Hoje (28), o discurso lendário de Martin Luther King, pastor batista e ativista político estadunidense, completa 60 anos. Para marcar a data, Joe Biden e a vice-presidente Kamala Harris convidaram todos os seus filhos, assim como os organizadores sobreviventes da marcha original, para uma recepção comemorativa, no Salão Oval. Luther King tornou-se uma grande figura no movimento dos direitos civis dos Estados Unidos.
Martin Luther King em seu discurso. (Foto: Reprodução/veja.abril)
Discurso na época
Em 28 de agosto de 1963, em Washington DC, capital americana, Luther King disse ao mundo todo em seu discurso, que ficou muito famoso. Ele disse ter o sonho de acabar com a segregação racial em seu país. “I Have a dream”. No entanto, Martin foi morto em um atentado cinco anos depois, não tendo seu sonho concretizado.
“Sessenta anos atrás, Martin Luther King falou sobre um sonho. Sessenta anos depois, somos os sonhadores“
O ativista em direitos civis Rev. Al Sharpton, que lidera a Rede de Ação Nacional, um dos grupos que organizaram a manifestação, comentou. Já a nora de Martin Luther King, Arndrea Waters King, afirmou que o sonho dele, mencionado naquela época, não eram somente palavras, e sim sua visão, mas que está longe da realidade.
Repercussão do crime de Jacksonville
A morte de três negros no sábado (26) repercutiu no evento. O ocorrido foi em Jacksonville, na Flórida. Martín Luther King III traçou um paralelo entre a barbárie do sábado e o atentado em uma Igreja Batista, no Alabama, que matou quatro meninas negras, ocorrido depois da marcha de Washington, em 1963, evento organizado pelos procuradores gerais Kristen Clarke e Merrick Gerland, a fim de discutir temas como violência e direito ao voto, além de buscar tomar providências.
Entretanto, uma ano depois, manifestantes que lutavam pelo direito ao voto foram espancados enquanto percorriam em proximidades de Selma.
Foto destaque: Martin Luther king em seu discurso. Reprodução/RE-Center