Dormir menos de 5 horas por dia aumenta chances de doenças na velhice

Um estudo publicado nesta terça-feira (18) mostra que pessoas que dormem cinco horas ou menos por dia podem desenvolver doenças crônicas conforme o envelhecimento em comparação com aquelas que dormem mais.

O estudo foi divulgado na revista ‘PLOS Medicine’ e analisou um grupo com cerca de oito mil funcionários públicos do Reino Unido que não tinham doenças crônicas aos 50 anos.

Os voluntários de 50 anos que dormiam menos de cinco horas por dia corriam o um risco 30% maior de desenvolver doenças ao longo da vida. Aos 60 anos, o risco chegava na casa dos 32%, e aos 70, o risco aumentava para 40%.

As doenças que podem ser desenvolvidas por conta das noites mal dormidas de sono incluem diabetes, câncer, doença coronariana, acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal crônica, doença hepática, depressão, demência, distúrbios mentais, Parkinson e artrite.

Outra pesquisa, feita pelo Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, possui um adendo: a maioria dos indivíduos avaliados eram homens brancos; um terço eram mulheres. Os pesquisadores também apontam que, geralmente, os funcionários públicos tendem a ser mais saudáveis do que a população em geral.

Além disso, a pesquisa baseou-se em dados autorrelatados, considerados menos confiáveis do que se as pessoas pudessem ser observadas diretamente pelos cientistas. Mais que quantidade de horas, o sono precisa ser de qualidade – outro fator que o novo estudo não observou. E, também, não explica o que leva o indivíduo a ter menos de cinco horas de sono por dia.


A falta de um sono de qualidade podem elevar o risco de doenças (Foto: Reprodução/Pexels)


Como melhorar o sono

Para ter uma boa noite de sono, é preciso, antes de tudo, estabelecer um horário de sono consistente. Fazer o corpo se acostumar com os mesmos horários todos os dias facilita o descanso regular.

Já na questão do ambiente ele deve ser escuro, silencioso e livre animais de estimação que possam atrapalhar o sono. Evitar o uso de cafeína, álcool e grandes refeições antes de dormir. O exercício físico durante o dia ajuda a ter um sono melhor à noite.  

Foto em destaque: Uma boa noite de sono é essencial para saúde. Reprodução/Pexels

Descubra quantos passos é necessário para emagrecer

Quem quer emagrecer precisa se movimentar, e a caminhada podem ser uma grande aliada para começar. Que tal descobrir quantos passos são necessários  para emagrecer. Sabe se que a única fórmula de emagrecer é a perda de calorias, ou seja, gastar mais do que se consome.

Se você come pouco e não elimina nada do que come e falta disposição para atividade física, então prolongue seus passos. Uma pesquisa publicada na revista Nature Medicine, na segunda-feira (10), relata que pesquisadores da universidade de Vanderbilt, no Tennessee, nos Estados Unidos, descobriram o número necessário de passos diários que uma pessoa precisa realizar para conseguir manter o peso.

 


 

Grupo de amigos realizando caminhada. (Reprodução: iStock.com/Getty Images)


Foram analisados dados de um pouco mais de 6 mil pessoas no período de 4 anos, com idades entre 41 a 67 anos. Os dados foram coletados através de um relógio inteligente usado pelos participantes que monitorava o número de passos e as atividades físicas realizadas diariamente por estas pessoas.

A pesquisa incluiu pessoas que já usavam o relógio antes do início da coleta de dados, o que sugerem que elas eram naturalmente ativas.  Os pesquisadores constataram que dar 8.200 passos diários, aproximadamente 7 quilômetros ajudaria tanto no controle de peso como esta associado a menor risco de obesidade,  apneia do sono,  refluxo e transtorno depressivo.

Para aqueles que estavam acima do peso, foram sugeridas caminhadas acima de 11 mil passos todos os dias. Dessa forma reduziriam o risco de desenvolver comorbidades como diabetes tipo 2,  hipertensão arterial e cardiopatias. Além de diminuir o risco de obesidade em até 64%.

Segundo os pesquisadores o hábito de caminhar associado a uma boa dieta ajuda não só no controle de peso como na qualidade de vida. Troque o elevador por escada, não vá de carro a padaria que fica alguns quarteirões, circule mais em vez de só usar e-mail e telefone, adote um programa de caminhada. Andar melhora o condicionamento físico, emagrece, dá mais disposição além de reduzir medidas.

