O Diverse Avatar Working Network (DAWN), sediado em Tóquio, tem garçons robôs controlados por pessoas com deficiência. Os pilotos, como são chamados, usam mouses, tablets e controles remotos para operarem os robôs de onde quiserem. Com a alta de serviços e aparelhos no metaverso, os japoneses resolveram utilizar a tecnologia para aumentar a interação e locomoção das pessoas com deficiência por meio de robôs, que são como avatares utilizados em outras plataformas do segmento.
(Foto: Reprodução/Facebook-DAWN)
O DAWN foi fundado em 2018 como um simples café, mas depois do feedback positivo de clientes e funcionários, a startup de tecnologia Laboratório Ory, responsável pelo projeto, abriu um posto avançado permanente no distrito de Nihonbashi, em Tóquio. No restaurante, os robôs chamados OriHime-D, servem os clientes como garçons. Os robôs foram desenvolvidos pelo CEO da empresa, Kentaro Yoshifuji, pois em sua infância não podia comparecer às aulas devido a problemas de saúde e encontrou na tecnologia uma maneira de se aproximar com a sociedade.
O negócio experimental foi premiado no Good Design Awards por promover a diversidade e remover os obstáculos para as pessoas com deficiência. Os juízes da premiação elogiaram a inclusão por meio de um comunicado oficial: “Que o café sirva como um ponto de partida para uma maior expansão do contato entre pessoas com deficiências que desejam trabalhar, empresas e consumidores”.
Os OriHime-D têm cerca de um metro de altura e recebem os clientes com boas-vindas, anotam os pedidos, entregam comida e até limpam as mesas. Eles ainda usam acessórios personalizados e escolhidos por seus pilotes, também possuem carteiras de identidade com fotos dos trabalhadores responsáveis pelo seu controle. Cada um possui câmera embutida, microfone e alto-falante, proporcionado um atendimento humanizado mesmo através de um robô.
Além de trabalharem no restaurante, o Laboratório Ory comercializa os seus robôs para atuarem como como guias e recepcionistas em lojas de departamentos, estações de transporte e escritórios corporativos em todo o Japão, onde muitos empregadores estão recorrendo à robótica e automação para preencher lacunas na força de trabalho e inclusão de pessoas com dificuldade de locomoção.
Foto destaque: Reprodução/Facebook-DAWN