“Cade” investiga Apple por abuso de posição dominante no Brasil

A Superintendência- Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (SG/Cade) anunciou nesta ultima segunda-feira a abertura de um processo administrativo contra a Apple, o processo foi aberto em resposta a acusações de abuso de posição dominante no mercado de distribuição de aplicativos.

A denúncia que foi apresentada pelo Mercado Livre em 2022, inclui reclamações sobre restrições impostas pela gigante americana que prejudicam a concorrência.

De acordo com o Cade, a Apple terá que adotar medidas preventivas para evitar práticas consideradas anticompetitivas. Entre as determinações estão a permissão para que desenvolvedores ofereçam alternativas à App Store e o fim da obrigatoriedade de aceitação dos termos do sistema de pagamento da empresa. Caso não cumpra as exigências, a Apple poderá ser multada em R$ 250 mil por dia.

Ambiente hostil

A Superintendência destacou em nota que “foi concedida medida preventiva para fazer cessar os efeitos anticompetitivos da prática investigada”. O órgão avalia que os termos e condições impostos pela Apple para o funcionamento do iOS, seu sistema operacional, podem resultar no fechamento de mercados como distribuição de aplicativos, bens e serviços digitais e sistemas de processamento de compras, além de criar um ambiente hostil para o livre mercado.

Batalha com a Epic Games

As restrições da Apple já haviam sido alvo de reclamações semelhantes em outros países. Em 2024, a Epic Games, produtora do jogo Fortnite, alegou que a Apple dificultava o lançamento de sua loja de aplicativos na Europa. Já no Brasil, o Mercado Livre aponta que as políticas da empresa prejudicam serviços concorrentes, como streaming de música e vídeo.


Apple já vinha enfrentando batalha similar com Epic Games (Foto: reproduçao/Getty Images News/Sean Gallup/Getty Images Embed)


Além das medidas preventivas, o Cade determinou que a Apple forneça, em até 20 dias, ferramentas que ampliem as opções de distribuição de aplicativos e sistemas de pagamento no Brasil. As exigências permanecerão em vigor até o julgamento final do caso, que pode influenciar o mercado global de tecnologia e a regulação de grandes plataformas digitais.

Trump anuncia taxação 25% em produtos vindos do México e Canadá

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a taxação de 25% sobre produtos vindos dos países vizinhos, Canadá e México. Essa é uma medida considerada polêmica, mas não chega a ser surpreendente devido ao anúncio prévio feito sobre ela.

Medidas devem entrar em vigor em 20 de janeiro

Trump, que assumirá a Casa Branca em 20 de janeiro, fez o anúncio da medida através de um post em sua própria rede social, a Truth Social, onde mencionou as fronteiras.

“Em 20 de janeiro, como um dos meus muitos primeiros decretos, assinarei todos os documentos necessários para cobrar do México e do Canadá uma tarifa de 25% sobre TODOS os produtos que entram nos Estados Unidos e suas ridículas fronteiras abertas”.

Além disso, Trump afirmou que as medidas devem permanecer em vigor até que os dois países reprimam o tráfico de medicamentos, como o fentanil, e impeçam que imigrantes cruzem a fronteira ilegalmente, algo que tem sido um problema amplamente relacionado ao México.


Fronteiras sempre foram ponto emblemático para Trump (Foto:reprodução/Getty Images News/Rebecca Noble/Getty Images Embed)


Essa medida faz parte de um polêmico pacote de ações que devem ser implementadas durante os primeiros dias do governo do presidente conservador. Durante sua campanha, a política anti-imigração foi um dos principais focos de Trump.

Ele também destacou que o combate à entrada de produtos que considera prejudiciais à economia americana é uma prioridade. Especialistas acreditam que essas ações podem gerar tensões diplomáticas e econômicas com os países vizinhos, afetando negociações futuras.

Críticos apontam para possíveis retaliações

Alguns críticos, no entanto, apontam que a taxação de 25% pode provocar retaliações econômicas por parte do Canadá e do México, comprometendo importantes parcerias comerciais e prejudicando setores da própria economia americana, como o agronegócio e a indústria automobilística, que dependem de insumos importados.

Por outro lado, entre os apoiadores de Trump, a decisão é vista como uma forma de fortalecer a produção nacional e reforçar o controle das fronteiras, alinhando-se à promessa de campanha de colocar os interesses dos Estados Unidos em primeiro lugar.

Trump define os primeiros nomes de seu governo

Em uma série de anúncios relacionados ao seu futuro segundo mandato na Casa Branca, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou alguns dos nomes que farão parte de sua equipe. Alguns desses nomes já vinham sendo mencionados anteriormente, principalmente durante a corrida eleitoral. No entanto, com a aproximação da posse, estamos presenciando a confirmação de alguns deles.