Foto: Grupo de amigos realizando caminhada. Reprodução// iStock.com/Getty Images.

Consumo de álcool pode fazer bem para cardíacos, diz pesquisa

Beber álcool de forma “moderada” pode ajudar na recuperação de pacientes que passaram por cirurgia cardíaca. Uma pesquisa realizada pela Universidade de Heidelberg na Alemanha e publicada na revista Heart, demonstrou que pessoas que bebem pelo menos de seis doses semanais de álcool depois de uma cirurgia para desbloqueio de artérias tiveram menos chances de ter as artérias bloqueadas novamente.


 

Foto: cientista realizando estudo. Reprodução/ GETTY IMAGENS/Istockphoto


 As evidências sugerem que as pessoas que bebem uma dose de bebida alcoólica equivalem a um cálice de vinho, 225 ml de cerveja ou uma medida de bebida destilada por semana têm menor risco de infarto, doenças crônicas do coração ou morte por insuficiência coronariana do que aqueles que bebem muito. 

Os autores do estudo constataram que o álcool, ingerido com moderação, pode ajudar na recuperação de pacientes que passaram por procedimentos como angioplastias, cateterismos e implantação de válvula aórtica. Como foi o caso da senhora de 84 anos, Hildene Ribeiro Milhomen, aposentada, nascida e criada em Imperatriz (MA), conta que recebeu uma nova válvula aórtica.

Após um episódio de mal-estar ela uma recebeu a recomendação para realizar um implante de válvula aórtica transcateter (Tavi, na sigla em inglês). A tecnologia Tavi, também conhecida como a cirurgia do Mick Jagger, foi incorporada aos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) na quinta-feira passada (13/10) para o tratamento de pacientes com estenose aórtica.

O procedimento permite que os médicos implantem a nova válvula aórtica no local da que está com o funcionamento comprometido tem duração de aproximadamente duas horas e é acompanhado por imagens em tempo real feitas por máquinas de ultrassom e raio X.

Ela confessou que teve medo do deslocamento até São Paulo e do procedimento cirúrgico. E que ao receber alta ingeriu bebida alcoólica.

“Quando saí do hospital, estava acompanhada do meu filho e da minha neta. Lá perto tinha um boteco, aí nós paramos e fomos beber”, ela se lembra, descontraída.

Os autores disseram que isso não significa que pessoas devem começar a beber depois de cirurgia cardíaca. A mensagem è  clara o álcool não aumenta os riscos depois de um procedimento cirúrgico, se usado com moderação pode até ser benéfico, mas não há necessidade de extrapolar no consumo.

FOTO DESTAQUE: Senhora cardiopata consumindo um taça vinho. REPRODUÇÃO/GETTY IMAGENS/Istockphoto.

Técnica usada em vacina para Covid pode tratar câncer de pele

Terapia usada para combater o câncer de pele ou evitar que a doença se espalhe está sendo produzida pela Moderna, fabricante de uma das vacinas contra a Covid-19, e Merck MSD. Segundo a empresa, os imunizantes ficam prontos ainda neste ano.

O método será voltado principalmente para o melanoma, um tipo de câncer de pele que se concentra na produção excessiva nas células de melanina. Embora esse tipo represente uma pequena parcela das pessoas que vivem com câncer, o melanoma é o mais letal entre as pessoas que vivem com a doença, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).


Diferença entre os tipos de câncer de pele. (Foto: Reprodução/A.C. Camargo Cancer Center)


O método utilizado para evitar que o melanoma cresça, volte ou se espalhe é o RNA mensageiro (RNAm). E tem como função auxiliar as células na produção de proteínas. As expectativas colocadas sobre a nova técnica são positivas. Espera-se que assim que aprovado nas fases 2 e 3, o produto tenha maior rotação e seja produzido de maneira que atenda as necessidades do público. 

Diferente das vacinas convencionais, que servem para imunizar o público de uma doença e atender a população geral, o esquema utilizado para o meloma será outro. Deve ser dada prioridade às pessoas que vivem com a doença em estágio avançado. Dessa forma, a vacina servirá não apenas para combater a evolução da doença, tal como fortalecer o sistema imunológico.

