A Polícia Civil de São Paulo está conduzindo uma investigação sobre o trágico incidente que resultou na morte de uma torcedora do Palmeiras, no qual pelo menos dez indivíduos foram identificados como responsáveis por arremessar garrafas durante uma confusão entre torcedores. Uma delas atingiu Gabriela Anelli, de 23 anos, no pescoço, causando duas paradas cardíacas e culminando em sua morte horas depois.
A polícia dispõe de uma avançada ferramenta de reconhecimento facial, e todas as imagens capturadas estão sendo analisadas pela unidade de inteligência, conforme informado pelo delegado César Saad. Aqueles que forem devidamente identificados serão responsabilizados individualmente pelos possíveis crimes cometidos, conforme declarado pelo delegado.
O menino que jogou a garrafa na torcedora do Plameiras que morreu (Foto: reprodução/G1)
Entre os suspeitos encontra-se um homem de barba, que foi flagrado em vídeos lançando um objeto contra a torcida. este incidente ocorreu durante o jogo entre Palmeiras e Flamengo, no último sábado (8), na Zona Oeste.
A polícia solicita a colaboração de qualquer pessoa que possua imagens do confronto para encaminhá-las à Delegacia de Delito à Intolerância Esportiva.
Na tarde desta terça-feira (11), o delegado informou que o torcedor do Flamengo, que foi indiciado pela morte de Gabriela, inicialmente confessou ter arremessado a garrafa, mas posteriormente alterou sua versão ao tomar conhecimento da gravidade do caso e do estado de saúde da jovem.
“Um outro ponto que é importante esclarecer: no momento da prisão do autor, ele, ali, ele informalmente, ele confessa que ele estava na briga, que ele estava na confusão e que ele teria arremessado coisas na direção da torcida do Palmeiras. Ele fala: ‘eu arremessei, eu joguei a garrafa‘”, afirmou Saad.
No domingo (9), a Defensoria Pública do Estado de São Paulo entrou com um pedido de habeas corpus, buscando uma decisão provisória para que Leonardo seja liberado da prisão. De acordo com a defesa, o suspeito não apresenta histórico criminal e possui residência fixa, portanto, não há necessidade de mantê-lo detido de forma cautelar.
De acordo com o delegado Saad, o agressor assumiu conscientemente o risco de causar a morte, o que o levará a responder pelo crime de homicídio doloso. É importante ressaltar que o agressor é oriundo do Rio de Janeiro e estava na capital apenas para assistir à partida, não possuindo nenhum registro criminal anterior.
Foto Destaque: torcedora do Palmeiras que veio a falecer após jogarem uma garrafa nela.Reprodução/G1