Na história do mundo, seres humanos sempre foram obcecados pelo passado e para desvendarem seus segredos, assim entendendo melhor suas próprias origens. Os dinossauros que viveram tantos milhões de anos antes de nós, fazem parte deste passado, e ainda seguimos fascinados com a forma que tamanhas criaturas viveram pelas mesmas terras que nós.
Foi descoberto em 2020, em Montana nos Estados Unidos, um fóssil raro de um Tiranossauro Rex. Porém, segundo fontes, o dono da peça chamada de “Shen”, teria adquirido uma réplica do fóssil de dinossauro por empresas americanas. O esqueleto de 1.400 quilos em questão seria vendido pela casa de leilões conceituada, a Christie’s, em Hong Kong a partir de sexta-feira. Entretanto, começaram a surgir acusações sobre a veracidade do mesmo. De acordo com o The New York Times, alegações foram feitas em relação à semelhança ao crânio da peça com de outra vendida em 2020, conhecida como “Stan”, leiloada pela mesma casa por 31,8 milhões de dólares.
De acordo com o porta-voz da casa de leilões, Edward Lewine, o proprietário retirou o esqueleto de dinossauro do leilão e decidiu aluga-lo à um museu que o expusesse ao público. Tal decisão só ressaltou as suspeitas para com sua autenticidade. A identidade do proprietário não foi revelada.
O fóssil “Shen” seria de 67 milhões de anos atrás, de um macho adulto de 12 metros de comprimento e 4,6 de altura. A Christie’s informou que apenas 80 ossos deste eram verdadeiros, tendo completado o restante com réplicas, visto que um esqueleto de dinossauro deveria possuir cerca de 300 ossos a mais.
Esqueleto do dinossauro “Shen”. Foto: Reprodução/OGlobo
Peter Larson, presidente da Black Hills Institute Of Geological Research alega que usaram o dinossauro Stan anteriormente, para emplacarem novas vendas em réplicas de outros fósseis.
Paleontólogos americanos criticaram a vendas destes dinossauros sendo réplicas ou não, por serem prejudiciais a ciência, infelizmente se tornando itens de colecionador.
“É triste que dinossauros estejam se tornando um item de colecionador para a classe oligárquica.” – contou Steve Brussate, paleontólogo da Universidade de Edimburgo.
Foto Destaque: Esqueleto “Shen” em exposição. Reprodução/Exame