Forças Armadas expressam a Lula apoio à punição de militares ligados a atos extremistas

Isadora de Oliveira Silva Por Isadora de Oliveira Silva
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No sábado (19), o presidente Lula realizou uma reunião de quase duas horas no Palácio da Alvorada com o ministro da Defesa, Jose Múcio, e os comandantes das Forças Armadas. Durante a reunião, os líderes das Forças Armadas comunicaram a Lula que a Marinha, o Exército e a Força Aérea apoiam a investigação e punição de militares envolvidos em atos extremistas, especialmente os ocorridos em 8 de janeiro, quando houve invasões e depredações das sedes dos Três Poderes em Brasília.

Temas abordados

Além das questões relacionadas aos atos extremistas, a reunião tratou de outros assuntos, incluindo projetos de investimento das três forças armadas. O encontro começou às 18h e encerrou por volta das 20h. O almirante Marcos Sampaio Olsen lidera a Marinha, enquanto o general Tomás Miguel Paiva exerce o comando do Exército. Quanto à Força Aérea, ela está sob a supervisão do tenente-brigadeiro do ar Marcelo Damasceno.


Mais informações sobre a reunião. (Vídeo: Reprodução/Youtube/@CNNbrasil)


Outros temas pertinentes de investigação

Neste domingo (20), o ministro também confirmou que reiterará à Polícia Federal a solicitação para o envio de informações sobre as reuniões de Walter Delgatti, o hacker, com membros do Ministério da Defesa. Ele planeja fazer esse pedido novamente na segunda-feira (21) para tomar medidas internas, aguardando detalhes dos encontros.

Nos últimos dias, a atuação de militares foi mencionada em eventos relacionados a atos golpistas ou a possíveis irregularidades no governo anterior de Jair Bolsonaro. Uma das revelações envolve o hacker Walter Delgatti, que teria colaborado com militares do Ministério da Defesa na busca por vulnerabilidades nas urnas eletrônicas, com supostos objetivos alinhados a Bolsonaro.

Comandantes informaram Lula que estão empenhados em identificar os militares que tiveram encontros com o hacker. Aqueles identificados enfrentarão investigações e punições, caso seja confirmado comportamento inadequado. A Polícia Federal também identificou que o general da reserva, Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, teve envolvimento na venda e recompra de joias do ex-presidente Bolsonaro nos Estados Unidos. Essa informação gerou forte repercussão no Exército, uma vez que o general possuía alta reputação e buscava proteção para seu filho junto à cúpula da Força. Agora, os militares estão em busca de esclarecimentos completos sobre o caso. Informações divulgadas pelo jornalista Valdo Cruz do portal de notícias G1.

Foto Destaque: Presidente Lula. Reprodução/Instagram/@lulaoficial

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