Dívida pública federal do Brasil chega a R $5,871 trilhões

Núbia Xarife Por Núbia Xarife
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A dívida pública federal do Brasil subiu 1,6% em novembro em relação ao mês de outubro, o valor foi de R $5,871 trilhões, segundo informação do Tesouro Nacional revelada na última terça-feira ,27. O país enfrenta um cenário de aumento de  riscos fiscais. 

No período de 30 dias, a dívida pública mobiliária interna teve alta de 1,59%, a R $5,616 trilhões. Segundo o Tesouro, o crescimento de R $92,6 bilhões no total da dívida é justificada  por uma emissão líquida de RS $41, 25 bilhões, em conjunto a apropriação positiva de juros de R $51,31 bilhões.

Ainda de acordo com o órgão, o mês de novembro foi destaque pela alta volatilidade doméstica e dos juros futuros, apesar do atual cenário externo mais positivo, “refletindo preocupações do mercado com incertezas fiscais para 2023”.


PEC de transição e teo de gastos estão entre as incertezas fiscais (Foto: Reprodução/ Pexels)


Em um ano, o custo médio do estoque da dívida pública federal subiu de 10,04% ao ano em outubro para 10,16% em novembro. No que diz respeito às novas emissões de títulos da dívida interna, o custo médio cresceu de igual modo de 11,8% para 11,9% ao ano. O prazo médio dos vencimentos dos títulos brasileiros recuaram para 3,98 anos, em relação aos 4,03 anos registrados no mês de outubro. 

O colchão de liquidez para pagamento da dívida pública sofreu elevação de 11% em novembro, a R $1,142 trilhão. O valor é suficiente para quitar 9,3 meses de vencimento de títulos, número visto como  confortável pelo Tesouro, em outubro o montante estava em 8,97 meses.

No mês atual, o Tesouro Nacional enxerga o cenário externo mais cauteloso e o mercado local com maior aversão ao risco “diante da continuidade do sentimento de incerteza quanto ao cenário fiscal brasileiro para 2023, o que refletiu no aumento de nível da curva de juros futuros”.

As incertezas fiscais giram em torno das negociações para ampliar gastos públicos no pŕoximo ano, que findou com a aprovação a PEC da transição, como também o novo arcabouço indefinido para substituir o teto de gastos.

Foto destaque: Dívida pública mobiliária interna chega a R $5,616 trilhões. Reprodução/Pexels

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