O último governo, do Presidente Jair Bolsonaro, do PL, deixou o país em dívida com organismos internacionais de mais de R$ 5 bilhões, o que obrigou a equipe de transição o Itamaraty a acelerar o levantamento de pendências para evitar que o Brasil perca o direito ao voto em instituições como a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) entre outras.
Segundo o portal UOL, a equipe de transição solicitou um levantamento detalhado de todas as contas pendentes do país, em entidades como a ONU (Organização das Nações Unidas), bancos regionais, tratados ou mecanismos internacionais. Até este dia (25), o valor de cada uma das dívidas do país serão apresentados.
Baseado neste levantamento, o grupo que conta com o diplomata Audo Faleiro, e os ex-chanceleres Celso Amorim e Aloysio Nunes, etc. irão analisar quais são as contas mais urgentes para impedir que o país perca o direito ao voto em decisões internacionais.
O novo governo, de Luíz Inácio ‘Lula’ da Silva, do PT, terá que negociar a liberação de recursos com o Congresso, para permitir que algumas destas contas sejam pagas,já nos primeiros dias de seu mandato, que terá início no em janeiro de 2023.
Presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (Reprodução/Pinterest)
Em resposta a reportagem do portal de notícias UOL,o ministério da Economia confirmou o valor das pendências, “O Brasil possui hoje um montante de USD 630.730.439,92 de compromissos vencidos até 31 de dezembro de 2021, e USD 329.954.869,21 de compromissos referentes ao exercício 2022, cujos vencimentos devem ocorrer até 31 de dezembro de 2022”,informa a pasta.
“Ao câmbio de hoje de R$ 5,2930 por dólar americano, esses valores de passivo vencido e de compromissos 2022, equivalem em moeda nacional a R$ 3.338.456.218,50 e R$ 1.746.451.122,75, respectivamente”, concluiu o Ministro da Economia.
O país terá que encontrar recursos para quitar ao menos uma parte dos mais de R $5 bilhões em dívidas.
Foto destaque: Jair Bolsonaro (Reprodução/Pinterest)