O ex-vereador e youtuber Gabriel Monteiro está sendo investigado pela Polícia Civil do Rio por mais dois casos de crimes sexuais. Os registros foram feitos na terça-feira (8) por duas mulheres na 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes), um dia depois do ex-vereador ter sido preso por acusação de estupro.
As investigações estão na fase inicial, quando as testemunhas ainda precisam ser ouvidas. Em um dos casos denunciados, a polícia aponta que pode ter ocorrido um estupro, A defesa de Gabriel Monteiro declarou desconhecer as denúncias.
No primeiro caso denunciado, uma assistente administrativa, de 23 anos, que conhecia Monteiro pelas redes sociais desde 2018, disse que ele a forçou a fazer sexo oral em uma festa realizada na antiga casa que o ex-vereador alugava no condomínio Mansões, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Nesse dia, segundo a vítima, o youtuber teria se aproximado dela, a acariciado e beijado sem autorização e, depois, a obrigado a fazer sexo oral. Assustada pela situação, a mulher declarou à polícia que começou a beber para se esquecer o que ocorreu. Ela afirma ter acordado, no sofá, ao lado de Gabriel nu, que tirou a roupa da vítima, que ficou se debatendo e pedindo que ele parasse.
No segundo caso investigado, uma vereadora, de 23 anos, que conheceu Monteiro pelas redes sociais também, afirma que tinha um relacionamento com ele em junho de 2020, ano em que trabalhou para a campanha dele para vereador. A mulher contou que, voltando de um ato de campanha, Gabriel a teria obrigado a manter relações sexuais na frente de um motorista, no momento em que o carro trafegava pela ponte Rio-Niterói. Ele também teria a oferecido para fazer sexo com os seguranças e a agredido, apertando o pescoço dela contra a parede por não concordar com o jeito dele de pensar.
Sandro Nascimento, o advogado de Gabriel Monteiro, disse que não foi informado ainda sobre os dois novos registros.
O SBT, a partir de uma reportagem, revelou a existência dos dois novos registros e o GLOBO as confirmou.
Outros casos:
O ex-vereador teve a prisão determinada por forca de mandado expedido pelo juízo da 34ª Vara Criminal, no processo de denuncia de Gabriel por estupro de uma jovem. Em agosto, ele teve o mandato cassado por diversas acusações.
Foto de Gabriel Monteiro ao dar entrada no sistema penitenciário (Foto: Reprodução/Extra)
A vítima contou que conheceu Monteiro no dia 15 de julho, na boate Vitrinni, na Barra da Tijuca, onde ele à levou para a casa de um amigo, em Joá, na Zona Sul do Rio. Ela disse que Gabriel a obrigou a fazer sexo com ele, que colocou uma arma em seu rosto e segurou os braços e deu tapas na cara dela. O juiz Rudi Baldi Loewenkron decretou prisão preventiva e determinou que os celulares e armas de fogo do acusado fossem aprendidos. O ex-vereador foi transferido para o Complexo de Bangu.
Em um dos outros casos, uma mulher contou que, no dia 14 de maio de 2017, saiu de uma casa noturna com Gabriel e entraram no carro dele. Após o início do ato sexual, até então consentido, segundo a vítima, ele começou a dar tapas no rosto e socos nas costelas dela e ignorou o pedido para usar camisinha. Quando ela pediu para Monteiro parar, ele apontou uma arma para a cabeça dela e, depois, sem o consentimento da mulher, a filmou e enviou vídeos por WhatsApp. No dia seguinte, a vítima foi a um hospital, onde colocaram no prontuário da paciente “hipótese diagnóstica: violência sexual”.
Foto destaque: Gabriel Monteiro no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (Foto: Reprodução/iG)