Novo interruptor molecular promete telas e tecnologias mais inteligentes

Já imaginou ser capaz de criar imagens coloridas usando apenas luz? Cientistas da Faculdade de Dartmouth e da Southern Methodist University descobriram uma forma de fazer isso, utilizando cristais líquidos e luz natural. De acordo com um estudo publicado na revista Nature Chemistry, essa nova tecnologia pode ser usada para criar telas mais eficientes e até marcas d’água super seguras, que dificultam a falsificação.

Cristais líquidos já são conhecidos por estarem em muitos dos nossos eletrônicos, como smartphones e TVs. Eles têm uma característica especial, podem se comportar como líquidos, mas também se organizam de forma parecida com sólidos, o que os torna ótimos para refletir luz. A novidade agora é um interruptor molecular que os cientistas desenvolveram. Esse “interruptor” pode mudar a cor dos cristais ao ser ativado por luz, o que abre caminho para uma série de novas utilidades tecnológicas.

Como funciona essa tecnologia

No centro dessa descoberta está um interruptor molecular criado pelo professor Ivan Aprahamian e sua equipe. Feito de compostos especiais, como triptycene e hidrazonas, esse interruptor pode ser ligado com um simples feixe de luz. Quando isso acontece, as moléculas dos cristais líquidos se reorganizam e começam a refletir cores diferentes.

Para demonstrar como isso funciona, os cientistas até reproduziram obras de arte famosas, como O Grito, de Edvard Munch, e A Noite Estrelada, de Van Gogh, em uma tela feita de cristais líquidos. Usando estênceis e projetores, eles mostraram que é possível “pintar” com luz em vez de tinta, mudando as cores de partes da tela ao expô-las a luzes em diferentes intensidades.


Pinturas como “A monalisa” também podem ser reproduzidas da mesma forma (Foto: reprodução/Marc Piasecki/Getty Images Embed)


O que esperar do futuro

Além de suas já diversas aplicações, como em telas de celulares, TVs e computadores, os cristais líquidos agora apresentam um potencial ainda maior. A nova tecnologia apresentada pelos cientistas permite criar dispositivos que podem ser impressos e apagados facilmente, como telas que podem mudar de imagem sem o uso de energia extra. Isso seria possível graças ao interruptor molecular que responde à luz natural, o que poderia aumentar a eficiência energética desses dispositivos e até torná-los mais sustentáveis.

Outra aplicação revolucionária envolve a segurança, com etiquetas microscópicas que podem ser aplicadas em notas bancárias, ajudando a combater falsificações. Esses cristais podem ser programados para refletir diferentes cores quando expostos à luz, criando marcas d’água invisíveis a olho nu, mas detectáveis com os instrumentos corretos. Isso aumentaria a dificuldade para falsificadores tentarem replicar documentos e dinheiro, tornando-os mais seguros.

Google pretende facilitar o acesso à ajuda em casos de violência doméstica

Google levanta bandeira contra a violência doméstica em nova iniciativa. Ao pesquisar por “violência contra a mulher” na ferramenta de busca, em vez de exibir apenas as notícias mais recentes, a plataforma agora redireciona os usuários para serviços de apoio às vítimas. Esse tipo de recurso já está em funcionamento em países como Estados Unidos, Argentina, Bolívia, entre outros.

Luisa Phebo, líder de parcerias estratégicas de impacto social da plataforma na América Latina afirma:

A violência doméstica é um problema social que requer uma resposta coletiva. Ajudar as vítimas a encontrar rapidamente um contato para suporte faz parte da nossa missão de tornar a informação universalmente acessível”.



Google levanta bandeira contra a violência doméstica (Foto: reprodução/studiostockart/Getty Images Embed)


Aumento de casos de violência doméstica

Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), dados que constituem o relatório “O Poder Judiciário na Aplicação da Lei Maria da Penha: ano 2022”, que engloba a atuação do Poder Judiciário na aplicação da Lei Maria da Penha, apontam 640.867 mil processos de violência doméstica e familiar ou feminicídio em 2022.

