De acordo com relatório realizado pela plataforma brasileira, Sling Hub, o Brasil lidera lista da América Latina, a qual informa que a região possui mais de 40 startups avaliadas em 1 bilhão de dólares, em que alguns casos podem chegar a US$ 10 bi. Nesse cenário, o país ganha notoriedade no mercado sendo o maior em número de unicórnios na parte debaixo do continente. As empresas do ramo, faturam US$ 1 bi antes mesmo de entrarem na bolsa de valores.
Segundo um levantamento da consultoria focada em processos de transformação organizacional, Olivia, o próximo quadro desse mercado é o surgimento do movimento “decacórnio”, empresas de capital privado avaliadas em US$ 10 bilhões. A mudança no perfil de transações de fusões e aquisições, já é aparente, pois as empresas como Mercado Livre e Nubank, foram geradas nessa nova economia.
Segundo banco com maior valor de mercado da América Latina é uma startup. (Reprodução: Jakub Porzycki/NurPhoto/Getty Images)
O estudo foi feito com 74 executivos de companhias de oito estados brasileiros, em que 35% responderam que já participaram de processos de fusões e aquisições nos últimos três anos, e 24% nos últimos 12 meses. Mesmo com o ritmo acelerado das transações, há algumas falhas no processo apresentadas no levantamento.
O managing partner da Olivia Brasil, Reynaldo Naves, fala sobre os ruídos destacados. “Para 74% dos respondentes, a estratégia de integração foi única e clara. No entanto, na maioria dos casos (66%) a cultura predominante passou a ser a da empresa compradora. Já é um avanço pois há um movimento de reconhecimento de que o cliente está no centro da decisão e da cultura, independente de quem é comprador ou comprado!”, diz Reynaldo.
Entre os motivos das participações nas transações estão a entrada em novos mercados (42%), a ampliação da base de clientes (19%), seguidos da incorporação de nova tecnologia (8%), know-how (8%) e talentos (2%).
O contexto atual acelerou a abertura de oportunidade de inovações no mercado de produtos e serviços de pós-pandemia. “Neste sentido, os processos precisam ser muito mais focados nas necessidades dos clientes. Portanto, as empresas envolvidas devem estar muito mais abertas à mescla cultural dentro do processo de integração”, fala Naves.
Para Reynaldo Naves, as pessoas são o centro dessa mudança, pois elas são responsáveis por conduzir os novos objetivos. O especialista ainda diz que a garantia do sucesso da operação são os líderes desempenharem seus papeis, pois são vitais no processo de fazer os colaboradores se sentirem acolhidos.
Foto destaque: Reprodução (Sarah Blesener/Bloomberg)