O começo de uma era com três cores: aniversário de 30 anos do Mundial de 1992 do São Paulo Futebol Clube

Franklyn Santiago Por Franklyn Santiago
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30 anos atrás, no dia 13 de dezembro de 1992, o mundo era conquistado com soberania pelo São Paulo Futebol Clube. Após bater o Barcelona de Johan Cruyff em Tóquio por 2×1, o tricolor do Morumbi conquistava o primeiro de seus 3 títulos mundiais.

O São Paulo estava vivendo o auge de um momento histórico do clube, com Telê Santana no comando do clube, havia vencido, no ano anterior, o Campeonato Brasileiro e o Campeonato Paulista, em 92 havia sido o campeão da libertadores e ainda disputaria a final do Paulistão contra o Palmeiras.


São Paulo comemora o Mundial de 1992 (Foto: Reprodução/ Arquivo Histórico SPFC)


Contas a acertar em casa

Naquele ano, o Capeonato Paulista havia sido disputado no segundo semestre, e a final ocorreria em dezembro, marcada para o dia 13. Final a qual jogariam São Paulo e Palmeiras para disputar o título.

Com a final do Paulistão e do Mundial marcadas para o mesmo dia, a disputa do estadual precisou ser remarcada. Os tricolores desejavam adiantar o primeiro jogo para 4 de dezembro, e os palmeirenses queriam jogar as duas partidas depois do mundial, em  20 e 23 de dezembro.

Foi decidido por fim, pela FPF, que o primeiro jogo aconteceria no da 5, e seria decidido no dia 20. Disputando duas finais importantes, o São Paulo levou à sala de troféus do Morumbi os dois títulos. Venceu os dois jogos da final Paulista contra o Palmeiras por 4×2 e 2×1, se sagrando campeão pelo segundo ano consecutivo.

Atenções ao Barcelona

Em agosto de 92, São Paulo e Bacelona já haviam se enfrentado pelo torneio de pré-temporada espanhol, Teresa Herrera, quando os dois times já eram campeões da Libertadores e Champions League, respectivamente.

Com São Paulo passando pelo Peñarol nos pênaltis, e Barcelona o La Coruña, se encontraram na final, onde o São Paulo atropelou o Barça po 4×1, saindo atrás e virando com Müller, Maurício e Raí duas vezes.


O São Paulo foi campeão da taça Teresa Herrera em cima do Barcelona (Foto: Reprodução/Mundo Deportivo)


Rumo ao Mundial

Com mudanças em relação ao time campeão da Libertadores, o São Paulo chegou a final do Mundial com alguns nomes diferentes: vendido ao Albacete, da Espanha, o zagueiro Antonio Carlos não foi à disputa, em seu lugar, Telê Santana improvisou o volante Adilson. Com uma vaga livre no meio, veio a contratação de Toninho Cerezo, que se tornou um dos protagonistas do lendário time de Telê. Vitor virou lateral-direito titular e Cafu jogou como ponta, naquele São Paulo que entrou em campo com:

Goleiro:Zetti;

Defensores: Vítor, Adílson, Ronaldão e Ronaldo Luís;

Meio-Campiistas: Pintado, Toninho, Raí e Cafu;

Atacantes: Palhinha e Müller.

Contra um Barcelona que contava com:

Goleiro:Zubizarreta;

Defensores:Ferrer, Ronald Koeman e Eusébio;

Meio-campistas: Amor, Bakero, Pep Guardiola e Witschege;

Meia-atacante: Michael Laudrup;

Atacantes: Berigiristian e Stoichkov.

Pep Guardiola sobre o São Paulo de Telê:

Em 2013, em um reencontro de Guardiola com o São Paulo, dessa vez como técnico, em um amistoso entre São Paulo x Bayern de Munique, o treinador rasgou eloios ao São Paulo de Telê Santana que o enfrentou, como jogador, em 1992.

Me recordo muito bem daquela final. O São Paulo foi infinitamente superior, com Raí, Muller e outros jogadores fantásticos. Não tivemos nenhuma ação pra competir com eles, quanto mais para ganhar. O São Paulo dominou o mundo” declarou o técnico espanhol.

 

Foto destaque: São Paulo após ser campeão Mundial. Foto:Reprodução/ Arquivo Histórico SPFC

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