No mesmo período, foram proferidas 399.228 mil sentenças. e, no ano passado, os números de casos registrados aumentaram. A estatística é revelada no novo boletim Elas Vivem: liberdade de ser e viver, divulgado em 2024.  Foram registradas 3.181 mulheres vitimadas, apresentando um aumento de 22,04%.

1 mulher é morta a cada 6 horas no Brasil

Segundo levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), 1.463 mulheres foram vítimas de feminicídio no país em 2023. Por isso, o Ministério das Mulheres lançou também a campanha  “Feminicídio Zero – Nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada”. A campanha trata de questões que passam pela violência psicológica, física e moral que muitas mulheres sofrem diariamente, simplesmente por serem mulheres. 

A violência doméstica tem consequências amplas e profundas que afetam não apenas as vítimas diretas, mas também a sociedade como um todo. Crianças expostas à violência doméstica têm maior probabilidade de desenvolver problemas emocionais, cognitivos e comportamentais. Isso pode afetar seu desempenho escolar, suas interações sociais e suas perspectivas futuras.

Tecnologia e algoritmos: como a Inteligência Artificial está mudando vários setores

“Algoritmo” e “Inteligência Artificial” são dois termos em alta nas redes sociais, o que se explica pela relação próxima entre essas tecnologias e o funcionamento da própria internet. Cada vez mais, as IA vem impulsionando (e, em alguns casos, ditando!) os conteúdos compartilhados nos espaços online.

E esse papel vai além da internet, afetando as mais variadas indústrias. Nesse texto vamos falar sobre o impacto das inteligências artificiais, a partir de algoritmos, em setores importantes do mercado e da sociedade. Entre saúde, educação, finanças e o próprio “tech”, as IA desempenham papéis valiosos.

Realização de tarefas burocráticas ou perigosas

Provavelmente o uso mais interessante e benéfico das inteligências artificiais nos variados setores e indústrias acontece quando delegamos às IA trabalhos “chatos” que seriam feitos por humanos. Aqui nos referimos àquelas tarefas que não pedem nenhum tipo de pensamento crítico para serem feitas.

O mesmo vale para o uso de IA em tarefas que são perigosas aos seres humanos, como robôs que investigam escombros após desastres. A ideia é transferir para as máquinas tudo aquilo que nós não podemos ou não queremos realizar, algo que fazemos com tecnologias desde o início da humanidade.

Auxílio no entretenimento online e digital

O entretenimento já se vale de inteligências artificiais há muito tempo, com o principal exemplo sendo os jogos eletrônicos. Praticamente desde a invenção da indústria dos videogames, IA rudimentares eram aplicadas ao comportamento de inimigos, a fim de garantir uma maior imersão aos jogadores.

Atualmente, algoritmos avançados estão sendo usados para prever resultados de apostas esportivas e como parte da diversão dos jogos nos cassinos online. Nos dois casos (e muitos outros), o objetivo é o mesmo de antes: aprimorar as experiências humanas com os entretenimentos digitais na internet.

Um exemplo interessante que podemos dar é: a strafe, plataforma que analisa e compara as casas de apostas esportivas no Brasil, segue nesse caminho; se valendo não apenas de tecnologias, mas também da opinião de especialistas para obter uma curadoria que guia apostadores no caminho certo.

Interação das pessoas com os conteúdos na internet

Logo no começo desse texto nós mencionamos o termo “algoritmo” em seu uso nas redes sociais. Aqui vamos retomar essa definição: na prática, falamos da maneira como as inteligências artificiais expõem os usuários aos assuntos que julgam que vão ser de interesse dele, baseadas em seus gostos.

Se por um lado ganhamos conteúdos específicos aos nossos gostos, por outras grandes corporações se apropriam de dados valiosos de consumo e interesses individuais, o que não é nada bom. Apesar de tudo, o fato inegável é que as interações pela internet são movidas por assuntos coletados pelas IA.

