Eleições 2022: Troca de farpas marcam debate presidencial da Globo

Gleicimara Dulterio Por Gleicimara Dulterio
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Nesta quinta-feira (29) a TV Globo transmitiu ao vivo o último debate antes do 1° turno das eleições 2022 entre os postulantes ao cargo de chefe do Poder Executivo Federal, com mediação do jornalista e âncora do Jornal Nacional William Bonner, o embate teve confronto direto entre os postulantes à presidência com o maior número de representações no Congresso Nacional de, no mínimo, cinco parlamentares e sem qualquer tipo de impedimento na justiça, conforme determina a lei eleitoral, sendo eles: Ciro Gomes (PDT), Jair Messias Bolsonaro (PL), Padre Kelmon (PTB), Felipe D’Ávila (Novo), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União).

O debate foi dividido em quatro blocos, sendo: o primeiro e terceiro com temas livres o segundo e quarto com assuntos sorteados pelo apresentador no final do último bloco cada candidato obteve direito de fala para as considerações finais. Os blocos de perguntas livres foram marcados por muita confusão  bate boca e troca de farpas, além de diversas intervenções do apresentador.


Candidatos nos estúdios Globo (Reprodução: Globo/ João Miguel Júnior)


Diálogos dos temas livres que ganharam destaque:

Padre Kelmon dirigiu sua pergunta ao atual presidente o questionando sobre a manutenção do Auxílio Brasil, em resposta Bolsonaro afirma que sim manterá o programa, mantendo responsabilidade ele fez questão de frisar que toda bancada do PT votou contra projeto não se preocupando com a população.

O clima esquentou quando o ex e atual presidente começaram a se atacar mutuamente, Bolsonaro elevou o tom dos ataques e chamou Lula de “ex-presidiário” e “mentiroso“. 

Felipe D’Ávila utilizou seu tempo com Ciro Gomes para dizer que o governo do PT junto ao ex-presidente Lula foram autores da maior escândalo de corrupção, Ciro diz que “Lula é hábil em produzir números”, ambos continuaram as falas criticando o candidato Lula.

Lula por sua vez,  selecionou Soraya Thronicke para o diálogo e a interpelou sobre suas propostas para o assunto fome no país. Simone frisou que foram mais de 20 anos de má gestão do Brasil e falou da proposta do imposto único federal passando para a movimentação financeira.

Soraya, ao Padre Kelmon indaga se não o envergonha  defender um governo o qual atrasou a compra as vacinas, impactando e aumentando o número de mortes por Covid-19 e se não tinha “medo de ir para o inferno”. O candidato a chamou de mentirosa, ela em seguida rebateu o intitulando de “cabo eleitoral” de Bolsonaro.

Em seu direito de resposta, Lula (PT) diz se sentir mal, já que os pedidos para rebater ataques pessoais, segundo ele, atrapalham o debate.

O clima esquentou entre os candidatos Padre Kelmon e Lula, ambos fizeram ofensas pessoais e troca de causações o áudio dos microfones foram cortados, William Bonner dá bronca nos oponentes e pede desculpas ao público pela confusão, na sequência  candidato Lula nervoso chama o sarcedote de “candidato laranja”.

D’Ávila convocou para diálogo Simone Tebet, para falar sobre privatização. A senadora diz que algumas estatais são da essência do serviço publico e deve aproveitá-las privatizando as estatais deficitárias mantendo as que são importantes e lucrativas no país. O candidato do partido Novo, salienta que a Petrobrás ficou a ponto de “quebrar” devido a corrupção. Simone pretende manter as estatais valiosas e com parceria o Brasil voltará a crescer.

Soraya, diz que seus indicados não assumiram porque aceitaram ‘fazer rachadinha” discussão sobre as nomeações em órgãos federais e garante que indicados não assumiram os cargos para não ter que fazer rachadinha Dentro de três cargos que eu pedi para ajudar o meu estado, consegui dois, mas eles não aceitaram fazer rachadinha. Isso acontece. Quando tem problema, Freud explica, tem que se tratar, não pode descontar no povo brasileiro” afirmou.

Ainda no tema livre, o assunto mais debatido foi privatização, Ciro Gomes (PDT) ressaltou a questão da privatização da Petrobrás, assunto que recentemente veio à tona. A disposição de estatais deve ser “uma ferramenta estratégica em projetos de desenvolvimento”, alega. 

Nos blocos de temas sorteados pelo intermediador os candidados à Presidência da República apresentaram pouquíssimas propostas, minimamente se falou dos planos de governo. Foram sorteados entre outros, os seguintes assuntos: cota racial, segurança pública, habitação e educação. A trasmissão foi encerrada com as considerações finais de cada candidato, e neste momento os presidenciáveis pediram a consideração dos eleitores para que escolham com responsabilidade o futuro do país.

 

Foto destaque: Candidatos chegam aos estúdios. Reprodução: G1- Globo/ Marcos Serra Lima/ João Cotta

 

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