A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, precisou ser resgatada de helicóptero, nesta segunda-feira (20), no litoral norte de São Paulo, na região afetada pelo temporal do último domingo (19), para retornar à capital do estado. Ela e a família estavam ilhados em um condomínio na praia de Camburi, em São Paulo, onde passavam o Carnaval.
As informações foram divulgadas, na noite de segunda, em uma nota do ministério. Segundo a pasta, a ministra teria ficado isolada pelas águas, precisando embarcar em um helicóptero das Forças Armadas até o município de São Sebastião e, posteriormente, à capital de São Paulo.
“A ministra agradece o trabalho dos militares que a deslocaram até uma área segura do município de São Sebastião, para que de lá ela pudesse se dirigir até a capital paulista. Esther Dweck agora se soma aos esforços de governo para planejar e executar medidas emergenciais em favor da população atingida”, informou o órgão em comunicado.
Após o resgate, Esther fez uma publicação nas redes sociais em que prestava solidariedade às “famílias atingidas” e àqueles “que perderam familiares” pelas fortes chuvas em São Paulo.
Chuvas em São Paulo
O litoral norte de São Paulo recebeu, neste domingo, a chuva mais volumosa já registrada no Brasil, de acordo com dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Foram acumulados 683 milímetros ao todo. Para cada milímetro de chuva, o volume é equivalente a um litro de água despejado por uma área de 1 metro quadrado.
O temporal havia deixado, até a noite desta segunda, pelo menos 40 mortos, além de um rastro incalculável de destruição. Foram 39 óbitos em São Sebastião e um em Ubatuba. Foi decretado estado de calamidade em seis cidades paulistas e um luto oficial de três dias. No estado de São Paulo, são 1.730 desalojados e 766 desabrigados.
Foto destaque: A ministra Esther Dweck e sua família no resgate em Camburi, em São Paulo (Reprodução/CNN)