Atividades criativas e expressões artísticas

Para finalizar, chegamos em um aspecto do uso das inteligências artificiais que é muito debatido e, principalmente, muito criticado. É unanimidade o bom uso das IA em tarefas burocráticas ou que podem ser prejudiciais aos seres humanos, mas muitos sentem que as artes não devem se encaixar aí.

Um exemplo: ao invés de um artista humano pintar um quadro inspirado no estilo expressionista, há o resultado de “prompts” humanos para um robô, pedindo que ele replique essa mesma tarefa. Os resultados vão ser drasticamente distintos e tiram trabalhos de artistas, algo que merece ser discutido.

E esses são apenas alguns dos principais exemplos, se quiséssemos, conseguiríamos estender essa lista pelo dobro ou triplo de itens. O mais importante é entender que as inteligências artificiais vão muito além do que imaginamos num primeiro momento, afetando de maneiras distintas variados espaços.

A questão de se os impactos das inteligências artificiais nos mais diferentes setores do mercado são positivos ou negativos é uma que depende do ponto de vista. Como exploramos aqui, há aspectos benéficos e aspectos maléficos, o que é algo também presente em qualquer outro tipo de tecnologia.

SpaceX realiza teste bem-sucedido com retorno do propulsor Super Heavy

A SpaceX, empresa de exploração espacial liderada por Elon Musk, atingiu mais um marco importante no desenvolvimento da Starship, o maior e mais poderoso foguete já construído. Durante o quinto voo de teste, ocorrido no domingo (13), o propulsor Super Heavy foi recuperado com sucesso, retornando à base de lançamento em Boca Chica, Texas. O momento foi registrado em vídeo por Kimbal Musk, irmão de Elon Musk, e compartilhado no X (antigo Twitter), destacando a captura do propulsor pelos “hashis” – grandes pinças de metal projetadas para recuperar o equipamento.

O foguete Super Heavy decolou às 9h25 (horário de Brasília), e a nave Starship não tripulada, que estava acoplada ao propulsor, continuou sua jornada em direção ao espaço antes de realizar um pouso controlado no Oceano Índico. O foco da missão, no entanto, foi testar a tecnologia de recuperação do Super Heavy, um componente fundamental para os planos da SpaceX de reutilizar partes dos foguetes em futuras missões espaciais.


O foguete Super Heavy retorna à base de lançamento, sendo capturado pelos braços de metal “hashis” (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Sergio Flores)


O papel dos “hashis” e da Mechazilla na recuperação do Super Heavy

Um dos diferenciais desse teste foi o uso dos “hashis”, enormes braços metálicos fixados em uma torre apelidada de “Mechazilla”. A SpaceX desenvolveu essa torre especialmente para capturar o Super Heavy no ar, substituindo as pernas de pouso presentes no foguete Falcon 9, também da empresa. Ao invés de aterrissar de forma autônoma, como o Falcon 9, o Super Heavy é trazido de volta à Terra pelos braços da Mechazilla, uma inovação projetada para acelerar o processo de recuperação e reutilização dos foguetes.

A expectativa de Elon Musk é que essa tecnologia permita reabastecer e lançar os foguetes em questão de minutos após o retorno, talvez até em 30 minutos. Isso traria uma revolução no setor espacial, reduzindo drasticamente o tempo e o custo de futuras missões, o que se alinha ao objetivo da SpaceX de tornar as viagens espaciais mais acessíveis.

O impacto da reutilização dos foguetes no futuro das missões espaciais

A SpaceX já demonstrou a eficiência da reutilização de propulsores com o Falcon 9, que completou mais de 330 lançamentos e permitiu que os custos operacionais da empresa fossem significativamente reduzidos. A introdução de uma tecnologia ainda mais sofisticada com o Super Heavy e a Starship é vista como o próximo passo para missões mais ambiciosas, como viagens à Lua e Marte.

