Fernando de Noronha combate caramujo africano invasor

Djanira Luz Por Djanira Luz
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O “Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidad”e (ICMBio), orienta a população como deve ser o descarte do Caramujo-gigante africano. O animal pode causar infecção aos humanos.

O caramujo-gigante africano transmite um verme cilíndrico (nematoide) denominado “Angiostrongylus”, responsável por causar a angiostrongilíase, que é uma infecção com larvas de vermes do gênero “Angiostrongylus”. A contaminação se dá pela ingestão do caramujo ou de alimentos mal higienizados que são contagiados com o muco produzido pelo animal.


Caramujo gigante africano (Foto Reprodução/Pixabay)

 


Além do invasor caramujo-gigante africano, há outras espécies trazidas para o Brasil como o siri bidu, peixe-leão, camarão-da-malásia, o camarão-das-patas-brancas e o camarão tigre-gigante e peixe-leão, que são encontradas no Piauí.

Esses animais foram trazidos pelo interesse comercial, para criação, mas não caiu no gosto e ficou sem mercado. Como eles, também é o camarão cinza, trazido para criação, mas tem mercado, e ainda é criado em cativeiro.” O professor Pedro Caneiro, disse em entrevista ao portal “G1″.

Há um movimento para que sejam capturados e descartados esses animais de forma adequada. Ricardo Araújo é o coordenador de Pesquisa, Monitoramento e Manejo do ICMBio e recomenda:

O ICMBio e a Administração da Ilha pedem a contribuição dos moradores. É preciso ter os devidos cuidados na hora de capturar e eliminar esses animais. É importante higienizar as mãos e as hortaliças para evitar contaminação.”


Fernando de Noronha (Foto Reprodução/Pixabay)

 


A introdução do caramujo africano é responsável pela perda da biodiversidade. O caramujo africano causa prejuízo ambiental uma vez que age como espécie exótica invasora competindo com as espécies nativas. Há disputa pelo espaço e por alimentos. Pela vantagem de tamanho, os invasores derrotam as espécies naturais.

Outro ponto que colocam os caramujos superiores aos espécimes naturais é que esses caramujos se alimentam praticamente de qualquer coisa, se reproduzem e crescem rapidamente, sendo inclusive, ótimos predadores. Além disso, podem servir como hospedeiro de vários parasitas e suas conchas, depois de mortos, servem de criadouros do mosquito “Aedes aegypti”. A campanha de combate ao caramujo-gigante africano é legítima e deve ser apoiada por toda a população.

 

O Instituto disponibilizou as seguintes recomendações:

 

Colocar luvas antes de manusear o caramujo-gigante africano;

Coletar o animal e suas ovas e colocá-lo em um saco de lixo (de preferência, de material grosso) ou um balde;

Botar sal ou cal virgem dentro do recipiente que está com o animal, em uma quantidade suficiente para cobrir a parte mole do animal até a base da concha;

Após 10 minutos, quebrar as conchas com um martelo ou algo do tipo;

Colocar todo o conteúdo (ovos, conchas e restos do animal) em mais de um saco, evitando vazamento de resíduos;

Descartar esse material (inclusive as luvas utilizadas para manuseio do animal) separadamente do lixo doméstico e entregar ao Núcleo de Vigilância Animal, na Vila do Trinta;

Higienizar bem as mãos quando terminar todo o processo.

 

A ação conjunta, entre o ICMBio e a população será capaz de controlar o crescimento dessa espécie invasora que está colocando em risco a saúde pública.

 

Foto em Destaque Caramujo africano Reprodução/Pixabay

 

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