Scott Bessent é o principal nome da lista

Entre os nomes confirmados, destaca-se o do investidor Scott Bessent, que assumirá o cargo de secretário do Tesouro. No entanto, sua nomeação ainda precisará ser ratificada pelo Senado. Outro nome de peso que integrará o governo de Trump é o de Scott Turner, ex-jogador da NFL, que atuará como secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano.


Presidente eleito dos EUA Donald Trump (Foto: Reprodução/UFC/Jeff Bottari/Getty Images Embed)


Além dos já mencionados, outro nome de peso que entra para a lista é o de Janette Nesheiwat, médica e comentarista da Fox News, indicada ao cargo de cirurgiã-geral. Esse é o segundo cargo mais importante na saúde pública do país.

Além desses nomes, ainda na última sexta-feira, foram anunciados outros cinco que devem integrar o governo de Trump no próximo ano. Confira a lista abaixo:

  • Lori Chavez-DeRemer: Congressista do Oregon, foi indicada como secretária do Trabalho. Segundo o presidente, ela colabora intensamente com setores empresariais e trabalhistas para fortalecer a força de trabalho americana e recuperar empregos industriais, algo que foi um ponto muito importante durante o período de campanha de Trump.
  • Dave Weldon: Ex-deputado e médico, liderará o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), agência com orçamento de 17,3 bilhões de dólares e papel crucial na saúde pública.
  • Martin Makary: Cirurgião e escritor, será o chefe da FDA, órgão que regula medicamentos globalmente e possui um orçamento superior a 7 bilhões de dólares.
  • Russ Vought: Ex-diretor do Escritório de Gestão e Orçamento (OMB) no governo Trump, liderará novamente a agência, focando no Projeto 2025 para reformar o governo e reduzir regulamentações. Ele é parte do plano conservador para reformar o governo.
  • Alex Wong: Ex-representante especial adjunto para a Coreia do Norte, foi nomeado vice-conselheiro de segurança nacional, reforçando as políticas externas da administração.

Outros nomes ainda devem se juntar ao governo de Trump, e a lista final está prevista para ser anunciada em breve.

Os nomes anunciados ainda não compõem a lista final. No entanto, eles ajudam a entender a direção que o governo pretende tomar nesses momentos iniciais

SpaceX faz pouso seguro com foguete Starship

Durante a noite da ultima terça-feira, a SpaceX realizou mais uma etapa de testes com o foguete Starship, desta vez optando por pousar o propulsor Super Heavy no Golfo do México, em vez de sua base em terra. A escolha gerou questionamentos, mas, segundo Greg Autry, reitor associado para o espaço da Universidade da Flórida Central, as operações “pareceram muito boas”.

Cautela no lançamento

Em entrevista à CNN, Autry destacou que o procedimento pode ter sido motivado por excesso de cautela, especialmente considerando a presença de figuras importantes no local do lançamento, no Texas. Entre elas, o CEO da SpaceX, Elon Musk, e o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

Não acho que eles tenham tido uma grande anomalia, porque pareceu muito bom para mim”, afirmou Autry. Ele sugeriu que a opção pelo pouso no mar poderia estar relacionada à segurança, para evitar qualquer risco à integridade dos espectadores famosos. “Talvez eles só queiram ter cuidado para não matar o presidente eleito dos Estados Unidos de forma alguma”, comentou.

Implicações técnicas

No entanto, o pouso no mar trouxe algumas implicações técnicas: o propulsor não poderá ser reutilizado, já que não foi projetado para resistir à corrosão causada pela água salgada. Isso contrasta com a prática habitual da SpaceX de recuperar e reutilizar seus propulsores para reduzir custos operacionais, sendo esse o uma das principais armas da empresa diante a outras empreitadas espaciais.


Lançamento de foguete da SpaceX (Foto: reprodução/Getty Images News/Joe Raedle/Getty Images Embed)


Enquanto isso, Autry desponta como um dos possíveis nomes para assumir a administração da NASA no próximo mandato de Trump. Em declaração à CNN, a equipe do presidente eleito afirmou que as decisões sobre a formação de sua segunda administração ainda estão sendo tomadas e serão anunciadas futuramente.