Com o Super Heavy oferecendo cerca de 10 vezes mais empuxo do que o Falcon 9, a SpaceX aposta que essas inovações tornarão viável o transporte de grandes cargas e, futuramente, até de tripulações humanas para destinos mais distantes no espaço profundo. Esses avanços estão alinhados com o plano de Musk de colonizar Marte e estabelecer bases autossustentáveis fora da Terra, tornando a exploração espacial uma realidade cada vez mais próxima.

Tecnologia 3D recria navio perdido nas profundezas da Antártica há mais de um século

Um modelo 3D recém-divulgado revisitou detalhes impressionantes do HMS Endurance, navio do explorador antártico Ernest Shackleton, que afundou há mais de um século. Pratos, roupas e até uma pistola sinalizadora foram vistos em imagens capturadas a 3.008 metros de profundidade no Mar de Weddell. O registro faz parte de um documentário que estreia no Festival de Cinema de Londres neste sábado (12), e futuramente no Disney+.

Imagens detalhadas em 3D do navio

Descoberto em 2022, o Endurance, que naufragou em 1915 após ser esmagado pelo gelo, foi digitalizado em 3D, revelando artefatos impressionantes. Apesar da profundidade, a varredura mostra objetos intactos, como pratos usados pela tripulação, uma bota e uma pistola sinalizadora ainda no convés do navio.

O documentário “Endurance”, dirigido por Chai Vasarhelyi, Jimmy Chin e Natalie Hewit e produzido pela National Geographic Documentary Films, irá contar a história da fatídica expedição de Shackleton e a surpreendente descoberta do navio, além de mostrar a coragem do explorador, que liderou sua tripulação e conseguiu garantir a sobrevivência de todos os 27 homens.


Registro raro do HMS Endurance preso no gelo antártico (Foto: reprodução/Scott Polar Research Institute/University of Cambridge/Getty Images Embed)


O que aconteceu com o Endurance?

A missão do Endurance, que partiu da Inglaterra em 1914, era ambiciosa: realizar a primeira travessia terrestre do continente antártico. No entanto, o navio ficou preso no gelo no Mar de Weddell em janeiro de 1915, antes de afundar em novembro do mesmo ano. Durante meses, os 28 tripulantes enfrentaram condições extremas enquanto lutavam para sobreviver.

Liderados por Shackleton, o grupo se refugiou na Ilha Elefante após abandonar o navio e, em uma travessia de 1.200 km até a Geórgia do Sul, o explorador conseguiu organizar o resgate dos homens restantes. Nenhum membro da tripulação foi perdido, um feito notável que consolidou Shackleton como um dos maiores líderes da história da exploração polar.


Registro raro da tripulação do HMS Endurance (Foto: reprodução/Scott Polar Research Institute/University of Cambridge/Getty Images Embed)


O legado do Endurance

Embora a missão de atravessar a Antártica não tenha sido concluída, a jornada do Endurance é lembrada como uma das maiores histórias de resiliência e sobrevivência da exploração polar. Shackleton, conhecido por sua determinação e coragem, fez mais uma tentativa de retornar à Antártica em 1922, a bordo do navio Quest. Porém, ele faleceu durante a viagem, aos 47 anos, após um ataque cardíaco na Geórgia do Sul, onde está enterrado.

As novas imagens 3D do Endurance não apenas revelam os detalhes impressionantes do naufrágio, mas também preservam o legado de Shackleton, garantindo a preservação de sua história, sua tripulação e do navio naufragado no oceano antártico.

Poucas horas após o retorno do X, usuários brasileiros relatam dificuldades


Algumas horas após o retorno do X no Brasil, na noite desta terça-feira (8), as dificuldades de acesso do serviço no país se tornaram uma reclamação em aumento contínuo por parte de usuários. A quantidade de problemas relatados teve picos significativos durante as 24 horas, com um número considerável de usuários reportando dificuldades em acessar a rede social.

