Amazônia Legal teve o menor índice de desmatamento dos últimos seis anos  

Mari Aldemira Por Mari Aldemira
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Foto destaque: Amazônia desmatada (reprodução/ Getty Images Embed)

O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) divulgou nesta segunda-feira (18) dados a respeito do primeiro bimestre de 2024. Informando que de janeiro a fevereiro deste ano 196 km² de floresta amazônica foram derrubados. Os números são altos, mas em comparação aos 6 anos anteriores eles diminuíram, sendo essa então, uma diminuição de 63% em relação aos anos anteriores.

Amazônia legal

A Amazônia Legal corresponde a 59% do território brasileiro e fazem parte dela 9 estados brasileiros, sendo eles: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão. No ano passado, no mesmo período (primeiro semestre do ano), foram derrubados 523 km² de floresta no bioma. Apesar dos bons resultados, a Imazon alerta que o desmatamento no primeiro trimestre de 2024 ainda vem ultrapassando os níveis registrados nos mesmos meses entre 2008 e 2017, com exceção de 2015. Onde a derrubada de florestas se manteve abaixo de 150 km² em todos os anos. Nos 196 km² de desmatamento na Amazônia dos meses de janeiro e fevereiro de 2024, é possível afirmar que a área perdida superaria os territórios das cidades de Vitória (97 km²), Natal (167 km²) e Aracaju (182 km²).


Desmatamento na Amazônia (foto: reprodução/Getty Images Embed)


Ranking do desmatamento em cada estado da Amazônia legal 

Os estados que fazem parte da Amazônia Legal, que nos primeiros dois meses de 2024 mais desmataram o bioma foram Mato Grosso (32%), Roraima (30%) e Amazonas (16%), totalizando 152 km² de floresta destruída, sendo eles responsáveis por 77% do total na região. O Mato Grosso teve aumento no desmatamento devido à expansão agropecuária, especialmente em municípios como Juína, Juara, Feliz Natal, Nova Maringá, Marcelândia e Canarana.

Já Roraima obteve maior desmatamento até mesmo dentro de terras indígenas, com 8 territórios sendo listados, incluindo os Yanomami, Manoá-Pium e Raposa Serra do Sol. Por fim, o Amazonas, onde destacou-se a expansão do desmatamento em assentamentos, sendo os municípios da região Sul os mais afetados pela situação.

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