China alerta a população sobre estoque de alimentos em meio à pandemia

Diogo Nogueira Por Diogo Nogueira
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O governo chinês pediu a colaboração de cidadãos e autoridades para visibilizar o estoque de alimentos, lançando medidas de contenção ao novo cenário de aumento de casos de covid-19. De acordo com o que exige o governo, a populaçao deve dar iniciativa ao movimento, e garantia de abastecimento adequado ser fornecido pelos comandos.

O site do Ministério do Comércio anunciou em uma publicação na noite de segunda-feira (1), que “as famílias armazenem certa quantidade de produtos de necessidade diária conforme necessário para atender a vida cotidiana e emergências”.

O pedido do governo, além de ser por causa da nova disseminação do covid-19, as circunstâncias do valor de preço dos vegetais terem subido, consequentemente pelas fortes chuvas no país, também tiveram influência.

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Os temores gerados nas redes sociais, em dado momento, foi associado a tensões elevadas no Taiwan. 

Após o anúncio do governo, os chineses tomaram conta de mercados para estocar arroz, óleo de cozinha e sal. “Assim que a notícia saiu, todos os idosos perto de mim enlouqueceram comprando no supermercado” diz um perfil na rede social chinesa, Weibo, similar ao Twitter. 

A imprensa local não chegou a informar a poulação quais são os melhores suprimentos para estocar em casa, incluindo alimentos de senso comum. 

Já a imprensa estatal, percebendo as reações em alto tom do público, agiu com o jornal Economic Daily, apoiado pelo Partido Comunista, dizendo para os leitores evitarem “uma imaginação hiperativa”. E ressaltou que o objetivo da atitude do governo foi confirmar que os cidadãos não fossem surpreendidos com lockdown em sua região. 

Tolerância zero 

A publicação foi ao ar em meio a um período que a condução chinesa em relação ao coronavírus é tolerância zero, mesmo após o contágio se tornar menor. As medidas sanitárias são implantadas, conforme o fechamento de fronteiras, lockdowns pontuais e longos períodos de quarentena.

Em Pequim, está marcada as Olímpiadas de Inverno, com ínicio em 4 de fevereiro de 2022. A preocupação com o evento é cada vez mais forte, e o governo chinês mantém sua restrição rígida, ao impor confinamentos em cidades inteiras e reforçando lockdowns após a detectação de novos casos do vírus.

A China apresentou uma marca de casos que não era atingida desde setembro deste ano, sendo o maior patamar até então, com 92 casos de covid-19 registrados nessa segunda-feira (1). 


Criança é testada para o covid-19, no estado de Zhangye, em Ganzhou, na China, com máscara no queixo. (Foto: Reprodução/STR/AFP)


O governo da China não autorizou mais algumas viagens interprovinciais, aumentou a quantidade de testes, e enviou pedido de adiamento de diversos casamentos e banquetes.

O país não abriu mão de suas fronteiras fechadas desde março de 2020. A política local é guiada por quarentenas nas chegadas, o que ajuda a firmar uma estabilidade nas estatísticas oficiais em 4.636 mortes por covid-19, e 97.243 infecções variadas desde o ínicio da pandemia.

Em outubro, houve a determinação de confinamento em Lanzhou, cidade de quatro milhões em crescimento populacional, impedindo que os moradores saem de casa, na tentativa de diminuir o fluxo ativo de covid-19 com o registro de algumas dezenas de casos transparentes. 

Foto em destaque: Reprodução/ Getty Images

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