Um aumento repentino no número de usuários acessando a plataforma pode ter causado uma sobrecarga nos servidores. Essa demanda elevada pode resultar em lentidão no carregamento da página e dificuldades de acesso.


X retorna ao Brasil e usuários reclamam (Foto: reprodução/We Are/Getty Images Embed)


Bluesky e Threads

Muitos usuários migraram para outras alternativas durante a suspensão do X. Bluesky atingiu a marca de 1 milhão de novos usuários logo após o X estar em desuso. A plataforma também pode incluir funcionalidades adicionais, como a criação de comunidades e grupos, ampliando as formas de interação, buscando oferecer uma alternativa ao antigo Twitter, mantendo características familiares enquanto potencialmente introduz novos recursos e melhorias na interação social. Já o thread, plataforma ligada ao Instagram e pertencente à empresa Meta, constatou aumento de buscas na internet durante o mesmo período.

Suspensão do X

O X só voltou a funcionar no país 39 dias após ficar proibido no Brasil. Antes de decidir bloquear o X no Brasil, Moraes consultou a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) sobre a possibilidade de tirar a plataforma do ar. O recuo de Elon Musk em relação à gestão do Twitter, agora conhecido como X, representa um marco significativo nas discussões sobre os limites da atuação das redes sociais no Brasil. Este contexto é particularmente relevante em função dos eventos que ocorreram em 8 de janeiro de 2023, quando houve invasões às sedes dos Três Poderes em Brasília. Durante essas invasões, diversas plataformas de redes sociais, incluindo o Twitter, transmitiram em tempo real os ataques à democracia, levando a uma discussão intensa sobre a responsabilidade dessas empresas no que diz respeito à moderação de conteúdo.

Educação pode ser usada como arma na revolução tecnológica de IA

Uma pesquisa da Microsoft indica que a busca por profissionais que desenvolveram competências no campo da tecnologia intensificou nos últimos anos. A avaliação da Microsoft compreende resultados de 31 mil profissionais de 31 países.

O diagnóstico da Microsoft indica que 58% dos líderes brasileiros rejeitam profissionais sem conhecimentos em inteligência artificial. Os executivos percebem que há um déficit de profissionais qualificados no campo.

Esses líderes estão olhando para o futuro e antecipando que, à medida que suas empresas crescem ou se adaptam a novas demandas do mercado, há necessidade de investimento em educação.


Inteligência Artificial (Foto: reprodução/Moment/Yuichiro Chino/Getty Images Embed)


Plano Brasileiro de Inteligência Artificial

O programa envolve passos relacionados à formação de disciplinas e cursos na graduação, além de fomento à pesquisa e ao desenvolvimento. Seu foco está em áreas onde a IA pode ter um impacto significativo, como na busca por equidade no campo da saúde, na segurança pública, além de benefícios para o comércio local, entre outros.

Iniciativas privadas

Empresas como Amazon, Vivo e Santander estão construindo parcerias para estimular o interesse de profissionais para questões ligadas à inteligência artificial por meio de cursos de curta duração. O curso “Inteligência Artificial e Produtividade”, oferecido pelo Santander em parceria com o Google, está com inscrições abertas até o fim do ano. Disponível em português, inglês e espanhol, o workshop é online, tem duração de duas horas e é acessível para qualquer pessoa acima de 16 anos. Já a Vivo, em colaboração com a Dio, lançou um curso de 67 horas voltado para universitários de qualquer área, focando no desenvolvimento profissional. Segundo a consultoria Michael Page, os salários para algumas funções referentes à IA podem variar entre R$ 15 mil e R$ 32 mil.

Executivos de diversas empresas expressam preocupação com a falta de mão de obra qualificada para lidar com essa transformação. Um estudo da Mercer revela que 58% dos líderes acreditam que a IA está avançando mais rápido do que suas organizações conseguem capacitar os trabalhadores. Apesar da expectativa de aumento de produtividade, 75% dos executivos se sentem inseguros sobre a capacidade de suas equipes de se adaptarem. Para enfrentar esses desafios, especialistas sugerem criar um ambiente de trabalho centrado no ser humano, onde a tomada de decisão continua sendo uma responsabilidade humana. A preparação adequada será fundamental para garantir vantagens competitivas, pois a IA requer habilidades analíticas e capacidade de adaptação a novas realidades.

