Caso Marielle: Ministério Público solicita pena máxima de Ronnie Lessa e Élcio Queiroz

Acusados de matar Marielle Franco e Anderson Gomes poderão ser condenados a 84 anos de prisão

Joao Gustavo O. Silva Por Joao Gustavo O. Silva
3 min de leitura
Foto destaque: Marielle Franco era vereadora no Rio de Janeiro e foi assassinada em 2018 (Reprodução/ X/ @JulianaSoraJu)

O Ministério Público do Rio de Janeiro afirmou recentemente que pretende exigir a pena máxima, de 84 anos, para os acusados do assassinato de vereadora Marielle Franco e Anderson Gomes. O pedido será feito ao Conselho de Sentença do IV Tribunal do Júri.

Contexto

O pedido do Ministério Público será feito para um júri com previsão de início no dia 30 de outubro. Os dois acusados são denunciados por duplo homicídio triplamente qualificado. Além disso, há denúncia de homicídio tentado e receptação de veículo. Todas as acusações estão relacionadas ao caso Marielle Franco.

O júri será formado por 21 integrantes, sendo sete pessoas sorteadas na hora, todos serão pessoas comuns e dormirão nas dependências do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Os membros do júri ficarão isolados.

Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz serão ouvidos por videoconferência, ambos estão presos Complexo Penitenciário de Tremembé e no Complexo da Papuda, respectivamente.


Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, acusados de matar Marielle Franco e Anderson Gomes (Foto: reprodução/ X/ @Metropoles)

Andamento do caso

O crime do caso Marielle Franco foi executado no dia 14 de março de 2018, desde então as investigações e judicialização do caso têm se encaminhado. Após a identificação dos autores, a Justiça tem trabalhado para também localizar os mandantes do crime.

Em março deste ano a Justiça prendeu Domingos Brazão e Chiquinho Brazão, que são suspeitos de terem mandado o crime. O delegado Rivaldo Barbosa, acusado de ter ajudado no planejamento, também foi preso. Todos foram presos em ações de prisão preventiva e aguardam a decisão. Os nomes foram entregue à Justiça em delação premiada.

Também estão presos o ex-policial militar Robson Calixto, que teria ajudado a sumir com a arma do crime, e o major Ronald Paulo Alves Pereira, acusado de monitorar a rotina da vereadora para garantir a execução do crime.

O STF vai ouvir todos os 5 presos em um processo na Corte para apurar a participação de cada um no crime que tirou a vida de Marielle e Anderson.