Na manhã desta quarta-feira (25) foi preso Glaidson Acácio dos Santos, dono da GAS consultoria Bitcoin, na Operação Kryptos, da Polícia Federal (PF), do Ministério Público Federal (MPF) e da Receita Federal por suspeita de pirâmide financeira. De acordo com a PF, a fraude veio movimentando diversas “cifras bilionárias”.
Encontrado em uma mansão no Itanhangá, na Zona Oeste do Rio, policiais apreenderam reais, dólares e euros em espécie e até barras de ouro. Agentes da força-tarefa afirmam que o volume de dinheiro vivo foi surpreendente, sendo até maior do que o encontrado na Operação Lava-Jato.
Os Agentes saíram para cumprir nove mandados de prisão e 15 de busca e apreensão no Rio, São Paulo, Ceará e Distrito Federal. Além de Glaidson, um homem havia sido preso no Aeroporto de Guarulhos (SP), tentando fugir para Punta Cana, na República Dominicana.
Carros da PF no condomínio onde mora Glaidson Acácio dos Santos. (Foto: Reprodução/TV Globo)
Investigada há dois anos pelo esquema, a empresa se disfarçava de consultoria em bitcoins, formando um grande esquema de pirâmide. Segundo a polícia, Glaidson prometia lucros de 10% ao mês nos investimentos da moeda digital, no entanto, a GAS não replicava os aportes em criptomoedas, enganando duplamente seus clientes.
A empresa tinha diversos investidores em Cabo Frio, na Região dos Lagos, que acabou se tornando o centro dos golpes do tipo pirâmide financeira, ganhando assim o apelido de “Novo Egito”, como foi mostrado na reportagem do Fantástico há duas semanas.
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“Nos últimos seis anos, a movimentação financeira das empresas envolvidas nas fraudes apresentou cifras bilionárias, sendo certo que aproximadamente 50% dessa movimentação ocorreu nos últimos 12 meses”, informou a Polícia Federal. A empresa não possuía sites nem perfis em redes sociais, o telefone disponibilizado na Receita Federal também não funcionava.
Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio. Também fazem parte da força-tarefa o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPF) e a Procuradoria de Fazenda Nacional.
Foto destaque: Reprodução/ TV Globo