Corinthians negocia com a Caixa para colocar parte da Arena na Bolsa

Editoria Imag Por Editoria Imag
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O Corinthians está atualmente em fase de negociações com a Caixa Econômica Federal para alienar uma porção da Neo Química Arena no mercado acionário. O clube visa manter sua posição como acionista majoritário e controlador do estádio, mas está disposto a renunciar a até 49% das participações no empreendimento aos investidores, com o objetivo de se desvencilhar das obrigações dos juros. As conversas entre o Timão e o banco estatal têm transcorrido por meses, com a KPMG fornecendo assessoria ao clube nesse processo.

Veja o valor da dívida

A intenção primordial do Corinthians com essa operação é liberar-se do ônus dos juros junto à Caixa, responsável pelo financiamento da construção do estádio. Somente em 2023, o Timão está programado para repassar quase R$ 100 milhões ao banco. O montante principal, superior a R$ 600 milhões, começará a ser quitado somente em 2025.

O Corinthians possui um fundo que detém 100% da Arena, e esse fundo pode ser colocado à disposição no mercado. Se houver interesse em adquirir, alguém pode comprar 49% desse fundo, e o diretor financeiro do clube, Wesley Melo, expressou seu entusiasmo com essa possibilidade.


Arena do Corinthians em dia de jogo. (Foto: Reprodução/Instagram/@neoquimicaarena)


Acompanhe os dois modelos de negócio

Um investidor com maior capacidade financeira faria um aporte milionário e compraria uma quantidade grande de cotas da Arena, deixando um percentual menor para ser negociado ao público em geral, na bolsa de valores, cenário visto como o mais fácil.

Todas as cotas disponibilizadas pelo Corinthians, até 49% do total, seriam oferecidas aos investidores na bolsa de valores. Os investidores que comprarem essas ações do estádio receberiam dividendos, tal qual acontece com outros fundos imobiliários de shoopings e galpões. Esses dividendos pagos aos donos das cotas seriam provenientes das receitas da Arena com venda de ingressos, aluguéis de espaços comerciais e realizações de eventos.

O diretor financeiro do clube, Wesley Melo, disse que se conseguirem mais dinheiro do que o necessário para quitar a dívida, o clube irá pagar a Caixa e guardará o restante, mas caso seja arrecadado menos que o valor da dívida, irá negociar com a Caixa uma redução do passivo, já que será pago à vista.

Foto destaque: Arena Neo Química (Reprodução/ge.globo)

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