Alimentos taxados pelos EUA terão destino no Brasil
Nesta segunda-feira (25) o governo federal anunciou a manutenção da compra de alimentos brasileiros afetados pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos. A medida busca evitar que produtores fiquem no prejuízo por conta da sobretaxa de 50% aplicada a diversos produtos do setor agropecuário. Alimentos terão novo destino Segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura […]
Nesta segunda-feira (25) o governo federal anunciou a manutenção da compra de alimentos brasileiros afetados pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos. A medida busca evitar que produtores fiquem no prejuízo por conta da sobretaxa de 50% aplicada a diversos produtos do setor agropecuário.
Alimentos terão novo destino
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar liderado por Paulo Teixeira, os alimentos que seriam exportados e acabaram sem destino poderão ser adquiridos pelo governo e direcionados a programas como a merenda escolar, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e outras compras institucionais. Assim sendo, produtos como açaí, manga, castanhas, pescados, mel e até água de coco, que estavam destinados ao mercado norte-americano, poderão abastecer escolas, hospitais e diferentes órgãos públicos no Brasil.

O processo de compra será simplificado. Os produtores e exportadores não precisarão enfrentar licitações ou estudos técnicos demorados. A exigência será basicamente a apresentação de documentos que comprovem a perda de mercado externo, como declaração de exportação registrada no sistema Siscomex (Sistema Integrado de Comércio Exterior). O preço pago seguirá os valores já praticados nos programas governamentais, sem qualquer variação ligada ao dólar.
Ação é vista como oportunidade
O governo busca atingir duas metas: evitar que os produtores brasileiros arquem sozinhos com as perdas provocadas por uma decisão unilateral dos Estados Unidos e aproveitar a oportunidade para fortalecer a rede de abastecimento de alimentos no país, garantindo que itens de qualidade cheguem a serviços públicos essenciais.
Mesmo sem que haja previsão para o fim dessa política emergencial, a continuidade de compras está ligada a avanços em negociações internacionais que podem gerar abertura para novos mercados. Enquanto isso, a ideia é que o governo siga atuando como comprador de última instância, impedindo que a produção nacional seja desperdiçada e oferecendo suporte a quem foi impactado diretamente pelas tarifas.
Em resumo, trata-se de uma solução provisória que busca dar fôlego ao setor, proteger a renda de agricultores e exportadores e, ao mesmo tempo, beneficiar programas sociais de alimentação em todo o Brasil.
