Neste domingo (3), Timotheé Chalamet (“Wonka”), Zendaya (“Euphoria”), Florence Pugh (“Oppenheimer”) e Austin Butler (“Elvis”) encerraram a Comic Con Experience compartilhando atualizações acerca de “Duna: Parte 2” com o público brasileiro. Destarte, durante a apresentação no Palco Thunder, o diretor Denis Villeneuve (“Os Suspeitos”) prometeu uma sequência superior em ação, ambição, aprofundação afetiva, imersão imagética e singularidade sonora, manifestadas mediante prévias do projeto, planejado para ser testemunhado nas telonas.
“No primeiro filme, vimos uma grande paixão que vive nesse mundo, mas ainda não tinha sido tão bem explorada. Agora, será uma experiência muito mais visceral do que vocês já viram“, garantiu.
Os prenúncios da película são protagonizados pela princesa Irulan Corrino (Florence Pugh), que descreve a destruição consumada na Casa Atreides, afirmando seguir sendo um mistério e menciona, em uma partida de xadrez, que seu pai, o imperador Shaddam IV (Christopher Walken), permanece em silêncio sobre as eventualidades, enquanto especula envolvimentos dos Harkonnen.
Estreia e expectativas
Por fim, filmado, inteiramente, sob formato IMAX, o longa-metragem foi produzido pela Warner Bros. Pictures em parceria com a Legendary Pictures e está estipulado à partilha ao público no próximo 1º de março. Ademais, a nova narrativa terá três horas de duração, deixando para trás as duas da primeira parte. Portanto, possuirá uma minutagem maior para potencializar personagens pouco aproveitados anteriormente, como Chani (Zendaya), que embora esteja no elenco elementar, trouxe um tempo de tela medido em 7 minutos.
Pôster publicado para divulgar a próxima parte de “Duna” (Foto: reprodução/Facebook/Legendary)
Adaptações anteriores
Para prefaciar a série literária de Frank Hebert no cinema, em 1984, o cineasta David Lynch (“Cidade dos Sonhos”), arriscou-se ante uma adaptação protagonizada por Kyle MacLachlan (“Veludo Azul”), Francesca Annis (“Cleópatra”) e Sean Young (“Blade Runner – O Caçador de Androides”), porém, mostrou-se malsucedido ao agradar apenas 44% da crítica especializada, enfrentando os 83% conquistados pelo seu sucessor em 2021, segundo as estatísticas do Rotten Tomatoes. Todavia, o fracasso fez-se, factualmente, nos bastidores, decorrente de um boicote praticado pela própria produtora, a Universal Pictures, quando os conceitos criados concernentes ao universo do artista, afamado pelos seus sucessos surrealistas “No Céu Tudo é Perfeito” e “O Homem Elefante”, diluíram-se para uma dimensão mais concisa e comercial.
Entretanto, a estreia da versão de Villenueve, valorizou o enredo em uma experiência audiovisual abastada de situações sensoriais que desenvolveram um diálogo excepcional entre espetáculos e espectadores. Então, internacionalmente, a iniciativa arrecadou US$ 402 milhões em ingressos e no Oscar de 2022, auferiu seis estatuetas das dez indicações, incluindo “Melhores Efeitos Visuais”, “Melhor Edição, Melhor Fotografia” e “Melhor Som”.
A vigência de Villeneuve
Coligindo um curto catálogo de 12 títulos, a trajetória do franco-canadense conserva numerosas consagrações na cinematografia contemporânea por estabelecer estórias misteriosas, melancólicas e insólitas nos cinemas convencionais. Assim, a identidade do autor é, absolutamente, instaurada em dramas policiais, suspenses e ficções-científicas, onde obteve as oportunidades de destacar-se dirigindo Jake Gyllenhaal (“O Homem Duplicado”), Ryan Gosling (“Blade Runner 2049”), Emily Blunt (“Sicario: Terra de Ninguém”) e Amy Adams (“A Chegada”).
Declarado pela Variety, um dos dez melhores cineastas para contemplar, no apuramento de 2011, Denis aquistou seis Canadian Screen Awards como “Melhor Diretor” e “Melhor Filme” com “Maelström”, “Polytechnique” e “Incêndios”, dentre 2001, 2009 e 2010, além da aclamação para “Diretor da Década” na Hollywood Critics Association, em 2019.
Foto Destaque: Paul Atreides e Chani em “Duna: Parte 2” (Divulgação/Legendary)