O teste bem-sucedido apenas reforça o compromisso da SpaceX em avançar na exploração espacial, mas a escolha do pouso marítimo levanta discussões sobre os desafios e as estratégias de segurança em eventos com tamanha visibilidade, algo deve apenas avançar com os futuros lançamentos da empresa recebendo cada vez mais atenção

Meta lança novo recurso no Instagram que permite resetar o feed

Um recurso muito esperado pelos usuários finalmente chegou ao Instagram. Agora, é possível redefinir as recomendações de conteúdo na rede social. Segundo informações da Meta, com apenas alguns toques, os usuários poderão limpar os assuntos recomendados no Explore e começar do zero.

Recurso reseta as preferências do usuário

Logo após a redefinição, as recomendações voltarão a ser personalizadas com o tempo e passarão a mostrar novos conteúdos com base nas interações do usuário. O novo recurso também permite que o usuário revise as contas que está seguindo e deixe de seguir qualquer uma que compartilhe conteúdos indesejados. Essa funcionalidade pode ser útil para quem pretende fazer uma limpeza no feed.

Função deve chegar a todos os usuários nas próximas semanas

A função já está sendo lançada gradualmente e deve chegar em uma próxima atualização global para todos os usuários na próxima semana. Ela poderá ser ativada acessando Preferências de Conteúdo e, em seguida, selecionando Redefinir Conteúdo Sugerido.

O comando funciona da seguinte forma: ao clicá-lo, uma mensagem sobre o novo recurso aparecerá na tela explicando ao usuário do que se trata. Em seguida, será informado que as novas recomendações poderão ser diferentes das que o usuário já encontra no Explore, Reels e Feed. Após esse processo, aparecerá uma mensagem solicitando a revisão das contas e tópicos que o usuário segue, permitindo que ele deixe de acompanhar aqueles que desejar.


Feed da rede social vai passar a poder ser resetado sempre que o usuário preferir (Foto: reprodução/Photothek/Janine Schmitz/Getty Imagens Embed)


Outro recurso interessante que também chegou à plataforma é a opção de indicar, clicando nos três pontos no canto da publicação e selecionando “Tenho interesse”. Esse recurso auxilia o algoritmo a entender melhor o que o usuário deseja ver.

Com esses novos recursos, a Meta promete tornar a experiência cada vez mais personalizada e sob o controle do usuário, oferecendo um feed ajustado às preferências de cada pessoa. O objetivo é proporcionar uma vivência cada vez mais única e agradável para todos.

Perto da aposentadoria, veja quanto Rafael Nadal arrecadou ao longo da carreira

Chegando perto de sua aposentadoria do tênis profissional, o atleta Rafael Nadal, que anunciou sua despedida através de um vídeo publicado em suas redes sociais no mês passado, vai se afastar das quadras 19 anos após conquistar seu primeiro título de Grand Slam e 25 anos depois de assinar seu primeiro grande contrato de patrocínio, na época com a Nike.

Carreira conta com impressionantes 22 títulos de Grand Slam

Além dos sucessos dentro das quadras, onde conquistou impressionantes 22 títulos de Grand Slam em simples masculinos um recorde que foi quebrado apenas por Novak Djokovic, Nadal acumulou impressionantes US$ 134,9 milhões em prêmios em dinheiro ao longo de sua carreira. Isso o coloca novamente atrás de Djokovic. No entanto, somando apenas os valores de patrocínios, o tenista arrecadou impressionantes US$ 415 milhões, totalizando cerca de US$ 550 milhões em ganhos brutos, segundo estimativas.


Rafael Nadal se emociona em vídeo de despedida (Vídeo: reprodução/X/@RafaelNadal)


O valor, embora impressionante, ainda o coloca atrás de seu grande rival Roger Federer, que, ao se aposentar das quadras profissionais, acumulou impressionantes US$ 1,1 bilhão um feito que dificilmente será igualado.

No entanto, o tenista espanhol permanece no mesmo patamar de Djokovic, que continua em alta no circuito profissional aos 37 anos. Os números de Nadal são impressionantes, mesmo quando comparados a atletas de outros esportes ou a outros grandes nomes do tênis. Por exemplo, Serena Williams, conhecida por seus 23 títulos de Grand Slam no feminino e por elevar o patamar das remunerações femininas, ainda está US$ 120 milhões atrás de Nadal.

Tenista já vem disputando seu último torneio

Os números, no entanto, não devem aumentar muito, já que o tenista atualmente está disputando a Copa Davis, que marca sua despedida do tênis profissional, sendo esse o seu maior destaque desde a sua participação nas olimpiadas. No entanto, sua fortuna ainda deve crescer, pois ele continua sendo um nome muito forte entre os patrocinadores, o que significa que deve manter contratos publicitários elevados.

