrevista no Palácio da Alvorada (Reprodução/Instagram/@lulaoficial)


No dia em que Maduro fez tal a declaração sobre guerra civil e “banho de sangue”, na semana passada, o presidente brasileiro não se manifestou. Porém, hoje, ele enfatizou a importância do respeito ao processo democrático como condição para retomada do crescimento venezuelano.

“Eu já falei para o Maduro duas vezes, e o Maduro sabe, que a única chance da Venezuela voltar à normalidade é ter um processo eleitoral que seja respeitado por todo o mundo.”

Luiz Inácio Lula da Silva

Rumo ao terceiro mandato

Nicolás Maduro participará do pleito, na expectativa de ter o terceiro mandato consecutivo. O principal adversário é o ex-diplomata “Edmundo Gonzáles”, vindo da coligação de partidos opositores. Ele foi lançado pela PUD (Plataforma Democrática Unitária) após o impedimento de Corina Yoris a concorrer às eleições presidenciais.

As eleições presidenciais na Venezuela serão realizadas no próximo domingo (28). A comunidade internacional coloca em dúvidas a lisura do pleito. Isso vai contra um compromisso formal assinado em outubro de 2023.

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