Em comunicado, a empresa Merck MSD, parceira da fabricante  Moderna, emitiu a informação de que o imunizante agirá de acordo com o estágio do tumor do paciente. “As vacinas personalizadas contra o câncer são projetadas para preparar o sistema imunológico para que um paciente possa gerar uma resposta antitumoral personalizada à sua assinatura de mutação tumoral para tratar seu câncer”, conclui.

A segunda etapa do experimento está sendo realizada da seguinte maneira: dois métodos imunoterápicos, sendo o mRNA-4157/V940 (9 doses a cada três semanas) e  Keynote-942 (200g a cada três semanas). As cobaias foram divididas em dois grupos de pacientes, todos com a mesma necessidade de combate ao meloma.

Foto Destaque: Técnica usada em vacina para Covid pode tratar câncer de pele. Reprodução/Onuki Sato

 

Saúde da mulher: O que saber no Dia Mundial da Menopausa

Ainda no Outubro Rosa, mês dedicado em homenagear as pessoas que vivem ou já viveram com câncer de mama, tal como aquelas que estiveram próximas da doenças e até tiveram um ente querido que faleceu pela causa, também é comemorado o Dia Mundial da Menopausa. 

A data 18 de outubro simboliza uma nova fase na vida de pessoas com útero, especialmente de mulheres. O período é marcado por bruscas mudanças psicológicas, comportamentais e físicas. 

Durante esse período, especialistas em ginecologia reforçam a atenção e o cuidado que mulheres devem ter a partir dessa nova etapa. Salientam a periodicidade de consultas e exames ginecológicos e ortopédicos, a fim de combater o câncer de mama e a osteoporose. 

Afinal, o que é menopausa?

A menopausa ocorre, em média, a partir dos 48 anos. Ela se inicia de fato após um ano da última menstruação. Dado 12 meses desde a última menstruação, a pessoa já não possui as mesmas habilidades reprodutivas, como a de engravidar. 

Em alguns casos, onde ocorre o procedimento de histerectomia, em que a pessoa passa por uma cirurgia para a retirada do útero ou dos ovários, a questão se torna semelhante. Mas nesse contexto não existe uma idade determinada para a menopausa.

As alterações presentes nesse processo se dão pela redução do nível em que os hormônios, em especial o estrogênio, são produzidos. Portanto é inevitável que esse processo venha acompanhado de sintomas, os quais muitas vezes desestimulam e transformam a figura comportamental de forma intensa. 


Um estudo da FMUSP indica que, no Brasil, as mulheres entram na menopausa por volta dos 48 anos (Foto: Reprodução/CPAPS)


Sintomas

Em geral, todas as partes do corpo são afetadas: pele, músculos, psicológico. E junto dessas mudanças, alguns sintomas são persistentes durante esse período, como: 

  • suor excessivo;
  • sensibilidade;
  • irritabilidade;
  • mau humor;
  • cansaço;
  • baixa libido;
  • enfraquecimento dos ossos.

Nem todas as pessoas que passam pela menopausa vivem intensamente com todos esses sintomas, pois as histórias passam por variações. Mas de toda forma, existem métodos de atenuar a intensidade desses danos. 

Quando os sintomas da menopausa passam a impedir que a pessoa viva sua vida com normalidade, alternativas como a TRH estão disponíveis para a questão. Conhecida como “terapia de reposição hormonal”, o método consiste na indução de hormônios (no caso estrógeno) a fim de estabelecer um equilíbrio nos sintomas da menopausa

Para aliviar esse período tenso, especialistas indicam algumas práticas capazes de tornar esse processo menos difícil. São elas:

  • ter uma dieta equilibrada, rica em cálcio para fortalecer os ossos e proteger o coração;
  • praticar exercícios regularmente, reduzindo a ansiedade e o estresse;
  • parar de fumar, prevenindo doenças cardíacas e ondas de calor;
  • não beber muito, reduzindo também as ondas de calor.

 

Foto Destaque: O que saber no Dia Mundial da Menopausa. Reprodução/Pinterest

Miocardite: o risco é sete vezes maior com a Covid-19 do que com a vacina

Um estudo realizado por cientistas da Penn State College of Medicine, nos Estados Unidos, identificou que o risco de desenvolver miocardite (inflamação das paredes internas do coração) é sete vezes maior com a infecção da Covid-19 do que a vacina contra a doença.