Apple deve abandonar calendário rígido de lançamentos

Apple parece inclinada a mudar seu ciclo anual de lançamentos. A empresa, que há anos adotava a rígida estratégia de renovação anual de suas principais linhas, parece tender a adotar um ritmo mais flexível em seus próximos lançamentos. Essa nova abordagem tem como objetivo responder a um mercado cada vez mais dinâmico.

As informações da Bloomberg dão a entender que a Apple, que realizava anualmente uma apresentação em junho para mostrar seus lançamentos, seguida pelo lançamento de seus produtos em setembro e outubro, deve abandonar esse calendário fixo para permitir que a empresa sincronize melhor o desenvolvimento.

Calendário tinha vantagens

O calendário fixo, que era anteriormente adotado, tinha como vantagem preparar os consumidores e investidores que esperavam o lançamento de novos iPhones e iPads, assim como manter os funcionários da empresa atentos e melhor preparados devido à previsibilidade. Outra vantagem vista pela empresa era o impulso nas vendas de fim de ano, quando os feriados sempre foram um momento bastante oportuno para o mercado.


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Empresa deve flexibilizar o seu lançamento (Foto:reproduçao/Getty Images News/Justin Sullivan/Getty Imagem Embed)


A empresa já havia apresentado sinais de flexibilização em seus lançamentos. Um exemplo disso foi o lançamento dos novos iPads em maio e de um HomePod atualizado que chegou ao mercado em janeiro. Além disso, o novo MacBook Air foi apresentado em junho. Esses movimentos demonstram que a empresa está cada vez mais disposta a adotar uma abordagem mais flexível ao longo do ano.

Mudança de pensamento

Essa mudança reflete um pensamento que vem ocorrendo dentro da própria Apple, que dita que nem sempre é vantajoso seguir um calendário rígido ao longo do ano. Isso foi agravado pela demora na entrega de recursos e funcionalidades prometidas, como ocorreu com o iPadOS 18, que sofreu com falhas técnicas no modelo iPad Pro. Outro que enfrentou problemas foi o watchOS, em suas versões beta, o que evidenciou a dificuldade de entregar inovações de software junto com o lançamento dos dispositivos.

A ausência de um calendário fixo também demonstra representar para a Apple uma oportunidade de diversificar suas receitas ao longo do ano.

Produção de veículos no Brasil cai em setembro, mas trimestre registra alta

O mês de setembro viu uma queda de 11,4% na produção de veículos no brasil com relação a agosto, conforme dados divulgados nesta segunda-feira (7), pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). No entanto apesar dessa queda mensal, a Anfavea ressalta que o total de 736 mil veículos fabricados entre julho e setembro representa o melhor desempenho para um trimestre nos últimos cinco anos, algo que demonstra uma melhora na indústria.

No acumulado setor demonstra crescimento

No acumulado de 2024, a montagem de veículos no Brasil cresce 7%, totalizando 1,874 milhão de unidades. As vendas, que incluem carros, comerciais leves, caminhões e ônibus, também refletem um padrão semelhante. Em setembro, foram emplacadas 236,3 mil unidades, uma leve queda de 0,4% em comparação ao mês anterior, mas um crescimento expressivo de 14,1% no ano, somando 1,86 milhão de veículos.


Linha de produção de veículos (Foto: reproduçao/AFP/MIGUEL SCHINCARIOL/Getty Images Embed)


Outro destaque revelado pela Anfavea foi o aumento nas exportações, que, embora abaixo das expectativas do setor, subiram no terceiro trimestre para 119 mil unidades, em comparação com 83 mil no período anterior. No entanto, no acumulado do ano, as exportações totalizam 284 mil veículos, uma queda em relação às 323 mil unidades exportadas no mesmo período do ano passado, isso não chega a ser uma preocupação diante ao mercado que mesmo com a queda ainda se demostra aquecido.

