Em outubro de 2022, a Delegacia de Crimes Raciais e de Intolerância (Decradi) acusou a diretora de responsabilidade social do Flamengo, Ângela Rollemberg Santana Landim Machado, de racismo em matérias críticas ao Nordeste.
Postagem de Ângela Machado em sua rede social – (Foto:Reprodução/Facebook)
“A publicação caracterizou uma conduta preconceituosa e ofensiva contra todo o povo nordestino, ganhou repercussão negativa nas redes sociais e mídia”, explicou a delegada da Polícia Civil Rita Salim, responsável pela investigação, ao portal ‘g1’.
Ângela Machado é a atual esposa do presidente do Flamengo, Rodolfo Landima. O incidente ocorreu após a eleição presidencial brasileira, e Rodolfo foi às redes sociais para compartilhar algumas mensagem:
“Eu não estou acompanhando as redes sociais, porque eu nem sei o que é isso. Eu preciso ter tranquilidade para administrar o Flamengo, que me dá muito trabalho. O problema não é meu, é da minha mulher”, disse.
“Ela tem o direito de se posicionar e falar o que quiser. O problema é a vontade dela. Ela é uma pessoa física e tem o direito de se posicionar. É uma decisão íntima dela. Cada um tem o direito de agir e pensar como quiser”, finalizou.
Alguns dias depois, após a confirmação da denúncia pela polícia civil, Ângela Machado usou as redes sociais para comentar o ocorrido e pedir desculpas aos nordestinos.
“Não escrevi nenhuma dessas postagens que circularam. Mas, no calor da situação, compartilhei algumas mensagens e postagens e, entre elas, havia uma que citava de forma preconceituosa os meus conterrâneos nordestinos”.
Na época, a postagem gerou reação de torcedores e de alguns grupos de integrantes, que questionaram a direção e pediram a demissão da funcionária.
Em outras postagens, Ângela sempre demonstrou apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e fez campanha pública para sua reeleição. Um dia depois, ela fechou sua conta no Instagram.
Foto destaque: Ângela Machado – Reprodução/Estadão