Segurança de Lula estava envolvido nos atos golpistas de 8 de janeiro

Letícia Santos Por Letícia Santos
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O Tenente Coronel André Luis Cruz Correia foi demitido após uma investigação no celular de Mauro Cid – ex ajudante de ordens de Bolsonaro – que mostrou que André Luis estava em grupos de whatsapp, com militares da ativa que planejavam o golpe de Estado e ameaçavam o Ministro do STF – Superior Tribunal Federal – Alexandre de Moraes. O GSI decidiu por demiti-lo nessa sexta-feira (25).


Documentos comprovam demissão de André Luis Cruz Correia( Foto: Reprodução/X/@camarotedacpi).


Entenda o caso

Há duas semanas a informação já havia sido exposta pelo jornalista Cesar Tralli na GloboNews, contudo, segundo apurações do blog o Tenente André estava em grupos que Mauro Cid também era membro, o agravante da história é que o coronel André Luis era da guarda e segurança pessoal do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Correia era subordinado ao Gabinete de Segurança Institucional – GSI – ele trabalhava á direta do presidente, inclusive chegou a viajar com Lula esse ano para a Bélgica.

Dois pontos se contrapõem nessa história, do lado do GSI não é possível provar que Cruz Correia era ativo nos grupos ou se teve alguma interação com os integrantes. Em oposição, a PF diz que somente a participação dele nesse tipo de grupo para uma pessoa que trabalha na proteção pessoal do presidente é grave, gera preocupação, insegurança.


Cesar Tralli fala sobre demissão de André Luis (Foto: Reprodução/X/@globonews).


Correia só foi designado para a segurança de Lula no final de março, mas segundo investigações André Luis já estava procurando Cid para ingressar o GSI logo após o 8 de janeiro. Correia chegou a ser realocado na Bahia após os atos. O diretor atual do GSI, ministro Marcos Antônio, disse desconhecer um relatório da PF que liga André Luis aos atos golpistas. O ministro do GSI, confirmou a saída de Correia da segurança presidencial e disse que se trata de uma exoneração, não uma demissão.

Sobre o GSI e Mauro Cid

São muitas denúncias que envolvem o Coronel Mauro Cid, que também é ex ajudante – ou mais conhecido como faz tudo – do ex-presidente Bolsonaro. Sobre o envolvimento de Mauro Cid e o GSI, segundo investigações, Cid recebeu e-mails do Gabinete contendo dado que iriam colaborar para a realização dos atos golpistas. Informações até mesmo de os detalhes da segurança dos eventos oficiais de Lula. Ainda assim, mesmo sobre pressão, o presidente Lula não tirou sua segurança das mãos do GSI, mas repartiu com a PF.

Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, GSI, é o órgão do governo brasileiro responsável pela assistência direta e imediata ao Presidente da República no assessoramento pessoal em assuntos militares e de segurança.

Foto destaque: Tenente Coronel André Luis exonerado do GSI. Foto:Reprodução/X/@revistaforúm.

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