Importações também tiveram alta

As importações também tiveram um crescimento significativo no terceiro trimestre, totalizando 124 mil veículos, um aumento em relação a 90 mil no primeiro trimestre e 107 mil no segundo. No acumulado do ano, as importações subiram de 237 mil unidades em 2023 para 322 mil em 2024. A Anfavea ainda informou que entre 70 mil e 80 mil carros importados estão em estoque, a maior parte oriunda da China, que vem vendo suas marcas principalmente no setor de carros elétricos crescendo dentro do país nos últimos anos.

IA ainda não é capaz em resolver charadas

O campo da Inteligência Artificial (IA), vem avançando rapidamente, mas ainda enfrenta desafios quando se trata de resolver charadas e problemas abstratos. Na Vrije Universiteit, em Amsterdã, o professor assistente Filip Ilievski está conduzindo uma pesquisa focada em entender como a IA lida com quebra-cabeças complexos. Embora a IA tenha impressionado em diversas áreas, como reconhecimento de padrões, ainda está distante da capacidade humana de raciocinar com flexibilidade, especialmente em questões que demandam senso comum.

A explicação para essa limitação está no fato de que a IA, ao contrário dos seres humanos, não possui uma “âncora no mundo”. Ou seja, ela não tem a mesma capacidade de usar o contexto de forma adaptativa e aplicar o bom senso em situações novas. Um estudo de 2023 mostrou isso claramente. Ao ser desafiada a resolver um simples problema de raciocínio temporal, a IA falhou em entender as implicações óbvias que qualquer ser humano entenderia com facilidade.


Enquanto a tecnologia avança, o cérebro humano ainda é a chave para resolver certos problemas (Foto: Reprodução/GettyImages/NurPhoto)


A diferença entre padrões e raciocínio abstrato

A IA atual se destaca ao encontrar padrões e realizar cálculos precisos, mas quando o problema envolve abstração e lógica, os humanos ainda levam vantagem. Xaq Pitkow, professor associado da Universidade Carnegie Mellon, explica que o raciocínio vai além do que a IA é capaz de fazer. Ele cita que, enquanto os humanos usam a intuição para tomar decisões rápidas, como no famoso problema do taco e da bola, as máquinas tendem a lidar melhor com problemas mais diretos e menos abstratos.

Um exemplo prático pode ser encontrado em charadas que envolvem raciocínio lógico. Em um estudo recente, a IA GPT-4, da OpenAI, foi incapaz de resolver um clássico problema conhecido como “tarefa de seleção de Wason”, enquanto humanos têm uma taxa de acerto muito maior em situações similares. Isso demonstra que, apesar da IA ser capaz de processar grandes volumes de dados e padrões, ela ainda falha em compreender nuances e resolver problemas que exigem mais flexibilidade cognitiva.

O papel da neurociência no avanço da IA

Um dos aspectos mais intrigantes desse campo é a interseção entre IA e neurociência. Ferramentas de IA como redes neurais foram inspiradas no funcionamento do cérebro humano. No entanto, a maneira como os sistemas de IA tomam decisões ainda é, em grande parte, um mistério para os cientistas, assim como o funcionamento exato da mente humana.

Ilievski e Pitkow acreditam que estudar os dois sistemas em paralelo pode trazer novos insights tanto para a compreensão do cérebro quanto para o desenvolvimento de uma IA mais eficiente. Ao incorporar mais estruturas semelhantes ao cérebro nos sistemas de IA, como a percepção sensorial e a memória, é possível que novas descobertas sobre a mente humana levem a melhorias na tecnologia e vice-versa. Embora ainda haja muito a ser desvendado, a união entre neurociência e IA promete avanços significativos, trazendo uma IA cada vez mais próxima da capacidade de raciocínio humano.