Os sintomas da miocardite podem apresentar dores no peito, falta de ar ou batimentos cardíacos irregulares e em casos mais graves a inflamação pode levar à insuficiência cardíaca e a morte. A médica Navya Voleti que é residente na Penn State College of Medicine, explicou que no futuro será importante monitorar os potenciais efeitos a longo prazo naqueles que desenvolvem miocardite.

Apesar de, as vacinas terem demonstrado resultados satisfatórios na redução dos sintomas graves da Covid-19, o estudo tem extrema importância para rebater exageros propagados durante a pandemia. Na ocasião, complicações cardíacas foram associadas a vacina à base de RNA mensageiro (mRNA), como a da Pfizer (particularmente em episódios de miocardite em adolescentes).

Em 2021, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), alertou sobre o risco de miocardite e pericardite pós-vacinação, porém a divulgação não se apoiava em grandes estudos, apenas em casos isolados, assim como outras notícias divulgadas na época.


Representação da miocardite no corpo humano. (Foto: Reprodução/Instagram)


A pesquisa realizada pela equipe da Penn State é a maior e mais renomada no gênero, foram 22 estudos publicados em todo o mundo entre dezembro de 2019 a maio de 2022. Os documentos contam com quase 58 milhões de pacientes que relataram complicações cardíacas e pertenciam aos 55,5 milhões que foram vacinados contra Covid-19 em comparação com os que não foram vacinados e os 2,5 milhões que contraíram o vírus em comparação com os que não contraíram.

 “A infecção por Covid-19 e as vacinas relacionadas representam um risco de miocardite. No entanto, o risco relativo de inflamação cardíaca induzida pela infecção é substancialmente maior do que o risco representado pelas vacinas”, explicou Paddy Ssentongo, principal autor do estudo.

Na pesquisa foi comparado separadamente o risco de miocardite para várias vacinas da Covid-19. Sendo elas, Pfizer, Moderna, Novavax, AstraZeneca e Janssen. Os pacientes que foram diagnosticados com miocardite apenas 1,07 % foram hospitalizados e 0,015 % morreram.

 

Foto Destaque: Vacina contra a Covid-19. Reprodução/Instagram

A maternidade pode causar mudanças no cérebro revela estudos

O início da maternidade não é tarefa fácil para uma mãe, são muitas mudanças repentinas, é tudo novo para aquela mulher, nos primeiros meses o bebê é muito dependente da mãe devido amamentação, o sono acaba sendo prejudicado e com tantas mudanças algumas mães ficam inseguras com a forma que tem cuidado dos seus filhos. Devido a insegurança dessas mães a escritora Chelsea Conaboy desenvolveu uma pesquisa exposta em seu livro em torno do parto e da maternidade e em entrevista ao jornal CNN ela conta como foi essa experiência.

Durante a entrevista, Chelsea, conta que a ideia partiu de sua análise como mãe e que após conversar com outras mães entendeu que os sentimentos delas era parecido com os seus. Em seu livro Cérebro Mãe: como a neurociência está reescrevendo a história da maternidade, ela conta as descobertas em torno do parto e da maternidade após examinar diversas experiências incluído a sua.

Na entrevista a escritora respondeu algumas perguntas diretas relacionadas à sua história e os aprendizados referentes a maternidade e ela foi contando ao longo da entrevista alguns pontos importantes da sua vivência e de outras mulheres. Segundo ela, no começo ela ficou preocupada com o “instinto materno”, mas com o tempo identificou que essa ideia faz parte apenas na teoria científica, pois a maternidade não é apenas como deve se comportar, mas também como deve se sentir.


Mãe com seu filho recém nascido. (Foto: Reprodução/Instagram)


Em meio as perguntas, Chelsea contou que começou a pesquisar sobre a ansiedade materna e descobriu o quanto o cérebro é alterado pela maternidade, e que isso é para todas as pessoas e não apenas aquelas que sofrem de transtornos de humor ou ansiedade pós-parto. Ela completou dizendo que buscar informação foi importante para mudar sua experiência e ir em busca do bem-estar não só do filho, mas o dela também.

A escritora explicou que o “cérebro da mamãe” é muito conhecido sendo degenerativo para as mulheres, porém uma nova pesquisa realizada identificou que a maternidade pode ter efeito neuroprotetor no cérebro e retardar os efeitos do envelhecimento, sendo assim, os desafios da maternidade podem manter o cérebro mais jovem.

