O Ano era 1986, Copa do Mundo no México, a última edição da competição no país já havia testemunhado aquele time mágico liderado por Pelé que brilhou e garantiu o tricampeonato mundial para a seleção brasileira de futebol. Mas dezesseis anos depois o mundo era outro e a temporada de 86 seria diferente, criaria a maior rivalidade entre dois jogadores de futebol, considerados dos maiores da história ainda hoje , o próprio Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, e o atleta que se tornaria um mito naquele mundial, Diego Armando Maradona, responsável pelos capítulos mais emblemáticos daquela disputa, dizem os especialistas que comentam futebol.
Depois do doloroso corte da seleção Argentina que se consagraria campeã mundial em 1978 jogando em casa e do fiasco na Copa de 82, realizada na Espanha, onde foi expulso depois de uma jogada contra o brasileiro Falcão, Maradona já se transformara numa estrela internacional com sua ida para o Barcelona. Caçado em campo durante o torneio, por ironia foi ele que ganhou o cartão vermelho após entrada de violenta no meio campista brasileiro se despedindo melancolicamente do campeonato.
Na Copa do Mundo de 86 Maradona receberia a segunda chance no torneio, na época o técnico Carlos Bilardo não só convocou mas também deu a faixa de capitão para o jogador que protagonizaria momentos que ficaram marcados na história das Copas, um deles considerado por muitos o gol mais bonito marcado num mundial até hoje.
Maradona e o goleiro Peter Shilton antes da partida começar. (Foto: Reprodução/Infobae)
Depois de passar pela primeira fase e ganhar de 1 a 0 do Uruguai nas oitavas de final, a seleção Argentina enfrentaria um adversário que estava atravessado na garganta dos argentinos por questões políticas, a Inglaterra, obviamente pelo conflito das Malvinas. Maradona era um atleta que se posicionava politicamente e naquelas quartas de final deu tudo que tinha de melhor para sair vitorioso.
Maradona deixou o mundo impressionado naquele mundial, e nesse jogo “El Pibe” se transformou em mito quando no segundo tempo, aos seis minutos de jogo, numa bola respingada na área o baixinho conseguiu vencer o gigante inglês Peter Shilton dando um leve toque com a mão, que o próprio Maradona afirmou ter tido a colaboração da “mão de Deus”. Ainda no mesmo jogo ele faria o gol que é considerado o mais bonito de todas as Copas, na jogada ele começou a driblar ainda do seu lado do campo e deixou para trás um inglês por vez até marcar o segundo gol do jogo.
O arbitro do jogo foi o tunisiano Ali Bin Nasser, ele ficou com a bola do jogo e resolveu apreciar a relíquia futebolística até agora, isso porque agora a preciosidade será vendida. “Esta bola faz parte da história do futebol internacional – parece o momento certo de compartilhar-la com o mundo”, afirmou Bin Nasser. “Espero que o comprador esteja em condições de exibi-la ou compartilha-la com o público de alguma outra forma”, concluiu.
A maior leiloeira especializada em artigos esportivos do Reino Unido, a Graham Budd conduzira a venda no dia 16 de novembro, a partir do dia 28 de outubro começam as participações online. Outro item usado por Maradona na partida das quartas de final contra a Inglaterra, a camisa 10 do craque, foi comprada por 7,14 milhões de libras esse ano. Apreciado como um dos maiores jogadores da história do futebol mundial, Diego Armando Maradona faleceu aos 60 anos de idade, em 2020.
Foto destaque: Maradona e a mão de Deus. Reprodução/CNNEspanhol.