Durante o atual governo, o desmatamento na Mata Amazônica atingiu o maior percentual desde os governos de Dilma e Temer, quando começaram a fazer o monitoramento via satélite.
Ainda de acordo com o Observatório do Clima, o atual governo superou até o aumento que houve no primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso, em 1995, quando o aquecimento da economia com o surgimento do plano Real foi o principal causador de um desmatamento total de uma área de 29 mil km².
Mariana Napolitano, gerente de ciências do WWF-Brasil, afirma que “Nos quatro anos de governo Bolsonaro, 45.586 km² de florestas foram destruídas – uma área maior que a Holanda ou perto de 8 vezes a extensão do Distrito Federal. O desse ano equivale ao tamanho do Catar”.
O INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), divulgou nessa quarta-feira,30, qual foi a taxa de desmatamento amazônico no período de agosto de 2021 a julho de 2022: 11.568 km².
A Amazônia brasileira perdeu 903,8 quilômetros quadrados de floresta em outubro de 2022, 3% a mais do que no mesmo período do ano passado. (Foto: Reprodução/www.soudecanoas.com.br)
Essa taxa representa um percentual 11% menor do que o período anterior, entidades ambientais alertam sobre o tamanho do estrago que foi deixado pela última gestão no combate à degradação florestal.
“O regime Bolsonaro foi uma máquina de destruir florestas. Pegou o país com uma taxa de 7.500 km2 de desmatamento na Amazônia e o está entregando com 11.500 km2. A única boa notíca do governo atual é o seu fim”, declara o secretário executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini.
“Esse aumento no desmatamento é resultado de um abandono do sistema de proteção ambiental, das florestas, do aumento da criminalidade e do enfraquecimento dos órgãos ambientais. Por isso que é urgente a retomada de mecanismos de comando e controle. O novo governo vai precisar de muitos esforços e recursos”, acrescenta Mariana, lamentando o estrago ambiental que vem se acumulando cada vez mais.
Foto destaque: Desmatamento na Amazônia. Reprodução/umsoplaneta.globo.com/ Crédito: luoma