Bluesky ganha força após vitória de Trump

O Bluesky, rede social que se tornou bastante popular no Brasil durante o período em que o X ficou bloqueado em terras tupiniquins, ganhou mais de 5 milhões de usuários desde o dia 6 de novembro. A rede social, no entanto, ainda está bem atrás do X, com seus 600 milhões de usuários mensais, e do Threads, com 275 milhões. Apesar disso, vem ganhando tração devido a eventos recentes.

Vitória de Trump

Um dos principais motivos para o mais recente boom do Bluesky pode ser associado à recente vitória de Donald Trump para um novo mandato como presidente dos Estados Unidos. O dono do X, Elon Musk, foi um forte apoiador de Trump durante a corrida eleitoral e deve fazer parte do governo no futuro.

Privacidade também foi fator

Outra medida que pode ter influenciado na adesão dos usuários ao Bluesky foi a decisão, considerada polêmica por parte do X, de permitir que os usuários visualizem posts de contas bloqueadas. A ação foi vista como uma quebra de privacidade por parte dos usuários.

Outro motivo apontado como um incentivo para a migração de usuários para a plataforma é o fato de o Bluesky ser uma rede aberta, permitindo exibir postagens de outras plataformas que utilizam o mesmo padrão. Diferentemente do X, que exibe apenas o conteúdo postado por seus próprios usuários.


If you're reading this, you're one of the first 10 million users on Bluesky!Se você está lendo isso, você é um dos primeiros 10 milhões de usuários do Bluesky!

Bluesky (@bsky.app) 2024-09-15T19:25:54.700Z

Rede social em post comemorando 10 milhões de usuários (Foto: reprodução/Bluesky/@bsky.app)


O Bluesky, por sua vez, também não tem, diferentemente de seu principal concorrente, planos de oferecer versões pagas para seus usuários. Além disso, não pretende utilizar as postagens de seus usuários para o possível treinamento de IAs.

Com essa nova leva de usuários, a plataforma vem se atualizando para continuar ganhando espaço entre suas rivais e se manter como uma alternativa séria às concorrentes.

Debate no G20 ressalta inclusão periférica em soluções climáticas urbanas

Avanço de Soluções de Justiça Climática em Território Urbano” (em tradução direta do inglês), que promoveu discussões sobre sustentabilidade e justiça climática, a vereadora carioca Tainá de Paula destacou a importância de incluir pessoas da periferia nas decisões sobre mudanças climáticas. Segundo ela, há uma ausência alarmante dessas vozes nos debates sobre soluções que impactam diretamente suas comunidades.

Diversos temas abordados

Entre os temas abordados, estiveram as recomendações de mudanças dos combustíveis fósseis para renováveis, a troca de ideias entre o G20 e o F20 (conferência realizada nas favelas cariocas), que defendem medidas sustentáveis que beneficiem a todos, em vez de a um grupo menor. Sendo que, entre as soluções destacadas, estão as que incluem investimentos principalmente em infraestrutura verde, transição energética e ações voltadas para o combate ao racismo ambiental, uma prática estrutural que expõe populações negras e periféricas a maiores riscos ambientais.

Tainá também mencionou a relevância da COP30, que será realizada no Brasil no próximo ano, como um marco para colocar o país na liderança global no combate às mudanças climáticas. Ela apontou que o Brasil, ao sair do mapa da fome, precisa equilibrar a produção de alimentos com a preservação ambiental. “Precisamos de um balanço entre alimentar nossa população e manter a floresta em pé”, afirmou.


Lideranças falam sobre soluções para clima global (Foto: arquivo pessoal/Rafael Almeda)

A prefeita da capital da Macedônia do Norte compartilhou uma experiência inspiradora, envolvendo pessoas das áreas mais pobres em lideranças locais e soluções climáticas. Ela destacou iniciativas para reduzir o desperdício de água, melhorar o saneamento básico em comunidades marginalizadas e criar empregos que gerem impacto direto na qualidade de vida e no sentimento de pertencimento dessas populações.

Sul Global

Outro ponto central foi a discussão sobre o papel do Sul Global em reverter os efeitos de séculos de colonização, que perpetuam desigualdades ambientais. O evento enfatizou a necessidade de promover uma “contracolonialidade”, que devolva o protagonismo às populações historicamente prejudicadas.

A inclusão de soluções locais para problemas globais, como o aumento das temperaturas em favelas, foi destacada como crucial. Representantes discutiram estratégias para negociar coletivamente e construir um futuro em que o desenvolvimento sustentável seja possível para todos. A palestra foi encerrada com um discurso sobre a construção de um futuro mais sustentável.