Durante a entrevista Chelsea foi questionada sobre a paternidade e ela contou que em breve fará um lançamento sobre a cultura e a política da paternidade com mais detalhes sobre o assunto.

 

Foto Destaque: Mãe e seu filho. Reprodução/Instagram

Nicotina é responsável por bloquear estrogênio do cérebro feminino, afirmam cientistas

O estrogênio é associado a uma série de outras funções importantes no organismo da mulher, ele regulariza o ciclo menstrual e também é capaz de proteger contra doenças cardiovasculares. Entre outras funções, esse hormônio tem funções significativas no corpo feminino. 

“Nós temos receptores de estrogênio em quase todo o corpo, então ele atua em diversos tecidos do organismo feminino”, afirma Fernanda Polisseni, ginecologista e professora do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora).

Dessa forma, quando ocorre o bloqueio desse hormônio, existem consequências e que estão sendo desvendadas recentemente por cientistas. Foi descoberto por um estudo apresentado na 35ª conferência anual do Colégio Europeu de Neuropsicofarmacologia, o porquê de mulheres costumarem ter mais dificuldade do que os homens para abandonar o tabagismo.


De acordo com o IBGE, totalizam 9,8 milhões de mulheres fumantes no Brasil (Foto: Reprodução/STIAP)


O artigo explica que uma dose regular, podendo ser equivalente a um único cigarro,  diminui os níveis de estrogênio no cérebro das mulheres. Esse efeito atua no tálamo, área cerebral envolvida diretamente em respostas comportamentais e emocionais.

“Ainda não temos certeza de quais são os resultados comportamentais e cognitivos, só que a nicotina atua nessa área do cérebro. Porém, notamos que o sistema cerebral afetado é alvo de drogas viciantes, como a nicotina”, afirma a pesquisadora principal do estudo, a professora Erika Comasco, da Universidade Uppsala, na Suécia.

O estudo está sendo desenvolvido para avaliar se esse bloqueio está ligado diretamente ao fato de mulheres terem mais dificuldade de abandonar o cigarro e até mesmo terem mais recaídas do que os homens. E foi o que a pesquisadora completou: “Precisamos agora entender se essa ação da nicotina no sistema hormonal está envolvida em alguma dessas reações.”


Homens e mulher fumando no mesmo local (Foto: Reprodução/shutterstock)


“É improvável que esse efeito específico da nicotina no tálamo (e na produção de estrogênio) explique todas as diferenças observadas no desenvolvimento, tratamento e resultados entre homens e mulheres fumantes. Este trabalho ainda está muito longe de uma diminuição induzida pela nicotina na produção de estrogênio para um risco reduzido de dependência de nicotina e efeitos negativos do tratamento e recaída em mulheres fumantes, mas merece uma investigação mais aprofundada”, declara Wim van den Brink, professor emérito de psiquiatria e dependência do Centro Médico Acadêmico da Universidade de Amsterdã.

Entender como funciona o cérebro e a distribuição de hormônios em relação à fatores externos pode ser esclarecedor em vários fatores. Os estudos estão em andamento, é um avanço para compreensão. 

 

Foto Destaque: Reprodução/FreePik

Distribuição de vacinas contra o câncer pode começar antes de 2030

O mundo lida com as consequências do câncer a muitos anos, sendo uma doença traiçoeira que pode afetar qualquer parte do corpo. De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), é a segunda principal causa de morte no mundo. E apresentando níveis globais, uma em cada seis mortes são relacionadas à doença. 

Além disso, os números futuros são ainda mais alarmantes. Espera-se 28,4 milhões de novos casos de Câncer em 2040, um aumento significativo de 47% em relação a 2020. Esse crescimento é ocasionado pelo envelhecimento populacional, dessa forma, ocorre um aumento e a prevalência de fatores de risco. 


Dados disponibilizados pelo Manual de Oncologia Clínica do Brasil em 2018 (Foto: Reprodução/MOC)


Entretanto, além dos tratamentos existentes como químio e radioterapia e todos os outros paliativos que somente com um médico adequado pode prescrever sem complicações, uma nova arma de combate ao câncer está surgindo. São as chamadas vacinas terapêuticas para o tratamento de tumores. 

