De acordo com dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), há uma expectativa de crescimento de cerca de 5% para o final de 2022. Para a entidade, isso pode acontecer devido à forte demanda de consumo acumulado pela chegada do verão e da expectativa da Copa do Mundo.
“A tendência é o movimento nos bares aumentar e, consequentemente, o fluxo nos restaurantes, diminuir. Levando em consideração que os jogos vão acontecer no horário do almoço e os da parte da tarde vão terminar um pouco antes do horário do jantar, é provável que as pessoas permaneçam no estabelecimento”.
Isso quem explica é Marvin Akbari, empresário que trabalha com a produção de eventos de alto padrão no mercado gastronômico. Ele revela que essa época da Copa do Mundo traz atrativos diferentes das outras edições que vão além do esporte, como a questão de a competição acontecer no final do ano.
Para o especialista, isso vai dar um grande “boom” para diversos setores que poderão ofertar experiências relacionadas ao torneio, mas ele revela que é necessário ter boas ideias. “O final do ano é um período muito bom a nível de faturamento para os restaurantes, mas não criar uma experiência diferenciada e específica para a copa, pode prejudicar fortemente a receita dos mesmos”, explica.
Buscando atrair receita e credibilidade para o negócio, é necessário ter inovação, bom gosto e receptividade em um momento que traz uma gama de consumidores aos ambientes de consumo de comida e bebida. De acordo com Marvin Akbari, é preciso que os donos de restaurantes e bares pensem em algo que vai além da ideia de algo festivo e, para ele, a internet pode ser uma boa saída.
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“Observar o mercado, ver o que as pessoas estão fazendo, mas com a ideia de fazer algo diferente. Hoje temos na palma da mão o acesso às tendências. Conhecimento é a base para não criar experiências superficiais. É importante estudar sobre o tema porque o público precisa estar engajado desde a comunicação até o dia do evento”, contou ele.
Pensando para o período da Copa do Mundo, é imprescindível que o empresário saiba absolutamente tudo sobre o seu evento: os jogos, os dias que cada equipe vai jogar e, dessa forma, conseguir criar algo personalizado. Marvin também dá um bom indicativo sobre o brasileiro.
“As pessoas estão viajando cada vez mais e, culturalmente o brasileiro é muito curioso e aberto a experimentar coisas novas. O conjunto disso tudo traz ótimas oportunidades para inovar e no meu caso específico, além de criar, ter a possibilidade de trazer tendências da Itália e de outros países para o Brasil”, finaliza.
Foto em Destaque: Capa. Reprodução/Divulgação.