Sindicatos da capital paulista recebem multa de mais de R$ 1,5 milhões

Redação Por Redação
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O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região proferiu decisão que aumentou o valor da multa diária aos sindicatos dos trabalhadores do transporte público sobre trilhos de São Paulo. 

Isso ocorreu porque as entidades descumpriram uma decisão que determinava o funcionamento de 100% do serviço nos horários de pico, ou seja, entre as 06h e 09h da manhã e das 16h às 19h.


Justiça determinou funcionamento dos trens nos horários de pico. (Foto: Reprodução/Pexels)


Anúncio da greve

A paralisação se tornou oficial na noite da última segunda-feira (02), quando os trabalhadores decidiram em assembleia com as lideranças sindicais. A greve tem como principal reivindicação a interrupção das privatizações nas linhas de metrô e CPTM. 

De acordo com o sindicato dos Metroviários, as linhas já privatizadas vem sofrendo com problemas como atrasos, descarrilamento e até trens circulando com portas abertas, o que gera insegurança aos usuários do sistema.

Liminar para manutenção do atendimento

Na última sexta-feira (29) a Seção de Dissídios Coletivos do Tribunal Regional do Trabalho já havia concedido liminar para determinar o atendimento mínimo durante a greve. A medida tem como objetivo reduzir os transtornos à população que utiliza esse meio de transporte para se locomover. 

De início, o valor da multa em caso de descumprimento era de R$ 500 mil para os três sindicatos, mas, como as entidades não cumpriram os percentuais estabelecidos, os valores foram majorados, para dar efetividade à decisão. 

A juíza da causa, então, aumentou o valor para R$ 500 mil para cada um dos sindicatos, uma vez que não cumpriram com o atendimento no horário de pico pela manhã. Dessa forma, o valor chegou a R$ 1,5 milhões.

Em uma decisão mais recente, o desembargador Celso Ricardo Furtado de Oliveira fixou multa de R$ 2 milhões caso a greve se mantenha na quarta-feira (04) e não sejam obedecidos os limites fixados.

Transtorno no trânsito

O transporte sobre trilhos em São Paulo funcionou apenas em algumas linhas, que são administradas pela iniciativa privada. Com isso, os cidadãos tiveram que enfrentar muita fila e atrasos para chegar aos destinos. A Prefeitura de São Paulo suspendeu o rodízio de veículos em razão da greve, o que ocasionou congestionamentos quilométricos. 

Ainda não há uma posição oficial sobre a continuidade da paralisação, o que gera apreensão nos usuários do transporte público para os próximos dias.

Foto Destaque: Estações de trem sem atendimento na capital. Reprodução/Pexels

Matéria por Luciana Franco (Lorena – R7)

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