Esse projeto está sendo desenvolvido pelo casal de cientistas que fundaram a BioNTech, uma empresa alemã de biotecnologia responsável pelo imunizante da COVID-19 desenvolvido em parceria com a Pfizer. De acordo com eles, as aplicações das vacinas terapêuticas estarão disponíveis para distribuição antes de 2030.


Ugur Sahin e Ozlem Tureci cientistas responsáveis pelas vacinas terapêuticas (Foto: Reprodução/BBC) 


O estudo avançou e os resultados mais promissores vieram com as injeções contra o câncer colorretal, o melanoma (câncer de pele), o melanoma avançado e o câncer de cabeça e pescoço. Existem vacinas para o câncer de ovário, de próstata e tumores sólidos que se encontram na primeira etapa dos estudos com humanos.

“O nosso objetivo é que possamos usar a abordagem de vacina individualizada para garantir que, diretamente após a cirurgia, os pacientes recebam uma dose personalizada e individualizada que induzem uma resposta imune para que as células T (de defesa) no corpo do paciente consigam rastrear as células tumorais restantes e, idealmente, eliminá-las”, explicou o professor de oncologia Ugur Sahin. 

Os cientistas começaram a observar a possibilidade de combate ao câncer quando foi iniciado o trabalho para acabar com a COVID-19. A prática utilizada na criação de vacinas na pandemia foi de que em vez de o imunizante introduzir o vírus inativo ou uma parte dele para que o sistema imunológico o reconheça e crie a proteção, o RNAm utiliza o próprio organismo como “fábrica” da proteína S da COVID-19, ou seja, que induz o corpo a produzir as células de defesa e anticorpos contra o vírus. 

Dessa forma, caso seja comprovado a eficácia  dessas vacinas terapêuticas contra o câncer, elas serão uma nova opção de tratamento menos invasiva. Em contraste com a quimioterapia, a radioterapia e a imunoterapia que são hoje, as principais alternativas.

 

Foto Destaque: Representação de uma vacina/Reprodução/iStock

1.795 pacientes de 14 países participam do ensaio clínico da lecanemab

Juan Forte, o neurologista, afirmou para o Jornal ‘O Globo’ que tem recebido em seu consultório diversos pacientes que estão à procura da nova droga capaz de curar o Alzheimer. O médico trabalha no Hospital Saint Pau, em Barcelona, um dos 12 centros espanhóis que fizeram parte de um grande ensaio clínico internacional, com o medicamento experimental. Os resultados ainda são preliminares, no entanto, sugerem que ele reduz a queda da cognição em 27% em pessoas com Alzheimer precoce, de acordo com Eisai e Biogen.

Em relação ao novo medicamento, 1.795 pacientes de 14 países participaram do ensaio clínico de Iecanemab. Todos tinham um acúmulo de uma proteína exclusiva da doença, que são as beta-amiloides. Nesta fase, os pacientes apresentam perda de memória recente, mas ainda sim apresentam independência para levar uma vida normal.

Após 18 meses do teste, o declínio cognitivo daqueles que tomaram o medicamento foi 0,45 pontos menor, em uma escala de zero a 18, do que aqueles que tomaram placebo, de acordo com as duas empresas.

A doença de Alzheimer é uma enfermidade provocada pela morte de células cerebrais. Manifesta-se por demência ou perda de funções cognitivas, como memória, orientação, atenção e fala.Segundo a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), existem aproximadamente 35,6 milhões de pessoas com distúrbio de Alzheimer no mundo. Estima-se que há cerca de 1,2 milhão de casos no Brasil, e a maioria não foi diagnosticada.


Demência causada pelo Alzheimer de perda de memória (Foto: Reprodução/Folha Uol)


De fato, em muitos casos, a doença é embaraçada como um estado do idoso, um déficit cognitivo relacionado à velhice e, consequentemente, exclui-se a suspeita de doença de Alzheimer.

Poucas pessoas sabem que a doença de Alzheimer pode começar décadas antes do desenvolvimento dos sintomas, o que dificulta o tratamento.

O alzheimer é considerado a doença que mais provoca casos de demência.e as consequências são:

  • desorientação em relação ao tempo e ao espaço;
  • desorientação do raciocínio;
  • falta de concentração;
  • distúrbio de aprendizado;
  • impossibilidade de realização de tarefas complexas;
  • impossibilidade de julgamento;
  • afetação na linguagemFoto Destaque: Alzheimer e a forma como atua no cérebro. Reprodução/NeuroLife.