Entenda a PEC que promete acabar com a escala 6×1

Uma PEC que promete ajudar a vida de vários brasileiros visa acabar com a escala 6×1. Esse regime de trabalho exige que os profissionais trabalhem seis dias seguidos na semana, com apenas um dia de descanso.

A PEC, uma proposta de emenda à Constituição, foi encabeçada pela deputada Erika Hilton e vem ganhando força, principalmente nas redes sociais, onde tem sido amplamente apoiada pelos trabalhadores. O texto, no entanto, ainda está em fase de coleta de assinaturas e precisa do apoio de pelo menos 171 deputados para ser analisado pelo Congresso. De acordo com a assessoria parlamentar, a lista já conta com mais de 100 nomes.

Proposta reduz para 36 horas a jornada semanal de trabalho

O texto propõe reduzir a carga horária semanal para 36 horas, distribuídas em quatro dias por semana. Veja abaixo como a lei pode ficar caso a proposta seja aprovada.

Art. 1º O inciso XIII do art. 7° passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art.7°……………………………….

XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e trinta e seis horas semanais, com jornada de trabalho de quatro dias por semana, facultada a compensação de horários e a redução de jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;” (NR)

De acordo com a CLT, art. 58, a duração normal do trabalho para empregados em atividade privada será de, no máximo, 8 horas diárias. Já a Constituição Federal, em seu art. 7º, dispõe que a jornada de trabalho não deve ultrapassar oito horas diárias e quarenta e quatro horas semanais.

Proposta de Erika Hilton

Na proposta iniciada por Erika Hilton, o objetivo é reduzir a carga horária semanal para 36 horas, sem alterar o limite diário de oito horas. No entanto, segundo a deputada, é possível trabalhar com a margem de 36 horas semanais, sendo que esse número tem como principal objetivo abrir o debate sobre o tema, sendo que experimento com jornada de 4 dias já ocorreu antes.


A deputada esclareceu em sua conta no X sobre a proposta (reproduçao/X/E@rikakHilton)

Segundo a deputada, o debate sobre o fim da escala 6×1 é essencial para melhorar a qualidade de vida do trabalhador e promover um ambiente de trabalho mais equilibrado e saudável, ela usou o exemplo de outros países que já vem debatendo a proposta.

Endividamento das famílias brasileiras atingem níveis preocupantes

Dados divulgados por uma pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio SP), mostrou que 77% das famílias brasileiras enfrentam algum tipo de dívida, desde contas atrasadas até financiamentos imobiliários, a pesquisa também mostrou que nos últimos dois anos, 1,45 milhão de famílias ingressaram nesse cenário de endividamento. Do total, 29% das famílias têm contas em atraso e 13% afirmaram não ter condições ou perspectivas de quitar os débitos.

Região sudeste em destaque

No levantamento, realizado em julho com 18 mil famílias de 27 capitais, aponta que mais da metade dos lares endividados (52%) se concentra na região Sudeste. São Paulo (2,88 milhões) e Rio de Janeiro (2,02 milhões) lideram em número de famílias endividadas, seguidos pelo Distrito Federal, Belo Horizonte e Fortaleza, algo que segue um padrão que pode ser relacionado ao alto custo de vida nessa cidades.

Porto Alegre tem índice preocupante de 91%

Algumas capitais, como Porto Alegre e Vitória, registraram um índice preocupante de 91% das famílias em situação de dívida. Belo Horizonte, Boa Vista e Curitiba também apresentam números altos, com 90%, enquanto cidades como Campo Grande e Salvador apresentam percentuais mais baixos, em torno de 66%, números que mesmo menores ainda se mostram preocupantes.


Endividamento vem cada vez mais fazendo parte da vida dos brasileiros (Foto: reprodução/Moment/Priscila Zambotto/Getty Images Embed)


Entre 2022 e 2024, o endividamento aumentou em algumas capitais, como Teresina (de 61% para 86%) e João Pessoa (78% para 87%). Já São Paulo e Curitiba apresentaram uma leve queda.

Para a FecomercioSP, o aumento do endividamento reflete as condições econômicas de cada região, com inflação, juros altos e renda impactando o consumo e elevando o risco de inadimplência. Segundo o economista Fábio Pina, assessor da FecomercioSP, o nível de endividamento está acima da média histórica, no entanto o aquecimento do mercado de trabalho pode ajudar as famílias a reorganizar suas finanças. Pina acredita em uma desaceleração econômica gradual em 2025, o que permitirá ajustes necessários tanto para o setor privado quanto para o governo, o que pode acarretar em um menor endividamento.