“Aquaman 2: O Reino Perdido”: confira a crítica

Renato Lagoas Por Renato Lagoas
5 min de leitura

O último filme de super heróis do ano de 2023 acabou de chegar aos cinemas, trazendo uma nova história do rei dos oceanos, o Aquaman. A continuação direta do primeiro filme traz de volta nomes de peso, como o diretor James Wan, o protagonista Jason Momoa e nomes como Dolph Lundgren, Amber Heard, Nicole Kidman, Patrick Wilson e Yahya Abdul-Mateen II novamente como Arraia Negra.


Trailer do filme (Reprodução / Youtube / Warner Bros. Pictures)


Sinopse 

Depois dos acontecimentos do primeiro filme, Arthur Curry se depara com um mar de responsabilidades, constantemente se encontra dividido entre os afazeres da realeza, visto que se tornou o rei de Atlântida, e a paternidade, deixando de lado seu verdadeiro dom, que são as brigas e combates corpo a corpo.

Mas tudo entra em jogo quando um dos vilões do primeiro filme, o Arraia Negra, motivado por vingança, consegue impactar diretamente o reino de Atlântida e se encontra destinado a matar o Aquaman e todas as pessoas que ele ama, principalmente ao filho do herói.

Crítica sem spoilers

Mediante um ano fraco em relação a filmes de herói, “Aquaman 2: O Reino Perdido”, não fica no lado dos filmes que ficaram abaixo das expectativas, como “Homem-formiga e a Vespa: Quantumania” e “The Flash”. A continuação direta do primeiro filme mantém a constância de qualidade do primeiro filme, até superando o antecessor em alguns quesitos.

De toda forma, o filme comparado com outras obras de 2023, como o grande lançamento da DC nos últimos anos, “The Flash”, que ficou abaixo das expectativas por parte da crítica e público por uma série de motivos, como efeitos especiais que se destacam pelo aspecto negativo, ou o lançamento da Marvel que marca o início de uma nova fase, “Homem-formiga e a Vespa: Quantumania”, que se propõe em ser grandioso para o universo mas se apequena com a trama. Aquaman 2 faz o simples mas muito bem feito.

A nova obra aposta mais nos elementos que foram elogiados no primeiro filme, como a dinâmica entre Jason Momoa e Patrick Wilson. De toda forma, o filme possui excelentes cenas de ação, onde James Wan se destaca mais ainda nas coreografias e nos movimentos e ângulos de câmera durante os combates, e isso alinhado com um CGI excelente, resulta em cenas de ação surpreendentes e acima da média.

No final de tudo, o saldo é positivo para o filme, que pelo fato de dispensar uma origem para os personagens e uma introdução do público ao universo, sobram horas para o roteiro explorar diferentes cenários e aprofundar as relações mais íntimas entre personagens. 

O longa também dispensa elementos recorrentes em filmes de herói da atualidade, como a presença de personagens de outros filmes e ganchos para histórias futuras, sendo um filme redondo com um começo, meio e fim, evitando com que o espectador precise assistir outras obras para conseguir desfrutar do filme, sendo bom sem depender de outros, valendo o ingresso.

Bastidores agitados

Vale elogiar James Wan por mais um motivo, mas antes é necessário um contexto empresarial. A diretoria da Warner decidiu fazer uma reformulação nos nomes responsáveis pelas obras audiovisuais da DC, onde James Gunn assumiu o cargo de CEO da DC Studios e decretou que irá fazer um reboot do universo cinematográfico da DC, ou seja, que tudo construído por até o momento, não seria aproveitado.

Até o momento, Gunn já até fez anúncios de quem fará parte do elenco do novo universo, como David Corenswet interpretando o Superman, Nathan Filion como o lanterna verde Guy Gardner, Nicholas Hoult como Lex Luthor,e a permanência de nomes já existentes, como John Cena como Pacificador e Viola Davis como Amanda Waller.

Mediante a brusca alteração de rumo no DCEU, foram necessárias fortes alterações no filme, que resultaram em refilmagens e mudanças no roteiro em prol de manter a linearidade do filme, visto que haveria a presença de outros heróis da DC na trama. Logo, James Wan precisou trabalhar com constantes mudanças na produção, que apesar das adversidades, o diretor conseguiu entregar uma história coesa e um filme com ótimos efeitos especiais.

Foto destaque: Jason Momoa como Aquaman (Reprodução / Divulgação / Warner Bros Pictures)

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